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domingo, 8 de junho de 2014

Ainda bem que somos todos diferentes

Quinta-feira passada comprei um prestígio no terminal e, assim que abri a embalagem, lembrei de quando estava na terceira série. Naquela época, cadernos de perguntas ainda estavam na moda. Uma pergunta era escrita em cada folha e o caderno passava de mão em mão. As redes sociais não existiam, então era uma boa forma de stalkearmos uns aos outros. Flertes e grandes amizades surgiam da brincadeira. E mesmo quando isso não acontecia, continuava sendo divertido para driblar a aula mais chata do dia.

Enquanto esperava o ônibus, um dos questionamentos voltou à minha mente. “Qual chocolate você mais odeia?”. Lembro que foi um choque me deparar com as respostas. Eu não conseguia entender o porquê. Até questionei algumas das minhas amigas e elas disseram apenas que era ruim, e pronto. Para minha completa incompreensão, a maioria havia respondido prestígio. Alguns até colocaram um “eca!” para enfatizar a repulsa pelo meu chocolate favorito. Pois é. Um daqueles momentos em que percebemos que até mesmo as coisas mais intocadas para nós não são apreciadas por todo mundo. As pessoas têm gostos diferentes, as pessoas são diferentes, as pessoas discordam. E isso não se trata somente de chocolate.

Falo principalmente da arte. Livros, filmes, séries, música, peças de teatro (…) Como é difícil entender quem odiou algo que você ama, ou se apaixonou loucamente por alguma coisa que você detesta. Às vezes achamos que tem algo de errado com a gente. Não analisamos direito, não destacamos os prós e contras, amamos com tanto vigor que não enxergamos os defeitos, ou odiamos com tanta paixão que as qualidades ficaram em segundo plano. Mas pode ser bem mais fácil julgar o outro lado do que olhar para o próprio umbigo, ou simplesmente aceitar que somos todos diferentes.

Quem não gostou deve ter deixado a sensibilidade em casa. Não entendeu. Não tem maturidade para compreender. Não estudou o bastante. Deve gostar mesmo é de (insira uma obra do mesmo gênero, de preferência popular, e odiada por público, ou crítica). Sem contar os comentários condescendentes sobre a personalidade (você é muito doce para gostar de um livro tão pungente) ou os xingamentos baixos. Ainda mais complicado é ser minoria (as minorias sofrem até nesse departamento, vejam vocês).  Não gostar de um livro que meio universo idolatra e fala sem parar no seu ouvido. Amar um filme sem ressalvas e todos arregalarem os olhos de pura incredulidade quando você ousa dizer isso em voz alta.

A arte é subjetiva. Tem muito a ver com quem somos, com a forma que vemos o mundo. Não há problema em sentir amor, ódio ou indiferença por qualquer produto cultural. Essas sensações são essenciais na construção de cada um, colaboram para o autoconhecimento e geram ótimas discussões. Não adianta quebrar a cabeça em mil teorias para explicar o que sentimos nem tentar alcançar o porquê da sua amiga ter se apaixonado por uma série que você abomina. Não adianta querer pensar como os outros ou tentar fazer com que eles se pareçam mais com você.

Porém, gostando ou desgostando, o mais importante de tudo isso é saber que nada nos dá o direito de rotular e diminuir as pessoas. Nada nos dá o direito de dizer que fulano é “isso” ou “aquilo” por ter amado ou odiado determinada obra. É ridículo escrever que o filme de “A Culpa é das Estrelas” foi feito para “virgenzinhas sem senso crítico”, como eu li por aí. Não gosto do livro, como vocês bem sabem, mas nunca vou apoiar qualquer ofensa ao fãs. É inadmissível vestir a máscara de pseudocult, ostentando olhar blasé e sorriso pedante, para falar que só gente superficial curtiu “O Espetacular Homem-Aranha 2”.

Não sejamos haters nem talifãs. A intolerância é capaz de destruir tudo o que existe de bonito nesse mundo. Na verdade, já destruiu muitas coisas. E cabe a nós não contribuirmos para que isso aconteça com a arte. A diversidade torna a vida mais colorida. Abre um mundo de possibilidades. Prova que somos complexos, únicos, insubstituíveis.

E faz com que sobrem mais prestígios na caixa. Ainda bem.

Love, Tary

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Do verbo desgostar

Eu estava quieta no meu canto quando Dona Rafitcha sugeriu que listássemos quatro coisas que o mundo inteiro parece adorar de paixão, menos a gente. Não costumo escrever sobre o que não curto porque sempre acabo me inflamando demais. Quando não gosto, não gosto mesmo e aí mal posso ouvir falar sem torcer o nariz. Mas por incrível que pareça, foi super difícil escolher. Ando com tanto sono que desenvolvi amnésia, mas vamos lá.

Das coisas que todo mundo ama  e eu odeio

New Girl

NAO.

