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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Livros, livros, livros: uma retrospectiva

Confesso: estava morrendo de preguiça de escrever sobre os melhores livros que li no ano passado. Primeiro, foram quarenta livros e pra uma pessoa que não tinha tempo pra nada e só lia no ônibus - e  durante aulas chatas, né, mas abafa -, acho até um número razoável. Mas a @luhsmile me deu bronca no twitter dizendo, com toda razão, que é pecado ter preguiça de falar de livros. Graças a ela, criei coragem - e vergonha na cara, mas abafa de novo - e vim fazer a retrospectiva. Aí, meio que criei uns tópicos e se alguém quiser responder, vou achar o máximo! Vou indicar umas blogueiras no final. Isso mesmo: mamãe, criei um meme!

Os livros que li em 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte, As Meninas, O Morro dos ventos Uivantes, Música ao Longe, Ídolo Teen, O Diário da Princesa - volumes 2, 3,4 e 5, As Brumas de Avalon - 1, 2,3 e 4, Fazendo meu filme, Ensaio sobre a Cegueira, See Jane Date, Desculpa se te chamo de Amor, A menina que não sabia ler, A Última Música, Travessuras da Menina Má, O Menino do Pijama Listrado, Antes de Morrer, Moça Interrompida, Sorte, Em seu lugar, Sussurro, Um certo capitão Rodrigo, Morto até o anoitecer, A arte de correr na Chuva, Capitães da Areia, Alice no país das maravilhas, O Mágico de Oz, Melancia, A Sombra do Vento, A Senhora do Jogo, Memórias de uma Gueixa, Poderosa, A faca de dois gumes, Os contos de Beedle- o Bardo e Laura

Em negrito os melhores do ano, em itálico os que não leria de novo e o restante, bons, porém indiferentes. Essa é opcional pra quem quiser responder porque, né, quase me descabelei pra lembrar tudo. Não precisa morrer de tanto falar - como eu - se não quiser, só cita o livrinho.

O casal literário mais fofo 

Clarissa & Vasco, de Música ao Longe (Erico Verissimo). Primeiro que eles são primos - e amor de primo não acaba nunca: quem pegar essa referência é muito viciado em novela -, ela é uma professora inocente viciada em livros e ele, revolucionário de pensamentos fortes. O relacionamento dos dois, apesar de estar apenas no início nesse livro, é de contrair os dedos dos pés e morder os lábios de tão doce e cativante.  Menção honrosa: Ron & Hermione, de Harry Potter.

Virei a noite lendo

Três livros me fizeram virar a noite, mas o escolhido é A menina que não sabia ler (John Harding), demorei 8 horas para ler e estava realmente amanhecendo quando li a última página. É daqueles livros eletrizantes, que te surpreendem absurdamente, você termina a leitura e não consegue parar de pensar na narrativa, juntar as peças, investigar os fatos e fica um bom tempo com a história grudada na mente. Incrível.

Soco no estômago

O menino do pijama listrado (John Boyne) foi a porrada do ano pra mim. Tratar o nazismo do ponto de vista de duas crianças é quase cruel, pois a inocência da narrativa machuca demais. Nem preciso dizer que chorei horrores.  Menção honrosa: Sorte (Alice Sebold).

Aquele em que chorei de soluçar 
Ou "o livro mais triste que li" pra quem não costuma chorar lendo

Apesar do livro acima ter me desidratado quase que completamente, o que mais me fez chorar foi Laura (Elair Witczak), tão desconhecido que eu mesma tive que criar o perfil no skoob, mas recomendadíssimo, se puderem procurar em sebos, façam isso! Conta a história de uma menina que só queria ser amada, mas foi julgada e maltratada por ser pobre. A miséria retratada é tão pungente que não há como não terminar a leitura e se sentir agradecido por tudo o que têm. Fui dormir chorando, rezando e pensando nas "Lauras" que existem pelo mundo, bem diz a sinopse: Laura pode ter sido a irmã que não quisemos, a amiga de que aproveitamos, a filha que não tivemos a coragem de reconhecer. 
Menção honrosa: Antes de Morrer (Jenny Downham)

A maior decepção do ano 

Desculpa se te chamo de amor (Federico Moccia) tinha tudo pra ser legal. Mas não foi. É italiano e isso é lindo, porque tem toda uma atmosfera calorosa que falta nos livros americanos e ingleses. O tema é muito interessante: o relacionamento de uma menina de 17 anos e um cara de 37. Têm referências incríveis de filmes e músicas ótimas. Mas tudo isso se estraga no excesso de personagens secundários inúteis, na encheção de linguiça e na mania do autor de querer poetizar sem ter bagagem pra isso. Uma pena.
Menção nada honrosa: Moça Interrompida, Susanna Kaysen.

