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Wednesday, September 13, 2017

Homenagem ao ferry EBORENSE

O n/m EBORENSE foi retirado do serviço público fluvial hoje, depois de ter completado ontem a última série de viagens na carreira da Trafaria. 
Entrou ao serviço em 1954 e cumpriu mais de  sessenta anos de travessias no Tejo, principalmente entre o Cais do Sodré e o Terreiro do Paço e Cacilhas, tendo servido igualmente como barco de turismo ocasionalmente.
 Ao longo dos anos o BNM falou muito acerca do EBORENSE, em palavras e imagens, aqui fica a homenagem, dado que o EBORENSE deverá agora ser posto à venda pela Transtejo. Ver mais escritos e fotografias aqui.
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Último dia de navegações do EBORENSE

O ferry EBORENSE completou a 12 de Setembro de 2017 a última série de travessias entre Belém, Porto Brandão e a Trafaria em regime de serviço fluvial público. Os certificados caducaram à meia-noite e o destino agora será o abate após quase 63 anos de carreiras no Tejo, pois entrou ao serviço em Dezembro de 1954. 
O fim do EBORENSE traduz o encerrar de uma época, pois este cacilheiro foi um dos mais apreciados de todos s que navegam ao serviço da Transtejo entre as duas margens do Tejo. Vai fazer falta, pois o navio que o substitui na carreira da Trafaria, o LISBONENSE, não oferece garantias de fiabilidade técnica e agora sem o EBORENSE de reserva, haverá momentos em que o transporte de viaturas terá de ser suspenso.
Acompanhámos as últimas travessias do EBORENSE e aqui deixamos alguns registos.

 













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Saturday, August 12, 2017

EBORENSE em rota de despedida


O "ferry-boat" EBORENSE, que há 11 dias foi rendido na carreira Belém-Trafaria pelo LISBONENSE, tendo passado temporariamente a um estatuto de "barco de reserva", até 12 de Setembro, regressou na tarde de 11 de Agosto à carreira da Trafaria, substituindo o LISBONENSE que efectuou uma operação de manutenção técnica. 

Provavelmente foi o adeus do airoso veterano saído dos Estaleiros de Viana do Castelo em 1954, pois a Transtejo não pretende renovar os certificados do EBORENSE que expiram em Setembro, passando o navio a situação de abate a partir de 12 do próximo mês. 
Com a retirada anunciada do EBORENSE chega ao fim uma época, pois este veterano é o último de uma ilustre linhagem dos tempos da Parceria dos Vapores Lisbonenses. O LISBONENSE e o seu irmão ALMADENSE não apresentam a mesma fiabilidade técnica e economia de exploração e são menos agradáveis, deixando os cacilheiros de serem o motivo principal para futuros embarques em Belém.
Fotografias de Luís Miguel Correia tiradas ao EBORENSE na tarde de 11 de Agosto de 2017 no Tejo.
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Wednesday, May 10, 2017

Ainda o EBORENSE

Fui à beira-Tejo ver graneleiros e saiu-me de novo o EBORENSE, que continua a cumprir com galhardia as travessias de Belém à Trafaria e Porto Brandão, até Junho, depois terá de parar por razões técnicas. Veremos se o LISBONENSE e o ALMADENSE estarão em condições para dar continuidade ao serviço.
Entretanto o EBORENSE continua a proporcionar as travessias mais agradáveis de toda a frota, com os seus tombadilhos e espaços abertos, que tanta falta fazem nas restantes unidades, todas envelhecidas, com excepção dos mais novos LISBONENSE e ALMADENSE, cuja juventude se confunde com inoperacionalidade e velhice precoce. Por este andar qualquer dia acabam as carreiras fluviais em Lisboa.
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Friday, February 03, 2017

EBORENSE "UM", LISBONENSE "ZERO"...


O veterano EBORENSE está de volta à carreira Belém - Porto Brandão - Trafaria da Transtejo depois de ter sido anunciada a sua substituição no início do ano pelo novo LISBONENSE. Este avariou a 23 de Janeiro e vai estar incapacitado nos próximos meses, com o mesmo mal supostamente congénito que tem atacado o seu irmão ALMADENSE, e a solução de recurso foi procurar estender a validade da certificação do EBORENSE por mais algum tempo, o que foi concedido até 12 de Junho. Assim, depois de alguns dias sem serviço car ferry, o EBORENSE veio salvar a honra do convento, diga-se da Transtejo, e cá o temos de novo, desde 1 de Fevereiro e até Junho, quando terá de fazer docagem e manutenção de rotina. Saiba mais sobre o EBORENSE aqui...

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Wednesday, December 28, 2016

QUE FUTURO PARA O EBORENSE?