Gente, sério mesmo que vocês gostam desse troço? Pelo amor dos meus futuros filhinhos, me expliquem os motivos nos comentários, porque sinceramente, não consigo entender. Essa “comédia” tem o pior defeito do gênero: é sem graça demais. Forçada pra caramba, recheada com piadinhas estupidamente ruins e momentos “se esconde debaixo da mesa de vergonha alheia”. Fiquei com vontade de ver por causa da Zooey Deschanel, adoro ouvir She & Him, acho ela linda e dona de um super carisma. Porém, infelizmente, não conseguiu imprimir  nem 1/3 desse carisma na sua personagem em New Girl. Jess – argh – é apática, infantil, chata de doer e se eu fosse obrigada a conviver com alguém parecida na minha vida, a morte seria a única solução viável. Ela entra fácil na lista das 5 personagens que eu mais detestei na vida e olha que eu só me torturei vendo 4 episódios dessa bagaça. E, apesar de adorar a voz da Zooey, uma das coisas que mais me irritou foi essa guria cantando o tempo inteiro, arregalando os olhos e fazendo cara de pokémon demente. Pra completar, foi indicada ao Globo de Ouro muito injustamente, o que só contribuiu para que o meu ódio se estabelecesse. Odeio, odeio, odeio, odeio. Só não foi cancelada porque a Zooey é popular. E tenho dito.

Travessuras da Menina Má

travessuras

Garanto que no mundo inteiro, só uma pessoa deve odiar esse livro: eu. E  considerando o número de dislikes no meu comentário no skoob, não poderia estar mais certa quanto a isso. Peguei emprestado de uma amiga e estava animadíssima pra ler, passei uns bons anos desejando, mas quando comecei, que decepção. Bem escrito ele é. Sem dúvidas quanto a isso. Mas me passou uma impressão horrível de querer chocar, impressionar através dos atos odiosos dos protagonistas desprezíveis. Ricardito, um banana sem precedentes. Menina Má, a representação de tudo o que eu mais odeio. Falsa, manipuladora. Do tipo que dá falsas esperanças e brinca com os sentimentos dos outros. E depois, quando a merda está feita, vai correndo para os braços daquelas mesmas pessoas que destruiu um dia. Gostei das descrições dos lugares por onde eles passam e achei os coadjuvantes super bem construídos, mas foi só. Protagonistas não cativantes são capazes de detonar qualquer história. E esses conseguiram, com louvor.

Fast Food

mcdonalds

Qual o sentido do amor todo por aqueles lanches? Acho bem qualquer coisa, viu. Não são gostosos como os do Subway, por exemplo, pelos quais sou apaixonada e nem considero fast food. Os molhos são muito ruins, o pãozinho é pura massa e só se salva a batata frita, mas convenhamos, essa é boa em qualquer lugar. Sempre saio desses lugares me fazendo a mesma pergunta: Tá, o que tem demais nisso aí? Nada, meu Deus. Nadinha mesmo.

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Nick & Norah, uma noite de amor e música

Todas as pessoas com que eu converso adoram esse filme e eu acho simplesmente intragável. Chato, sem sentido, monótono. E nem venha defender falando da trilha sonora. Se eu quiser ouvir música boa, compro um CD. Canções legais dentro de um filme ruim não passam de um recurso desperdiçado, na minha opinião. Gosto de Michael Cera e de Kat Dennings, mas pra mim nesse filme eles não convencem em nada como casal. Cadê a química, Brasil? Sem falar que a loira da foto se perde dos amigos e passa o filme inteiro mastigando um chiclete nojento. O treco chega a cair em uma privada e a pessoa coloca de volta na boca. Ou seja. Vendo os comentários no Filmow, notei que sou uma das poucas a desgostar dele. Lembro que até escrevi: mais um que entrou pra minha lista de todo mundo amou, menos eu. Logo, não poderia deixar de integrar esse post.

Por hoje é só. Não me odeiem muito, ok?

Love, Tary

O título foi sugerido pela Analu.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sobre ser Taryne

Olá, eu sou a Taryne, prazer. Garanto que a primeira coisa que você pensou quando viu o meu nome foi: meu Deus, que esquisito! Os pais dessa menina podiam ter sido mais práticos, né, facilitado a vida da gente. E ainda colocaram um ípsilon, que cafona, que coisa mais americanizada!

Pois é, não concordo muito. Mas não se sinta tão mal por ter pensado isso (na verdade, você deveria se sentir porque é feio debochar de um nome tão legal, beijos). Muitas pessoas, inclusive, verbalizam essa opinião na minha cara. Geralmente, nem me estendo na resposta, apenas digo: Ah, minha mãe lia romances demais.

Esperando que isso explique tudo e impeça o aumento da irritação que esses comentários me causam. E eu tenho uma certa tendência à irritação quando se trata do meu nome. Porque eu realmente gosto dele. Não é só diferente, como alguns costumam achar. Acho sonoro, acho bonito e sinto que tem tudo a ver comigo.

Tudo começou, justamente, por causa de um livro. Minha mãe, leitora voraz, conheceu a história de Tarine (sim, ela deu uma mudadinha), uma deusa muito rica e bela (ui). E encasquetou que assim que tivesse uma filha, ela se chamaria assim. O significado até hoje eu não encontrei ao certo. Nas minhas pesquisas, o mais perto que cheguei foi “querida” e prefiro acreditar que seja esse mesmo.

