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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O ano que me abraçou e não quis mais soltar

Ou: uma retrospectiva de 2012 no dia em que o mundo não acabou

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Finalmente chegou o texto “iluminação na vida” anunciado no primeiro post deste mês. Aviso de imediato que vai ser grande, piegas e nada épico. Por isso aconselho a leitura com um copo d’água ou suco bem gelado ao alcance das mãos, ao som de uma música divertida e em uma posição confortável. Em outras palavras: nada de notebook na barriga. Hoje eu quero falar sobre 2012, o temido, o malvisto, o famigerado. O… chocantemente bom. Comecei este ano totalmente pessimista e cética a respeito do que ele me traria. Parte de mim gritava a plenos pulmões que seria terrível e a outra parte tapava os ouvidos, mas ameaçava acreditar. Alguns temores se confirmaram. O Trabalho de Conclusão de Curso roubou muito do meu tempo, perdi minha querida bisavó, me decepcionei com pessoas em quem confiava cegamente e enfrentei dias horríveis. Mas se for colocar na balança, as alegrias ganham de lavada das tristezas. 2012 deu o ar de sua graça como quem não quer nada e acabou me surpreendendo.

Quando o ano começou, todos torciam o nariz quando eu dizia que meu TCC seria uma revista. (sobre Literatura ainda) e que eu faria sozinha. Muitos duvidaram da viabilidade do projeto e dava pra sentir na pele a previsão de fracasso que faziam. Só que eu não desisti. Foram muitas lágrimas derramadas por causa desse trabalho, olheiras que iam até o umbigo e um cansaço que até agora não devo ter compensado. Mas quer saber? No fim a minha vitória compensou tudo isso. A Literatour nasceu linda, do jeito que eu sonhei, com um pedacinho de cada um que acreditou e aceitou contribuir. No ano que vem meu maior desejo é conseguir apoio para imprimir vários exemplares e trabalhar a revista nas escolas da minha cidade.

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Na minha banca examinadora, no dia 13 de novembro, finalizei a apresentação dizendo: "Isso é retórico, considerando todo o meu trabalho, mas eu sempre fui uma apaixonada por livros. Desde de antes de aprender a ler. Eu via a minha mãe lendo e ficava intrigada com a magia envolvida naquilo. Porque ela sempre ficava 'surda' com um livro das mãos, de tão absorta na história. Eu descobri a magia, cresci, desenvolvi a Literatour e essa é a minha singela retribuição aos livros por terem me salvado tantas vezes". Ali eu já estava satisfeita com o resultado, com a sensação de dever cumprido e os elogios dos três mestres só aumentaram ainda mais a  minha felicidade. Mas nada se compara à sensação de ouvir aquele 10 tão batalhado saindo da boca do meu orientador. O choro que se seguiu foi de alívio misturado com todos os melhores sentimentos. Um dos momentos mais bonitos que eu já vivi, sem dúvida.

E então na quarta-feira foi a minha colação de grau e agora posso ser oficialmente considerada  jornalista. Uma jornalista com diploma, obrigada. Apesar da cerimônia ser apenas uma formalidade meio chatinha, jogar o capelo pro alto e abraçar os colegas que me acompanharam por quatro anos foi muito bom. Melhor mesmo só descobrir que começarei 2013 exercendo essa profissão que, aos trancos e barrancos, nunca deixei de amar.

JOR

Nada, porém, foi mais inesperado do que o final de semana dos dias 18 e 19 de agosto. Se eu fosse a louca das tatuagens, com certeza faria uma com essas datas (só que não). Viajei de avião pela primeira vez na vida, caí de amores por São Paulo, cidade linda que já amava mesmo antes de visitar. Conheci as garotas mais incríveis da galáxia e tive a confirmação de que nada é impossível. De que o Renato Russo estava certo e, sim, temos todo o tempo do mundo! Me despedir das minhas amigas me deu a maior prova que já recebi: saudade dói demais. Foi inesquecível, mas tem dias que estou cá com meus pensamentos e tenho vontade de me beliscar. Até hoje fico na dúvida se foi de verdade, ou se foi um sonho sonhado em conjunto.

MAFIA

Enfim, 2012 foi esse furacão todo. Tirei foto com os melhores comediantes do Brasil, fui bastante ao teatro, passei uma tarde loucamente corrida no parque, não li nenhum livro ruim! Perdi o medo de passar batom vermelho e o adotei para todo o sempre, tomei coragem pra mudar o cabelo, comprei um sapato igual ao da Dorothy. Me presenteei com a tão desejada caixa de Friends. Participei de um retiro maravilhoso, disse adeus à minha série favorita e chorei por duas horas seguidas depois disso. Tive o melhor aniversário de todos. Um parapente caiu na minha cabeça (e nem é brimks). E eu sobrevivi a tudo isso, me superei. Provei a mim mesma que sou forte. Agora mal posso esperar pelo que estar por vir.

Love, Tary

P.S: Calma! Sei que esse post não foi tão iluminação na vida (ou seja, gigante) quanto os da Renata, de quem roubei a referência, mas ele será dividido em algumas partes. Vai ter retrospectiva literária, musical, televisa e cinematográfica.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Aderindo ao clichê

Blogueiro surtando por causa do trabalho de conclusão de curso é o clichê mais velho da blogosfera. E, olha, acho que vai continuar assim pra todo o sempre. Porque, gente, sério. Não é fácil. Tudo bem, eu concordo quando meus professores dizem que TCC não é um bicho de sete cabeças.  Ok. O problema é que dá um trabalhão, principalmente quando você está sozinho no barco.