O mais chato

Antes de tudo: não me matem. Sei que muita gente ama esse livro, inclusive minha incentivadora Luh, mas não teve jeito. Apesar das descrições lindas e dos personagens secundários interessantíssimos, os protagonistas de Travessuras da Menina Má (Mario Vargas Llosa) não me cativaram nem por uma linha e isso é o pior defeito que um livro pode ter, na minha opinião. Até perdoo uma narrativa arrastada ou bobinha se os personagens me fizerem torcer por eles e esses, infelizmente, não chegaram nem perto. 
Menção nada honrosa: Melancia (Marian Keyes). 

Quase morri de tanto rir!

Com certeza absoluta, See Jane Date (Melissa Senate) foi o livro que me fez rir alto. Não, não li em inglês, mas me recuso a usar o título em português "Procura-se um namorado, última chamada" que faz parecer que estou lendo um livro de autoajuda pra mulheres encalhadas. Jenny, a protagonista maluca e super identificável, está realmente desesperada, mas qual protagonista de chick lit não está? Bridget Jones que o diga. Comprei porque estava deprimida, precisando de um porre literário e me arrependi instantaneamente, mas bastou começar a leitura pra pagar a língua. É cheio de referências pop, ultra engraçado, terno e o melhor "livro de mulherzinha" que já passou pelas minhas mãos. Menção honrosa: Morto até o anoitecer (Charlaine Harris)

Aventura, fantasia ou infanto-juvenil 

Coloquei as três pra dar mais opções - a pessoa conta que alguém vai responder, haha! -, mas minha resposta a cada uma delas seria a mesma: Harry Potter e as relíquias da morte (JK Rowling).  Simplesmente AMEI o final, não me decepcionei em nada e quase morri de ansiedade lendo.  
Menções honrosas: As Brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley) e Fazendo meu filme 1 (Paula Pimenta).

Bate bola de personagens

Personagem masculino apaixonante: Vasco, de Música ao Longe. 
Personagem feminina admirável: Morgana, de As Brumas de Avalon. 
Personagem mais chato: Gwenhwyfar, de As Brumas de Avalon. 
Personagem mais legal: Ron, de Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Personagem mais perturbador: Florence, de A menina que não sabia ler. 
Personagem que mais me identifiquei: Lorena, de As Meninas (Lygia Fagundes Telles)

O melhor livro que li em 2010

Parte da minha resenha no skoob de Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago), explica perfeitamente o motivo, então colei aqui:  Inquietante, claustrofóbico, genial. Este livro revela todas as faces humanas e gera uma reflexão assustadora sobre o que aconteceria se um caos como o "mal branco" se instalasse no mundo, o que de fato aconteceria se de uma hora para outra uma epidemia de cegueira surgisse? Ou será que já somos cegos que podem ver e ainda não nos demos conta disso? A leitura provoca reações quase físicas, nos imaginamos cegos, perdidos, famintos e imundos. Não somos mais nós mesmos, mas aqueles personagens sem rosto, sem olhos, sem nomes. Aflição, falas misturadas... Se trata de uma narrativa poderosa e necessária, onde nos sentimos completamente dentro da história. GE-NI-AL.

5 indicadas pra responder!

 Luisa  - Fernanda -  Jéssica Asato -Analu - Anna Vitória

E foto de parte da minha estante pra ilustrar!



Ufa, terminei!!! Love, Tary

domingo, 11 de julho de 2010

Sabedoria Cassiniana

Vocês estão cansados de saber o quanto eu amo Cassie Ainsworth, de Skins. Falo sobre ela, cito suas frases o tempo todo, desenho, faço maquiagens inspiradas (!) e me identifico absurdamente (tirando a parte das drogas e da anorexia, claro). Logo, vou poupá-los do falatório habitual e mostrar fotos que ilustram meus motivos perfeitamente.








Não levem o título ao pé da letra, óbvio que uma adolescente, principalmente uma personagem de Skins, não faz ou fala sempre a coisa certa. Todas as fotos foram retiradas do We Heart It.

