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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Pitacos sobre o Oscar

Chegou aquela época do ano em que, depois de reclamar horrores do quanto o Oscar é retrógrado e injusto, a gente mal pode esperar para sentar na frente da TV e torcer pelos favoritos, exercitando o fangirling nosso de cada dia com uma intensidade um pouquinho mais assustadora do que de costume. Dessa vez, ter ânimo para ver tudo foi bem mais complicado do que em 2014, mas posso dizer que o saldo foi até positivo. Só boicotei um filme (sorry, Bradley Cooper), não tive que ver nada dirigido por David O. Russell e mesmo começando minha Maratona Oscar na sexta-feira, assisti sete dos oito indicados a Melhor Filme, além do esnobadíssimo Garota Exemplar. Resolvi então dividir com vocês alguns pitacos sobre os escolhidos da Academia. Nada de sinopses, só minha opinião. Coloquei as apostas e torcidas no final do post.

A Teoria de Tudo, de James Marsh

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O filme toma tanto cuidado para não manchar a imagem dos retratados, que acaba passando a sensação de que em nenhum momento nós os conhecemos de  verdade. A interpretação de Eddie Redmayne é de aplaudir de pé, mas Felicity Jones não me convenceu tanto assim. Talvez nem ela tenha tido acesso à real  personalidade de Jane Hawking. Uma pena. Pelo menos o ritmo é bacana. E caso alguém esteja se perguntando: não chorei.

Selma, de Ava DuVernay

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David Oyelowo não ter sido indicado a melhor ator foi uma das maiores injustiças que acompanhei desde que assisto ao Oscar. O Martin Luther King construído por ele é extremamente humano e consegue arrepiar nos discursos, como não poderia deixar de ser. Mas sendo bem sincera, achei o filme meio enfadonho em alguns momentos.

Whiplash, de Damien Chazelle

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Aí a gente lembra que o diretor não está indicado ao Oscar e só consegue se lamentar porque esse é um dos aspectos mais brilhantes do filme, ao lado das atuações de J.K. Simmons (favorito ao prêmio) e Miles Teller. O ritmo é maravilhoso, fiquei vidrada na trama do início ao fim, louca pela próxima cena. E que final! Aqui, a música serve como pano de fundo para abordar obsessões. Se engana quem pensa que o filme É sobre música. Mesmo assim, não deixa de mostrar a arrogância presente nesse meio. A gente romantiza a arte até onde pode, mas o que tem de gente com falha no caráter e rei na barriga não está escrito. Infelizmente, humildade e talento nem sempre andam juntos. Na minha opinião, os personagens não são endeusados, mas expostos como o que realmente são: pessoas tristemente egocêntricas que podem até encontrar o que procuram um no outro, mas nunca vão alcançar a perfeição que tanto perseguem.

Birdman, de Alejandro Iñarritu

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Insano, engraçado e... muito bom. Desculpa mundo, mas eu absolutamente amei as alfinetadas nos blockbusters e nos críticos de cinema. Adoro filme de super-herói e ler críticas é um dos meus passatempos favoritos, mas nada disso é intocável a ponto de não poder ser colocado na mesa para debate. Michael Keaton está apenas sensacional correndo de cueca, usando peruca molhada e limpando a boca com a metáfora da filha. Tem o Oscar do meu coração <3 Edward Norton me lembrou um pouco o personagem de Jonah Hill no ano passado: um babaca tão fora da casinha que acaba fazendo a gente morrer de rir. E olha, Emma Stone é um ser humano notável e sempre será, mas ainda não entendi o que fez de tão impressionante para ser indicada. Pra mim, ela foi competente e só. O único problema aqui é que o filme sabe o quanto é bom e tende a ficar meio presunçoso.

Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson

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Tenho a impressão de que será o grande esnobado da noite nas categorias principais, mas deve levar aquelas que a maioria não liga muito. Maquiagem, figurino e cinematografia merecem reconhecimento. Ralph Fiennes está muito divertido, chamando policiais turrões de "darling" e sendo constantemente alertado para não flertar. Também adorei a intepretação de Tony Revolori. Zero me rendeu muitas risadas com suas respostas monossilábicas depois de ouvir o blá-blá-blá do chefe. Além disso, fiquei encantada com o jeito que a história é contada, dentro de várias outras. Mas não cheguei a ficar arrebatada de amor, cês entendem?

O Jogo da Imitação, de Morten Tyldum

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Eu estava morrendo de preguiça do filme, mas acabei pagando a língua. Benedict Cumberbatch está simplesmente fantástico! Ele se despiu de quem é para se transformar em Alan Turing. A construção ficou perfeita. Além disso, me conectei bastante com a história, apesar de algumas frases feitas terem me incomodado um pouquinho (e do filme evitar correr riscos). Destaque para Alex Lawther, que interpreta o protagonista na juventude. Além de ter entendido o personagem, o garoto ainda captou alguns gestos de Cumberbatch de maneira perfeita. 

Boyhood, de Richard Linklater

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Chegamos ao meu favorito disparado. Eu até consigo ver algumas falhas, como algumas referências meio forçadas, principalmente no início.  Mas nada grande o bastante para tirar o mérito de uma história com diálogos tão naturais, edição primorosa e que deixa uma sensação tão boa quando chega ao fim. Richard Linklater  realmente merece o Oscar de melhor direção. Ele é mestre em devolver nosso deslumbramento com a vida real através da ficção. Patricia Arquette e Ethan Hawke (<3) estão excepcionais e seus personagens mostram totalmente o quanto nossos pais são imperfeitos. Boyhood acerta muito ao retratar o que é estar vivo: lidar com rotina, mudanças e colecionar pequenos momentos marcantes que fazem essa loucura toda fazer algum sentido. Mesmo que a gente sempre espere mais.

Sniper americano, de Clint Eastwood

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Sempre tem o filme que está na lista só pra gente ter o prazer de boicotar, né?