O possível abate do ferry EBORENSE parece não ter base técnica, apenas sendo alicerçado na contenção de gastos que tem estado na base da redução e decadência continuada da frota da Transtejo nos últimos anos. A questão da idade do navio é uma premissa falsa pois de facto o EBORENSE foi reconstruído em 1991 depois de oito anos parado e destinado a abate na década de 1980. Para além do seu valor histórico, o EBORENSE tem demonstrado a sua total fiabilidade e utilidade ao assegurar nos últimos meses a ligação Belém- Trafaria, durante as imobilizações quer do LISBONENSE, quer do ALMADENSE, construídos em Aveiro por 14 milhões de euros e que não têm provado em serviço por avarias constantes e custo elevado de operação. 
O LISBONENSE consome três vezes mais combustível que o EBORENSE, por exemplo. Solicitamos à Transtejo que reaprecie a decisão de desactivar o n/m EBORENSE, faça um levantamento das necessidades efectivas de manutenção técnica do navio associada a uma próxima docagem e renovação de certificados. Pela sua configuração, o EBORENSE tem ainda grande potencial para utilização em serviços turísticos, onde o potencial de crescimentos no Tejo é significativo. 
O EBORENSE é muito apreciado pela população em geral e em particular pelos utentes dos serviços fluviais no Tejo, permitindo travessias muito agradáveis, em que se aprecia a paisagem do rio e das margens de forma relaxada e descontraída, nos decks abertos. É o único dos ferries tradicionais ainda em serviço, com o seu irmão mais novo ALENTEJENSE retirado para abate e atracado no Montijo à espera de comprador. 
Uma boa possibilidade para o EBORENSE seria a sua reparação e pintura com as cores originais da antiga Parceria dos Vapores Lisbonenses, por forma a que se mantivesse disponível para os serviços de carreiras e para fretamentos e passeios com turistas. 
Não se pode deitar fora simplesmente o EBORENSE como se fez nos últimos anos com outras preciosidades da frota de cacilheiros, caso dos navios MARVILA e NACIONAL. Mais do que um cacilheiro activo e útil, o EBORENSE é um navio único, de construção portuguesa e inegável valor patrimonial e histórico.
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Wednesday, December 21, 2016

Adeus EBORENSE?









O EBORENSE, o último ferry tradicional a operar no Tejo, vai ser retirado do serviço dentro de dias. Construído em 1954 em Viana do Castelo, seria a última unidade integrada na frota da velha Parceria dos Vapores Lisbonenses, cuja sucessora Sociedade Marítima de Transportes quase faliu com a abertura da ponte Salazar em 1966 e sobreviveu até 1975 e à formação da Transtejo com subsídios da AGPL.
Apesar dos seus 62 anos, o EBORENSE continua com ar moço e a proporcionar as travessias mais agradáveis possíveis no Tejo, com os seus decks abertos e acessíveis aos passageiros. Os certificados de navegabilidade e segurança caducam no início de Janeiro e a empresa proprietária parece não dispor dos meios e ou vontade para lhe prolongar a vida, que diga-se tem sido de verdadeira utilidade pública todos estes anos, nomeadamente nos mais recentes em que a sua existência permitiu substituir os novos barcos construídos em Aveiro por 14 milhões de euros e que pouco têm navegado, por razões técnicas e falta de fiabilidade, com avarias recorrentes, em especial no que toca ao ALMADENSE.
O desaparecimento anunciado do EBORENSE é mais um passo na regressão da nossa maritimidade fluvial. Não se deveria deixar perder esta barco que tem excelentes condições para operar no turismo fluvial, para além de que como "back up" qualquer dia vai fazer falta quando os novos estiverem indisponíveis, como aliás está farto de acontecer.
Entretanto aproveitem para uma última travessia de Belém à Trafaria, acaba dia 3 de Janeiro, mas entretanto vai voltar esta semana o LISBONENSE, mais fechado, barulhento e feio. 
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Tuesday, October 25, 2016

PORTO DE LISBOA: 129 ANOS


Forte de São Julião da Barra, onde o Tejo se encontra com o Atlântico e começa a jurisdição do Porto de Lisboa que vai até Vila Franca

Outubro é tempo de aniversário do Porto de Lisboa, não porque o Criador tenha acabado por aqui o seu sétimo dia de realizações fluviais e portuárias nesse mês, mas por ter sido a 31 de Outubro de 1887 que arrancaram as obras marítimas do que é ainda hoje o conjunto de docas do Porto de Lisboa. E as obras arrancaram nesse dia por ser o aniversário do Rei, então o Senhor D. Luíz, que mais tarde teve direito a rebocador com o seu nome e tudo.