Alguns dizem que a origem é grega, outros falam que é tupi. Já encontrei várias no Twitter e até cheguei a criar uma comunidade no Orkut – eu sei – pra encontrar outras ‘colegas de nome’. E, sim, existem pelo menos mais quatro Tarynes pelo Brasil. Honestamente? Queria muito conversar com elas pra saber se sofrem dos mesmos problemas que eu. Essa coisa de ter que repetir 500 vezes, soletrar, respirar fundo. Queria saber como é “ser Taryne” pra elas. Porque para mim, apesar de alguns inconvenientes, é mesmo maravilhoso.

- Oi, como é seu nome?

- Taryne.

- Como?

- Taryne. T-A-R-Y-N-E.

- Ah, Karine!

- Não, não. TARYNE.

- Ah, Parine!

- Não, Taryne com T.

- Ah… Aline!?

- Ai.

Love, Tary

P.S: Vocês acreditam que na semana retrasada fui a um daqueles barzinhos em que eles anotam o seu nome na comanda e soletrei, gente. Duas vezes. E quando peguei o papel estava escrito Tarly. Tarly, cara. Como assim? Bom, pelo menos esse foi novo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Gente chata

Se tem uma coisa que me irrita horrores, a ponto de fazer com que eu contraia os dedos dos pés e revire os olhos até ficar vesga de ódio, essa coisa é o  tal do pseudo-cult. Não sei bem como a espécie nasceu, mas o fato é que ela se reproduz vorazmente por todas as redes sociais e vem se multiplicando de forma assustadora no dia-a-dia também. Ô raça, viu. Essa gente parece dominada pela bundamolice, característica daqueles que só sabem encher o saco alheio e não conhecem a diversão despretensiosa.

Porque na visão desses pentelhos, é uma decepção muito grande uma menina que gosta do Woody Allen se sentar no sofá da sala pra assistir os barracos de um reality show tosquinho. E imagine só! Essa jovem leitora de Florbela Espanca se aventurando em um festival sertanejo? Não pode, não pode! Isso só pode ser heresia, ou remake de A Fazenda. Ai, ai, ai. Deixa eu contar até 10 mil. Posso falar? Vão aprender a se divertir e depois a gente conversa um bocadinho. Simplesmente não consigo conviver com esse povo sem ter a imagem mental de uma voadora daquelas sendo desferida em seus belos narizes empinados.

Isso tudo me leva à uma conversa hilária que escutei no ônibus esses dias. Estava lá, de pé, um dos caras mais chatos que já tive o desprazer de conhecer na minha vida, discutindo Platão na maior altura – e arrogância – com um outro rapaz que usava óculos estilosinhos. Enquanto o insuportável monologava pra si mesmo, eis que o de óculos começa uma frase com: “Então, tô lendo um livro do Augusto Cury que…” Pausa. 

Risos eternos, minha gente. Eternos e vingadores. Tomou no orifício, senhor pseudo-qualquer-coisa. Por essa você não esperava, não é mesmo? Ficou até sem saber o que dizer.  Nesse momento queria muito poder descrever a cara do chatão, mas as risadas não me deixam nem lembrar direito. Certamente, ele teve vontade de morrer, ou de se jogar do ônibus em movimento. Moço dos óculos estilosos, se você fez de propósito, meus parabéns! Foi a trollada do século.

O que mais me irrita nesse tipo de pessoa é o fato de que estão pouco se lixando pra bagagem adquirida com as coisas que leem, escutam ou assistem. O importante mesmo é ir se exibir no Facebook, no Twitter, no Filmow ou no Orangotag. Ou fazer o que fazem de melhor: desmerecer os outros. Sempre com aquele ar de superior. Eles acham que estão abafando, mas na verdade, só estão sendo companhias desagradáveis. Gente chata. Apenas chata. Como lidar? Melhor não lidar. Porque Cazuza já dizia:

“Respeito quem é radical, respeito quem ama errado, respeito o cara careta e o cara exagerado, quem não gosta de criança e quer viver solitário, quem odeia rock'n'roll, mas gosta de um rebolado. Só não há perdão para o chato.”

Eu continuo ouvindo minhas músicas pop, lendo livros de mulherzinha, assistindo Legalmente Loira sempre que passa na TV e rindo de gritar com os barracos dos bons tempos de BBB. Nem por isso deixo de ler Saramago, escutar canções antigas, ver  filme europeu e documentário. E sabe por quê? Porque eu gosto de verdade, não pra ser rotulada por isso. E se eu quiser ir a um show de sertanejo com as minhas amigas logo depois de terminar um livro do Nabokov? Eu vou mesmo. Porque nada do que eu faça pra me divertir, desde que não machuque ninguém ou a mim mesma, é errado. E, afinal, realmente. Só não há perdão para o chato.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Oi?

Vamos fazer de conta: hoje não é o 6º dia de dezembro e eu não estou postando em novembro só porque acho feio pra caramba ter ficado um mês inteirinho sem postar. Não. Ainda é novembro, você é que está alguns dias adiantado. Imagina se eu ia trapacear. 

Pois é, pessoal. O ano já era. Um dos melhores da minha vida, um dos mais divertidos, um dos que eu mais aprendi na minha vida inteira. Já foi, praticamente. Estamos fazendo retrospectivas, comprando presentes de natal, vibrando com a decoração natalina nas lojas - pelo menos eu - e xingando o fato de não ter especial do Roberto Carlos este ano - esta sou eu também, amo o Betão!