E os seus pensamentos, todos eles, são transferidos para a concretização desse trabalho. TODOS. Quando eu estou no estágio, acho difícil me concentrar em qualquer coisa porque estou pensando no TCC. Quando estou vento um filme, não consigo me entregar totalmente pra história porque a minha mente não me deixa parar de acreditar que eu deveria usar cada segundo livre do meu dia pra terminar meu trabalho. O mesmo acontece com os livros. Nada mais irônico do que estar fazendo um trabalho SOBRE eles e não ter tempo pra ler! Uma maravilha. Só que não.

A essa altura vocês já perceberam o motivo do abandono mais recente do meu blog. Dá uma culpa danada escrever aqui porque eu sinto que deveria estar terminando meu TCC. E parece que quanto mais eu faço, mais coisa ainda precisa ser feita. Chego a ficar angustiada. Fora o medo de fracassar depois de tudo isso, né? Prefiro nem falar a respeito pra não ficar na bad.  É como o Carpinejar disse naquele texto tão melhor do que qualquer outro sobre esse assunto: TCC faz o vestibular parecer um feriado. Faz mesmo.

Por esse motivo, espero de verdade que vocês que – ainda – me leem consigam entender e não desistam de mim. Eu voltarei. Vai demorar um pouco, é verdade, mas voltarei. Talvez daqui a duas semanas, talvez só na metade de novembro, ainda não sei. Até lá, me desejem boa sorte.

Pronto, agora admiti que faço parte do maior clichê da blogosfera. Ufa.

Love, Tary

P.S: Obrigada a todos que mandaram as fotos pedidas no post anterior (:

P.S: Do Instatreco – apelido carinhoso para o Instagram - eu não sumo jamais porque aquilo melhora meus dias de um jeito que vocês nem imaginam. E é tão rapidinho! Sou taryzottino por lá (:

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Missão do dia: ajudar a blogueira com o TCC

Tenho esse blog há quase três anos e acho que nunca pedi ajuda de quem me lê aqui, mas agora esse momento chegou! Como alguns de vocês já sabem, me formo esse ano. É, no final de 2012, se tudo der certo, o mundo terá mais uma jornalista. E se tudo der mais certo ainda, alguma redação poderá contar com uma foca recém saída do forno. Só que para tudo isso acontecer, preciso passar pelo Trabalho de Conclusão de Curso. Aham, ele mesmo, o temido TCC. Escolhi fazer uma revista sobre literatura porque sou apaixonada por revistas e mais ainda por livros. E disso vocês já devem estar cansados de saber, não é? Pois bem, resolvi unir as duas coisas e estou bastante feliz, apesar de não ter mais tempo pra nada e só saber pensar nisso o dia inteiro.

Tudo explicado e entendido? Então vamos ao pedido: Haverá uma parte na revista dedicada a fotos dos leitores com os livros que estão lendo. E eu gostaria de pedir que todos vocês que passam por aqui (leitores-fantasma, vocês também!) - me enviem suas fotos até o próximo domingo,  dia 30 desse mês. As fotos precisam ter uma boa qualidade e não podem ser alteradas com photoshop, filtros do Instagram e etc. Junto com a foto, preciso que me mandem os seguintes dados:

Nome Completo
Profissão ou Ocupação
Cidade/Estado
Idade
Nome do Livro/ Autor

Também quero que deixem por escrito no e-mail: “Eu autorizo a publicação dessas imagens na revista Literatour. Assinado, Fulano”. 

Outro adendo: sei que a maior parte dos leitores do blog é composta por mulheres, por isso, os poucos meninos não podem se acanhar, viu? Preciso muito das fotos de vocês! E as meninas que tiverem namorados e amigos (os papais também!) dispostos a posar – se  eles não estiverem dispostos, convençam eles, haha! –, isso seria maravilhoso.

Ok?

Conto com a ajuda de todos! Obrigada desde já! Qualquer dúvida eu respondo nos comentários.

O e-mail: revistaliteratour@gmail.com

P.S: As fotos serão selecionadas, mas eu preciso do maior número de opções possível! Mesmo que sua foto não seja publicada, sua colaboração é necessária e será muito apreciada (:

sábado, 5 de maio de 2012

Um dia na vida

Estava bem desanimada pra escrever esse post-diário, mas aí lembrei da música do Barão Vermelho. “Um dia na vida vale uma carona na esquina, um dia na vida vale qualquer tentativa”. E, seguindo esse mantra, resolvi deixar a preguiça de lado, cumprir com o prometido e contar pra vocês como foi minha sexta-feira. Não que tenha acontecido algo de extraordinário, mas conhecendo a minha rotina, talvez vocês me conheçam melhor também. Vamos lá?