As obras do Porto de Lisboa (que ainda prosseguem na medida em que este se tem mostrado dinâmico e se reinventa à medida dos progressos diversos associados aos navios, às cargas e às cidades que o rodeiam) foram, com o Caminho de Ferro, as grandes obras do Estado Português concretizadas na segunda metade do século XIX, e enquadradas no Fontísmo e na ânsia de que o País recuperasse o atraso face à Europa desenvolvida. 
Pensava-se então que Lisboa se transformaria num cais da Europa, com a navegação internacional a deixar no Tejo as suas cargas que daqui seguiriam por comboio para os seus destinos finais. Era já o sonho da carga de baldeação que agora se chama transhipment, não por falta de termos genuínos locais. 
O Porto de Lisboa cresceu e desenvolveu-se ao longo do século XX como o maior porto português, grande entreposto colonial e ultramarino, num mundo de regalias partilhadas com Leixões - o outro "porto de primeira", porque os restantes eram secundários, com parco investimento e influência local, de acordo com a classificação do Estado Novo.
EBORENSE, barco da carreira da Trafaria a Belém, e o mais antigo cacilheiro em actividade, nascido em Viana do Castelo em 1954


Essa característica de Primeiro Porto Português associada historicamente ao Porto de Lisboa é no entanto muito anterior às obras iniciadas há 129 anos, pois aqui quem realmente foi decisivo terá sido o Criador, ao conceder à natureza um estuário com todas as condições para um grande porto, aliás bem aproveitadas durante séculos desde a mais remota antiguidade, e que estiveram na própria origem da cidade de Lisboa que até há poucas décadas quase tudo devia ao rio e ao porto.

Navio de cruzeiros THOMSON SPIRIT em navegação no Porto de Lisboa com os terminais de passageiros e de carga de Santa Apolónia em segundo plano


Passageiros e carga continuam a fazer a história funcional do Porto de Lisboa, nas formas modernas de turistas e de contentores, aqui a cruzarem-se na tarde de 18-10-2016,
 o BRITANNIA e o AZURA de saída com passageiros, o MAERSK KOBE a entrar para 
operação de carga e descarga de contentores em Alcântara


Hoje talvez com o peso de tantos séculos mais 129 anos de portualidade moderna, o Porto de Lisboa parece desencontrado da grandeza que sempre o caracterizou. Deixou de ser o porto mais movimentado, os seus cais mostram-se vazios muitas vezes, e a cidade deixou de o compreender e associar-se com orgulho às suas actividades, à medida que os lisboetas foram renunciando ao espírito marítimo de outros tempos.
Apesar das condicionantes do momento, Lisboa continua a ser um dos melhores portos naturais da Europa, e continua a pensar-se no seu desenvolvimento futuro, com destaque para a margem sul e o Barreiro. Neste aniversário é altura para felicitar o Porto de Lisboa e expressar o desejo sincero de que continue a cumprir o seu papel de grande porto e para já, que em breve volte a ser o maior porto português, não por bairrismo mas por todas as condições estarem aqui na forma natural e não ser conveniente melindrar o Criador com o seu desperdício continuado.
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Thursday, October 01, 2015

Cacilhas e o EBORENSE


Estas fotografias do ferry EBORENSE atracado em Cacilhas a 10 de Agosto de 2015 estão carregadas de história. 
Antes de mais a história local, de Cacilhas como importante porto fluvial num roteiro de ligações a Lisboa cuja origem se perde na poeira de muitos séculos. Depois o lado cénico acrescentado pelo pórtico do estaleiro da Margueira e pela última nau da India, a DOM FERNANDO SEGUNDO E GLÓRIA, aberta ao público numa das docas da antiga Parry & Son e por fim o EBORENSE, o mais antigo cacilheiro em serviço activo no Tejo, onde opera desde Dezembro de 1954 e um testemunho da qualidade dos navios feitos em Viana do Castelo. 
Podia escrever-se um livro só com o desenvolvimento de todos estes temas... Entretanto um deles, o EBORENSE, é apresentado nos meus livros DE LISBOA À OUTRA BANDA e CACILHEIROS que se recomendam vivamente...

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Monday, May 18, 2015

O melhor cruzeiro pelo Tejo com o EBORENSE


É de longe a melhor viagem disponível no rio Tejo e parte de Belém todos os dias de hora a hora com destino a Porto Brandão e Trafaria, e cada pernada custa €1,40. De preferência fazer o passeio fluvial quando é o EBORENSE que está a operar pois este veterano introduzido em Dezembro de 1954 e ainda activo e cheio de juventude alterna a rota da Trafaria com o novo LISBONENSE maior e mais moderno, mas muito fechado e sem a alma cacilheira do navio mais antigo. E ao chegar à Trafaria aproveite para desembarcar e sentir um lugar pitoresco, provar uns petiscos e depois, calmamente, regressar a Belém. Aproveitem a pechincha, que mais dia menos dia acabam com ela.
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