Engraçado, né? Daqui a pouco meu blog faz três anos. Uau. Uau. Uau. Isso precisava de três uaus porque a vida é assombrosa. Coisas acontecem sem que você nem perceba, o tempo passa rápido e quando você menos espera tem 20 anos e está cada vez mais apaixonada por viver.

Eu só fui perceber que o ano tava acabando por causa das luzes na cidade e do hiatus de Grey's Anatomy e The Vampire Diaries - tô arrancando os cabelos! Coisa de nerd. Aliás, a coisa que mais espero para o ano que vem é a nova temporada de Skins. Tá vendo? Nerd. 

Por hoje é só, pessoal. Finjam que ainda é novembro e me desejem um ótimo mês. Um ótimo fim de ano. E me enviem forças. Ando precisando de forças, abraços apertados e sorrisos sinceros. Estou mais sensível do que nunca. TPM. Ou crise por causa do fim de um dos melhores anos em que eu tive o prazer de viver. 

Amo vocês,

Tary

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ai de mim que sou romântica...

Olá você que ficou um mês sem postar por falta de tempo e preguiça, tudo bom? Desapareci totalmente da internet nesse mês de outubro. Só dei pausa no sumiço pra fuçar certos grupos do Facebook e ver as séries sagradas de toda a semana. E com a rotina corrida do jeito que está, cinema e barzinho com rock ao vivo ganharam mais espaço do que o meu blog e os comentários - que permanecerão, sorry - atrasados. 

Aí ontem a noite, voltando inspirada da linda peça de teatro "Os Corcundas", inventei de dar uma olhada no design do blog só pra ver as novas fontes disponibilizadas pelo blogspot. Mistake, mistake. Não só testei todas as fontes, como mudei as cores, o background e quando notei, eram duas da manhã e eu estava mudando terminando de fazer um novo layout. Talvez a coisa mais romântica e "wow, lovely" que já passou por aqui. 

Lola se sente importante por estampar o novo layout

Ainda tem muita coisa pra arrumar - o blog reflete a vida, lembram? -, mas eu gostei muito do resultado. É muito bom ver Cassie, Dorothy, Snoopy, Lola, Erica, Gilmore Girls, Kirsten, Jesse, Celine e Heath Ledger juntinhos nesse universo todo vintage. Outras mudanças sutis foram feitas, adicionei o meu flickr aqui do lado, mudei o lado das postagens e a fonte do texto. Preciso dizer que para essas duas últimas alterações precisei vencer o meu TOC, mas acho que vou me acostumar. É isso, puxem minha orelha por causa do sumiço nos comentários e digam se valeu a pena perder algumas horinhas de sono pra finalmente mudar tudo por aqui.

Love, Tary

P.S: Sei que meus lays são todos parecidos, mas eu gosto assim ;) Meio que são uma marca do blog. Assim como as folhinhas!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ode à diversidade

É disso que eu gosto. Eu curto a variedade, as opções. Para mim, é o 'tudão' que torna a vida cheia de graça. Você pode ir à livraria ou à padaria comprar pão e encontrar o amor da sua vida, pode passar a madrugada na internet ou tomando sorvete de jabuticaba. Tem gente que gosta de verde, de amarelo, de azul, de vermelho e eu sigo encantada com o lilás. Amo o diferente. Olhar em volta e ver negros, asiáticos, índios, brancos e quem mais quiser chegar. 

Eu gosto é de poder escolher, poder mudar. Ser loira hoje, morena amanhã e virar ruiva daqui há dois anos. Gosto de ter amigo hippie, amigo doido-de-pedra, amigo baladeiro, amigo nerd, amigo carinhoso e amigo reservardão. Ir à uma festa e dançar tudo o que tocar. Desligar o cérebro pseudo-cult e se jogar na pista! E no dia seguinte, viajar de ônibus ouvindo música indie, cantarolando baixinho e sentindo a brisa. 

Bom mesmo na vida é não precisar fazer parte de nenhuma tribo, poder gostar das coisas e dizer "porque sim, porque é divertido e me faz feliz". Legal é assistir filme do Almodóvar e depois, sem a menor culpa, rir horrores de um besteirol americano dos mais tradicionais. Importante é aceitar que tem gente  que gosta de meninos, de meninas - ou dos dois - e ninguém tem nada a ver com isso. Aceitar que existem evangélicos, católicos, budistas, islâmicos, espíritas e ninguém precisa brigar, tem lugar pra todo mundo. 

Todas as pessoas são bem-vindas quanto o assunto é diversidade. As que gostam de pandas, de pôneis, de girafas ou de corujas. As malucas por vampiros altões e as que adoram zumbis. Quem recém se apaixonou por Nutella e quem sempre achou uma ótima ideia. A adoradora de orelhas geladas e a que ama andar de ônibus. A fanática por cupcakes e aquela que será uma noiva linda de morrer. 

A menina que é doente pelo time do coração ou a que sabe apreciar o ócio. Tem quem goste de suco de milho! E tem quem goste da Mafalda. As viciadas em seriados também tem seu espaço. Assim como as sensíveis, as donas de sotaques deliciosos, as fascinadas por ótimos e mágicos escritores. As que assumem as vergonhas sem medo, as que escrevem coisas que fazem chorar, as fãs do Woody Allen, as que curtem pausas dramáticas, as que escrevem feito ninja e as que reconhecem o valor das dificuldades.