Apostas e torcida

Melhor filme
Vai ganhar: Boyhood
Minha torcida: Boyhood <3 <3 <3

Melhor atriz
Vai ganhar: Julianne Moore
Minha torcida: Rosamund Pike (give Amazing Amy an Oscar)

Melhor ator
Vai ganhar: Eddie Redmayne
Minha torcida: Michael Keaton (mas vou amar muito se o Eddie levar)

Melhor ator coadjuvante
Vai ganhar: J.K. Simmons
Minha torcida: Impossível ver Ethan Hawke entre os indicados depois de uma performance sensacional e não torcer por ele, mas J.K. Simmons merece muito. Fico dividida </3

Melhor atriz coadjuvante
Vai ganhar: Patricia Arquette
Minha torcida: Patricia Arquette

Melhor direção
Vai ganhar: Richard Linklater
Minha torcida: Richard Linklater (Que Iñarritu não destrua meus sonhos)

Love, Tary

domingo, 15 de junho de 2014

A culpa é das estrelas

Existem certas coisas que estão no imaginário das pessoas. Você pode não ter visto uma novela mexicana na vida, mas já ouviu falar de Paola Bracho e Soraya Montenegro. Talvez a gente nem se lembre direito como descobriu a existência do Curupira ou da Mula sem Cabeça, mas a imagem deles está lá, desenhada nas nossas mentes. E mesmo se as plantações de nabos no Afeganistão fizerem mais sentido na sua cabeça do que William Shakespeare, é praticamente impossível desconhecer a premissa de Romeu & Julieta.

Dessa mesma forma, é quase que folclórico entre as minhas amigas: eu não gosto de A Culpa é das Estrelas, do John Green. Um livro que todas elas amam profundamente. É quase como um grande clube de identificação do qual eu simplesmente não faço parte. Minhas pessoas preferidas estão lá, com suas carteirinhas de integrantes assíduas, enquanto permaneço na porta, olhando para os pés e esperando que elas saiam do prédio (ou que o assunto mude de direção, se você  não sacou a metáfora).

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Tudo isso começou lá em 2012, quando fomos juntas à Bienal de São Paulo e compramos nossos exemplares. Durante a invasão ao estande da Intrínseca, ganhamos duas pulseirinhas azuis e o pingente de nuvem que quase não tiramos do pescoço. Na volta para casa, as que ainda não tinham lido foram devorando o livro. E se apaixonando por ele. Uma a uma. Acho que eu fui a última (ou uma das últimas) a ler.

Vocês conseguem imaginar o tamanho das minhas expectativas? Multipliquem por “todas as minhas amigas amam esse livro de paixão”. Multipliquem por “John Green é uma das minhas pessoas favoritas desde 2008”. Multipliquem por “esse vai ser o melhor YA a passar pelas minhas mãos”. Não vou dizer que certas coisas não me incomodaram durante a leitura (incomodaram, sim, e eu escrevi sobre elas), mas o depois foi bem pior. Começamos a discutir sobre o livro e fui percebendo, pouco a pouco, que a euforia delas não combinava com meu sentimento. Que eu não estava arrebatada daquela forma. Que eu não tinha amado sem ressalvas. Que eu não tinha… amado.

Desde então, sempre que o assunto é A Culpa é das Estrelas, sinto que estou montada num elefante cor-de-rosa no meio da sala.

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Logo, quando os rumores do filme começaram a surgir, não fiquei nem um pouco ansiosa. Depois de tudo confirmado, até me irritei um bocado com as imagens pipocando no meu lugar seguro na internet. No entanto, jamais deixei de torcer para que a adaptação alcançasse as expectativas dos fãs. Eu, por minha vez, não tinha quase nenhuma (aprendi a lição). Não queria que a história se repetisse, mas já me preparava para isso.

No dia em que li o livro, eu era uma folha de papel quase totalmente preenchida, frente e verso. Neste sábado, enquanto assistia ao filme, me senti um caderno em branco. Se vocês olhassem as minhas páginas, perceberiam como eu amei cada segundo. O tom, a trilha sonora, o roteiro, a química do elenco, as interpretações. Tudo. Os aspectos que me incomodaram no texto original foram suavizados na tela.

Hazel e Gus eram dois personagens que eu não conseguia sentir vivos, respirando (como é tão importante para mim que aconteça). Eles eram só de papel e tinta. Não me convenciam como adolescentes, como “gente de verdade”.

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E então, no olhar de Shailene Woodley, eu entendi a garota que leria até a lista de compras de Peter Van Houten e consegui me reconhecer nela. No sorriso de Ansel Elgort, encontrei um Gus tão honestamente construído, que o afeto foi instantâneo. Adorei o personagem quando li, mas ele não me pareceu tão verossímil quanto agora, não se materializou do meu lado, com um cigarro entre os dentes, e me acompanhou pela vida. E as interações dos protagonistas? Acreditei em cada abraço, em cada troca de olhares, em cada “Okay”.

Falando em metáforas, assim que os personagens cativaram, as quotes me afetaram muito mais. Cenas como a “escalada” na casa de Anne Frank e a maravilhosa sequência dos ovos ganharam um sentido completamente novo (não consigo lembrar delas no livro). Outro grande mérito é o quanto o filme consegue divertir. Claro que me debulhei em lágrimas quando a coisa ficou séria, mas no pesar da balança, as risadas ganharam.

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Brinquei com as minhas amigas que não sei mais quem eu sou na ordem do dia. Depois de tanto tempo não gostando de A Culpa é das Estrelas, fiquei sem reação diante de tudo o que a adaptação me provocou. Afinal, a história é basicamente a mesma.

Será que finalmente compreendi aquele papo de “mídias diferentes”? Apenas não gosto de um e adoro o outro? Ou esse é o sinal de que minha experiência numa releitura pode ser diferente? Como eu já disse por aqui, não adianta quebrar a cabeça em mil teorias. Eu amei. Senti. Entendi. Dei cinco estrelas no Filmow. Favoritei.

Não invalido minha opinião do passado: guardo a folha rabiscada sobre o livro dentro do novo caderno. Mas neste momento, sinto que nada está pronto e acabado. Ainda restam muitas páginas em branco.

