Mostrando postagens com marcador Russ Freeman. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Russ Freeman. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 11 de abril de 2025

BoxSet: The Complete Pacific Jazz Live Recordings Of...3xCD


Lançamento: 1989
Selo: MOSAIC Records
Gênero: Cool Jazz

Baixo – Carson Smith
Bateria – Bob Neel
Piano – Russ Freeman
Trompete – Chet Baker

O selo independente de reedições de jazz Mosaic Records conquistou uma reputação legítima como líder da indústria e favorito dos entusiastas com pacotes de luxo e estritamente de edição limitada como este. O conteúdo desta coleção de três CDs é derivado de duas apresentações durante o verão de 1954 e apresenta o Chet Baker Quartet: Baker (trompete/percussão "boom bam"), Russ Freeman (piano), Carson Smith (baixo) e Bob Neel (bateria). As duas apresentações — gravadas em 21 de julho no Civic Auditorium de Santa Cruz e em 10 de agosto no The Tiffany Club em Los Angeles, respectivamente — são apresentadas cronologicamente. As cinco músicas do conjunto de julho foram documentadas pelo renascentista do Pacific Jazz, Dick Bock, usando tecnologia primitiva de rolo aberto portátil (também conhecido como rolo a rolo). Apesar de algumas anomalias inerentes à fita, o som incrivelmente rico 
rivaliza com o de muitos lançamentos de estúdio da mesma época. Liberado de dentro do tom normalmente reservado de Baker está uma exibição agressiva de alta energia e batidas bop notavelmente fluidas em "Billie's Bounce" de Charlie "Bird" Parker. A réplica irrestrita entre Baker e Freeman é igualmente um destaque, pois os dois são capazes de aumentar e transformar melodias em pequenas obras de arte expressionista. Até mesmo as decididamente mais frias "Stella by Starlight" e "Line for Lyons" contêm trocas ardentes entre os dois. A apresentação no Tiffany Club é decididamente mais longa e já está em andamento. Essas apresentações de 10 de agosto capturam o Chet Baker Quartet cinco noites em uma corrida que se estendeu por seis semanas. Por razões que não são claras, esses mais de 90 minutos de Baker Quartet ao vivo e primitivo permaneceram em grande parte inéditos por mais de três décadas. Apenas versões editadas de "Zing Went the Strings of My Heart" e da composição de Freeman "Russ Job" foram acessadas, embora nenhuma delas tenha aparecido em um lançamento de Baker ou Freeman. O quarteto inteiro está em uma forma verdadeiramente excepcional nessas gravações. Os destaques incluem o cover dominado por Freeman e Baker de "Lady Bird" de Tadd Dameron, o tropicalmente rítmico "Frenesi" e uma leitura de parar o show do baixista Carson Smith "Carson City Blues". Ao contrário de grande parte do catálogo de Baker que permaneceu decididamente mais contido, The Complete Pacific Live Jazz Recordings of Chet Baker with Russ Freeman captura o trompetista como um jovem no auge de seus talentos. Embora todos os materiais neste conjunto também estejam disponíveis no comparativamente barato Chet Baker Quartet Live, Vol. 2: Out of Nowhere e Chet Baker Quartet Live, Vol. 3: My Old Flame, eles sentem falta do livreto luxuoso que contém algumas das brilhantes fotografias de William Claxton da banda por volta do verão de 1954. Esta é uma adição essencial para qualquer apreciação de Chet Baker ou Russ Freeman. O talento de Chet Baker brilha em toda esta coleção. Sua forma de tocar trompete é lírica e emotiva, demonstrando sua habilidade de transmitir emoções profundas por meio de seu instrumento. O fraseado e o tom de Baker são impecáveis, tornando cada nota um testamento de sua maestria no trompete. Suas habilidades de improvisação estão em plena exibição, criando uma experiência auditiva cativante que o atrai a cada faixa. Russ Freeman, o pianista do quarteto, complementa perfeitamente a forma de tocar de Baker. O trabalho de piano de Freeman é sofisticado e inventivo, fornecendo uma base sólida para o som do quarteto. Sua interação com Baker é perfeita, demonstrando uma profunda conexão musical que eleva a performance geral. 



