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quinta-feira, 21 de julho de 2011

A louca das séries - parte II

Se já estava enlouquecendo por antecipação antes de começar a escrever esta segunda lista, imaginem a minha cara ao me deparar com um espaço em branco e várias séries implorando para serem incluídas? Que dó. Aproveitando minha recente decepção com a 2ª temporada de Glee e com a 4ª de The Big Bang Theory, vou ignorar os beicinhos das duas séries e retirá-las delicadamente da seleção. Que fique registrado, porém, que ainda não desisti. Quanto a True Blood, esperemos a 4ª temporada apresentar seu último episódio e depois manifestemos nossas opiniões. Por hora, melhor indicar apenas as sensacionais, deixando de castigo as que andam deixando a desejar. Explicações devidamente feitas, conheçam:

Minhas séries favoritas dos últimos tempos

Being Erica


Erica Strange tem 32 anos e uma vida ferrada. Sem namorado, sem emprego, família despejando cobranças e incontáveis arrependimentos na lista. No meio de tudo isso, um cara muito estranho com pinta de psicólogo (e fascinado por citações famosas) oferece uma espécie de "terapia" que consiste em voltar no tempo e fazer diferente. Ou seja, Erica tem a oportunidade de reencontrar todos os erros do passado e tentar consertá-los. Claro que muita coisa ainda dá errado de formas diferentes, mas a personagem sempre consegue aprender. É uma série bem de mulherzinha, pra assistir com a mãe (a minha adora!), suspirar e dar muitas risadas com as peripécias da protagonista. 

Community

Imagine um grupo de estudos repleto de gente diferente, onde um é mais doido que o outro, porém todos funcionam super bem juntos? Essa é Community, minha comédia favorita dos últimos tempos. Praticamente todo o santo dia lamento não ter um episódio novo para assistir (a série está em hiato até setembro, eu acho) porque essa é a minha mais recente (e obsessiva) paixão televisiva. Quem diz que "The Big Bang Theory" é a comédia nerd mais legal do mundo, nunca ouviu falar de Community. Não, você pode até não rir o tempo todo, mas se tiver o mínimo de referências da cultura pop, se divertirá horrores e se perguntará como eles conseguem escrever episódios tão geniais. Zumbis, RPG, citações de seriados ruins da tv, episódio em stop-motion, paintball, homenagem a Pulp Fiction, flashbacks hilários e outros complementos malucos: está tudo lá. Não desista nos primeiros episódios, a série só engrena na metade da 1ª temporada e na 2ª, vira a melhor coisa do mundo. Lamentável que premiações como o Emmy e o Globo de Ouro a ignorem completamente e indiquem tanto lixo.

Game of Thrones

No começo da temporada, achava Game of Thrones uma bagunça de muitos personagens que até justificava o hype na excelente produção, mas não conseguia cativar no que mais me apetece: a profundidade dos personagens. Lá pelo 5º episódio, no entanto, a série me conquistou completamente. O universo de GoT compreende sete reinos governados por um só rei. Óbvio que todo mundo ia querer um pedaço desse bolo, né? E é aí que precisa prestar atenção pra não se perder nos núcleos, já que a série possui vários clãs doidinhos pelo poder. Temos muito sangue, guerras, surpresas, alianças e como não poderia deixar de ser: uma boa dose de intrigas. Além de alguns elementos fantásticos rodeando tudo. Corre, que por enquanto só tem uma temporada com apenas dez episódios! Vale muito a pena.

Misfits

Pense no seguinte: adolescentes infratores que ganham super-poderes e estão pouco se lixando para salvar a humanidade! Eles querem mais é usar dos poderes para benefício próprio e isso é muito, muito legal.  Têm vários elementos trash, alguns episódios bizarros ao extremo, uma trilha sonora de explodir a cabeça de tão boa e é britânica. Puritanos, fiquem longe, aqui a coisa funciona mais ou menos à moda de Skins, mas com super-poderes e cada reviravolta mais animal que a outra. E, pelo amor de Deus, não me venha falar que não têm tempo pra assistir Misfits: a série têm apenas duas temporadas contendo seis episódios cada uma! 