Bom mesmo é o complexo, o diverso, o variado, o plural. E melhor do que tudo é reunir toda essa diversidade. Bom mesmo é misturar!

Love, Tary

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As piores coisas do mundo

Ônibus lotado. Ônibus lotado com pessoas que não gostam de banho. Ônibus lotado com pessoas que não gostam de banho, mas adoram funk. Brigadeiro com manteiga demais. Prova. Prova para a qual você não estudou nada. Pré-vestibular. Vestibular. Não passar no vestibular. Regras que oprimem. Tabus. Não ter mais assunto. Sentir sono e não poder dormir. Sentir fome e não ter o que comer. Sentir frio e não ter um casaco ou um cobertor quentinho por perto. Não ouvir a sua mãe. Brigar com os amigos. Bífe de figado. O molho do McDonalds. Sujar a roupa com o molho do McDonalds. Gripe. Livro com erros de grafia ou de tradução. Dor de cabeça. Unhas por fazer. Quebrar as unhas. Sobrancelha sem tirar. Bolsa pesada. Almoçar sozinho. 

Sapato apertado. Sapato apertando o pé machucado. Mexerem nas suas coisas. Não conseguir abrir uma garrafa ou um pote de azeitona. Chegar atrasado. Esperar alguém que vai chegar atrasado. Descobrir que alguém amado é um completo idiota com os outros. Sensacionalismo. Egoísmo. Inveja. Falta de amor. Falta de respeito. Falta de fé. Falta de educação. Ver alguém passando necessidade e não poder ajudar em nada. Ver alguém que você ama sentindo dor. Perder alguém querido. Fracassar. Ser julgado por causa de algo que você gosta muito. Debocharem dos seus sonhos. Não ter apoio. Te tratarem com frieza quando você mais precisa de calor. 

Amar e não ser correspondido. Amar e não saber se é correspondido. Ser ignorado. Ser ignorado na frente de todo mundo. Chorar em público. Chorar em público e alguém perguntar o que aconteceu.  Violência. Coisas boas que acabam. Coisas boas que acabam mal. Discutir a crença dos outros. Maré de azar. Calor de 40°C. Acharem que você está mentindo. Fofocarem sobre você. Mentirem a seu respeito. Filme pretensioso. Premiações que cometem injustiças imperdoáveis. Gênios que morrem jovens. Falta de consideração. Falsas esperanças. Perder o rumo. Se sentir perdido. Sofrer. Sofrer calado. Calar quando a vontade é gritar.  Não ser perdoado. Não conseguir perdoar. Indiferença. Ódio. Terror. Medo. Primeiro dia de qualquer coisa. Deixar de acreditar. Olheiras. Espinhas. Tirar a maquiagem depois da balada. 


Gente que maltrata animais. Gente que maltrata crianças. Gente que se maltrata. Gente que é triste o tempo todo. Gente que reclama de tudo. Gente que tem vergonha de ser quem é. Gente que tem vergonha de ser feliz. Gente chata. Mas a pior coisa do mundo, com toda a certeza, é só enxergar as piores coisas no mundo.

Afaste as coisas ruins de você. Sempre.
Em breve, as melhores coisas do mundo!

Love, Tary

P.S: Completem minha lista nos comentários ;)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sobre estar em casa

Poderia falar sobre milhões de coisas. Sobre estágio, faculdade, ônibus (alguém já reparou o quanto eu cito essa palavra por aqui?), sobre a proximidade - e a crise - dos vinte anos, sobre sentir falta do melhor amigo que está no Canadá, sobre sentir falta das melhores amigas que moram aqui mas não converso há tempos, sobre o quanto almoçar sozinha no restaurante universitário é um porre, sobre minha recente vontade de comer sushi enlouquecidamente, sobre medo, sobre adaptações, sobre as preparações para os quinze anos da minha irmã.

Sobre andar sensível demais e chorando com qualquer coisa que envolva casais apaixonados (se for de velhinhos, a coisa piora consideravelmente), sobre passar por situações sem sequer registrá-las, sobre o final de semana que mudou a minha vida, sobre minha fé, sobre Deus, sobre a minha mãe, sobre o clima de deserto que faz em Campo Grande, sobre o último filme que assisti, sobre o último livro lido (que envolve Paris e um personagem de tirar o fôlego, mesmo sendo baixinho), sobre não ter tempo de fazer as unhas nem de tirar a sobrancelha (precisava compartilhar a vergonha), sobre uma conversa muito divertida no Skype com minhas amigas blogueiras, sobre querer muito mudar o layout do blog mas morrer de preguiça só de pensar.

Sobre meu amor por novelas rurais de época, sobre minha fobia com convites de última hora, sobre conformismo, sobre 2011 estar sendo um presente na minha vida - apesar de tudo. Sobre o quanto pessoas volúveis me irritam, sobre chocolate, sobre coca-cola gelada, sobre comida árabe com limão, sobre sempre esquecer de comprar marshmallows, sobre encontrar felicidade na solidão, sobre amor, sobre meu sono desregulado.