O dia de ontem começou à meia-noite. E assim tem começado quase todos os meus dias neste último ano de faculdade. Fiquei finalizando algumas coisas do pré-projeto do meu TCC, me senti minimamente satisfeita e fui dormir por volta das 1h30min. Acordei – assustada, claro - com a voz da Sara Bareilles cantando Bottle it up, a música que tem me despertado desde o início do ano. Aí demorei aquele tempinho básico pra me situar: “sexta-feira, sem aula, apenas reunião com a professora às 7h40min pra falar sobre o TCC, não posso esquecer de levar o notebook, ok, ok”. Levantei zumbizando e com um pouquinho de frio. E parti pras coisas que todo mundo faz assim que acorda: banhozinho, escova os dentes, passa adstringente, protetor solar, penteia a juba. Blá-blá-blá, vocês sabem.

Coloquei meu notebook na bolsa – a louca, porque ninguém merece aquele peso no ombro – já que até hoje não comprei um case decente só pra ele, conferi se não estava esquecendo nada: passe de ônibus, celular, chaves, documentos, carteirinha da faculdade. Bolsa checada, mandei mensagem pra minha amiga Vivi não esquecer de me dar carona. Na maioria dos dias, eu vou de ônibus pra chegar mais cedo, mas como não tenho aula na sexta, dá pra me dar o luxo de dormir até às 7h. Viviane chegou junto com a Ariadine que também vai de carona com ela, nos cumprimentamos e ficamos conversando as coisas idiotas de sempre.

Chegando na faculdade, fui para o Labcom esperar a professora. Encontrei a nanica da Marithê, sentamos no corredor e ficamos tagarelando sobre nossos trabalhos. Aí a Aliny chegou também e… nada da professora. Ela chegou lá pelas 8h e eu já fui abrindo o notebook, mostrando o questionário, as coisas que havia escrito. Ela fez algumas sugestões, me orientou, falou sobre meu excesso de citações e tal. Terminada a orientação, me despedi de todo mundo e fui direto pra Biblioteca pegar o Jornalismo de Revista pra encorpar mais o meu texto. E, claro, demorei horrores por lá, olhando os milhões de livros que gostaria de ler e não posso, porque preciso me dedicar às obras relacionadas ao projeto. Mas fiz uma promessa a mim mesma: não termino essa graduação sem ter lido Rota 66, A arte da entrevista e A Sangue Frio. Pelo menos.

Fui correndo pegar o ônibus pra voltar pra casa. Ao chegar no meu lar doce lar, deitei na cama pra reler algumas partes legais do livro e… comecei a cair no sono. Típico. Então coloquei o celular pra despertar e cochilei gostoso. Até ser acordada novamente pela Sara Bareilles. Argh, tô com ódio dessa música já! Fui esquentar minha comidinha: arroz carreteiro. Almocei assistindo vídeos no You Tube, como sempre. Acho que faço isso pra não me sentir tão só. Odeio almoçar sozinha. E televisão na hora do almoço não rola, né? Resolvi sair de casa ao meio-dia pra pegar o ônibus menos lotado. Fui andando minhas seis quadras diárias até o ponto, ouvindo música e olhando as árvores. No caminho, um tucano lindo deu uma rasante bem acima da minha cabeça. Na hora, eu super lembrei da Renata: aqui não tem jacaré andando na rua, mas vira e mexe me deparo com tucanos e araras, não é fofo? Tudo lindo até aí.  Mas o busão veio lotado. E eu que esperava sentar e continuar o cochilo anterior, fiquei lá, em pé, chacoalhando. Óbvio que sentei no primeiro lugar vago que apareceu. Mas nem consegui dormir. Fiquei ouvindo Giz e pensando no meu TCC, na entrega do pré-projeto, na apresentação da próxima quarta… Ô ano bom de acabar!

Desci do ônibus, caminhei até o trabalho e subi de elevador. Deveria ir de escada, eu sei, mas como conservarei meu sedentarismo? Agradeci mentalmente pelo ar-condicionado, desejei boa tarde pra todo mundo, sentei e comecei a trabalhar. Procura notícia, olha os sites do interior, liga nas delegacias, liga para os bombeiros. Escreve, escreve, escreve. Reescreve. No fim da tarde foi mais legal porque meu chefe levou salgados pra gente e nos presenteou com pães de mel de beijinho. Comer é sempre uma das melhores partes do meu dia, hahaha!

Na hora de ir embora, meu pai foi me buscar junto com a Giovanna. A pobrezinha da minha irmã estava deitada, de olhos fechados, com o banco inclinado. “Tá doente?”, perguntei. Ao que ela respondeu sem nem abrir a boca direito: “sono, maninha, sono”. Fiquei perturbando a Giozinha sem sucesso até que resolvi abusar do ponto fraco dela: cantar alguma música bem tosca. Ao primeiro sinal de “O CRIADOR VEEEEEEEEEEM”, ela já estava rindo e cantando junto. E papis não entendendo nada, tadinho. Chegando em casa, continuamos a cantoria. O vídeo do “Para nossa Alegria” em si não tem tanta graça pra gente. Só quando é a gente que imita.

Em casa, mamis apareceu com um pacote cheio de pulseiras maravilhosas de macramê que minha madrinha enviou de Bauru! Primeiro, achamos que ela tinha mandado pra gente comprar, pois estavam com preço, mas após uma conversinha no Facebook, descobrimos que eram todas presente. Na correria, nem deu tempo dela tirar o preço antes de mandar. Ganhei três. Uma de pérolas grandes com uma miçanga dourada no meio, outra roxa com pérolas menorzinhas e strass – sou apaixonada por pérolas –, além de uma lilás. Ficamos as três muito contentes com nossas pulseiras novas.