Love, Tary

P.S: Fica o meu protesto para aquelas pessoas que conversam no cinema. Ninguém quer saber a sua opinião sobre cada trecho do filme nem ouvir sua risada inconveniente em cenas que não combinam com riso. Também não precisa dizer em voz alta que o Ansel é lindo. Todas sabemos deste fato. Espero, sinceramente, que, depois de tanto falatório, as idiotas da minha sessão fiquem com dor de garganta e passem a semana toda sem voz.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Minha sessão da tarde

Já faz um tempo estão rolando boatos sobre a retirada da Sessão da Tarde da grade da Rede Globo. E eu só consigo achar isso tristíssimo, de verdade. O negócio está no ar há 40 anos e sempre me pareceu meio intocável. Tive meu caráter formado por vários daqueles filmes e minha paixão pelo cinema começou a nascer ali. Tudo bem que  programação foi ficando cada vez mais fraca com o passar dos anos, mas ainda assim tenho pena das gerações futuras que correm o risco de não passarem por esse “rito de passagem” vespertino. Por isso, fiz uma lista dos filmes que mais me marcaram e que serão vistos pelos meus filhos, com certeza.

Curtindo a vida adoidado

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Despretensiosa e significativa como só John Hughes sabia fazer, a saga de Ferris Bueller para matar aula sem ser descoberto é um clássico da Sessão da Tarde. Eu torcia muito para o filme passar, repetia as falas junto com o protagonista e morria de rir das desgraças do diretor insuportável. Também admirava o sistema de Ferris para enganar os pais, com direito a efeitos sonoros, um boneco debaixo das cobertas e, claro, muita manha. E quem não se lembra do momento-musical-sem-razão-aparente mais famoso dos filmes adolescentes? Depois de Ferris Bueller, a experiência de ouvir Twist and Shout nunca mais foi a mesma.

O Jardim Secreto

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A história de Mary Lennox sempre me deixou com os olhos vidrados na tela da televisão. Me identificava com ela, por sempre ter sido muito curiosa. Eu também teria ficado intrigada com a história de um jardim misterioso e tentaria descobrir de onde vinha o barulho de choro no meio da noite. Li o livro esse ano e, apesar de ter gostado, continuo preferindo o filme. A atmosfera é muito bem criada e os atores desempenham muito bem seus papéis.

A Princesinha

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Muito difícil não se emocionar com o drama dirigido por Alfonso Cuarón. Fico mexida só de lembrar do momento em que Sara Crewe se despede do pai ou dos maus-tratos que ela sofre depois que ele é dado como morto. Meu Deus, como eu sentia ódio da diretora do internato! Acreditava piamente que a mulher era uma bruxa disfarçada. Adorava o modo como Sara fugia daquele pesadelo através das histórias que criava em sua mente fértil. Ainda hoje, acho linda a ideia passada pelo filme, de que todas nós somos princesas. (Fiquei com tanta saudade que revi enquanto escrevia este post: chorei do início ao fim).

Matilda

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Todo mundo deve ter sido fisgado pela história da menina de franjinha e laço de fita que se sentia excluída dentro da própria família e se encontrava nos livros. Só isso já seria suficiente para atrair nossa atenção, mas a garotinha descobre ter o poder mais legal do mundo da fantasia: mover objetos com a mente, a tal telecinesia que eu tanto quis que se manifestasse em mim quando criança. Ela se afeiçoa a uma das professoras mais legais da ficção, a senhorita Honey, e enfrenta a diretora malvada com maestria. Além de ter uma mensagem bacana, o filme é super divertido, duas coisas que deveríamos poder dizer sobre toda produção que passa na Sessão da Tarde.

Edward Mãos de Tesoura

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Conheci Tim Burton na tela da Globo e foi uma excelente primeira impressão, apesar da maioria das nuances só serem percebidas totalmente após a infância. Lembro de uma dualidade na minha reação ao descobrir que esse seria o filme da vez. Ficava feliz, por adorar a trajetória do Edward e também meio triste, por saber que ficaria melancólica com o final. Meu filme favorito do Tim Burton talvez seja Big Fish, mas esta é uma das obras-primas do diretor e eu acho louvável que eu a tenha conhecido na televisão aberta.

As Patricinhas de Beverly Hills

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O elenco é incrível: Brittany Murphy, Paul Rudd, Alicia Silverstone, Jeremy Sisto. A história é uma delicinha, bem descompromissada e extremamente divertida, com direito a casal gato e rato, aquela tática da qual sempre fui um alvo fácil. E como se não bastasse, a trilha sonora é ótima. Adorava o computador escolhendo os looks da Cher e lembro de rir bastante das piadas do filme.

Uma Babá Quase Perfeita

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Vocês podem torcer o nariz para o Robin Williams o quanto quiserem, mas não podem negar a doçura desse filme. Aqui, o ator interpreta um cara que se disfarça de babá para poder ficar perto dos filhos. O absurdo desse plot rende momentos muito engraçados. Destaco a cena em que o protagonista tem que se virar para “estar em dois lugares ao mesmo tempo” em um restaurante. Típico filme para toda a família que faz falta nos dias de hoje.

A Princesa Prometida

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Esse foi uma grata surpresa e até hoje é um dos meus filmes favoritos da vida. Divertido, irônico, emocionante e absolutamente genial naquilo que se propõe. A premissa já é maravilhosa. O neto doente recebe a visita do avô, que se oferece para ler um livro. O garoto desdenha, acha as cenas de amor um saco, mas se empolga com os elementos fantásticos, as lutas com espadas, os perigos. Então a narrativa do avô é brilhantemente interpretada por um ótimo elenco, que não deixa a peteca cair em nenhum instante. Considerando que “A Princesa Prometida” possa ser menos conhecido que os outros da lista, eu peço: pare tudo o que está fazendo e vá assistir. Não vai se arrepender.

Menções muito honrosas: Lua de Cristal (amava e pronto), A História sem Fim, Madeline, Meu Primeiro Amor (impossível ouvir My Girl sem dar uma choradinha), A Espiã, todos os Karatê Kid, os dois A Lagoa Azul*, Os Batutinhas (só não entrou na lista original por que eu vi muito mais no Cinema em Casa que na Sessão da Tarde), Namorada de Aluguel (mesmo caso de ‘Os Batutinhas’), Um Príncipe em Nova York, Jumanji, Um Tira no Jardim de Infância, Elvira, Esqueceram de Mim, Quero ser Grande, Babe – o porquinho atrapalhado, Construindo uma carreira, As namoradas do Papai (…) e muitos outros que não lembro agora.

E vocês? Quais filmes da Sessão da Tarde marcaram suas vidas?