Sobre me envergonhar ao cair no sono durante as aulas, sobre indecisão, sobre dúvidas, sobre exigir demais de mim mesma, sobre escolhas, sobre arrependimentos, sobre mudanças, sobre fases complicadas que sempre me atingem, sobre achar que minha pobre bolsa comporta as bugigangas socadas dentro dela, sobre não lembrar da última vez em que me maquiei para sair (e isso é uma coisa que eu adoro), sobre não ansiar nadinha pela volta às aulas no Inglês.

Sobre a bagunça no meu quarto (e nos meus pensamentos), sobre ter pavor de me atrasar, sobre me sentir julgada, sobre querer escrever como se minha vida dependesse disso, sobre saudade, sobre coisas que aquecem, sobre coisas que machucam, sobre amor - de novo. Sobre mim, sobre os outros, sobre o mundo e sobre viver - com todas as dores e delícias que isso implica.

Poderia mesmo falar sobre todas essas coisas - de fato, sobre muitas delas, ainda vou -, mas percebo que já falei muito sem ao menos notar e aí prefiro deixar um certo mistério. Porém, vocês precisam saber que, no momento, quero estar em casa. E segundo o último livro que li, a palavra casa não é um lugar. É uma pessoa. 


Esse é o livro citado, Anna e o Beijo Francês. Amei tirar essa foto, o post sobre o livro sairá em breve.

Love, Tary

terça-feira, 26 de julho de 2011

Começos


Todo mundo sabe que começar assusta. Aquela angústia no peito, aquela ansiedade insistente. A coragem de todos os dias se evaporando diante do desconhecido. Uma dorzinha exposta no olhar, no mau-humor matinal e nas pernas formigando. A zona de conforto de repente arrancada e o controle da vida ameaçando escapar das mãos. Se todo dia representa um novo começo, por que o medo ainda se faz presente? Talvez ele seja uma espécie de proteção tentando revelar que o que é novo necessita de cuidados. O importante é que depois do começo, novas possibilidades aparecem, o hábito vem acompanhado da rotina e o medo inicial vai desaparecendo no ritmo certo. Não há espaço para preparação, basta pedir que os novos presentes da vida façam rir, aprender e ter certeza a respeito do lugar no mundo. Só resta respirar fundo e imaginar o que virá depois. 


Love, Tary

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O blá blá blá da sumida e algumas fotos

Meu ausentar por muito tempo nunca me deixa contente, mas todas as vezes em que faço isso são por motivos puramente emocionais. Calma que eu explico. Ou estou cansada e sem tempo, ou estou passando por períodos de falta de entusiasmo, vazio e o que aconteceu dessa vez, expectativa. Sempre que a minha vida está se encaminhando para uma nova fase, preciso me ausentar um pouco de mim mesma, refletir, sumir de tudo e me concentrar em viver. Aí não dá outra: abandono meus livros, meus filmes, meu diário e, consequentemente, meu blog. Que por ser parte de mim, reflete tudo o que se está passando comigo. 

Portanto se ele está vivendo um período sabático é porque também estou. É óbvio que me envergonho da falta de posts e principalmente de não lembrar da última vez em que respondi comentários. Ainda mais depois das respostas daquele questionário que fiz um tempinho atrás: "Acho que você deveria postar mais vezes" e "Você demora muito para responder comentários" foram as mais recorrentes. Shame on me. 

Longe de mim prometer alguma coisa depois dessas broncas todas, - tiveram muitos elogios lindos também, obrigada - mas se serve de alguma coisa, estou de férias e prestes a sair do meu atual estágio. Logo, alguns novos posts aparecerão por aqui - e se não aparecerem todos estão convidados a puxar a minha orelha no twitter ou em outra das milhares de redes sociais em que perco meu tempinho. Amanhã estou indo para um encontro da igreja e só voltarei para casa no domingo à noite. Depois disso, os puxões de orelha estão oficialmente liberados.

Agora, fotos que representam o que tem acontecido nos últimos tempos!


Luli trabalhou bastante!

Ando comendo mais besteiras do que nunca!

Comprei e assisti Funny Face! Gente, é lindo <3


Arrumei  meu guarda-roupa! Esses são meus cadernos, diários e agendas que guardo desde 2004.

Aí eu comi mais besteira ainda, claro.

Este é o Sheldon, meu notebook. Comprado com muito esforço e muita dedicação. 


Comecei, finalmente, um journal. Aqueles diários ilustrados lindos.


Comprei esse colar (e brincos) incrível de coruja!


Voltei a desenhar. Mal, mas voltei :)

E com essa foto que representa mais do que qualquer outra o quanto estou numa fase boa, me despeço.
Até semana que vem!

Love, Tary

domingo, 6 de março de 2011

5 coisas que me irritam profundamente

Esse ano decidi que vou ser uma pessoa mais tolerante, que aprenderei todos os dias a abstrair e relevar - actually, não está dando muito certo. Explico: não sou de levar desaforo pra casa e certas coisas - como bem diz o título - me irritam profundamente. Tanto, mas tanto, que não consigo ficar calada mesmo quando está na cara que são brincadeiras. E se hoje não aguento é exatamente porque as tolerei por tempo o suficiente a ponto de quase perder minha personalidade. Decidi fazer essa lista pra perceber quando dá pra relevar e até que ponto vale a pena deixar o pavio curto acender um pouquinho. 