O resto da noite fiquei enrolando pra fazer minha tarefa de inglês. Sim, eu não tenho vida social nas sextas-feiras. Acordo às 8h no sábado e trabalho das 13h às 18h. Minhas noites de sexta se resumem a pizza – desta vez foi macarrão, feito por mamis –, coca-cola, homework que sempre faço de véspera, vídeos no YouTube –um dia conto todos os meus canais favoritos por lá –, talvez algum episódio de Sex and the City e só.

E foi assim que a noite foi indo embora, sem glamour. Sei que este post parece meio mal-humorado, mas pessoas que não dormem ficam um pouco assim, hahaha. Só que, apesar de tudo, meu dia foi produtivo. Aposto que se ficasse dormindo não teria nada pra contar, não é? E já dizia Barão Vermelho: “um dia na vida vale”. Sempre vale alguma coisa.

“Um dia na vida
Outro fósforo, outro sol
A vida é um piscar de olhos
E o amor, um alô e um tchau”

(Barão Vermelho – Um dia na vida)

Love, Tary

P.S: As partes itálicas foram editadas. Tinha apagado completamente esses fatos da minha mente. Sou desmemoriada, beijos.

P.S 2: Este post foi uma ideia da Anna Vitória Pônei! O dia de ontem foi escolhido após um sorteio na Máfia.

domingo, 18 de março de 2012

Não faça planos para o último ano da faculdade

Estamos em março e eu já sei: não vou fazer praticamente nada das coisas que planejei pra este ano. Nada. Eu tô vivendo de prazos, de estágio e faculdade, de pensar em TCC todos os minutos do meu dia e ler livros chatos - mentira, os de jornalismo de revista são muito legais. Aquela que assistia mais de vinte séries sumiu, agora é só Skins e olhe lá. Basta pensar que nunca mais vi Grey's Anatomy e dá aquele aperto na garganta... O projeto das 366 fotos? Caramba, como dói dizer que desisti de algo que eu queria tanto porque nem conseguia segurar a câmera quando chegava em casa de noite, de tão acabada. É divertido, mas acaba virando obrigatório e eu já tenho tantas coisas obrigatórias na minha vida ultimamente...Se vocês me permitem eu vou riscar aquela lista dos quereres para 2012 da minha mente. Se eu sobreviver a este ano de $#&@%, nossa, já vou ter feito muita coisa.

Love, Tary

P.S: Eu nem tava tão ranzinza assim, mas hoje é domingo, eu tenho trabalho pra entregar na quarta-feira e esse ano tá um lixo mesmo, sem brincadeira. Mas eu ainda sou fofinha, compro colares de coruja, vestidinhos e fico rindo dos Barbixas no YouTube.

P.S 2: Deu pra entender esse post? Escrevi sem parar pra pensar no que tava falando, haha!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mãe por um dia, amor pra vida inteira


Cuidar de alguém indefeso e dependente não é tarefa fácil para quem é individualista e também um bocado desastrada. E mesmo que a pequena Maria Clara, de um ano e quatro meses, seja minha priminha adorada, nunca a havia segurado no colo por muito tempo, tomado conta dela nem passado tempo suficiente em sua inocente companhia de bebê sapeca. A verdade é que não me considerava suficientemente "jeitosa" para ser responsável por alguém tão frágil. Tudo isso mudou numa certa tarde em que, motivada pelo jornalismo, fui até a casa da Maria Clara disposta a vivenciar o máximo possível da experiência de ser mãe. Ao menos por um dia.

Engoli todas as minhas limitações, preconceitos com relação a mim mesma e as críticas daqueles que consideraram a minha tarefa 'fácil demais' - estes, com toda a certeza, não me conhecem em nada. Fui até lá com várias pontadas de medo. "Será que eu vou conseguir segurá-la direito?", "Mas... e se ela chorar?" e, principalmente, "Como é que eu vou fazer pra trocar fralda?" Indagação acompanhada por aquela fisionomia clássica de 'ecaaa'. Chegando à casa da pequena, tive de esperar. Ela desfrutava do tradicional 'soninho da tarde', quase uma exclusividade do mundo dos bebês.

Depois de duas horas, ela despertou, ainda sonolenta. A babá a colocou em meus braços e disse: "Mãe por um dia, ela é toda sua!". Maria usava uma chupeta e estava com os cachinhos suados quando a acomodei em meu colo, dei um beijo em sua bochecha rosada e a levei para o primeiro desafio do dia: trocar de roupa. Ouvi dizer que algumas crianças odeiam essa parte, mas a minha pequena nem se abalou e até facilitou o meu serviço levantando os bracinhos rechonchudos, meu maior obstáculo foi mesmo minha falta de jeito. O modelito era uma graça: um vestido floral frente única e sandálias brancas de laço as quais ela chamava de "pato, pato". Sapato na linguagem dos nenéns. 