Love, Tary

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A música mais triste do meu mundo

Se me pedissem para escolher a canção mais triste de todos os tempos, a eleita seria sem nenhuma dúvida, a arrasadora "Clarisse", da Legião Urbana. Essa música revela o que pode existir de mais feio, cruel e medíocre no mundo. Tudo isso através dos olhos e das dores de uma garota de 14 anos que se automutila porque segundo ela: "a dor é menor do que parece, quando ela se corta, ela se esquece".

Clarisse sofre de uma maneira tão vísceral que basta escutar a música para que eu me sinta deitada em posição fetal com 40º de febre, pensando sobre a fragilidade das relações humanas. É uma música longa, sem refrão e que, embalada pela voz melancólica de Renato Russo, traz a total sensação de entrar na pele da protagonista.
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes

Já disseram que é autobiográfica, mas eu sempre associo Clarisse a Christiane F., do polêmico livro ''Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída" e talvez por isso, a experiência de ouvir a canção seja sempre tão forte para mim - caso não saibam, Christiane era viciada em heroína e teve que se prostituir para sustentar o vício. As duas histórias se casam tão perfeitamente que até fizeram esse vídeo unindo a música da Legião Urbana e as imagens da adaptação para o cinema de Christiane F:


Existem inúmeras Clarisses e Christianes espalhadas pelo mundo, deixadas de lado, incompreendidas, vítimas de violência e que buscam em caminhos escuros, como o das drogas, a libertação da dor. E o pior de tudo é que, vivendo nossas vidas coloridas e nos preocupando exclusivamente com nossos problemas, nem reparamos naquela menina sentada ao nosso lado no ônibus que pode estar sofrendo de depressão ou naquele garoto que está faltando às aulas para se drogar. Às vezes o seu melhor amigo está precisando de ajuda e você ainda não notou, às vezes você está precisando de ajuda e ainda não se deu conta.

A música mais triste de todos os tempos é um soco na boca estômago e de uma realidade que chega a incomodar. Clarisse não é música para ser ouvida sempre, mas escutá-la me faz estar sempre de olhos abertos para a vida. Certas canções são necessárias, certas canções existem para que você pense sobre elas e, talvez, faça algo a respeito. Afinal, como está nos últimos versos da canção, ainda há esperança:

Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito...


      E pra vocês? Qual a música mais triste de todos os tempos?


Love, Tary

sábado, 12 de junho de 2010

5 amores que eu gostaria de viver

Vez ou outra assistimos um filme ou uma série, românticos ou não, e pensamos: Ah, como eu gostaria de viver uma história de amor assim! E foi pensando nisso, que idealizei esse post. Abaixo, leitores, os amores que eu gostaria de viver.

5º - Henry e Lucy,  50 First Dates


Ok, não quero perder a memória todo o santo dia e com certeza escolheria um filme menos last week que O Sexto Sentido para dar de presente, mas eu realmente queria ser  Lucy (Drew Barrymore) nesse filme. Ter um homem como Henry (Adam Sandler), fazendo de tudo para que você se apaixone por ele todos os dias é o que todas queremos. Confessem!
 
4º - Nathan e Haley, One Tree Hill


Não sei quantos de vocês já assistiram essa série, mas quem viu sabe o quanto é incrível. Não tem como passar despercebido por um episódio sequer de One Tree Hill. Seja pela trilha sonora, pelo roteiro ou pelas histórias de amor. E a história de Naley é encantadora. Nathan (James Lafferty) era um menino desajustado que se envolveu com Haley (Bethany Joy) apenas para atingir o meio irmão e melhor amigo dela, mas acabou se encantando, se casando e tendo um filhinho, Jamie Lucas Scott, a criança mais adorável e inteligente da tv. Não bastasse tudo isso, o primeiro beijo deles é na chuva e ao som de Switchfoot, precisa mais?


3º - Ellie e Noah, The Notebook


A história de Ellie (Rachel McAdams) e Noah (Ryan Gosling) é tão bonita, cativante e forte, que os atores principais se envolveram na vida real e ficaram bastante tempo juntos. Nunca vou esquecer aquele MTV Movie Awards em que ganharam o troféu de Melhor Beijo e o reconstituíram ali, na frente de todo mundo e de uma maneira completamente apaixonada. É assim que se faz, ouviram Robert Pattinson e Kristen Stewart? Voltando ao casal, acho que todo mundo quer ficar velhinho ao lado de quem ama, por isso o amor deles é de se admirar e querer viver também. Porque se ela é um pássaro, ele é um pássaro também. Porque se ela se esquece do amor deles, ele não se importa em contar pra ela quantas vezes for necessário.
 