* Minha amiga lembrou e eu tive que editar: esses filmes me hipnotizavam muito. Sempre prometia que não ia ver de novo, mas não resistia.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

And the Oscar goes to…

Em época de Oscar todo mundo vira crítico de cinema, entendido de moda e, principalmente, palpiteiro. Não fujo à regra. Acompanhar a cerimônia, pra mim, é sagrado. Amo gritar minhas opiniões no Twitter, sempre acabo indo às lágrimas e levantando para aplaudir no meio da sala de casa. Só que este ano a coisa toda me encantou de um jeito especial. A primeira maravilha foi ver Christoph Waltz premiado. Confesso que meu coração pedia De Niro, que não leva uma estatueta há 23 anos e me deixou com os olhos cheios de lágrimas em O Lado Bom da Vida (uma das poucas reações que esse filme me causou), mas a vitória de Waltz foi uma grata surpresa. Ainda mais considerando um discurso emocionado em que ele chama Tarantino de herói. Falando em Mr. Quentin, que delícia vê-lo subir ao palco pelo roteiro de seu filme. O texto de Tarantino é uma de suas marcas registradas e nunca consigo descrever suas obras sem usar um palavrão. Peace out, xará!

Emocionante também foi rever os atores de Chicago, Mark Ruffalo matando de amor, Norah Jones divando, elenco de Les Mis arrepiando e… Adele. Pra essa mulher daqui a pouco só vai faltar o Nobel. Quando falei dela pela primeira vez aqui, em 2010, eu previ que ainda iríamos ouvir falar daquela inglesinha de voz arrebatadora. Aposta mais certeira que fiz na vida. Ela levou. E por Skyfall, um filme do James Bond, minha franquia favorita de todos os tempos. Se todas as meninas sonharam em interpretar mocinhas de comédias românticas, eu sempre quis ser Bond Girl. Por essas e outras, foi indescritível ver minha cantora favorita brilhando – literalmente, por causa do vestido – ao receber um Oscar.

O prêmio mais surpreendente da noite, na minha opinião, foi o de melhor direção. Amo Ang Lee por motivos de: Brockeback Mountain, e por considera-lo um diretor super sensível, mas jurava que ia dar Spielberg ou, no máximo, o austríaco de Amour. Depois dessa, vou ter que assistir Pi, um filme que boicotei deliberadamente por conta dos bastidores – Scliar, tamo junto. Também pretendo conferir Amour. Porém, vou passar longe de Lincoln, A Hora mais Escura e Indomável Sonhadora. Soninho define.

Falando no senhor presidente, sei que Daniel Day Lewis é um monstro e tal, mas nunca consigo assistir um filme dele até o fim. O único que consegui foi Nine, um dos musicais mais insuportáveis que já tive a infelicidade de pagar pra ver. Seu Oscar foi o mais previsível da história. Nessa categoria, torci sem esperanças para Denzel Washington, de O Voo.

Melhor atriz também foi “whatever”. J Law estava linda com aquele vestido ousado e clássico ao mesmo tempo e tombinhos sempre são bem vindos. Só que ela não merecia. Ganhar Oscar requer transparecer entrega na interpretação. Não acho que tenha sido o caso. A personagem não pedia e nem permitia isso. Basta lembrar de Natalie Portman, Meryl Streep e Marion Cotillard para perceber o quanto foi injusto. Mesmo sem ter visto Amour – ainda – minha aposta era Emmanuelle Riva. As poucas cenas que assisti dessa velhinha fofa me tocaram mais do que Lawrence no filme todo. E não acho que Riva tenha perdido por ser francesa. Volto a citar Marion Cotillard, uma das minhas vencedoras favoritas. Acredito que Jen conquistou os votantes ou que eles estavam querendo se redimir por não terem premiado a menina no ano em que concorreu por Inverno da Alma.

Porém, mesmo com a minha apatia em relação aos ganhadores das categorias principais de atuação, nada poderia me tirar da euforia que já havia sido causada por uma coadjuvante. Anne Hathaway, de quem já assisti praticamente toda a filmografia e amo desde o primeiro sorriso na tela. Talentosa até dizer chega, a eterna Mia Thermopolis me fez chorar horrores ao pegar sua estatueta das mãos do Capitão Von Trapp. Por uns minutos, até me esqueci daquele vestido horrível que não entendi até agora.

Lembram da entrega que citei acima? Ela mostrou em Os Miseráveis. Deu aula. Em poucos minutos, a dor de Fantine nos atinge feito uma surra e os acordes desesperados de “I dreamed a dream” são o golpe de morte que faltava. Vitória mais do que merecida. Senti um orgulho danado dela. E tenho certeza que toda uma geração sentiu o mesmo.

E, por fim, o maior prêmio da noite. Quem me acompanha no Twitter viu minha animação, minha alegria e o meu fracasso na tentativa de conter o CAPS LOCK. Ben Affleck, o desacreditado, o motivo de piada conhecido por escolhas terríveis como ator e que nem sequer foi indicado a melhor diretor. Não pude deixar de pensar que, em seu filme, ele  interpreta um personagem também desacreditado e motivo de piada. As lágrimas vieram de novo e mais fortes ainda. Argo é um filme fantástico. “Americanão” sem ser bairrista a ponto de outros povos não se envolverem. Tenso sem apostar em corridas de carro batidas, sem trilha sonora clichê nem lentidão. E conta uma história real sem cair em melodramas, com ironias divertidas e grandes atuações. Foi a primeira vez que torci com esperanças e foi a primeira vez que meu favorito venceu. Fechou uma cerimônia incrível com chave de ouro. Argo fuck yourself!

Mostra pra eles, meu Ben!

Love, Tary

P.S: Se o Seth apenas cantasse ao invés de ‘piadar’, eu estaria com uma aliança no dedo neste momento.

P.S 2: Obrigada às queridas que acompanharam tudo comigo: Annoca, Analu, Rafitcha, Marie, Renata, Mimi e Dede. Vocês merecem um Oscar de Melhor Elenco!