Parks and Recreation

Sabe aquela comédia cuja propaganda passa direto na Sony e você nunca pensou em assistir por parecer chatinha? Assim começa minha história com Parks and Recreation, que na verdade é totalmente hilária. Conta a história dos integrantes de um departamento subestimado dentro do governo de uma cidadezinha ainda mais subestimada. Temos a vice-presidente idealista, o presidente que prefere comer um bife gigante do que atender os chamados da população, a estagiária que não faz absolutamente nada e por aí vai. Pode até não parecer engraçado, mas confie em mim: é de chorar de rir. Todo mundo critica a 1ª temporada, eu gostei bastante, mas admito que as duas seguintes são muito mais engraçadas. Recomendo muito!

The Vampire Diaries

O começo da 1ª temporada é horrível, a gente não aguenta mais histórias de vampiros e rola todo aquele preconceito com série da CW, mas gente eu juro pra vocês que The Vampire Diaries é muito boa. Principalmente por conseguir algo que a maioria das séries anda penando pra conquistar: fazer o telespectador mal poder esperar pelo próximo episódio. É muito divertida, os vampiros são vampiros de verdade - ninguém brilha no sol ou é mais duro de matar que o Bruce Willis -, as reviravoltas te deixam sem fôlego e eu adoro a ironia dos vilões Katherine e Damon, os melhores personagens da série. Larga de ser preconceituoso e vai se divertir.


Switched at Birth

Essa acabou de estrear e está na lista por um motivo muito simples: todo mundo merece uma fofurinha dessas na vida. A história das duas meninas trocadas na maternidade, criadas por pessoas totalmente diferentes e que resolvem unir as duas famílias para que todos se conheçam melhor simplesmente ganhou meu coração. Outro ponto positivo de Switched at Birth é abordar a deficiência auditiva, bastante negligenciada na maioria das produções. É um amorzinho!

The Big C


O câncer é uma doença terrível que já fez a minha família sofrer muito. Eu simplesmente odeio essa doença com todas as minhas forças. Quando fiquei sabendo que uma série da Showtime abordaria o assunto, relutei muito em assistir. Mas ouvi comentários do quanto  era engraçada, bonita e sutil. Calma aí, uma série sobre câncer contendo essas três características, como  assim? Pois te garanto, The Big C consegue compor esses três elementos de maneira perfeita. Tudo culpa da brilhante Laura Linney (O Show de Truman) e do resto do elenco que, entre outros nomes, conta com Gabourey Sidibe (Preciosa). Não tem nada de mórbido ou forçado, como cheguei a pensar. Risadas e lágrimas coexistem muito bem quando o texto e as atuações ajudam.

The Good Wife

Seu marido é um promotor famoso, sua família é linda e você é uma dona de casa feliz. De repente, o marido perfeito se mete num escândalo sexual e é preso por corrupção, as crianças surtam e você precisa voltar à profissão de advogada para sustentar a família. É isso o que acontece com Alicia Florrick, a protagonista de The Good Wife. E no meio dessa confusão toda com o marido (0 Mr. Big de Sex and the City), ela precisa pensar nos casos do escritório e aguentar os filhos chatinhos. Alicia é uma heroína. Ainda não acabei a primeira temporada, mas até agora não assisti nenhum episódio ruim da série. Assistam!

The Middle

O principal motivo para amar The Middle são os personagens. A família Heck é maluca, adorável, hilária e muito cativante. Eles são preguiçosos pra caramba, politicamente incorretos, mais quebrados do que tudo e se ferram tanto que chega a dar dó, mas são extremamente engraçados e peculiares. Impossível não se apaixonar por cada um deles. Especialmente por Brick, o caçula da família, aficionado por livros, completamente antissocial e fascinado por repetir a última palavra de suas frases sussurrando-as assustadoramente. Amo e nunca vou deixar de acompanhar as maluquices deles. 