1. Quando não respeitam meu espaço
Não existe coisa mais irritante que gente grudenta e inconveniente. Se eu quero ficar sozinha, acredite, eu realmente quero isso, não estou fazendo doce pra ter companhia. Não mesmo. Nessa categoria também se encaixam aqueles fulanos com os quais você demonstra simpatia natural e eles automaticamente acham que são seus BFFs.


2. Pessoas que acham que me conhecem.
Se a minha irmã - que é minha melhor amiga - diz que é impossível me conhecer totalmente, não vai ser cicraninho que sabe da minha existência há 2, 3 anos quem pode fazer um relatório das minhas características e ainda se dar o direito de me julgar por elas. Me poupe. Pra mim cuidar muito da vida alheia é coisa de quem simplesmente não tem uma vida.

3. Hipocrisia de todos os tipos
Sabe essas pessoas que fazem passeatas contra o capitalismo e trocam de celular/carro todos os meses? Ou aquele povo que se faz de puritano, julgando todo mundo, só pra depois aparecer na internet em fotos indiscretas? Enfim, hipócritas em geral? Então. Não desce.

4. "Não olho na sua cara mas te adiciono no Facebook"
Gente, como lidar com gente assim, me fala? O que fazer com pessoas tão sem noção da realidade como essas? Fulana não olha na sua cara na faculdade, muda de trajeto só pra não te cumprimentar, finge que você nem existe no ônibus e depois vem, toda fofa, te adicionar no Facebook. Não aceito, aaaah, mas não aceito mesmo!

5. Falta de respeito
Ou eu sou muito, muito chata ou esse mundo está mesmo repleto de gente idiota. Custa respeitar a pessoa que se esforçou e só quer apresentar aquele trabalho insuportável o mais rápido possível? Custa deixar a criatura terminar de falar durante um debate pra depois opinar? Aff, vou terminar a vida vesga de tanto que reviro os olhos pra esse povo.


É isso, minha gente. Não sei se sou frescurenta ao extremo ou se existe muita gente babaca nessa vida mesmo, mas terminada a lista, acho que não consigo relevar essas coisas. Prefiro deixar o pavio curto acender.

Love, Tary

domingo, 27 de fevereiro de 2011

I'm tired

É exatamente essa frase do título que insiste em não sair da minha boca - e da minha aparência - nos últimos dias. Trabalhar, fazer faculdade, estudar inglês, (tentar) ler livros acadêmicos e manter minhas séries em dia está muito complicado. Os últimos filmes que assisti? Aqueles dois em que Cate Blanchett interpreta a Rainha Elizabeth I. Porque estavam passando na televisão, óbvio. 

Os últimos e únicos livros do ano até agora? Orgulho & Preconceito e Lolita,  os mais ruminados da minha vida de leitora, demorei praticamente um mês inteiro pra terminar de ler cada um. E até hoje não consegui ouvir inteiro o novo álbum da Adele, dá pra acreditar? Juro que não foi por falta de tentativas. Nem no ônibus dá tempo, já que graças a Deus, os que pego não demoram muito pra chegar ao destino.

Sorry, diva

Semana passada é um ótimo exemplo de como tem sido minha vida. Depois de uma semana inteira de estudo e estágio, gravamos  na sexta um vídeo para a disciplina de Audiovisual, com direito a transmissão na twitcam e uma rodada de pizzas. No sábado, trabalhei pela manhã e fui para o Inglês às 14:00.  Chegando em casa, fui fazer as milhões de tarefa da Wizard e acabei indo dormir às 22:00. Alguém sentindo falta da minha vida social? Eu também. Aí no domingo, meu adorável dia de preguiçar e procrastinar, tive que escrever uma matéria e uma síntese de um texto de dezenove páginas. Ah, esqueci de mencionar! Tudo isso com um calombo gigantesco e inchado no pulso. QUE LINDO!

Qualquer semelhança com minha vida não é mera coincidência.

Não que eu esteja reclamando... Mentira, estou sim me queixando de não arranjar tempo para minhas delicinhas procrastinantes que me permitem enganar o tédio, só que ao mesmo tempo, adoro me sentir útil no mundo. Adoro estar trabalhando e juntando dinheiro pra comprar coisas que vão me ajudar no meu futuro e na minha profissão. 

Claro que odeio estar cansada - ainda mais que as pessoas reparem no quanto estou acabada -, detesto o fato de que nenhum corretivo consegue cobrir minhas olheiras e têm dias que, juro pra vocês, até choramingo de tanta vontade de cochilar à tarde. Além de não conseguir responder comentários. Odeio postar sem saber quando terei tempo de ir no blog de cada um de vocês! Por isso, tenham paciência comigo quanto a isso, de verdade.

Se meu janeiro foi melhor que o ano passado inteiro e meu fevereiro, tão atribulado desse jeito, posso dizer com toda certeza do mundo que meu ano começou bem antes do Carnaval. Por mais que eu viva cansadinha, sou uma cansada muito da feliz. Ainda que minha cara esteja amassada, minha cabeça está em paz absoluta. E pra essas olheiras medonhas, o jeito é comprar um corretivo porreta! Então para o mês de março não tenho grandes planos. Só quero mesmo organizar melhor meu tempo. E... bom, assistir uns episódios atrasados de Grey's Anatomy que ninguém é de ferro. 

