Mostrando postagens com marcador 1978. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1978. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 1 de março de 2022

# 008 - Chet Baker - Broken Wing (1978)









Artista: Chet Baker
Lançamento: 2003
Selo: Gitanes Jazz Produção
Gênero: Jazz, West Coast jazz


Um dos últimos registros de Baker em vida, que foi lançado pouco depois de sua morte, o documentário é difícil de se ver, é devastador testemunhar o que a heroína fez. Nos últimos anos ele era apenas um rascunho do que foi. Seu rosto está cadavérico e ele sempre parece ter alguma dificuldade em permanecer acordado, e em alguns momentos parece que ele passeia por ‘Let’s Get Lost’ como um sonâmbulo. Para os críticos Chet morrera décadas antes daquele fatal mergulho da janela de seu quarto em Amsterdã. Até hoje ninguém sabe como ele morreu, se foi suicídio, assassinato ou delírios causados pela droga. Para os fãs, como eu, a voz e o trompete de Chet, mesmo decadente, sempre remeterão a um clima sofisticado e intimista. E eu teimo em querer guardar aquele Chet Baker no seu auge, como uma imagem estranhamente espectral, como alguém preso em um bloco de gelo.


Boa audição - Namastê

terça-feira, 3 de julho de 2018

CTI records: the cool revolution

A ‘CTI Records’ (Creed Taylor Incorporated) foi uma gravadora de jazz fundada em 1967 por Creed Taylor. Em 1970, o visionário produtor montou e desenvolveu uma lista histórica de artistas, apoiados por uma equipe criadora, chefiada pelo engenheiro de som Rudy Van Gelder. Inicialmente foi uma filial da ‘A&M Records’ e Don Sebesky, trombonista de jazz, foi o criador dos muitos arranjos para o rótulo, mais tarde se juntou a ele Bob James e, em seguida, em meados dos anos 70, David Matthews. Cada sessão contava com alguns dos melhores do jazz, o baixista Ron Carter, o guitarrista Eric Gale, organista Richard Tee e, nos primeiros anos, Herbie Hancock foi frequente ao piano. A ‘CTI Records’ trabalhou quase como uma companhia teatral, em que grandes músicos se revezavam no centro das atenções e acompanhavam uns aos outros. Os álbuns criados estabeleceram novos padrões e o sucesso imediato das gravações ecoou através das décadas, como uma profunda influência no jazz, pop, R&B e hip-hop. Suas produções para a ‘CTI Records’ ajudaram a estabelecer o ‘smooth jazz’ como um gênero musical comercialmente viável. O rótulo também se tornou conhecido pelas suas capas marcantes, algumas delas com imagens fotográficas de Pete Turner. Creed TaylorCreed Taylor já era importante na indústria da gravação a algum tempo. Ele tocou trompete antes de se tornar o chefe da ‘A&R Records’, em 1954, e durante dois anos registrou artistas como Carmen McRae e Charles Mingus entre outros. Em 1956, mudou para a ‘ABC-Paramount’, e em 1960 fundou a sua subsidiária ‘Impulse Records’. Apesar de ter assinado com John Coltrane para a gravadora, mudou para a ‘Verve Records’. Em 1970, na 'CTI Records' teve grande sucesso em equilibrar o artístico com o comercial. Entre os artistas que gravaram alguns de seus melhores trabalhos com Taylor durante este período foram Freddie Hubbard, Stanley Turrentine, George Benson e Hubert Laws. No entanto, as grandes gravadoras começaram a atrair os artistas de Taylor e embora ele fosse capaz de gravar com Chet Baker, Art Farmer e Yusef Lateef, problemas financeiros forçaram a gravadora à falência em 1978, que foi posteriormente adquirida pela Columbia. É lamentável que Creed Taylor tenha sido responsabilizado pelo fim da gravadora apesar da evidente traição de Hubbard, Turrentine, Benson e Laws cujos discos foram bastante inferiores nos outros rótulos às joias gravadas para a CTI. Depois de anos fora da cena, Taylor fundou uma nova CTI na década de 1990, que não conseguiu estabelecer a sua própria identidade como a antecessora. Fonte: Pintando Musica.
Boa leitura - Namastê