2º - Claire e Drew, Elizabethtown


Quem não quer ficar até altas horas conversando com alguém sem que o assunto acabe? Quem não quer abrir os olhos da pessoa amada para as verdades da vida? Quem não quer viver o romance de Claire e Drew? Bom, não sei vocês, mas eu adoro o modo como tudo acontece entre eles nesse filme e me identifico estupidamente com a Claire.


1º - Jesse e Celine, Before Sunrise e Before Sunset


Imagine estar dentro de um trem, bem tranquila, lendo o seu livro. Aí você muda de lugar e um desconhecido de adoráveis olhos azuis lhe pergunta o que você está lendo. E, melhor, ele também está lendo algo! Depois vocês começam a conversar e descobrem que tem muito em comum. Quando o adorável desconhecido desce em sua estação, ambos ficam tristes por terem que se despedir. Inesperadamente, ele volta até onde você está sentada e a convida a desembarcar para que possam continuar se conhecendo. Vocês sabem que ambos terão que se separar, mas aproveitam ao máximo cada minutos juntos e conversam, conversam sobre tudo. Dividem seus sonhos, seus desejos. E se apaixonam mais a cada instante. Se você acha que conhece histórias bonitas sobre amores possíveis, experimente assistir Antes do Amanhecer. Eu ainda não assisti Antes do Pôr do Sol, onde o casal se reencontra nove anos depois do primeiro filme, mas tenho certeza que a química entre eles continuará a mesma. Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy), vivem a história de amor que eu gostaria de viver um dia, mesmo que passageira.


Love, Tary

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sobre leituras e identificações

Será que quando você lê livros antigos e se identifica absurdamente, é sinal de que tem algo errado se passando na sua mente? Porque se assim for, tenho muitas coisas erradas na minha:


"(...) Quero ficar só. Gosto muito das pessoas mas essa necessidade voraz que às vezes me vem de me libertar de todos. Enriqueço na solidão: fico inteligente, graciosa e não esta feia ressentida que me olha do fundo do espelho. Ouço duzentas e noventa e nove vezes o mesmo disco, lembro poesias, dou piruetas, sonho, invento, abro todos os portões e quando vejo, a alegria está instalada em mim." 

" E as coisas que vemos de olhos fechados? Não existiram realmente? Por que o delírio não havia de corresponder a uma realidade? "          
  
As Meninas, Lygia Fagundes Telles.

"(...) Não faz mal. Não preciso dela. Não preciso de ninguém. Se todos me abandonam, tenho o meu quarto, os meus livros e o meu outro 'eu' que conversa comigo." 


"O meu quarto é o lugar melhor do mundo. Aqui tudo é meu, aqui ninguém se mete, aqui não há caras tristes. Na prateleira estão os meus livros, os meus romances. Quando leio, gosto de imaginar que sou a mocinha da história da história. Ler é muito bom. Se não fosse a leitura eu era muito infeliz."

Música ao Longe, Erico Verissimo.

"As Meninas" foi meu primeiro contato com a obra de Lygia Fagundes Telles e me apaixonei pela narrativa urgente, tão inquietante quanto podem ser nossos pensamentos. Na história, Ana Clara, Lia e Lorena são jovens universitárias que vivem num mesmo pensionato, cheias de sonhos e de sentimentos muito humanos. Os conflitos são tão reais que me senti na pele de cada uma, passando por tudo que elas passaram.

E "Música ao Longe"... Ah, Erico é meu autor-amor, meu brasileiro favorito, o cara que merece um post inteiro só pra ele. Clarissa, sua protagonista, é uma professora de 16 anos que têm sonhos que não cabem no tédio em que vive, dúvidas que a confundem e uma ânsia profunda de algo que não sabe bem o que é. Escreve em seu diário todos os seus pensamentos e já que não têm muitos amigos, gosta de conversar consigo. A relação dela com Vasco, o Gato do Mato, o primo que lhe desperta sentimentos estranhos, é belíssima. Vasco é selvagem, revolucionário e um dos personagens masculinos mais apaixonantes que já conheci.

Ambos os livros fortemente recomendados!  
Se quiserem me deixar dicas de livros nos comentários, agradeço. 
Boas leituras!