Fomos até a cozinha e me explicaram que, após a soneca, ela costumava comer bananas. Peguei uma delas, descasquei e com Maria sentadinha no meu colo, fui oferecendo a fruta. Ela comia devagar e às vezes me presenteava com um de seus risinhos fofos. Então, no momento em que eu a achava a coisinha mais linda desse mundo, a bebê tirou a banana mastigada da boca e me ofereceu toda gentil. “Não, brigada”, eu repetia com um risinho amarelo. Maria não se fez de rogada e continuou insistindo, até que peguei a banana babada – o que a deixou muito satisfeita - e joguei no lixo. Também ofereci água na mamadeira e ela tomou com muito gosto. Eu estava morrendo de sede também, mas aprendi que vontade de filho vem muito, mas muito antes da nossa. E por mais que pareça estranho, é uma alegria imensa trocar nossa vontade pela deles. 

A próxima tarefa era a mamadeira. Quatro colheradas de leite em pó especial de soja e 210 ml de água quente, chacoalha, chacoalha, chacoalha e experimenta pra ver se não está quente demais. Porém, quem disse que Maria Clara me deixava tirá-la do colo pra preparar o ‘mamá’? Ou ela corria pra fora, ou vinha para perto de mim com os bracinhos estendidos para que eu a segurasse. Por várias vezes tentei colocá-la no colo da minha mãe, Nilcélia – que acompanhou a aventura rindo muito da minha cara de desesperada -, mas a Maria não queria saber dela. A essa altura já havia se apegado a mim e balançava a cabeça calmamente sempre que eu queria entregá-la pra alguém. Isso me deixou bem boba e fez com que eu sentisse uma grande onda de amor por aquela menina. 

Com muito custo, conseguimos despistá-la, o que não foi nada fácil porque a Maria é muito esperta e sempre dava um baile na gente. Minha mãe entrou na sala com ela enquanto eu preparava o leite. Preciso dizer que me atrapalhei e fiz a maior sujeira com o leite caríssimo? Não, né? Quando entrei na sala, minha ‘filha’ já esticava os bracinhos para provar a mamadeira, dizendo ‘mamá, mamá’! Mas tenho certeza que minha peripécia não ficou lá muito gostosa. Ela bebeu uns golinhos, logo não quis mais saber e fomos brincar. 

Impressionante como para os bebês tudo é uma nova descoberta, a pequena se divertia com a textura da almofada, com o ursinho que fiz de fantoche, com o barulho das minhas chaves, meu brinco em formato de flor, meus óculos e todas as minhas brincadeiras para fazê-la rir – que deixariam qualquer outra pessoa revirando os olhos. Eu já estava cansada de tanto corre e corre, com o cabelo arrepiado e cara de doida. No entanto, a tarde era uma criança. Literalmente. E mesmo que eu não quisesse dar o braço a torcer, sabia que estava adorando passar meu tempo ali. Na varanda, um pequeno lanche preparado pela minha mãe  permitiu que eu me sentasse um pouquinho e comesse uns bolinhos de chuva. Para beber, um daqueles sucos de caixinha que vem com canudo. De maçã.

Logo a Maria chegou com seu sorriso aberto me pedindo um gole. Ofereci e ela bebeu com gosto, quase sem parar pra respirar. O que prova ainda mais a minha teoria: meu ‘mamá’ ficou realmente uma droga. Perdi o suco pra ela e nem me importei. Tudo o que importava era seguir os passos dela pela varanda, brincar com as flores do jardim, ouvir seus gritinhos felizes e quase morrer quando ela pisava com força em uma poça de água suja do jardim, rindo sem parar, ou tropeçava ameaçando cair. Nem gostava de imaginar o que aconteceria se ela se machucasse!

Pior que isso foi a próxima arte da Maria: ligar a torneira quebrada do jardim e nos molhar inteiras, se divertindo a valer com minha cara de perdida tentando impedir. Lá pelo fim da tarde, o que mais me tirou o sono: trocar a fralda. Descobri que esta parte a Maria detesta. Ela resmungava em cima do trocador, se debatia querendo mexer em uma caixa e não gostou nada. Mas foi só começar a brincar com ela que a ‘raivinha’ passou. Logo eu estava tirando a fralda suja, limpando e colocando uma nova. Mamãe acompanhou o processo e rindo, disse: “Parece que está fazendo uma cirurgia na menina!”. Apesar da piada, admitiu que eu levava jeito e, ao colocar uma nova roupinha na Maria, notei que estava bem mais confiante. No fim, trocar a fralda foi o mais natural da experiência toda. O mais difícil é se esquecer de si mesmo em prol de uma pessoinha que depende de você, não tirar os olhos dela nem por um minuto, correndo atrás e dando bronca quando precisa – não fui bem sucedida nisso... ela é fofa demais pra pensar em brigar! 

Brincamos bastante com a motoca dela, sentamos no chão da varanda e o único momento em que ela chorou foi quando viu Regina, a babá, indo embora. Não durou muito, mas o foi o pior momento pra mim. Foi terrível ver a Maria Clara agarradinha na grade do portão, chorando e super sentida. Peguei as pulseiras que ela adora colocar no pulso e, minutos depois, a bebê já estava sorrindo e cantarolando – na linguagem dela – pelos cantos. Na hora de ir embora, um beijo na bochecha, um abraço apertado e um aperto no peito. Eu já sentia saudade.