domingo, 5 de abril de 2009

1978 - Two A Day - Chet Baker

Este album em particular, é uma bomba calorica no gosto de muito jazzmaniaco pelo ato da contribuição de Baker ao jazz ser singular e única se comparado a genialidades do músico em si. Foi no inferno entre o desejo de me perder de Si e de achar em Dó, que a criação tornou-se multuas em seu trompete como uivos de um cão raivoso na espreita do clarão da lua. Do Nada, sua notas formava um cordão de melodias que preenchia as lagunas que faltava bem antes do músico solar seu instrumento. Passou em brancas nuvens, tomando o que seria para uns o remedio do mal aspirando com a dossagem magicas já bem definidas ao longo de sua existencia. Na verdade, sofria de uma depressão existencialista, não se contentando com a primeira oferta. Cereto, musicos que o acompanhou ao longo dessa jornada, relata que tinha um ouvido apurado e com poucas notas acompanhava o andamento da musica. Muito se comenta de Chet sem mencionar o lado criativo que o genio deixou, algumas absurdas, tentando qualificar o que na verdade não sei o quê. Two A Day de 1978 resgata um Chet assustato, frio, sem condições de traduzir sua formula criativa que a muito se ouvia em seus disco. Gravado em 29 de Dezembro de 1978 no "Le Chateau", Herouville, France. Produção de Alain Boucanus e fotografias de Jean-Pierre Leloir & Christian Rose. Uma otima pedida para um fim de noite na companhia de um bom disco de jazz.

Faixas:
01 - Two A Day
02 - Blue Room
03 - If I should Lose You
04 - This Is Always
05 - The Best Thing For You

Musicos:
Chet Baker - Vocal & Trompete
Phil Markowitz - Piano
Jean-Louis Rasinfosse - Baixa Acustico
Jeff Brillinger - Bateria

Downlad Her - Click Aqui
Boa audição - Namastê.

sábado, 21 de março de 2009

1978 - Ballads - Dexter Gordon

Dexter Gordon nem sempre foi relacionado como um expoente do bebop. O mal talvez tenha surgido a partir das precipitadas avaliações sobre sua origem. Gordon, afinal, nasceu em Los Angeles, tocou na orquestra de Lionel Hampton durante a adolescência, gravou com Nat King Cole e participou das bandas de Fletcher Henderson e Louis Armstrong. Um cenário de fato bem distante da atmosfera desenvolvida por Charlie Parker e sua turma. Mas Gordon mudou-se para Nova York e passou a tocar com Parker, Dizzy Gillespie e Bud Powell exatamente em 1945 quando o bebop florescia. O saxofonista aproveitava as folgas de seu trabalho oficial pela orquestra de Billy Eckstine para participar da formatação do bebop pelos clubes do Harley. E foi neste período que o saxofonista ganhou prestígio como solista e líder de seu próprio grupo. Apos passar 15 anos morando em Paris e Copenhaque foi em 1976 ao retornar para os EUA, fez varias apresentações no clube Village Vanguard, com grande sucesso. Em 1986 no filme, Por Volta da Meia-Noite (Round Midnight - Direção de Bertrand Tavernier) onde retratava exatamente a figura do jazzista incompreendido nos Estados Unidos que buscava abrigo em uma Europa mais flexível. O filme, de fato, é influenciado pelas biografias de Bud Powell, Lester Young e do próprio Gordon, recebendo uma indicação para o Oscar de Melhor Ator. Ballads é uma fantástica coleção retirada dos álbuns gravado da Blue Note entre 1961 e 1968 (sendo a última faixa sido gravado ao vivo em 1978 no Live At The Keystone Korner - San Francisco). Dexter tem colaborações extraordinária, podemos encontrar com músicos de naipes de Horace Parla, Kenny Drew, George Cables, entre outros figurões que acompanhou neste periodo. Morreu em 25 de april de 1990 na Philadelphia - Pennsylvania aos 67 anos. Por ser uma copilação na fase de Gordom, as gravações foram realizadas no Van Gelder Studio, Englewood Cliffs - New Jersey no periodo de 06 de maio de 1961 a 27 de maio de 1965. Na CBS Studios, Paris - França ente 23 de maio de 1963 a 02 de junho de 1964 e no Live at the Keystone Korner, San Francisco, Califórnia em 16 setembro, 1978. Item essêncial em uma coleção e uma boa recomentação para que não conhece e pretende conhecer Dexter Gordo a voz dramática e sofisticada do bebop.

