Tenho alguma dificuldade em quantificar o uso de diminutivos e hipocorísticos em Portugal, mas tenho a sensação de que é uma prática muito enraizada e que não se esgota no universo infantil, ainda que, grande parte deles, tenha origem nessa fase da vida. No livro Antroponimia Portuguesa, de 1928, escreve J. Leite de Vasconcellos: "Na linguagem infantil e na das pessoas que lidam com crianças ouvem-se muitas vezes nomes como Quim, Lulú, que da parte d'estas representam insuficiência de pronúncia, e d'aquelas representam afecto. Os alemães chamam a tais nomes: Koseformen, Kosewörter, Kosenamen, isto é, formas, palavras, nomes de carinho". Mais à frente, afirma que o "uso actual de hipocorísticos em pessoas adultas é todavia mais frequente em mulheres do que em homens, porque o mimo que na primeira infância era comum aos dois sexos [...] desapareceu essencialmente no homem, depois que este se tornou adulto; só a mulher permanece terna e ameninada!".
Da obra acima referida, retirei os seguintes nomes e respectivos hipocorísticos que, na altura, foram recolhidos em diferentes partes do país: