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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Então como é? A clientela entra aqui na Tasca e nem um pitéu sobre a mesa?


Dias, semanas, meses e nadica de nada?
É assim que se recebem as visitas?
Nem um cházinho e umas bolachas?

Calma! Calma! Muita calma! Digo eu para mim própria e logo de seguida me justifico para com a clientela... Ah e tal... a disposição e a dedicação à escrita têm andado em banho maria! 

A freguesia desata num burburinho e alguém lá atrás deixa escapar a sugestão de que vem aí petisco e é do bom, porque a cozedura lenta apruma o sabor. Faz-se silêncio e outro alguém refuta logo que não, pois que a cozedura dura há meses e o acepipe só pode ter esturrado e ninguém lhe consegue afinfar o dente quanto mais sentir o sabor apurado.

Eu, de mãos enroladas no avental sinto-me corar. Embaçada até à raiz dos cabelos, admito que têm toda a razão. Peço escusa pelo descuido e não prometo porque sofro do medo de falhar, mas deixo no ar algum alento dos meus fregueses melhor cuidar.

Escolham os lugares e sentem-se à vontade, vou já servir o jantar.

Lulinhas à Bulhão Pato com Arroz de Alho e Coentros




Revisitando esta sugestão com alteração na variedade e quantidade da ameijoa, usei pela primeira vez, ameijoa vietnamita congelada. Para 1kg de lulas, meio kg de ameijoas. Outra alteração, foi ter regado com sumo de limão antes de servir.




Para o arroz:

8 dentes de alho esmagados para dentro do tacho. Regar com azeite até cobrir o fundo. Ligar o fogão e deixar cozinhar tapado até sentir que o alho está a fritar sem esturrar. Juntar o arroz. Envolver bem. Adicionar a água já a ferver e na medida do dobro do arroz. Deixar ferver destapado cerca de oito minutos mexendo de vez em quando para não pegar. Retirar do lume e pousar sobre outra superfície (pedra, base de madeira) colocando a tampa. Deixar repousar um pouco até que o arroz abra e enxugue todo o caldo. Servir generosamente polvilhado com coentros picados.

Bom apetite e voltem sempre!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Feriado, dia da cidade...

... e ia-me esquecendo de almoçar!
22 de Maio é sempre feriado cá no burgo. É o dia da cidade e também é o dia em que ano após ano eu quase me esqueço disso. E digo "quase"  porque há sempre alguém que na véspera me reaviva a memória.
- Olha, não venhas cá amanhã que não me dá muito jeito vir abrir a porta de propósito para te atender!
E eu fico com cara de burra a olhar para um palácio... e depois faz-se luz na cachimónia da burra e...
- Ah! É verdade! Xiça pah! Feriado!
E com isto, hoje levantei-me um cadinho mais tarde que o habitual. A manhã acordou serena por estas bandas. Não se ouvia, à hora habitual, o duche dos vizinhos, as portas a bater, os carros lá fora, os estores a abrir, e... deixei-me ficar a ver o sol entrar pelo quarto e a delinear a minha vidinha.
Parecia domingo! A manhã passou veloz comigo entretida a "fazer coisitas" para mim e a apreciar os meninos miaus na carneirice. Mini-bricolage, arrumação e organização do meu espaço. De repente, senti uns roncos no meu estômago e olhei para o relógio.
- Ehlah! Já?!?! E eu cheia de fome, quase a cair pó lado e sem almoço feito?!?! - é o que dá uma pessoa andar descontraidamente ocupada.
Corri para a cozinha, abri o frigo e a arca e, a tremelicar de fraqueza decidi que não ia estrelar um ovo e comê-lo com salsichas nem ia fazer uma sandocha qu'isso não é almoço. Liguei o mini-forno a 250º, tirei da arca um restinho de puré de batata congelado e pré-fabricado (o que eu gosto desta expressão e destes desenrascas), do frigo tirei 10 tomatinhos-cereja e um restinho de queijo da ilha ralado e, da despensa tirei uma lata de atum em azeite e o frasco dos oregãos.
- Isto não vai combinar nada bem, mas com a fome que tenho marcha que até lhe chamo um bife!
EMPADÃO RÁPIDO DE ATUM
Forno quente. Tacho ao lume com um pouco de leite e uma noz de manteiga e mais o puré pré-fabricado. Tomatinhos lavados e cortados em quartos dentro de uma taça e vai de virar o atum lá para cima e envolver tudo e polvilhar com orégãos. Puré pronto, espalhar um pouco no fundo de um mini-pirex, acamar a mistura de tomate com atum e tapar bem com mais puré. Polvillhar generosamente com o queijo da ilha ralado e mais oregãos.
- Puré de batata com oregãos?! Onde é que isto já se viu?! Aqui, ora!!!
Mini-pirex para dentro do forno, nem cinco minutos e já estava gratinado.
- Hummm... isto cheira bem! 
Sentei-me à mesa. Tirei umas fotos à pressa e questionei-me...
- Sirvo no prato ou como mesmo daqui?
- Uso o garfo ou como à colherada?
Demorei, no máximo, quinze minutos até provar o meu petisco. A combinação estranha ficou mais que aprovada. É super fácil, é super rápido e fica super bom! E ainda se aproveitam os restinhos!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Primeiro estranha-se...

