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quarta-feira, 17 de abril de 2013

A marmelar desde...


... desde... desde... mil novecentos e troca o passo!
 
Não me apetece recuar no tempo. Não me apetece relembrar o passado. Não me apetece, e pronto! Só o presente me interessa. O hoje. O aqui. E o agora. Ah! E quanto ao futuro, penso nele de uma forma ligeira e descontraída. Sonho. Desejo. Espero. Desenho mentalmente uns rabiscos das minhas vontades. Torço e faço por elas um bocadinho a cada dia que passa e espero... porque a esperança continua a ser uma das minhas virtudes.
 
Dizia eu que não me apetecia recuar no tempo, e acabei de o fazer. Fui só à agenda precisar a data em que os marmelos chegaram à tasca. Início de Novembro passado. Duas caixas bem cheias. Os frutos eram enormes e lindos. Dei cerca de metade, senão ainda hoje andava aqui a marmelar ou ter-se-iam estragado. Mesmo assim, marmelei muito. Pelas minhas contas, mais de vinte quilos de marmelos transformados no doce mais apreciado pelas minhas gentes. Foram tardes e noites ao fogão. Foram oferta a amigos e familiares. E ainda são o recheio fantástico de tostas, torradas e pãezinhos, a cobertura excelente de requeijão e queijo fresco, e... para quem gosta, a junção perfeita a uma fatia de queijo da serra.
 
Já coloquei aqui a minha versão de sempre da confecção da marmelada, mas desta vez fiz diferente. Ouvi tanta gente dizer-me que "Tu descasca-los?", "Isso dá uma trabalheira!",  "Porque não lhes tiras só o pêlo?". Resolvi dar ouvidos à praticidade da coisa e resultou estonteantemente bem!
 
De modos que, fiz assim. Em doses de três quilos de fruto de cada vez porque era a capacidade máxima da minha panela maior.

MARMELADA (versão II)
 
 
3 kgs de marmelos
2,5 kgs de açucar louro
1 dl água
 
Lavei bem os marmelos e com a ajuda do esfregão verde de cozinha, retirei-lhe todo aquele pêlo que lhes protege a casca. Cortei-os em quatro e retirei o caroço que não aproveito porque não apreciamos geleia. Foram para a panela, onde lhes deitei por cima, o açucar e de seguida, a água já a ferver. Liguei o bico do fogão e deixei cozer. Não anotei o tempo de cozedura, mas verifiquei-a quando mexi com a colher de pau e eles já se desfaziam. Retirei do lume e triturei tudo com a varinha mágica. Distribuí por taças e deixei ao ar, para ajudar a secar um pouco, durante três ou quatro dias. Pincelei com aguardente e cobri com papel vegetal.
 
Muito mais rápida, sem dúvida! E divinal!
 
Ainda há poucos dias a Titó me dizia:
 
- Ai Mãe Bela! Olha que para a próxima época do marmelo... vais ter bem mais que marmelar! ;)
 
 



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A praxe desta altura do ano...

... a famosa Marmelada!

Do Fundão, vêm em caixas, bem acomodados, os melhores marmelos e mais bonitos que vi na vida e que tanto prazer tenho em transformá-los numa das preciosidades gastronómicas desta Tasca.

A receita é sempre a mesma e podem encontrá-la aqui. Já fiz seis quilos e este fim de semana vou tratar de fazer mais para terminar a tarefa e começar outra que mais tarde vos revelarei.

É tão boa... acabadinha de fazer! E, passado um tempo, já bem rijinha e cortada à fatia... mnham mnham mnham ;)

domingo, 17 de maio de 2009

Torta de Iogurte e Ameixas Secas - Dia Amarelo

Hoje é...

Dia Amarelo na blogoesfera!

Dia de dar continuidade ao desafio do Dia da Cor!

A Tasca tem andado em banho maria e para contrariar o simbolismo da cor no semáforo, toca a voltar à cozinha e avançar com comidinha boa que isto de andar a "pastelar" já chega... E, nada melhor que voltar com um doce, cor da luz do sol, da força, da vida, para ajudar a alegrar e a levantar o astral.

E, foi assim que comecei o dia. Logo pela manhã, ingredientes em cima da mesa da cozinha e... mãos à obra.