P.S 3: Esse é o título mais clichê desse mundo, mas sempre quis batizar um texto com ele :)

domingo, 20 de janeiro de 2013

O filme em que eu gostaria de morar

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Esta pergunta – apesar da falta de um ponto de interrogação - sempre passa pela minha mente. E a verdade é que por mais que não exista uma resposta única para ela, sempre fico inclinada a dizer: Um bom ano, do sempre brilhante Ridley Scott. Claro que vários outros passam pela minha cabeça. Seria lindo viver em Meia noite em Paris. Entrar em um carro de época e bater papo com um escritor querido que já morreu faz tempo. Mas quem eu seria? O Owen Wilson? Não mesmo. Acho que nos meus sonhos eu mereço uma carcaça bem melhor.

Por isso, Um bom ano. Eu seria Fanny Chanel. Sim, eu tenho o direito de ser a mulher mais bonita desse mundo na minha fantasia. E, na minha opinião, essa é a Marion Cotillard. Eu serviria mesas num bistrô charmoso sem maquiagem nenhuma e com o cabelo preso despreocupadamente. Sairia para passear na minha bicicleta carregando flores na cesta e rindo de orelha a orelha ao contemplar as paisagens de Provence, na França.

E então, em um belo dia, quase seria atropelada por Max Skinner. É, ele mesmo. Russell Crowe. Ah, eu não me importaria em ficar com um roxo enorme provocado pela queda ao desviar do carrinho dele. Pra quem já recebeu um parapente direito na cabeça, isso seria até trivial. E depois, claro, o frisson. Tremor de atração irresistível. Russell Crowe e Marion Cotillard se apaixonam. Com aquelas vozes maravilhosas e aquele charme saltando pelos poros. E o vinho! O vinho. Sempre bebendo vinho. O cheiro de uvas frescas que vem da vinícola e inebria sem nem pedir licença. Sem falar nos croissants.

Obviamente jamais me esqueceria de colocar lavanda na janela. Acordar com escorpiões no quarto não é bacana. Bacana é ser despertada pela luz que irradia  no meio das paisagens maravilhosas. Pular na piscina e jogar pedrinhas na fonte. Max diria que aquele lugar não combina com a vida dele. E eu responderia: Não, a sua vida é que não combina com este lugar. Ele, turrão, frio, homem de negócios, viciado em dinheiro. Mas é claro que ele muda. Ah, qualquer vida pode se adaptar a Provence. Qualquer uma. E por isso, com toda certeza, eu moraria por lá.

marion

Pardonne mes lèvres, elles trouvent du plaisir dans les endroits les plus inattendus

(Perdoe meus lábios, eles encontram prazer nos lugares mais inesperados)

Love, Tary

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Para dar o play e voltar a ser criança

Tem gente que odeia aqueles momentos em que os desenhos animados interrompem suas falas e começam a cantar. Eu, definitivamente, não sou dessas. Tenho um carinho tão grande por determinadas cenas musicais de animações que me pego cantarolando as músicas sem nem me esforçar pra decorar as letras. Quando criança, tinha uma boa coleção de VHS e aprendi desde cedo a rebobinar ou avançar a fita para ver novamente aquela cena que tanto me encantava. Depois de crescida, meus olhos ainda se enchem quando estou diante de uma cena desse tipo e viro criança de novo. Vou compartilhar minhas favoritas com vocês e garanto: seu dia ficará melhor depois delas.

“Um dia, um dia… eu serei feliz”

Branca de Neve toda esfarrapada e alvo de planos maléficos da Rainha Má começa a cantar essa coisa linda para as pombinhas e, de repente, é surpreendida pelo Príncipe Encantado em seu – olha que coisa! – cavalo branco. Meu Deus, preciso comprar o DVD desse desenho. É fantástico!

“Você é o meu mundo lindo, o mais lindo que eu já vi... É a canção que eu canto... você é minha Melody”

Ao contrário do resto do mundo, eu absolutamente amo A Pequena Sereia II. Lembro com clareza do concurso que o Disney Cruj fez pra selecionar a menina que dublaria a Melody, filha da Ariel. Sei essa música todinha até hoje e fico com vontade de chorar porque adorava o VHS.  Outra coisa bonitinha desse filme é rever Sebastião e Linguado, meus “mascotes” favoritos da Disney.

Assisti esses dias e me apaixonei completamente. A canção é uma das mais cativantes dos contos de fada e a Rapunzel é a princesa mais legal dos últimos anos. Recomendo que assistam essa versão da música em português  e também a original, ambas são incríveis. Quanto ao filme, acho que o DVD tem duas opções de dublagem. Escolham a que não é dublada pelo Luciano Huck, tá? Realmente, a voz dele atrapalhou bastante. Não dava pra se desligar da figura do “cara que apresenta o Caldeirão” e focar no Flynn, que é um personagem muito bacana.

“Lá na curva o que é que vem”

Pocahontas não é o desenho favorito de quase ninguém nesse mundo, mas com toda certeza é um dos meus. Essa música maravilhosa não me deixa pensar o contrário. E, apesar de não ser princesa, a protagonista é uma das heroínas mais fortes e donas de si já criadas. Amo.

“Um mundo ideal… é um privilégio ver daqui”

Ah, essa dá até vontade de chorar. É a nossa infância, gente! Jasmine e Aladdin voando no tapete e vendo as maravilhas do mundo enquanto cantam a música mais bonita dos clássicos Disney, na minha opinião. Fora que esse desenho é muito divertido e tem coadjuvantes ótimos, como o Sultão e Abu, o macaquinho fofo do Aladdin.

“O homem abomina tagarelas, garota caladinha ele adora”

O que dizer de Úrsula? Pra mim ela é a melhor vilã de todas. Debochada, irônica, cínica e, bom, muito engraçada! Aqui ela usa todo o seu poder de convencimento para fazer Ariel entregar sua voz em troca de pernas que a façam chegar até o príncipe Eric. Esperta, a malvada canta que “só as bem quietinhas vão casar” e convence a pobre sereia. Existem outras músicas ótimas nesse desenho, mas achei que Ursulete merecia a homenagem.

“O tempo vai passar, os anos vão confirmar as três palavras que eu proferi: amigo, estou aqui”

Essa não é de conto de fadas mas emociona do mesmo jeito. Sempre que vejo essa cena fico pensando em todos os amigos que tive e também nos brinquedos que adorava quando pequena. É a cara da infância.

