Banda: Bang
Disco: Bang
Ano: 1972(*)
Gênero: Hard Rock, Heavy Psych
Faixas:
1. Lions, Christians (3:59)
2. The Queen (5:24)
3. Last Will And Testament (4:09)
4. Come With Me (4:19)
5. Our Home (3:27)
6. Future Shock (4:40)
7. Questions (3:48)
8. Redman (4:53)
Músicas de autoria da banda.
Créditos:
Frank Glicken: Guitar, Backup Vocals
Frank Ferrara: Bass, Lead Vocals
Tony D'Iorio: Drums
(*) CD lançado em 1998.
Biografia:
Como diz o ditado (nota minha: trata-se, na verdade, de uma citação bíblica – Mateus 22), muitos são chamados, mas poucos são escolhidos, e isso sem dúvida se aplica à decepcionante carreira da Bang no contexto do rock pesado e metaleiro do começo dos anos 70. Sumariamente apontado como um dos principais candidatos a assumir o topo do cenário musical já referido e aclamado como a resposta americana à Black Sabbath, o power trio desperdiçou as chances bem depressa, devido à sua inexperiência e também por conta de uma gestão empresarial opressora, que enfraqueceu sua visão musical e prejudicou-lhe o projeto de fazer sucesso em poucos anos.
A história da Bang começou na Filadélfia, Pensilvânia, EUA, através dos colegas de escola Frank Ferrara (vocais e baixo) e Frankie Glicken (guitarra e vocais). Com apenas 16 anos e prestes a abandonar os estudos, a dupla uniu-se ao experiente baterista e letrista Tony Diorio (dez anos mais velho), no outono de 1969, e o grupo começou a ensaiar covers e material original, inspirado pelo surgimento de grupos de rock pesado, como Black Sabbath, Grand Funk Railroad e Led Zeppelin. Os primeiros shows da então chamada Magic Band também contaram com um dedicado cantor e vários tecladistas diferentes, mas apenas o trio central estava pronto e capacitado a suportar os 18 meses de ensaios que se seguiram, enquanto compunha a ambiciosa e conceitual suíte intitulada "Death Of A Country". Quando a renomeada Bang finalmente emergiu desse furtivo aprendizado, no início de 1971, sua ingênua autoconfiança não conhecia limites.
E, portanto, uma recomendação generosa foi suficiente para enviá-la a Flórida, onde abriu show dos grupos Faces e Deep Purple em Orlando, impressionando o apresentador do concerto a tal ponto que ele se tornou o empresário da banda. E, graças às conexões do empresário, a Bang passou o verão inteiro apresentando-se por toda a costa leste, indo depois para o Criteria Studios, em Miami, para gravar, em agosto, o supracitado álbum "Death Of A Country", confiante de que, como tanto almejava, seria contratada por uma grande gravadora. A pretensão foi alcançada parcialmente: houve o contrato com a Capital Records para a gravação de quatro discos, mas a gravadora se recusou a lançar o álbum independente da banda, que, para ser justo, mostrava-a ainda aprimorando seu rock pesado com um monte de petulantes canções psicodélicas meio irracionais ("Death Of A Country" só seria lançado cerca de 40 anos depois, como parte da coletânea editada pela Rise Above, abrangendo os quatro primeiros álbuns da banda).
Por fim, o posterior ingresso da Bang em estúdio resultou no seu primeiro disco pela Capitol Records, comercializado em fevereiro de 1972. Repleto de material praticamente novo e com um estilo de rock pesado mais direto e moderno (adeus psicodelia), o álbum trazia canções claramente influenciadas pela Black Sabbath, musa primitiva, mas que também possuíam características próprias. O primeiro single do LP, "Questions", chegou ao Hot 100 da Billboard, mas estacionou no 90° lugar, mais ou menos na mesma época em que a Capitol Records, coincidentemente, passava por uma reestruturação interna, não sobrando à Bang outra opção a não ser trabalhar no seu segundo álbum. Infelizmente, a gravação do LP "Mother/Bow To The King" não contou com a participação do baterista Tony Diorio, substituído por músicos de estúdio e mais tarde dispensado devido a pressões externas, que inclusive forçaram o grupo a inserir no seu repertório algumas músicas mais comerciais. E, para piorar, o single escolhido como carro-chefe do álbum foi "No Sugar Tonight", um cover inusitado e inexpressivo da Guess Who, que afugentou os fãs da banda e não entrou na programação das rádios, fazendo com que a nova administração da gravadora se desinteressasse pelo futuro do grupo. Em uma demonstração de boa-fé (reciprocamente, pelo menos), os dois Franks decidiram trazer de volta o baterista Diorio, mas para ser o empresário da banda. Na sequência, o grupo dedicou mais tempo para gravar o novo álbum, chamado simplesmente de "Music".
Lamentavelmente, embora a gravadora já tivesse claramente largado a banda à sua própria sorte, a Bang prosseguiu desfigurando, desta feita de modo voluntário, sua sonoridade original, com uma série de sucintas canções power pop, em detrimento completo do rock pesado, ficando mais parecida, em última análise, com a Big Star do que com a Black Sabbath. De qualquer modo, os resultados finais não foram necessariamente ruins – apenas inesperados –, mas a mudança não funcionou; as turnês escassearam e a paciência da Capitol Records acabou após a derradeira gravação de um single nunca lançado. E assim a carreira da Bang terminou, não com um (vá lá) estrondo (nota minha: trocadilho com o nome da banda), mas com um suspiro quase inaudível.
Na sequência, os membros da Bang se dispersaram buscando outros projetos, reunindo-se, porém, surpreendentemente, em 1996 e lançando um novo disco – abarrotado do bom e velho rock pesado, é claro –, chamado "Return To Zero", em 1999, seguido por outro, intitulado "The Maze", cinco anos mais tarde. Em 2011, a gravadora Rise Above, da Inglaterra, soltou a abrangente compilação "Bullets", e existem rumores de que a banda planeja gravar material inédito, no tempo oportuno (Eduardo Rivadavia, AllMusic; tradução livre do inglês).
Na sequência, os membros da Bang se dispersaram buscando outros projetos, reunindo-se, porém, surpreendentemente, em 1996 e lançando um novo disco – abarrotado do bom e velho rock pesado, é claro –, chamado "Return To Zero", em 1999, seguido por outro, intitulado "The Maze", cinco anos mais tarde. Em 2011, a gravadora Rise Above, da Inglaterra, soltou a abrangente compilação "Bullets", e existem rumores de que a banda planeja gravar material inédito, no tempo oportuno (Eduardo Rivadavia, AllMusic; tradução livre do inglês).
É isso aí! Indignaldo. Concordo contigo que a Bang desperdiçou uma grande oportunidade, penso que pela própria competência dos músicos, todavia ressalto os dois primeiros trabalhos, que para mim são obras primas. Obrigado, Amigo.
ResponderExcluirRealmente, a banda pratica um hard rock muito bom. Abraço, Jaime.
ResponderExcluirLink Quebrado!
ResponderExcluirNovo link.
ExcluirMuito obrigado pela oportunidade de conhecer a banda!
ResponderExcluirNão há de quê.
ExcluirMerci, Ce groupe est tres tres bon
ResponderExcluirNão há de quê.
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