E por que não Dulce?

No último duelo de nomes, falamos dos nomes retro, que parecem estar a conquistar terreno em Portugal, e da grande popularidade dos nomes delicados. Continuando então a explorar o tema, gostava de saber o que acham de Dulce. Na vossa opinião, poderíamos incluir Dulce numa lista de nomes delicados? Eu acho que sim e acho que é o momento certo para voltarmos a prestar atenção a Dulce, nome que usou sobretudo nas décadas de 60 e 70, mas que nos últimos anos praticamente não se regista em crianças. Não me custa nada imaginar Dulce, num futuro próximo, no grupo de Aurora, Amélia, Áurea, Cecília, Emília, Elisa, Júlia, Julieta, Luz, fazendo par com nomes masculinos do estilo de Tomé, Gil, Gaspar ou Raul! 

Dulce

Dulce é um nome de origem latina e significa "doce". Popularizou-se especialmente em Espanha, onde, tal como se celebra o Santo nome de Jesus, também se celebra o "dulce nombre de Maria", a 12 de Setembro. É também de Espanha que nos chega Dulcineia, nome que parece ter sido criado por Miguel de Cervantes para a amada de D. Quixote, Dulcinea. 

E de nuestros hermanos chegou-nos também Dulce Berengária, segunda rainha de Portugal, esposa de D. Sancho I. Mais recentemente, usou-se com regularidade na década de 60 e 70 e, entretanto, foi deixando de se ouvir em crianças. Nos últimos quatro anos foram registadas 21 meninas com este nome, seis das quais em 2014. 

Na minha opinião, é um nome interessante, delicado e feminino, mas um pouquinho datado. Por isso mesmo, não recomendaria que se usasse no composto Maria Dulce, já que remete precisamente para os nomes das décadas acima mencionadas. No caso do composto, agrada-me muito mais Ana Dulce!