Boa audição - Namastê

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

The Greatest Jazz Legends - CD10

Lançamento: 2015
Selo: The Intense Media
Gênero: Bebop, West Coast 


Boa audição - Namastê

terça-feira, 28 de março de 2023

Chet Baker Sings and Plays from the Film "Let's Get Lost" (1989)

Artista: Chet Baker
Álbum: Let's Get Lost 
Lançamento: 1989
Selo: Verve Records
Gênero: Cool Jazz, OST

No documentário ‘Let’s Get Lost’, Bruce Weber parece que quis parar o tempo, preservando a ilusão de que nada de trágico aconteceu a Chet Baker desde o início dos anos 50. No álbum composto especialmente para o documentário, na companhia de Frank Strazzeri no piano, John Leftwich no baixo, Ralph Penland na bateria e percussão e Nicola Stilo na guitarra e flauta, nas músicas de Duke Ellington & Billy Strayhorn, Cole Porter, Johnny Burke & Jimmy Van Huesen e Antônio Carlos Jobim, o talento musical de Chet Baker é indiscutível, e estas gravações são um testemunho incrível disso. Cada uma delas é filtrada através do coração e alma de Chet Baker. Há momentos em que parece que ele está pendurando nas notas e carinhosamente acaricia cada canção. A intimidade que ele é capaz de expressar faz parecer que estamos em um mal iluminado clube de jazz. Os músicos são perfeitos em seu apoio e a voz de Baker é o centro de cada arranjo, e não há dor tão clara quanto a expressa na sua voz sussurrada. O fotógrafo Bruce Webber resgatou Baker e na companhia de fantásticos músicos gravou 12 antológicas canções para um dos mais importantes documentários sobre o famoso representante do cool jazz e do west coast. Weber mostra que Chet Baker mesmo corroído pelo uso contínuo de drogas, era um gênio. Feito em 1988, Weber traça a carreira de Chet a partir da década de 50, tocando com grandes nomes do jazz como Charlie Parker, Gerry Mulligan e o pianista Russ Freeman, até a década de 80, quando seu vício em heroína manteve-o na Europa. Através da justaposição dessas duas décadas, entre clips de arquivamento e imagens de 1987, Weber apresenta um contraste acentuado entre o Baker bonito e sexy que se assemelhava a uma mistura de James Dean e Jack Kerouac e em que ele se tornou: uma triste figura destruída. ‘Let’s Get Lost’ começa perto do final da vida de Baker, nas praias de Santa Monica, e termina no Festival de Cannes. Bruce Weber aos 16 anos se interessou por Chet Baker quando viu a foto do músico na capa do LP de vinil de 1955 em uma loja de discos de Pittsburgh. Pessoalmente, Weber conheceu Baker, no inverno de 1986 em um clube de jazz na cidade de Nova York e convenceu-o a fazer uma sessão de fotos e o que foi originalmente um filme de três minutos. Eles estiveram um bom tempo juntos e Baker começou a revelar-se a Weber. Posteriormente, Baker foi convencido a fazer mais um filme e as filmagens começaram em 1987. Entrevistar Baker foi um desafio para Weber devido ao vício, mas Weber conseguiu um retrato sonhador de Chet Baker. ‘Let’s Get Lost’ teve sua estreia mundial no ‘Festival Internacional de Toronto’ e foi indicado para o Oscar de melhor documentário. O título do filme é de uma canção gravada no álbum ‘Chet Baker Sings and Plays’, o primeiro álbum de Chet Baker que o diretor Bruce Weber comprou quando tinha 16 anos. Um dos últimos registros de Baker em vida, que foi lançado pouco depois de sua morte, o documentário é difícil de se ver, é devastador testemunhar o que a heroína fez. Nos últimos anos ele era apenas um rascunho do que foi. Seu rosto está cadavérico e ele sempre parece ter alguma dificuldade em permanecer acordado, e em alguns momentos parece que ele passeia por ‘Let’s Get Lost’ como um sonâmbulo. Para os críticos Chet morrera décadas antes daquele fatal mergulho da janela de seu quarto em Amsterdã. Até hoje ninguém sabe como ele morreu, se foi suicídio, assassinato ou delírios causados pela droga. Para os fãs, como eu, a voz e o trompete de Chet, mesmo decadente, sempre remeterão a um clima sofisticado e intimista. E eu teimo em querer guardar aquele Chet Baker no seu auge, como uma imagem estranhamente espectral, como alguém preso em um bloco de gelo. 