“Todo mundo vai temer quando me ouvir urrar”

Simba, a coisa mais fofa desse mundo, expressa sua vontade de ser rei no melhor filme da Disney, sem discussões. Esse tem as melhores canções, os melhores personagens. Meu Deus, eu preciso do DVD [2]. Aliás, Hakuna Matata só não está aqui porque já coloquei em outro post, mas fica a menção honrosa.

Love, Tary

P.S: A inspiração pra esse post surgiu de uma pergunta que a Anna me fez no Ask.Fm.

P.S 2: Adoraria ver todo mundo postando sobre as suas músicas favoritas de animações! Considerem isso um meme (:

sábado, 16 de junho de 2012

Cenas para querer morar dentro dos filmes

Sabe aqueles momentos em que você está vendo um filme estirada no sofá da sala depois de um dia cansativo e é surpreendida por uma incrível cena musical que te contagia o corpo inteiro? Aí dá uma vontade louca de dançar pela casa, pegar uma escova de cabelo pra fazer de microfone e cantar junto, sorrindo e pulando feito boba junto com os personagens? Eu sei que você sabe. Mas na verdade, a maior vontade que toma conta de mim quando vejo essas cenas em filmes que não são musicais, é pular pra dentro da televisão e participar. Mesmo que elas não sejam dançantes. Tudo o que eu gostaria era estar lá pra ouvir de perto e momentos como esse provam o quanto o cinema mexe com a gente. Por isso tudo, fiquei contente e apreensiva quando a Mayrinha propôs essa ideia. Primeiro, tive certeza que não ia fazer porque a danada já tinha colocado quase todas as minhas favoritas, mas fui lembrando de outras e acabou sendo fácil – e muito divertido - montar essa lista.

Curtindo a vida adoidado – Twist and Shout

Ah, minha gente! O que dizer de Ferris Bueller, ícone supremo da minha infância e rei da Sessão da Tarde, invadindo uma parada após matar a aula, enganando os pais e o diretor completamente maluco, para depois contagiar a cidade inteira cantando essa música? Simplesmente maravilhoso. Sempre me faz pular pela casa inteira me sentindo estrela do rock. E, claro, esse é um dos meus filmes favoritos da vida. Quem nunca viu, merece apanhar, beijos!

Vestida para casar – Bennie & The Jets

Katherine Heigl, gente como a gente, sofrendo por causa da irmã safada, e James Marsden, jornalista bonitão que sorri com olhos, juntos em um bar afogando as mágoas ao som de Elton John. É muito fofa essa cena! Os dois meio bêbados, errando a letra, chamando a atenção de todo mundo e pulando em cima do balcão. Awesome!

De repente é amor – If you leave me now

Depois de milhares de idas e vindas, Oliver (Ashton Kutcher) não para de falar na ex-namorada neurótica e Emily (Amanda Peet) fica lá, escutando a baboseira toda. Até que ela resolve aumentar o som e começar a cantar pra ver se o cara cala a boca. Ele tenta resistir, mas não consegue. Minha parte favorita é quando eles esquecem o resto da música e começam a rir. Sem querer desmerecer Ashton cantando Bon Jovi, mas essa cena musical ganha mais meu coração. Queria muito estar no banco de  trás desse carro de vela e ser amiga desses dois. “Oh, baby please don’t go…”

Uma vida em sete dias – Satisfaction

A personagem de Angelina Jolie é uma repórter que está na pior. Ela acha que vai morrer em uma semana por causa da previsão de um daqueles profetas charlatões e meio que entra em parafuso por conta disso. Aí vai trabalhar cobrindo uma manifestação de motoristas e, do nada, puxa um coro da música mais famosa dos Rolling Stones. Ao vivo. O mais engraçado é que até o diretor do telejornal e os âncoras começam a cantar junto com ela. Adoro essa cena, foi uma das primeiras que eu lembrei.

10 coisas que eu odeio em você – Can’t take my eyes off you

Não queria repetir nenhuma da lista da Mayra, mas essa não teve jeito. É a minha favorita de todas, a que mais mexe comigo. Heath Ledger  lindo de morrer cantando pra Julia Stiles, cuja personagem nesse filme sempre foi um espécie de role model pra mim. O jeito que ela fica vermelha de vergonha, as dancinhas do Ledger, ele trollando os guardas e principalmente: Kat cedendo ao charme de Patrick de uma vez por todas. Amo, amo, amo.

Letra e Música - PoP! Goes My Heart

Não sei se vocês estão habituados ao meu amor incondicional por coisas toscas, mas enfim. Esse clipe que abre o filme Letra e Música é uma das coisas mais divertidas, trash e engraçadas que eu já vi na vida. Não sei o que é melhor: a letra, a história do clipe, as roupas e cabelos, ou o rebolado dos cantores. Hugh Grant está hilário como Alex Fletcher e as caras que ele faz quase me matam de tanto rir. Aliás, o filme todo é muito ótimo e tem outras cenas musicais muito boas. Mas é essa da banda falida do protagonista que faz meu coração bater mais forte. Pelo amor de Deus, assistam esse vídeo.

Em Paris - Avant la Haine

Acho que, infelizmente, ninguém aqui deve ter visto esse filme lindíssimo do Christophe Honoré, um dos meus diretores preferidos. Basta dizer que foi por causa dessa cena que resolvi fazer essa lista. É triste de um jeito que me faz ter vontade de chorar sem parar, mas ao mesmo é muito doce, mesmo que esteja falando sobre um amor que não deu certo. Lui está em depressão com o fim do relacionamento e, no que parece ser sua última tentativa, liga para Elle. E pelo telefone os dois cantam juntos essa canção maravilhosa em que ela diz que é melhor terminarem antes “do ódio e dos golpes” e ele responde que “até os amores mais brilhantes se sujam”. Em francês, é claro. O que torna tudo ainda melhor.

De repente 30 - Thriller

Nossa querida Jenna (Jennifer Garner) está tentando salvar a festa fracassada do trabalho e como é uma garota de 13 anos presa no corpo de uma mulher de 30, nos presenteia com Michael Jackson! Como se não bastasse, puxa o sonho de todas nós pra dançar junto com ela: Mark Ruffalo. Tem como não afastar os móveis da sala e sair dançando junto?