Usei:

300 gr açucar
80 gr manteiga sem sal
8 ovos
1 iogurte natural
2 colheres sopa farinha maisena
10 ameixas secas

Fiz assim:

Comecei por derreter ligeiramente a manteiga em lume brando e retirar o caroço às ameixas. Misturei bem o açucar com a manteiga, juntei os ovos inteiros e bati bem até obter uma massa fofa e homogénea. Juntei o iogurte e voltei a bater mais um pouco e de seguida, a farinha maisena e os pedacinhos de ameixas secas envolvendo bem.

Untei um tabuleiro com manteiga, forrei-o com papel vegetal e deitei o preparado que foi depois a cozer em forno pré-aquecido a 200º durante cerca de 20 minutos. Polvilhei um pano com um pouco de açucar louro (amarelo) onde deitei a massa já cozida e enrolei formando a torta e só o retirei depois de já estar fria.

Uma doce forma de uma pessoa se deliciar com este excelente fruto seco!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Salame de Chocolate

Continuando com a saga do chocolate... para não perder esta velocidade cruzeiro que se engrena de quando em vez...

... No passado sábado à tarde, andava a menina Cenourita nas lides domésticas e eis que chegam à Tasca a menina Titó e o menino Telmo. Regressavam de umas compritas de material de estudo para o inicio do segundo semestre académico. A Titó tratou de arrumar livros e apontamentos do semestre findo e preparar as coisas para o próximo e o Telmo...

- Não há um docito? Não se faz um docito?
- Ah guloso!!! Só se fores tu tratar do assunto, eu ando aqui ocupadita!
- Bora lá... vou já para a cozinha! Titóooo o teu livro de receitas?

Lá apareceu na cozinha com o livro de receitas da Titó.

- Hummm... será que há os ingredientes todos para um salame de chocolate?
- Penso que sim, no entanto confirma aí o stock da engorda!
- Stock confirmado! Há tudo! Devo precisar de um auxiliozito da cozinheira... pode ser?
- Claro rapaz! Quando tiveres duvidas chama-me.

Rapaz desenrascado e até se pinta para as culinarices, sobretudo para os doces e o pão. Não vai nada mal, não ;)

1 ou 2 ovos (usou 2)
300 gr açucar
300 gr bolacha maria
100 gr manteiga
100 gr chocolate em pó
1 colher sopa de cacau

Bate-se o açucar com os ovos. De seguida junta-se a manteiga derretida, o chocolate e o cacau. Por fim as bolachas partidas em bocados. Envolve-se bem toda a mistura e deita-se sobre papel de alumínio, enrola-se formando um rolo e vai ao frigorifico.

- Chefe à cozinha!
- Cá estou! Qual é a duvida?
- A bolacha assim está bem partida?
- Óptima!
- E a manteiga derreto assim?
- Sim, mas cuidado para não salpicar nada... acabei de limpar a cozinha!

Uns minutitos depois...

- Chefe à cozinha!
- Yes big boy! Here I am!
- Uh! Parece-me que vou precisar de ajuda para enrolar o salame...
- Okapa! Dá cá a colher... chega-me ali a garrafa de aguardente velha, please!
- Uh! Aguardente??? Para quê... não faz parte da receita!
- Pois não... essa receita é para criancinhas piquenas... como a criançada cá na Tasca é toda crescidinha vamos pulverizar o papel de aluminio com a aguardente. Na altura de servir, o papel sai com mais facilidade e fica mais gostosinho ;)

E... não é que ficou mesmo :)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Torta de Cenoura

Lembram-se destas cenourinhas?