Love, Tary

segunda-feira, 22 de março de 2010

Nostálgica, eu?


Quando eu era pequena, ia todas as manhãs pra casa da minha avó e, como não podia brincar na rua, mergulhava nos meus programas de televisão favoritos até a hora de ir à escola. Me dividia entre o SBT, a Cultura e a Globo (que era a mais fraquinha na programação infantil) e passava ótimos momentos com "Ursinhos Carinhosos", "O Fantástico Mundo de Bobby", "Mundo da Lua", "Castelo Rá-Tim-Bum", "Chaves", "Chapolin", "Punky", "Blossom", "Digimon" e "Sakura Card Captors". Minha tia, que na época tinha 15 anos (eu tinha uns 6, 7), cuidava de mim e assistia quase todas as atrações comigo. Apesar da diferença de idade, tínhamos muito em comum e sempre comentávamos os episódios.

Todo mundo se lembra de "Punky, a levada da breca", mas é difícil alguém se lembrar de "Blossom", um sitcom muito doce e engraçado sobre as desventuras de uma adolescente e que começou a ser exibido pelo SBT em 1997, durando quatro anos. Na minha memória, pequenos flashs da personagem título, muito inteligente e nada bonita; de Joey, o irmão muito bonito e nada inteligente; de Tony, o irmão ex-viciado e hilário; de Nick, o pai bacana e ciumento, de Vinnie Bonitardi, o namorado gatinho e de Six, sua melhor amiga no mundo inteiro e uma tagarela crônica. Eu simplesmente amava a série, adorava os conflitos, as piadas e esperava ansiosamente que a garota estranha começasse a dançar na abertura, pois isso significava que eu daria boas risadas.

Durante muito tempo procurei os episódios pra download, mas parecia praticamente impossível encontrar, já tinha desistido quando achei esse link que continha praticamente todos os episódios da série pra assistir online. Pronto, virei criança na hora! Me vi sentada com a tia Dani na sala da casa de vovó, comendo leite ninho com achocolatado e dizendo o quanto Vinnie era lindo e Joey, um adorável idiota.

Não sei bem o motivo, mas adoro conversar ou mesmo reviver  minha infância. Escrevi aqui uma vez que, assim como a Cassie, de Skins, não acho que tenha crescido realmente, ainda tenho muito da criança que desenhava as pessoas que amava, lia histórias sobre "Meninas Exemplares" na varanda de casa e sentava todas as manhãs para assistir Blossom na TV.

Love, Tary.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Uma música pra se guardar

A primeira vez que ouvi "Pra você guardei o amor", de Nando Reis e Ana Cañas, foi na novela das seis e, desde então, me vi completamente encantada. Ficava esperando o casalzinho fofo aparecer só pra música tocar. Quando meu computador voltou, finalmente baixei e agora; todos os dias, religiosamente, é a primeira a ser reproduzida e com certeza, a mais tocada.

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

É poesia genuína, pura ternura. Tem gostinho de primeiro amor, de beijo apaixonado. É daquelas canções que temos vontade de recitar para alguém algum dia e que se cantassem pra gente, nossa! Morreríamos de emoção.

Impressionante como as vozes de Nando e Ana encaixaram-se com perfeição! Super acho que eles deveriam gravar um álbum inteirinho juntos, com direito a DVD e turnê nacional! Ou pelo menos, manter uma parceria eterna como Roberto e Erasmo Carlos. Virei entusiasta desses dois. Se antes tinha muita simpatia por Nando Reis e Ana Cañas, agora tenho paixão pelo som dos dois. Tudo culpa de "Pra você guardei o amor", quem mandou ser uma das músicas mais lindas dos últimos tempos?

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar


Love, Tary

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Os 10 melhores filmes chorantes

Muito tempo atrás, num outro blog meu, fiz um post sobre os 10 filmes mais chorantes que eu havia visto até o momento. Alguns eu lembro e vão permanecer na lista, outros são completamente novos. Lembrando que as escolhas são completamente pessoais e nem todos vão se identificar (ou achar que são chorantes). Ou seja, são os filmes que EU chorei - e choraria de novo sem o menor problema.