Love, Tary

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sua majestade, P.

Ter cama de casal quando ainda não se casou serve pra três únicas coisas: 1. Se esparramar na hora de dormir, 2. Entulhar tudo quanto é tranqueira existente, e 3. Exercitar a arte de não derrubar as coisas entulhadas enquanto divide a cama com elas. E tem pra todos os gostos, hein? É o exemplar abandonado de "Lolita", o dicionário de inglês entreaberto, celular, bolsa, roupa limpa que infelizmente não se dobra sozinha, prato de comida e milhões de revistas que você prometeu ler mas parecem se multiplicar sozinhas, em ritmo alucinante. 

Retrato da cidadã brasileira que não sabe por onde começar e morre só de pensar em sair da segurança de seu computador recheado de elementos procrastinadores irresistíveis. Entre eles, o supremo, o máximo, o magnânimo, o rei do "deixa pra depois". Ele mesmo. Sua majestade, o Twitter. 

Que mal pode fazer dar uma olhadinha nos replies antes de prosseguir na leitura do livro acadêmico indicado pelo seu professor muuuuito adorado? Eu te conto, darling. Sua visão periférica vai te atrair para um conjunto abominável chamado de Trending Topics, "TT's" para os íntimos. 

Aí você vai descobrir o mais novo aplicativo bizarro do Iphone. O último chato a sair do Big Brother. A mais recente peripécia policial da Lindsay Lohan. Ora, mas e se não tenho Iphone, não assisto BBB há séculos e não dou a mínima para os bafões de estrelas adolescentes? Aham, acredito cegamente na sua falta de interesse. Mas clicou, né santa? Uma clicadinha inocente que custou meia página da nova Superinteressante. Que feio. 

Tá pensando que é culpa da internet, das redes sociais, da plantação de nabos no Afeganistão? Nem, minha filha. A culpa é sua mesmo, e também daquela que reluta em te abandonar e começa com P. Não é a Procrastinação, mas ambas são unha e carne, não é palavrão mas bem que faria sentido se fosse. Você jura que nunca mais se deixará dominar, faz listas de afazeres para o fim de semana e promete a si mesma: só mais cinco minutinhos à toa. Mas ela só ri, minha gente. E toda trabalhada no sarcasmo. E na sua cara. Ai.

Ô, Preguiça, POR FAVOR sai de mim que esse corpo não te pertence! D:
Hi. Hi. Hi.
Love, Tary

domingo, 6 de junho de 2010

Sobre paixões, rótulos e comentários que me irritam

Tenho um defeito extremamente irritante: odeio quando me julgam por base nas coisas que eu gosto e que não são apreciadas por todo mundo. Deu pra entender? Explico.

Ano passado, por exemplo, disseram na aula que: "até acéfalos entendem Harry Potter, livrinho medíocre". Opa. Meu sangue subiu na hora e quando vi já tinha dito: "aff, eu adoro Harry Potter. Adoro mesmo". A pessoa limitou-se a esboçar um sorrisinho sarcástico de desprezo e dizer que livro bom é aquele que te faz pensar, como Filosofia ou os livros da sua área de atuação. Se você quer me deixar brava em poucos segundos, me diga isso. Me diga que é desperdício ler o que me diverte e o que me faz bem só porque não foi escrito por um grande filósofo. Eu gosto - e procuro ler - livros de pensadores, mas uma coisa nada tem a ver com a outra.

Outro dia, ainda no ano passado, uma garota disparou: "Hoje em dia ninguém mais quer saber de E o vento levou e adora aquela porcaria de Um Amor Para Recordar". Ai, ai. Sangue da Tary subindo de novo! Sei muito bem que não tem comparação e que E o vento levou é infinitamente superior - aliás, eu adoro! Beijo, Scarlett -, mas não acho A walk to remember uma porcaria. Foi o filme da minha adolescência! Quem foi que disse que os filmes que a gente gosta precisam ser esteticamente perfeitos pra gente se apaixonar? E gostar de um filme que não é uma obra prima me torna menos inteligente? Logo, soltei mais uma das minhas: "Eu vejo e tenho em casa os dois filmes, tá generalizando, minha filha!".

Outro ponto complicado é quando falam mal do Cazuza. HP é uma paixão recente e Um Amor para recordar, paixão de adolescente, mas Cazuza é uma paixão eterna. Os xingamentos, as coisas que dizem dele sem saber metade de sua história...Sei que ele fez coisas que muitos não aprovam, coisas que eu não faria, mas não o julgo. Ele viveu sua breve vida e se foi. Cazuza escreveu tantas coisas lindas, tantas coisas sinceras e cantou de um jeito vísceral, ele cantou a vida.

Tudo bem se você não gosta de HP, acha Um Amor Para recordar chatérrimo e detesta o Cazuza, mas não rotule quem gosta. Não ache que me conhece e não trace um perfil da minha personalidade porque eu não gosto das mesmas coisas que você. Expresse sua opinião, discuta comigo, mas se sabe que eu gosto pra que gongar na minha frente? Dizer que não curte e mostrar  seus motivos pra isso, tudo bem. Mas dizer que quem gosta é isso ou aquilo, não dá. Sendo um hater consciente, você vai perder de levar uma boa resposta de uma fã chata como eu.

Love, Tary.