Como vos tinha dito, a ideia era transformá-las num belo doce, mas... mudei de ideias e resolvi fazer com apenas uma delas, a maior (com 635 gr), esta torta.


a cenoura (ou +/- 500 gr)
400 gr açucar
4 ovos inteiros
5 colheres sopa farinha com fermento
raspa e sumo de 1 laranja

Descasquei a cenoura, cortei-a em bocadinhos fininhos e levei-a a cozer num tacho em água e uma pitada de sal. Deixei-a escorrer e reduzi-a a puré com o passe-vite (isso é que custa... tenho que comprar um eléctrico, deve ser mais fácil e mais rápido). Ao puré juntei o açucar, a raspa, o sumo da laranja e os ovos. Envolvi bem e bati com a batedeira, acrescentei a farinha e voltei a bater mais um pouco. Aqueci o forno a 180º, barrei um tabuleiro com margarina, forreio-o com papel vegetal por cima, bem ajustado ao formato do tabuleiro e deitei o preparado que fica bastante liquido. Cozeu durante cerca de 40 minutos e para se ter a certeza que está cozido abana-se ligeiramente para ver se está bem firme, se espetar o palito ele tem que estar húmido porque esta massa tem que ficar tipo pudim. Estende-se um pano e polvilha-se com açucar, deita-se o tabuleiro sobre o pano, retira-se o papel vegetal e depois com a ajuda do pano vai-se enrolando a torta.

Recomendo deixar arrefecer bem e só depois provar, ATENÇÃO: PROVAR, só depois é que se pode comer ;)


Isto porque o meu Nino estava impaciente... irra!!! "mas isto nunca mais arrefece???" Já delirava com o aroma que pairava no ar e para aliviar a espera até se pôs a desenhar...
Nem me deram hipótese de tirar foto a uma fitiazinha... evaporou-se!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Crepes à Titó e Telmo & Cª, Lda.


Depois de um sábado outside e pleno de emoções fortes, o domingo foi de relax, foi aquilo a que eu chamo um "dia de pantufas". Lareira acesa cedo, tv ligada o dia inteiro quase sem som só para marcar presença, Titó a estudar, Cenourita a tratar das lides domésticas, miaus na carneirice e o Nino tratou do almoço num abrir e fechar de olhos, foi só passar na churrasqueira aqui pertinho e trazer um franguinho assado, arroz de feijão, uma sopinha de legumes e pãozinho ainda quentinho. À tarde, a Titó continuou no estudo e a Cenourita e o Nino dedicaram-se a umas invenções... foi tarde lúdica, a desenhar. Chegou o Telmo já à hora do lanche e...

- Titó vamos fazer crepes para o lanche?
- Ya! Pode ser!

Os dois para a cozinha e vai de fazer os ditos.

0,5l leite
3 ovos inteiros (sem casca lol)
125 gr farinha
50 gr margarina
1 pitada de sal

Derreter a margarina e juntar os restantes ingredientes, bater muito bem usando a varinha mágica para desfazer bem os grânulos de farinha.

- Mãe Bela! Agora recheamos os crepes com quê?
- Têm uma taça de gelado de morango no congelador!
- E o molho para pôr por cima? - pergunta o Telmo.
- Façam um molho de chocolate!
- Como se faz isso?

Depois da massa pronta é só levar a cozer numa frigideira anti-aderente ou numa própria para crepes que nem precisa ser untada. Deita-se a massa com uma concha até preencher o fundo da frigideira, fecha-se, deixa-se cozinhar de um lado e depois vira-se para cozinhar do outro lado.

- Mãe Bela! O molho? Olha que estão quase prontos...
- ok, ok... vou já aí.
1 tabelete de chocolate de culinária
leite qb

Parte-se o chocolate em quadrados para dentro de uma caçarola, vai ao lume baixo, vai-se juntando leite aos poucos enquanto vai derretendo e mexendo com uma colher para não deixar pegar. Quando o chocolate estiver derretido e com espessura suficiente para derramar sobre o crepe está pronto.



Mnham Mnham Mnham... belo lanche domingueiro meus meninos :)


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Filhós de Cenoura


Para a primeira receita de 2009 deixo-vos esta, que é a minha perdição. Quase poderia dizer que consegui passar a quadra festiva sem cometer exageros nas golumices, não fossem as deliciosas filhós de cenoura a rirem-se perdidamente para a menina Cenourita heheheh.