Os 10 melhores filmes chorantes, por Taryne Zottino:





Podem me chamar de teen, de bobona, de manteiga derretida, de qualquer coisa, mas eu amo esse filme e chorei demais. Acho que é um dos filmes que mais assisti na vida, afinal, 49 vezes não é pra qualquer um nem pra qualquer filme. Mandy Moore é Jamie, a filha do pastor de uma cidade pequena, e conhece Landon (Shane West), um bad boy inveterado que só faz besteiras até se apaixonar por ela. O que vem depois são declarações de amor muito fofas, embaladas pela voz de uma das minhas cantoras favoritas, a própria Mandy. A direção de Adam Shankman não é grande coisa, mas dane-se! Eu adoro A walk to remember, é triste, é lindo e acabou.

Quando Ellie (A adorável Rachel McAdams) conhece Noah (Ryan Gosling) o que se segue é uma paixão sem medidas dirigida por Nick Cassavetes. Logo, o que seria apenas uma bela história de amor, se torna um grande tratado sobre o afeto verdadeiro e o modo como ele sobrevive aos mais tristes males. O casal protagonista é um dos meus favoritos do cinema e os beijos trocados por Rachel e Adam, uns dos mais cheios de química que já vi até hoje. Ah, claro, é caixinha de lenços total, esqueça a pipoca e compre uma bem grande.

Histórias de Pais e Filhos acabam comigo. Acho que é uma das relações mais bonitas, difíceis e sinceras que existe. Isso tudo combinado com a brilhante direção de Tim Burton, uma fotografia estupenda, Billie Crudup e um final de encher os olhos, faz de Big Fish um filme que me fez chorar muito, muito mesmo.






Pois é, mais um drama familiar! Desta vez, Julia Roberts é Isabel, a mais nova madrasta de um par de crianças encantadoras (a garota é a já conhecida Jena Malone) que a detestam. Susan Sarandon, brilhante, maravilhosa, incrível e como já deu pra notar, uma das minhas atrizes preferidas, interpreta a mãe dos pequenos e me faz chorar demais. Bandida.

Oi, Sean Penn, tudo bom? Como você consegue ser um ator tão genial? É de nascença? Ok, vamos ao filme de Jessie Nelson. Nele, o personagem de Penn possui problemas mentais e um grande amor por sua filha Lucy, interpretada pela fofa Dakota Fanning, mas perde a guarda da garotinha na justiça e tenta desesperadamente tê-la de volta com a ajuda de uma advogada turrona (Michelle Pfeiffer). É daqueles filmes que você chora o tempo todo, quando acha que está se recuperando e que o rosto vai parar de inchar, outra cena chorante aparece e você desiste: ok, vou chorar o filme inteiro mesmo, olá, caixa de lenços!

Um dos meus filmes favoritos. Sou louca por filmes de professor, acho genial como os mestres sempre conseguem um jeito de inspirar até os alunos mais rebeldes e mudar o destino deles. Nesse filme de Peter Weir, Robin Williams - um dos meus atores prediletos - interpreta o professor John Keating, um cara extremamente engraçado, sagaz e que apresenta aos seus alunos a tal Sociedade. Encantados, eles resolvem reconvocar a instituição e a partir disso, suas vidas mudam para sempre. Não vou falar em que momento choro initerruptamente pra não estragar a surpresa, mas se você for como a Tary, confia em mim, vai chorar. Ah, o Dr. Wilson de House é um dos atores do filme.

Will Smith, um dos melhores atores do mundo (sem discussões sobre isso, tá?), interpreta um pai de família (outro filme de pais e filhos, não disse que esses filmes sempre acabam comigo?) que é obrigado a sustentar sem emprego, sem expectativas e sem ajuda, um filho pequeno. A luta dele para conseguir um trabalho, as dificuldades pelas quais passa e as vitórias que conquista, são regadas a muitas lágrimas.

Dolorido. Essa é a palavra que melhor define o filme de Isabel Coixet, que conta com Sarah Polley, Mark Ruffalo (O amor da vida da Tary) e Scott Speedman (Uma crush antiga da Tary) como protagonistas. Tudo começa quando Ann, achando que espera um filho, vai ao médico e sai de lá sabendo que têm poucos meses de vida. É triste demais, demais mesmo, até hoje minha mãe não gosta nem de ouvir falar no filme, mas é também muito brilhante. Os diálogos são tão magníficos que merecem um post, Mark Ruffalo está tão melancolicamente adorável que não há como não se apaixonar perdidamente por ele e as lágrimas são inevitáveis.