O Rei Leão – Hakuna Matata

Essa eu posso apostar que marcou a vida de todo mundo e faz até os mais discretos começarem a dar pulinhos embaraçosos na frente da televisão. Além disso, é uma baita lição pra vida inteira. “Os seus problemas… você deve esquecer, isso é viver, é aprender… Hakuna Matata”. Acho que deveria ser a filosofia de todos nós. Ai, como eu adoro esse desenho! Simba, Timão e Pumba: lhes dedico meu amor eterno.

Antes do Pôr do Sol - A Waltz for a Night

Nem sei o que dizer sobre uma das declarações de amor mais lindas do cinema. E o melhor: sem ser piegas. Celine (Julie Delpy) canta para Jesse (Ethan Hawke) uma música que compôs contando a história da única noite em que passaram juntos. Não sei descrever o quanto a canção é romântica e o quanto diz tudo a respeito desse casal, que é o meu favorito de todos os tempos. Para isso, vocês precisam aceitar minha sugestão e assistir Antes do Amanhecer e Antes do Pôr do Sol o quanto antes. Só preciso falar mais uma coisinha: assistir a esse vídeo me faz ter vontade de valsar com os pés descalços até amanhecer. E de jamais deixar pra depois.

Love, Tary

P.S: Indico pra todo mundo que quiser responder, divirtam-se! Lembrando que as cenas musicais não devem ser de filmes do gênero musical (:

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aquele dos DVD's

Depois do alvoroço do vídeo dos livros, eu e as blogueiras mais unidas do planeta resolvemos gravar um por mês! E já que ser pioneira é legal, resolvi ser de novo. Peguei a Luli (aos novatos, eu tenho a mania Lorelai Gilmore de nomear objetos, Luli é minha câmera) mesmo fanha e doente - aliás, perdoem minha voz de pato Donald pelo amor dos meus futuros filhinhos - e lá fomos nós. O único problema é que falei horrores e gravei à noite, aí ficou meio Rita Lee no escurinho do cinema. Sorry, gente! Ainda fiz outro com o livro que estou lendo. Aproveitem!



Indicadas: Analu, Anna Vitória, Mandy Arruda, BarraIsah, Ela Rafaela, MaryBo, Mayra, Luisa Pinheiro, Imylena, Claudinha, Gabs, Kamilla Barcelos, Carine Fortes, Fernanda Lopes e Rúvila. 

Porque, né? Dá última vez indiquei poucas pessoas e todo mundo ficou de cara comigo, hahaha! E quem for gravando, please, me avisa pra eu editar os links nesse post e todo mundo poder ver os vídeozinhos de vocês.

Love, Tary

domingo, 10 de abril de 2011

10 filmes que mudaram a minha vida

Assim que vi a indicação da muito querida Anna me bateu aquele desespero típico de quem acha que seus filmes favoritos têm sentimentos e os que ficarem de fora da lista provavelmente nunca vão me conceder seu perdão ou jamais vão me permitir assistí-los de novo sem morrer de remorso! Vou dizendo de imediato que para fazer essa listinha tive que adotar alguns critérios: não falar dos filmes que já citei no blog e escrever sobre aqueles que não importa o que esteja fazendo, sempre vou parar e assistir. O primeiro critério eu não consegui cumprir direito, já que pelo menos dois dos filmes já foram citados aqui. Mas o mais importante é que toda essa lista é composta por: 

10 filmes que mudaram a minha vida
Sim, sou exagerada, beijos.
The Virgin Suicides

As Virgens Suicidas foi o único filme com o qual eu sonhei na vida. Talvez por ter mesmo toda uma atmosfera de sonho e o gostinho daqueles verões cheios de suor e luz. Ou talvez seja por ter assistido metade da história das irmãs Lisbon, ido dormir, só assistindo o que faltava no dia seguinte. Fato é que mexeu muito comigo, me fez pensar sobre bilhões de coisas e nunca mais saiu da minha cabeça. Destaque absoluto para a cena em que as meninas conversam com os garotos fascinados por elas através de músicas tocadas junto ao telefone. E para Lux, acordando sozinha no campo de futebol com a perda da inocência no corpo inteiro. Se engana quem acha que o foco é o suicídio das garotas, se engana mais ainda quem pensa que tudo é pintado com cores mórbidas e berrantes. Sofia Coppola conseguiu captar perfeitamente o espírito do livro -  genial, genial, genial, diga-se de passagem - numa das adaptações mais bem executadas que já vi. 


Incontáveis as vezes em que assisti 10 coisas que eu odeio em você no SBT, sempre suspirando pelo Heath Ledger de cabelos compridos e sorriso de covinhas estampado no rosto. Ele foi, por assim dizer, "meu primeiro amor" do cinema, me fazendo pular do sofá e dançar pela sala toda quando começava a cantar "Can't take my eyes off of you" para uma Julia Stiles vermelha de vergonha, novinha e linda de morrer. Foi ela, sem dúvida alguma, minha inspiração de garota forte e sem frescuras. E o que dizer da cena em que Kat diz a Patrick, chorando, quais são as 10 coisas que odeia nele? Discurso que todo mundo escrevia na agenda, postava no blog e recitava junto, segurando pra não chorar também. Por isso, preciso dizer aqui sem medo de parecer piegas que quando noticiaram a morte de Heath Ledger, chorei de soluçar como se o conhecesse de verdade e lembrei desse filme - dessa cena - na mesma hora. E é  essa imagem que guardo dele até hoje. Especial é pouco para o que representa pra mim. 


A dona da história é meu queridinho por diversas razões. Foi um daqueles que eu demorei muito pra conseguir ver e quando consegui, tive que assistir duas vezes seguidas, repetir minhas cenas favoritas e recitar todos diálogos junto com o Rodrigo Santoro - que é demais pra um homem só e está deslumbrante aqui, sejamos sinceras. A verdade é que eu adoro tudo nesse filme. Desde a trilha sonora, até o personagem de Rodrigo fazendo serenata e bom, aquela cena. Ah, aquela cena. Tão simples, tantas vezes vista em outros filmes, mas que me faz suspirar, me faz acreditar. Enfim, existem milhões de motivos e não existe nenhum. Amo e pronto. 