1kg cenouras
2 pauzinhos canela

250 gr açucar
500 gr farinha
4 ovos inteiros
1 colher chá bem cheia de fermento
1 colher sopa bem cheia de aguardente

óleo para fritar
canela em pó e açucar amarelo/louro qb para polvilhar

Descascam-se as cenouras e levam-se a cozer partidas em bocadinhos com uma pitada de sal e 2 pauzinhos de canela. Escorrem-se, retiram-se os paus de canela e reduzem-se a puré com o passe-vite. Depois faz-se a massa, juntam-se os ingredientes pela ordem acima mencionada, envolve-se bem e mexe-se com a colher de pau até a massa fazer umas bolhas grandes. Deixa-de repousar um pouco ou pode fritar-se logo de seguida, se bem que eu gosto de deixar repousar pelo menos uma horita, ficam mais fofinhas. Fritam-se em óleo bem quente, escorrem-se em papel pardo e passam-se por uma mistura de canela em pó com açucar louro.

Depois é... comer... comer... comer e chorar por mais. São óptimas com um cafézinho, um licor ou até mesmo um bom copo de vinho tinto a acompanhar. Experimentem e depois contem-me ;)


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Marmelada

Conforme vos disse aqui passei alguns serões a tratar dos lindos marmelos, transformá-los numa deliciosa marmelada para consumo da Tasca, para dar aos amigos e à família. É mais uma tradição a cumprir todos os anos por esta altura, e que bem que sabe uma fatia de pãozinho caseiro ou uma tostinha barrada com marmelada caseirinha...

Fiz em doses de 3kg de marmelos poque não tenho panela que leve mais quantidade.

Fiz assim:

3 kg marmelos
3 kg açucar amarelo (louro)
água qb

Descasquei os marmelos e levei-os a cozer. Deixei escorrer bem no fim da cozedura e aproveitei cerca de metade do seu caldo.


Levei ao lume o açucar juntamente com esse caldo, deixei ferver, baixei o lume e ficou uns 45 minutos mais ou menos a apurar em lume brando.

Juntei o marmelo cozido e deixei ferver mais um pouco.

Passei tudo com a varinha mágica e continuou em lume brando por mais ou menos meia hora, mexendo de vez em quando para não pegar.


Deitei em tabuleiros pirex e ficou a arrefecer.


No dia seguinte pincelei por cima com aguardante e tapei com papel vegetal, para conservar e guardar durante muito tempo sem ganhar bolor.

Esta marmelada fica diferente de qualquer outra que tenho visto fazer, fica deliciosa, e com uma particularidade muito interessante, fica molinha tipo doce ou compota, pode comer-se ou servir-se à colher e só com o passar do tempo vai enrijando e então já se corta em fatias. Assim satisfazem-se dois tipos de gosto :)

Aqui a Cenourita tratou da saúde a 9 quilinhos de marmelos e um dia destes viu ali na frutaria um cesto enorme cheio deles, lindos, que se riram para ela :) então e não é que está a pensar seriamente comprar mais uns quantos para fazer mais uma rodada... é que o pessoal da Tasca e arredores adora, e já anda a dizer que a marmelada não vai chegar até daqui a um anito... será possível???

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A caminho do tacho...

... e, pronto!!! Já estamos na cozinha da Tasca! É todos os anos a mesma coisa... Nossos irmãos de anteriores colheitas já foram... agora vai ser a nossa vez... Que bem que se estava na árvore, nascemos, fomos crescendo devagarinho, de repente toda a gente dava conta de que ali estávamos, belos, grandes, cheios de volúpia...víamos os transeuntes a passar de um lado para o outro e a comentar "que belos marmelos!", mal sabiam eles o nosso destino... Colheram-nos, meteram-nos dentro de uma caixa uns em cima dos outros, foi com jeitinho mas isso não impediu que nos sentíssemos apertados... Como se isso não bastasse, ainda tivemos que viajar da Cova da Beira até à cidade de Leiria, quase sem respirar, fechados na mala do carro, a nossa sorte foi não enjoarmos...
Vá lá... fomos muito bem recebidos lá pela cozinheira da Tasca que até nos arranjou um belo cesto para descansar-mos da viagem e nos preparar-mos para o destino final... Estamos conformados... agora a cozinheira é que nos vai tratar, vai passar as noites a fazer marmelada... E no fim, quem vai enjoar é quem nos vai comer... sim porque aquele pessoal da Tasca e amigos não perdoam... são cá uns gulosos! ;)
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