O filme de Javier Fesser, ganhador de seis prêmios Goya, é daqueles tão chocantes e arrebatadoramente tristes que só conseguimos ver uma vez. A doce garotinha Camino sonha em estar com Jesus, o menino pelo qual está apaixonada, mas sua mãe fanática religiosa (que raiva dessa mulher, deu vontade de matá-la!) e uma doença devastadora impedem que o seu primeiro amor aconteça, em cenas que te fazem sentir uma raiva muito grande das pessoas que confundem devoção com fanatismo e que te fazem chorar os olhos para fora. Sério, ''Camino'' é tocante e muito necessário, não dá mesmo pra perder. Ah, todo mundo diz que a intérprete de Camino, Nerea Camacho, é muito parecida comigo!

Acho que não é exagero meu dizer que o filme dirigido por Robert Zemeckis e protagonizado por Tom Hanks, é um dos melhores filmes que existe. Forrest, sempre citando os sábios ensinamentos de sua mãe, vive sua vida cada vez mais apaixonado por Jenny (Robin Wright Penn), uma irresponsável amiga de infância. A película conta a história de Gump e ao mesmo tempo a dos Estados Unidos, mostrando figuras famosas como Elvis Presley, John Lennon e vários presidentes americanos. A direção é impecável, o roteiro é incrível, os efeitos especiais (sim, têm muitos efeitos e você nem os vê!) meticulosamente bem feitos e a interpretação de Tom Hanks, memorável. Não vou dizer o porquê de ser um filme tão chorante, mas posso dizer que é e que possui uma das frases mais dolorosas da história do cinema - se você já tiver visto o filme, eu te conto qual é. Um dos filmes que mais me fizeram chorar e um dos filmes mais geniais que já vi na vida. Obrigada, Zemeckis!

Menções honrosas: Antes que termine o dia, A Vida é Bela, Frida, Meu Primeiro Amor, Amor Além da Vida, Doce Novembro, Escola da Vida, Jack, Sete Vidas, Patch Adams, O Labirinto do Fauno, O Som do Coração, Tristão e Isolda (...)

Love, Tary.

P.S: Novo layout com as três maiores divas do cinema na minha humilde opinião: Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Judy Garland. Amei as cores, a logo ficou a cara do blog, com essas folhinhas e a flor voando.
P.S²: A quem interessar possa, eu tenho um Twitter . Sim, eu fiz um depois de dizer que era inútil  e tô completamente viciada. Eu sei, eu sei.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Muito mais que uma mensagem

Demorei muito pra falar disso e não podia demorar nem mais um post. Eu já achava o Markus Zusak incrível, as palavras dele em A menina que roubava livros permanecem em mim dolorosamente lindas como Liesel, a personagem principal, a eterna "roubadora de livros". Minha paixão por esta história é infinita, tão forte que é até difícil descrever.

Sempre acho que quando falo das coisas que gosto muito, acabo deixando escapar algo, como se minhas palavras fossem pouco pra expressar o quanto tal coisa é boa, mas enfim, voltando ao Zusak, fiquei sabendo de Eu sou o mensageiro, livro lançado por ele antes de seu best-seller e já quis adotar a obra, abraçar, cheirar e absorver cada uma daquelas linhas. Queria ter aquele livro. - por que sempre que eu falo de livros fico parecendo uma pessoa psicótica?

No entanto, foram aparecendo tantas palavras doces pelo meu caminho... Anotei Eu sou o mensageiro na lista e deixei pra mais tarde. Em 2009, quase três anos depois, finalmente me vi encantada com o que Markus Zusak escreveu neste livro e a única palavra que consigo pensar é: GENIAL! Assim mesmo, como letras maiúsculas e ponto de exclamação no final.

O livro conta a história de Ed Keneddy que tem 19 anos e é um fracassado. Do nada, ele começa a receber cartas de baralho que dão uma reviravolta extraordinária em sua vida e nas vidas alheias também. O que dizer? Me apaixonei por Ed Keneddy. Me encantei por cada uma das mensagens, pela força que ele demostrou, pelos seus amigos e, céus, como torci para que ele e a Audrey se encontrassem um no outro, finalmente.