Faixas:
01 - Darn That Dream
02 - Don't Explain
03 - I'm A Fool To Want You
04 - Ernie's Tune
05 - You've Changed
06 - Willow Weep For Me
07 - Guess I'll Hang My Tears Out To Dry
08 - Body And Soul (live)

Musicos:
Dexter Gordon - Sax Tenor
Freddie Hubbard - Trompete
Donald Byrd - Trompete
Sonny Clark - Piano
Barry Harris - Piano
Bud Powell - Piano
George Cables - Piano
Horace Parlan - Piano
Kenny Drew - Piano
Neils-Henning Orsted Pedersen - Baixo Acústico
Paul Chambers- Baixo Acústico

Download Here - Click Aqui
Boa aldição - Namastê.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Arthur Blythe

1978 - Lenox Avenue Breakdown


Host: MediaFire
Size:66.96 MB

CLICK TO DOWNLOAD

COMENTE ESTA POSTAGEM - AVALIE ESTE CD

Para muitos, o nome Arthur Blythe pode soar entranho, mas trata-se de um dos maiores nomes do sax alto surgidos no final dos anos 70. Blythe cresceu em San Diego, onde começou a tocar com 9 anos nas bandas da escola. Na adolescência, seu primeiro mestre foi o saxofonista Kirtland Bradford, ex-membro da orquestra de Jimmie Lunceford.

Em 1960, mudou-se para Los Angeles, onde conheceu o pianista Horace Tapscott. Os dois trabalharam juntos até 1974, fazendo diversas gravações e fundando a Union of God's Musicians and Artist's Ascension.

No final de 74, Blythe mudou-se para Nova Iorque, onde trabalhou de sideman do baterista Chico Hamilton (1974-77) e do pianista Gil Evans (1976-80).

Em 1977, aos 37 anos, Blythe gravou os álbuns Metamorphosis, Bush Baby e The Grip em selos independentes. Esses trabalhos chamaram muita atenção, onde revelavam um saxofonista maduro e original. Essas qualidades impressionaram a gravadora Columbia, que logo fez um convite. Blythe assinou contrato, gravando o aclamado In the Tradition, em 1978.

Ele não era exatamente um "young lion" -já tinha quase 40 anos-, mas seguia a mesma linha musical de jovens músicos que estavam surgindo na época, como Wynton Marsalis(recém contratado a Columbia), trabalhando dentro de um estilo que ficou conhecido como Post-Bop. A Columbia tratava esses dois músicos como verdadeiros carros-chefes da gravadora, o que pode ter sido um verdadeiro erro. Enquanto Wynton Marsalis seguia uma linha de respeitar as suas “tradições” jazzísticas, agradando público e crítica, Blythe começou a navegar nas praias da música de vanguarda, o que já era um pouco incomum para o movimento da época. O resultado foi a perda de público e prestígio da gravadora. Não perdeu talento e continuou gravando álbuns com elementos de muita criatividade e experimentos. Acabou não tendo a fama e o prestígio que muitos imaginavam no começo de sua carreira, mas agradou a um público restrito, mais "aberto", que se impressiona com sua velocidade, vibrato agressivo e improvisos de muita originalidade.

Tracks:

01 - Down San Diego Way
02 - Lenox Avenue Breakdown
03 - Slidin' Through
04 - Odessa

Credits:

Arthur Blythe - Sax (Alto), Mixing
Jack DeJohnette - Drums
Donald Elfman - Producer
Guilherme Franco - Percussion
Cecil McBee - Bass, Guitar
James Newton - Flute
Bob Stewart - Tuba
James Blood Ulmer - Guitar

http://www.arthurblythe.com/