Quando a Ceci, mãe da Maria, voltou para casa, fomos embora bem rápido pra que ela não notasse minha ausência. E eu queria ficar mais, dar banho, fazer dormir, levar para passear, conversar... Dizem que ser mãe é padecer no paraíso. Se for realmente assim, quero padecer mais vezes. Quebrei meus próprios paradigmas e descobri que o medo pode te impedir de ter experiências maravilhosas. E foi uma doce bebê de olhos castanhos, cabelos cacheadinhos e olhar sapeca quem fez com que eu me desse conta disso. Ainda bem!


Te amo, bebê!

Love, Tary



 P.S: Matéria de jornalismo gonzo escrita para o jornal da faculdade, a pedidos da minha amiga Ana Luísa Bussular.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Escreveram pra mim

Neste semestre estamos exercitando textos jornalísticos. Entre eles, o perfil, no qual o jornalista produz um texto interpretativo a respeito de alguém. Então, a professora colocou o nome de todo mundo em papéis e fez um mini sorteio. Cada um escreveria sobre aquele que tirasse. Fiquei meio assim, afinal, ninguém quer ser retratado de forma errada. Acabou que a Thê, uma das minhas amigas mais queridas foi quem me tirou e escreveu um texto lindo sobre mim. Depois, cada um tinha que fazer um "de frente com Gabi" com o perfilado e ler o texto pra ele. Quase chorei quando a Thê fez isso. Simplesmente amei. Obrigada, tampinha, você é a melhor. Te amo muito e pra sempre! Eis o texto:

Rodopiando com Taryne
Por Marithê Lopes

Segunda-feira, 1º de agosto, às 10h40min ela entrou no restaurante Piatto da faculdade. Deixou a bolsa em cima de uma mesa perto da entrada. Meticulosamente pegou a bandeja, o prato, os talheres e o guardanapo. Escolheu as melhores folhas da salada e os tomates. Serviu o arroz branco e o coloriu com o feijão. Duas conchas de estrogonofe, cenouras e abobrinha. Senta-se na mesa e confessa “Odeio almoçar sozinha”.

Foi assim que começou a saga Sherlock Homes que procura desvendar um mistério chamado Taryne Cavalcante Zottino. A miopia e o astigmatismo não a impedem de observar os detalhes da vida com um olhar especial. Olhares atentos como os de crianças que tudo perguntam e pra tudo querem uma resposta. Não somente o olhar de criança, mas, a alma também. Taryne ainda é capaz de se divertir como quando era criança e brincava com a irmã caçula de princesas versus bruxas, de boneca, de escola, faziam cabaninhas, gincanas, teatros, pulavam amarelinha e de repente se tornavam as "Detetives mais loucas do mundo", a brincadeira favorita. Falando em infância é importante ressaltar que Taryne não sabe andar de bicicleta e nunca teve um cachorro. Somente um peixe, o Billy, que morreu e nem teve um enterro digno.

Basta falar no nome da irmã caçula uma vez para os olhos se encherem de brilho e orgulho. Giovana Zottino, a Gio, é sua melhor amiga. Pessoa que ela tem uma paixão imensurável. Aquela que ela morre de ciúmes, a protege de baixo das asas até hoje. “Sem você, eu seria apenas metade. Seria sem graça, sem brilho e completamente só. No teu abraço, encontro o meu lugar no mundo, minha casa. Você é simplesmente a minha vida”, foi assim que ela descreveu a irmã em seu blog.

Para a Gio, a “maninha” Taryne é o amor de sua vida. É tudo. Melhor amiga, com quem divide seus segredos. Na irmã ela se inspira como modelo de vida. Admira a honestidade e quando a Tary aplica o “fala na cara”. O defeito seria ser muito crítica. Giovana adora quando as duas fazem a semana das irmãs onde elas assistem filmes, preparam as comidas favoritas e se curtem.

Taryne adora escrever. Confessou que a escrita é a única coisa que a garante. Acredita mais na Literatura do que no Jornalismo, profissão que escolheu pra ser tua. Ela pratica a escrita em seu blog, muito conhecido no universo dos blogueiros. “Doces Rodopios” é o nome de seu blog, tão peculiar quanto à dona. Através de sua escrita consegue levar alegria para pessoas desconhecidas.

A melhor experiência dos últimos tempos foi ter participado do Despertar, um retiro para jovens. Lá ela aprendeu uma filosofia que irá praticar daqui pra frente. A filosofia do “Preciso deixar um legado de coisas boas para as pessoas”. Depois dele ela voltou a frenquentar à Igreja. Mudou a frieza com a família se tornando mais carinhosa com a mãe, principalmente. E fortaleceu ainda mais a amizade com o Gabri, amigo de sala.

Sua mãe, a Nil, é a eterna “mãe coruja”. Taryne é uma das principais razões de sua felicidade. Uma pessoa muito alegre, perfeccionista, “na dela”, defende quem ama com “unhas e dentes”, é dedicada e justa, olha todos os lados. “Quando a Tary nasceu, minha vida mudou completamente. Antes não me via como mãe. Foi só ela nascer pra eu me dar conta do tamanho do amor que eu já sentia. Um momento especial, porque à partir dali tudo que eu fazia era em função dela. Foi amor à primeira vista”, declara Nil. Taryne também é o xodó do pai, ele a chama de Branca, pressupomos que seja pela falta de melanina.

Sua avó Cleonice não contém os elogios ao se falar da neta. Diz admirar muito a dedicação que Taryne tem com tudo o que faz. Uma menina responsável, estudiosa, a verdadeira “boa neta”. Quando questionada sobre os defeitos da neta dona Cleonice diz: “Tu já viu avó colocar defeito em neta? Sou suspeita pra falar dela”.