Tem uma coisa que sempre faço - não acredito que vou contar isso pra vocês, mas lá vai - quando leio algum trecho que me deixa fascinada: afasto um pouco o livro, fecho os olhos e suspiro. Percebi isso pouquinho tempo atrás, é uma coisa tão inconsciente, mas que sempre faço com os livros que amo. Aqueles que é difícil abandonar e dizer adeus, aqueles que dá uma tristeza ler a última página, sentindo falta daqueles personagens sabendo que eles sempre estarão em nós, pulsando em nós. Aqueles livros que sempre iremos visitar pra lembrar todas as coisas que sentimos durante a leitura. Eu sou o mensageiro é assim, daqueles livros que cabem direitinho no nosso coração e jamais saem de lá.

***


Aí que finalmente essa coisinha que chamamos de sistema de comentários, o senhor haloscan, resolveu me abandonar. Tava achando muita mamata, pra ser sincera, mas sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Logo, perdi todos os comments de vocês. Lindo, né? Ai. Que. Raiva. Mas ok, vamos seguir, não vamos nos descabelar por causa disso. Coloquei o sistema de comentários do blogger e é isso aí. Ainda bem que já tinha lido os comments de algumas pessoas, mas francamente? Aff, haloscan.


Fora isso, tudo bem. Beijos, queijos e muito amor,

Tary.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Adele




Adele Laurie Blue Adkins

Sabe aquele tipo de música que te traz uma coisa muito especial quando escuta? Que te evoca um monte de pensamentos? Que te aquece o coração? Assim é o som da Adele.

Ela é inglesa, tem 21 anos, olhos estupidamente azuis, não se encaixa nos padrões hipócritas da sociedade - também não parece ligar pra eles - e tem uma voz absolutamente fabulosa! De verdade, é uma voz que vai crescendo aos poucos e você se sente anestesiado, encantado com as canções e com a intérprete. O álbum de estréia, "19", foi lançado em 2008 e, no ano passado, ela ganhou dois Grammys merecidíssimos de Artista Revelação e Melhor Performance Pop Feminina.

''19'' é mesmo muito, muito bom; tem aquela pegada de soul e de jazz, algumas músicas bem dançantes e uma roupagem super própria, super Adele. Todas as músicas merecem ser ouvidas, mas algumas pedem destaque, Hometown Glory foi a primeira canção da Adele que ouvi, em Skins e numa cena bastante significativa pra mim e pra a série em si, desde esse momento me apaixonei pelos vocais arrebatadores dela:




I've been walking
In the same way as I did
Missing out
The cracks in the pavement
And tutting my heel
And strutting my feet
"Is there anything
I can do for you dear?
Is there anyone I can call?"
"No and thank you, please Madam
I ain't lost, just wandering"






Chasing Pavements é linda, linda, linda! E foi por ela que Adele ganhou o Grammy de melhor performance; é uma música madura e super forte:



Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere,
Or would it be a waste?
Even if i knew my place should i leave it there?
Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere. 
 

Make You Feel My Love é aquela que me arrepia dos pés a cabeça, é um cover lindo, visceral. Uma homenagem incrível a Bob Dylan numa interpretação simplesmente arrebatadora da Adele. Nem tenho mais superlativos pra esta faixa:



When the evening shadows
And the stars appear
And there is no one there
To dry your tears
I could hold you
For a million years
To make you feel my love

First Love fala de alguém que está cansado de seu primeiro amor e quer experimentar algo novo. Ai, esses amores mal resolvidos...



So little to say
But so much time
Ddespite my empty mouth
The words are in my mind
Please wear the face
The one where you smile
Because you
Lighten up my heart
When I start to cry.


Right as Rain é bem dançante, adoro ouvir quando estou me arrumando pra sair, ou quando acordo de manhã. A letra é bem enfática:





Cause when hard work
Don't pay off
And I'm tired
There aint no room in my bed
As far as I'm concerned
So wipe that dirty smile off
We won't be making up
I've cried my heart out
And now
I've had enough of love.

Essas são só algumas sugestões pra você também se sentir inebriado com o som da Adele, mas todas as músicas de "19" são incrivelmente competentes e recomendo ouvir o álbum inteiro. Tenho certeza que a Adele veio pra ficar e que ainda vamos ouvir falar muito desta inglesinha de olhos lindos e voz inspiradora.




Adele é formada na mesma Escola de Arte de Kate Nash e Amy Winehouse


*

E não é que eu criei uma conta no formspring? Até esses dias nunca tinha ouvido falar, mas pareceu divertido, fui lá e criei. E como minha inbox está tristemente vazia, me façam perguntinhas, gente! Aqui do lado, ou aqui.
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