Baixo – John Leftwich
Bateria, Percussão – Ralph Penland
Violão, Flauta – Nicola Stilo
Piano – Frank Strazzeri
Produtor – Steve Backer
Gravado por – Jim Mooney ( faixas: 1, 2, 4 a 7, 9, 10 ) , Philippe Omnes ( faixas: 3, 8, 11, 12 )
Gravado por (assistente) – Jerry Wood ( faixas: 1, 2, 4 a 7, 9, 10 )
Trompete, Vocais – Chet Baker

Faixas 1, 2, 4, 5, 6, 7, 9 e 10 gravadas no Sage & Sand Sound Studios, Hollywood, CA.
Faixas 3, 8, 11 e 12 gravadas no Studio Davout Recording, Paris, França.
Todas as músicas mixadas no Clinton Recording Studios, Nova York, NY.

Boa audição - Namastê


domingo, 8 de setembro de 2019

2004 - Jazz Ballads 01 - Chet Baker & Gerry Mulligan


Álbum: Jazz Ballads Vol. 01
Artista: Chet Baker & Gerry Mulligan
Lançamento: 2004
Selo; Membran Music
Gênero: Jazz, West Cost Jazz, Cool, Hard Bob
Boa audição - Namastê

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Chet Baker: um anjo que desceu ao inferno

Chet Baker (1929 - 1988), figura mitológica do jazz, em grande parte por fatores extramusicais, o que não significa que sua música não seja extraordinária. Chesney Henry Baker Jr. nasceu em Oklahoma e foi criado em Los Angeles. De seu pai, guitarrista amador de bandas de country, além de herdar o nome herdou também o amor pela música; foi ele quem lhe deu um trompete quando fez treze anos, para que pudesse entrar para a banda do colégio. No entanto, Chet não gostava de estudar música. Aos dezessete anos saiu da escola e entrou para o exército. Transferido para Berlim tocou na banda militar e nesse período, na Europa, ouviu jazz pela primeira vez transmitido pela rádio do exército. Ao sair do exército vagou por Los Angeles ouvindo Miles Davis, Fats Navarro e participando de 'jam sessions' durante a noite. Estava se apresentando em Los Angeles quando ficou sabendo que Charlie Parker estava à procura de um trompetista para acompanhá-lo em sua turnê. A sessão de audição de Charlie Parker para a escolha de um candidato terminou quando ele ouviu o trompete de Chet Baker, então com 22 anos. Baker tinha grande afeição por Charlie Parker, por sua gentileza, honestidade e pela maneira como protegia os músicos da banda, tentando mantê-los longe da heroína que tanto lhe corroia. Em 1952, quando Gerry Mulligan começou a formar seu famoso quarteto sem piano, escolheu Baker, com quem já havia tocado em 'jam sessions'. A formação foi um sucesso incrível e durou cerca de um ano, até Mulligan ser preso por posse de heroína. Com a saída de Mulligan, Baker convidou o pianista Russ Freeman para substituí-lo. Após discussões envolvendo dinheiro o quarteto se desfez e Baker seguiu para a Europa. A turnê ia bem até a morte por overdose do pianista de 24 anos, Dick Twardzik. Sozinho, Baker permaneceu na Europa tocando com vários músicos. De volta aos EUA, começou a consumir heroína e foi preso. Resolveu voltar para a Europa onde viveu por quatro anos na Itália, foi preso, casou e teve um filho. Em 1964 voltou novamente aos EUA, agora dominados pelo rock dos Beatles. Restando pouco espaço para o jazz gravou discos comerciais de baixíssimo valor artístico. Época em que perdeu vários dentes em uma briga por heroína o que o levou a abandonar o instrumento de 1970 a 1973. Em viagem pelo Colorado ouviu Dizzy Gillespie tocar em um clube. Foi o início do seu retorno quando Gillespie ficou sabendo do seu esforço para voltar à cena musical e lhe arrumou uma temporada em New York. Chet Baker foi o músico cool por excelência, sendo um dos pais deste estilo, não apenas musicalmente, mas também na atitude de calculada indolência, que se tornou famosa. Um jeito que escondia a dura realidade: a devastadora dependência de drogas que fez com que durante décadas Chet Baker se visse em um labirinto infernal de crises pessoais, contratos interrompidos, brigas, internações e prisões. Sua aparência sofreu ao longo da vida uma transformação impressionante, devido ao uso de heroína e suas conseqüências. O outrora belo e jovem trompetista aos quarenta anos parecia estar com sessenta. Mas mesmo com tudo isso, milagrosamente, o gênio musical de Chet mantinha-se intacto como atesta a sua vasta discografia. Baker morreu em Amsterdã, de forma trágica e misteriosa, quando despencou da janela do hotel. Até hoje resistem muitas controvérsias sobre a causa de sua partida: suicídio ou acidente. Fonte: Pintando musica