Grey's Anatomy

Estou numa fase magoadinha com Grey's porque a última temporada me decepcionou um bocado (principalmente a season finale) e a criadora da série, Shonda Rhimes, anda negligenciando demais minha personagem favorita, a fodástica Dra. Miranda Bailey. Porém, nunca poderia deixar de citar os meus queridos residentes - no início, internos - do Seattle Grace. Sou completamente fissurada na dinâmica da série, adoro que os pacientes sejam uma metáfora em relação a vida dos médicos, amo até os mais chatos dos personagens e não dá pra negar: nenhuma série consegue fazer um episódio-evento tão bem quanto Grey's, basta assistir a finale da 6ª temporada. Mais que tudo, essa é uma série que nunca passa batida, sempre deixa uma reflexão.

Aos que chegaram até aqui, obrigada pela paciência e não deixem de conferir ao menos uma dessas séries excelentes, não vão se arrepender. Caso alguém se interesse, também vejo Dexter, The Walking Dead, Love Bites, Happy Endings e Modern Family. Ah, todas as comédias aqui indicadas não possuem as risadinhas de fundo que todo mundo parece odiar tanto (:

Love, Tary

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Etapas importam

Em todos os momentos complicados da minha vida, fico repetindo alguns mantras que se não ajudam de fato, pelo menos permitem que eu pare, respire e desabafe. De todos eles, acredito que o mais famoso seja o seguinte: "Queria dormir e só acordar no Natal." É. Ok, vamos admitir que seria de fato prazeroso não ter de passar por todas as provas, desgastes, sofrimentos e angústias de um ano inteiro e acordar apenas na minha data favorita do ano, mas será que eu nunca parei para pensar nas coisas que perderia? Nas pessoas que deixaria de conhecer, nas experiências que deixaria de viver, nos ensinamentos que jogaria fora?

Tudo isso me lembra Click, comédia estrelada por Adam Sandler em 2006. No filme, Michael Newman, o personagem de Sandler ganha um controle remoto universal que lhe possibilita o comando total de sua vida, avançando e voltando no tempo conforme suas vontades. Inicialmente, Michael se diverte com a bugiganga, afinal, quem não quer ultrapassar os momentos chatos e difíceis da vida, não é mesmo? Mas é óbvio que o lazer dura pouco. O personagem passa a viver no piloto automático, excluindo as pessoas que ama, se direcionando para o fim de sua vida sem perspectivas, sem aprendizados, sem saber o que esperar.

- Eu tenho o poder, cara!!!! - É... não.

Certamente que todos gostariam de não sentir dor, de não passar por momentos constrangedores e chatos, de poder controlar o tempo, o espaço, a memória. Sempre pensamos e desejamos obter o total controle de nossos destinos, mas pular etapas não é um bom negócio e não corresponde a ordem natural das coisas.

Lembro de um episódio de Grey's Anatomy onde Abigail Breslin interpretava uma garotinha que não sentia dor física e, por consequência, não sabia quando tinha algo errado em seu organismo, o que causa hemorragias internas e um caos em seu corpo.  Na sala de operação, a sempre sábia Dra. Bailey - minha  personagem favorita na série - diz uma frase que ilustra perfeitamente a importância de deixarmos as coisas acontecerem: "As pessoas se esquecem de que sentimos dor por um motivo". Verdadeiro, hein?

Acredito que cada segundo de nossas vidas tem um propósito maior do que apenas existir, todas as etapas são importantes. Talvez dormir e acordar no Natal não seja um escape dos acontecimentos ruins, mas uma fuga covarde. O mantra continua, mas apenas da boca pra fora, não é preciso pular etapas para ser feliz.

Love, Tary