Esse é o filme que mais assisti junto com a minha irmã. Comprei o DVD e era sagrado: todo fim de semana ou feriado tedioso, lá estávamos nós duas assistindo De repente é amor, uma em cada sofá da sala, enroladas em nossos edredons, comendo brigadeiro - ou lanche da meia-noite, que é como chamamos nossos ataques noturnos à geladeira - e repetindo todo e qualquer diálogo, rindo horrores como se fosse a primeira vez, reparando nas mudanças dos personagens e depois, usando as frases no nosso cotidiano. Sabendo que sempre vamos rir quando o Ashton Kutcher fica falando de boca cheia ou quando a Amanda Peet coloca canudos no nariz. Sabendo que mesmo já conhecendo aquele final de trás pra frente, vamos estar sorrindo feito bobas quando terminar. Sabendo que, mesmo não sido feito para nós, é e sempre será o nosso filme. 


Entendo perfeitamente quem não gosta de musicais, mas pra ser honesta, tenho um pouco de  pena dessas pessoas por não conseguirem suportar esse formato tão gostoso! Nada me faz mais feliz do que um musical bem feito, bem produzido, onde as músicas encaixam perfeitamente com a história ou apenas que seja divertido. Por isso, Across the Universe. Primeiro que o casal principal tem uma química arrebatadora, juro que Jim Sturgess e Evan Rachel Wood formam um dos meus favoritos da ficção. Segundo que, além das músicas, praticamente tudo tem relação com a história dos Beatles. Terceiro: é lindo de derreter, tanto nas interpretações, quanto naquela fotografia de arrasar. E por último: eu sou louca por aquele final. E pelo Jim Sturgess.



Tenho mania de rever e ir anotando as frases mais geniais dos meus filmes, mas com Closer é quase impossível. É praticamente um diálogo absurdo a cada tomada, coisas que você não consegue absorver direito de tão bonitas, fortes e dolorosas. A beleza desse filme está na força com que ele te atinge, sem nem pedir licença, desafiando. Não pede que gostem dele, pede apenas que escutem o que tem a dizer. É ousado, atrevido. Deve ser o motivo de quase todos os meus amigos detestarem esse filme. E deve ser esse mesmo motivo que me faz idolatrá-lo. Closer é extremamente humano. E se reconhecer, às vezes, dói.


Tá vendo, eu avisei, mais um musical. Cantando na chuva, desde 1952 conquistando com a doçura dos passos de Gene Kelly, as caras e bocas de Donald O'Connor e o sorriso vibrante de Debbie Reynolds. Caramba, eu precisava citar todos eles! Que trio, que coreografias, que sintonia fantástica! Além de um humor delicioso, cheio de sarcasmo a respeito da indústria cinematográfica. Lindo visualmente, lindo em tudo. Me arrisco a dizer que quase todas as belas artes estão expressas ali. Ah, poderia ficar aqui o post inteiro enumerando o quanto me divirto assistindo, mas esta cena clássica - e merecedora do título - fala por si só.                                            



Este poderia ser tranquilamente um "filme de personagem" já que Claire Coburn (Kirsten Dunst) é uma das mais identificáveis, possíveis e notáveis que eu já vi. Ela é leve, otimista, não tem medo de dizer o que pensa e adora imitar uma máquina fotográfica com os dedos das mãos e"clicar" tudo o que lhe agrada os olhos. Mas o caso é que Elizabethtown consegue ser ainda maior do que essa personagem incrível. Tudo por ter a morte como pano de fundo e conseguir falar tão bem sobre a vida. Sobre o que fazemos com nossas vidas. Sobre vitórias e derrotas. Sobre reparar em coisas que ninguém nota, sobre conversas intermináveis ao telefone. Além de ser uma total compilação de cenas magníficas e contar com Susan Sarandon, diva suprema e uma das minhas atrizes favoritas no mundo inteiro. Incrível, tenho até a impressão de que esse filme fala diretamente comigo.



Ok, admito, estou sendo trapaceira quanto as minhas próprias regras! São dois filmes e já falei sobre eles aqui, mas nunca poderia deixar de citá-los. Jesse & Celine, os protagonistas, formam o meu casal preferido da ficção. Eles têm aquelas dúvidas que sempre perpassam nossas mentes e vivem um amor real, palpável. Eles conversam, conversam durante os filmes inteiros, mas não dá pra cansar de tamanha beleza, de tantos diálogos sensacionais. Não dá pra cansar de Viena e de Paris. Ethan Hawke e Julie Delpy nem parecem estar atuando, tal é a naturalidade deles em cena, o que te faz acreditar ainda mais naquela história maravilhosa. A história de amor mais linda da história do cinema, pelo menos pra mim. Repito o que disse no meu post: quem ainda não assistiu, ainda não viveu. 


O Mágico de Oz significa muito pra mim. Não só por ser o filme que mais marcou a minha infância, não só por já ter visto milhões de vezes e sempre ficar maravilhada com a beleza, a mágica, a doçura. Não somente porque Judy Garland sempre será Dorothy Gale, a garotinha dos sapatos de rubi que amava seu cachorro e só queria voltar para casa. Mas por tudo o que representa e sempre representou na minha vida. Eu amo aquelas aventuras, amo a estrada dos tijolos amarelos, amo o universo sépia que dá lugar ao technicolor, amo o Espantalho, amo o Leão Covarde, amo o Homem de Lata, amo aqueles sapatinhos vermelhos mágicos. Só não amo a Bruxa Má do Oeste com sua cara verde e sua risada maligna, me causando pesadelos - e pavor de abacate, já que eu lembrava dela derretendo -  desde os 5 anos de idade. E eu amo as ironias, as músicas, as cores, amo os significados ocultos. É isso. Meu filme favorito de todos os tempos ganhou esse título justamente por me fazer amar cada parte dele há quase 15 anos.  

Menções Honrosas: Garçonete, Curtindo a vida adoidado, Minha vida sem mim, Educação, O primeiro dia do resto da tua vida, Segundas Intenções, De repente 30, Em Paris, Juno, Sociedade dos Poetas Mortos, Forrest Gump e muito mais.

              Filminhos não citados favoritos do meu coração, não me odeiem. Juro que um dia faço um post  só pra vocês!

Eis meus indicadosFelipeRafaAnaluMayraCihMelCharLarissa 

Love, Tary