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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

ILUSÕES DA ALMA - Elen de Moraes Kochman


ILUSÕES DA ALMA

Elen de Moraes Kochman


Acordo com a estranha sensação de que estás aqui, preenchendo nosso espaço com o teu costumeiro silêncio e o meio sorriso que deixavas acontecer, quando te abraçávamos dizendo as mesmas palavras de todos os anos, sem nenhuma criatividade, mas carregadas de carinho e da eloquência dos que amam.

Ilusões da alma... Impressão de te ver em cada canto desta casa, ora sentado olhando o vazio, ora caminhando pelas salas, passando as mãos pelos móveis, distraidamente, como se ao limpar algum resquício de poeira ali existente, pudesses limpar os pensamentos ruins, exorcizar os problemas... e sempre naquele teu mutismo, com o qual já me acostumara, mas que algumas vezes ainda me pegava de mal jeito, fazendo-me sentir sozinha, mesmo acompanhada.

Tantos anos... Fecho os olhos, respiro fundo e o coração se acelera quando as lembranças mais fortes me vêm com a imagem do nosso filho te abraçando, encostando a cabeça no teu peito e dizendo: “Parabéns, feliz aniversário, pai! Vida longa para estarmos por muitos e muitos e muitos anos juntos”.

Desejo que não se cumpriu...

Hoje, saudade e eternidade são rimas para a tua ausência. 

(Para Renatão, em memória, pelo seu aniversário)



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

FINAL DE LINHA - Elen de Moraes Kochman




Final de linha


Elen de Moraes Kochman


Final de linha.
Fico por aqui.
Desço de ti,
sigo sozinha.

Ah... Cansei de dividir
teu corpo com outras mulheres.
Enoja-me a tua boca
cativa de tantos beijos,
teus lábios molhados
no lodo de tantas salivas.

Não quero mais
teu sexo forçado,
perdido em lembranças,
cansado de tantas andanças.
Desinteressante!
Vazio. Sem alegria.

Aliás, não sigo sozinha,
volto daqui!
Quero me encontrar
nesse caminho,
onde perdi minha dignidade
e o meu amor próprio.

Vingança? Não!
Basta-me a certeza
que terás saudades 
do meu corpo... 
enrolado nos teus lençóis,
entregue ao teu prazer;
a certeza 
de que não suportarás saber 
que em outro abraço
me satisfaço.

Final de linha.
Fico por aqui.
Desço de ti.
Sigo sozinha.






domingo, 28 de abril de 2013

ENTRE GOLES DE AMOR - Elen de Moraes Kochman





 Entre goles de amor

Elen de Moraes Kochman



Guardo lembranças, sem nenhum pudor,
da nossa paixão ao sabor do sexo,
do que falávamos... coisas sem nexo,
sussurradas entre goles de amor.


Ardiam nossos lábios no calor
dos beijos, em nossos corpos... No amplexo,
penetravam-se côncavo e convexo,
num frenesi crescente e abrasador.


A paixão nos deliciava e exauria.
O prazer emergia-se, esgotado
no êxtase intenso, que nos consumia.


Hoje, aquele amor louco e exacerbado,
só existe na minha fantasia...
Nos plangentes acordes do meu fado.

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