Enxaqueca é seu grande mal. Às vezes chega atrasada na faculdade. Seus olhos diminuem. Qualquer barulho a incomoda. Não é aconselhável fazer piadas quando ela está assim. Nem ao menos dizer que ela é hipocondríaca. Sua amiga Ariadine sabe muito bem disso, apesar de muitas vezes não praticar. “Fui com a cara dela desde o primeiro dia de aula. Desde esse dia quis ser sua amiga. O que me incomoda nela é reclamar de tudo!”, comenta Ariadine.

Quem reparar bem na Taryne poderá perceber que ela cada dia usa algo relacionado a corujas. Blusa, anel, colar, brinco... Essa é uma de suas paixões. Coleciona vários objetos “corujescos”. Ela tem uma coruja de pelúcia, a Genoveva, que ganhou em 2008 de uma amiga, a Ísis. Também coleciona seus livros preferidos. Ela se sente bem em estar rodeada daquilo que gosta.

Seu bisavô paterno, o Basto, vai fazer 103 anos e sua bisavó, a Dita, vai fazer 98 anos, quando Taryne fala deles se enche de orgulho, pois os admira muito. “Não quero viver tudo isso. Até uns oitentinha tá bom”, confessa Taryne.

Tão complicada de desvendar quanto a mais complexa operação matemática ou aquele exercício de física quântica de outro mundo. Porém é muito fácil querer a amizade dela, simplesmente porque ela tem tudo o que uma pessoa precisa pra ser feliz. Ela tem um encanto peculiar, uma denominação que ainda não tem nome. Assim é Taryne Zottino.

Love, Tary

domingo, 5 de dezembro de 2010

Nosso último semestre

Quinta-feira com vocês tem gosto de Sexta. Em meio a tweets-desabafo, batidinhas, vídeos (muito) embaraçosos, fofocas, coreografias horríveis, versões enroladas de Teenage Dream e risadas escandalosas, nós temos certeza de que nos divertimos horrores quando estamos juntas.

Tudo isso me faz pensar nos primeiros dias de aula, ano passado. Faculdade é diferente de escola, todos são desconhecidos, uns querem estudar, outros só pensam em curtir e muitas precipitações acontecem pelo caminho. Uns estão vindo de longe, deixaram o conforto da comidinha da mamãe em busca da realização. Uns  idealizavam a faculdade como sinônimo de independência e acreditavam piamente que aqueles seriam os melhores anos de suas vidas. E outros sabiam desde o primeiro dia que nem um ano de graduação teria o mesmo amor  e companheirismo presentes no Ensino Médio.

Foi assim: no meio de tanta gente eu encontrei vocês, entre tanta gente chata sem nenhuma graça... A partir daquelas primeiras impressões, alguma coisa aconteceu e, dali pra frente, nos tornamos inseparáveis. Alguma coisa deve ter se passado no universo para que eu e a Vivi (@vivianegomez) nos encontrássemos na faculdade depois de termos sido amigas durante a infância, estudado juntas e perdido o contato num espaço de quase 10 anos. Isso bastaria, mas escolher a mesma área de atuação e ainda morar no mesmo bairro? Coincidência demais pra acreditar que foi coincidência.

Não existem conversas nerds suficientes para nós, ficamos horas falando sobre os livros de Harry Potter, rimos do Sheldon de The Big Bang Theory e suspiramos pelos nossos vampiros favoritos da ficção. Isso quando não matamos aula pra ver filmes de mulherzinha e filmes cults bizarros, cumprindo nosso ritual involuntário: comer o barato do dia no Subway, garimpar livros na Leitura até o cinema abrir, ver o filme e, por último, aquela passadinha nas Lojas Americanas pra dar uma olhada nos dvd's. 

E o que dizer da minha irritante, porém adorável, Ariadine? Será por acaso ela morar na rua atrás da minha "humilde residência"? Campeã na arte das gírias regionais e dos palavrões por segundo, ela é aquela amiga que chora junto quando se têm problemas, cozinha pra você e faz o melhor brigadeiro do mundo. Vou sentir a maior falta de, todos os dias, te ouvir falando de The Corrs, rir dos seus tremeliques e do seu - muito característico - arregalar de olhos.

Ah, mais do que tudo, vou sentir saudade de brigar com você por causa dos trabalhos do Zanatta *.* Mentira, vou sentir saudade de brigar com você por causa de qualquer trabalho! Hahaha! Não, falando sério agora, não sei o que farei sem as nossas conversas bobas sobre qualquer coisa durante as aulas. Por isso, sempre conte comigo para comer brigadeiro e assistir o mais novo filme da Rachel McAdams, com lágrimas ou sem elas. 

Foram só dois anos, mas pude contar com vocês pra tudo e sei que ainda posso, afinal, a Ari mora praticamente do lado da minha casa e as caronas da Vivi continuam. Espera, elas continuam, né amiga? *medo mortal* 

Vocês e a Thê (@_MaritheLopes) - nossa baixinha absurdamente querida, patrocinadora de lanches para famintos e desenhista oficial de árvores incríveis, que vai ficar no jornalismo comigo e merece um post só dela também - fazem dos meus dias muito felizes e, podem ter certeza, amo muito, muito, muito vocês - muito mais do que o tamanho do universo. Fiquem certas, Ari e Vivi, de que serão ótimas publicitárias: não precisaram fazer esforço algum para persuadir meu coração a acolher vocês para sempre. 

Love, Tary

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rodopios alterados

Tem gente que entra na faculdade e pensa que tudo serão flores. Todo mundo vai ser amigo e todos vão ser unidos como no tempo de Ensino Médio e quando chegar a época de formatura a galera toda vai se juntar e conversar sobre o quanto aquele tempo valeu a pena. Eu era uma dessas pessoas. Eu realmente pensava que a minha turma da faculdade seria igual - ou pelo menos parecida - a do terceirão. Cara, como eu fui otimista. Bom, eu sou otimista, mas não era para tanto.

Pode até ser que a sua sala da universidade seja a mais unida do mundo e que você super se revolte e discorde horrores do meu post, mas a única experiência que tenho é essa e por mais democrática que eu seja, é só da minha experiência que posso falar: eu sinto a maior saudade da escola. Pronto, falei.

Não quero desmerecer os amigos incríveis e as pessoas maravilhosas que conheci no curso, porque eu juro que, além do meu sonho de ser uma profissional graduada, é só por eles que acordo todos os dias e tenho ânimo de ignorar o zum zum zum da sala e me concentrar nos meus objetivos.

Tudo isso estava me deixando triste, triste, triste. Estava me sentindo tão feliz no começo do ano! Era quase inacreditável essa infelicidade toda que teimou em me invadir no segundo semestre de 2010. Incontáveis os mililitros de lágrimas que derramei, as noites insones, as vezes que o colo da minha mãe foi a única saída, os momentos que pensei em trancar a faculdade, desistir de tudo. Pensei que não iria aguentar.

Mas agora... Caramba, tudo melhorou tanto! Primeiro de tudo: arranjei trabalho como estagiária de um Jornal. Pode ser cedo pra dizer isso, mas eu estou adorando! Meus colegas de trabalho são fofos, preocupados e engraçados. Escrever as matérias tem sido bem tranquilo, já que adoro dedicar meu tempo à escrita... E mesmo nas horas de correria, uma voz na minha cabeça diz que vou conseguir. Além disso, estou fazendo Inglês aos sábados. Para mim, estudar a língua inglesa é um prazer! Queria que todas as matérias da faculdade fossem assim, uma delícia de aprender! A faculdade, bom, estou gostando bastante da grade desse semestre e aproveitando os últimos momentos com meus adorados amigos de Publicidade e Propaganda, já que nos restam apenas uns três meses juntos.

Agora, minha rotina é a seguinte: Um ônibus para ir à faculdade, dois ônibus para vir ao trabalho, lá pelas 18:00 vou pra casa e... Bom, depois de chegar em casa famintíssima - essa palavra existe? - tomo banho, janto e mal tenho tempo secar o cabelo antes de cair na cama. Aos sábados, inglês de manhã, tarefas, trabalhos, família, festas, um pouquinho de internet... A única coisa que me deixa triste é não ter muito tempo para ler e ver meus filminhos, mas vou ajeitar minha agenda - ui, quem vê até pensa que sou importante - pra encaixar essas duas paixões. Também não vou ficar blogando com frequência, porém, estarei sempre por perto. Mas, ei, quem está reclamando? Eu estou feliz e é isso que importa!

Love, Tary

P.S: Para os curiosos quanto ao post anterior, é uma história baseada em fatos reais. Reais e muito, muito antigos ;)
P.S²: Adoradas que não me deixaram desanimar: Gio (Maninha), Nil (Mammys), Ari, Thê, Bella e Vivi.
P.S³: Assim, por causa da nova rotina, vou demorar um tiquinho pra responder todo mundo. Quando tiver um tempinho livre, faço isso.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pequeno desabafo

 Escrevi hoje no quadro negro da sala de aula

Sempre fui muito minha, muito dentro de mim mesma, muito introspectiva. Mas agora está tudo tão confuso, tão diferente. Estou como naquela música da Adriana Calcanhotto, Metade, em milhares de cacos, ao meio, não morando mais em mim. Me sinto pequena e frágil, acompanhando a minha vida como se fosse a vida de outra pessoa, como se eu fosse coadjuvante da minha própria história. Meus olhos estão esquecidos e vivem afogados, meus sorrisos não tem a mesma poesia de antes, meus rodopios agora são programados porque eles me deixam pensar que sou racional, fazendo parecer física  e não apenas imaginária a sensação de que minha alma está desligada do corpo. Eu preciso de mim. Quero meus olhos, meus sorrisos e meus rodopios de volta.

P.S: É o fim de semestre que me desencontra de mim mesma, minha gente. Férias, cheguem logo!

Love, Tary

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Post sobre falta de posts

Não sei se vocês entendem o fim de semestre na faculdade da maneira que eu entendo. É o período em que eu não sinto vontade de fazer nada, fico sem ânimo, sem tempo, procrastinando, twittando bobagens para diminuir o stress e abandono meu blog. Ou seja, terrível. Então, se eu demorar pra atualizar, vocês já sabem o motivo: bloqueio traumático de inspiração causado por provas, trabalhos e aulas chatas.

Love, Tary.