... depois, entranha-se!
 
Já aqui contei que aprendi não há muito tempo a apreciar salmão fumado. Eu que, em matéria de comida não sou nada esquisita, marcha quase tudo, esta iguaria era das poucas em que eu não tocava e até o cheiro me causava um certo mal-estar. Até que, num célebre dia, apurei as papilas gustativas
e me predispus a apreciar com requinte aquele sabor.
Bendito dia aquele!
 
E benditos todos os outros dias em que me predisponho a fazer tantas e diversificadas coisas que me satisfazem!
 
A receita do meu menú de fim de ano já consta aqui e fiz apenas algumas alterações nas quantidades e no tipo de massa.


SALMÃO FUMADO AL SPAGHETTI NERO DI SEPPIA


200 gr spaghetti negro
300 gr salmão fumado
1 cebola grande
3 dentes alho
1 bom fio de azeite
200 ml natas
oregãos para polvilhar
 
Num tacho com água abundante e fervente e sem sal, levei a massa a cozer al dente. Escorri e reservei. No wok, deitei a cebola e o alho bem picados e o azeite que levei a lume brando até a cebola ficar bem cozinhada mas sem queimar. Juntei as fatias inteiras de salmão fumado e fui mexendo com o garfo de pau até que se desfizessem em pequenas lascas. Adicionei o spaghetti, envolvi bem. Acrescentei as natas, voltei a envolver e deixei cozinhar uns dois minutos. Servi, generosamente polvilhado com oregãos.
 
Mnham mnham mnham... que gostosura! E acompanhado de um tinto Monte das Servas de 2010?
 
- Ui!  ;)
 
 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Um petisco da época...

... que dispensa receita culinária!
 
 
 
Basta ter à mão uns tomatinhos caseiros e bem madurinhos e uns jaquinzinhos acabadinhos de sair do mar na praia de Vieira de Leiria. A Arte Xávega que podem espreitar aqui. Um jantar de verão muito do nosso agrado...
 
Adoro este petisco! Obrigada R. pelo peixinho maravilhoso :)
 
 
 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um utensílio excelente...

... muito prático e altamente recomendável para todas as cozinhas! 

Na cozinha da tasca existe uma churrasqueira. Pinhas, pauzinhos e acendalhas são imprescindíveis para a acender. Também é necessário o carvão para fazer as brasas. Para pôr a coisa a funcionar é preciso tempo e o copeiro de serviço foi dispensado por falta de competência (eheheh private joke), por isso a tarefa sobra toda para a mesma... a cozinheira habitué! Tendo esta, a necessidade de simplificar tarefas e proporcionar refeições ligeiras e equilibradas aos comensais, há uns meses atrás andou a fazer uma espécie de peregrinação a tudo quanto era loja de electrodomésticos a fim de adquirir o mais efeciente, o mais prático, o mais multifacetado dos grelhadores.

Espantástico mesmo! Ele grelha carne, peixe, legumes, frutas... e ovos! Basta ligar à corrente e aquece rápidamente. Colocar o alimento a grelhar e ir voltando com a ajuda das duas pás de madeira. Depois desligar, deixar arrefecer, limpar com papel de cozinha absorvente e guardar até à próxima utilização.

SARGUETA ESCALADA GRELHADA



Uma sargueta fresquinha escalada e temperada com pouco sal. Uma batatinha e um molhinho de feijão verde cozidos. Tudo no prato e bem regadinho com azeite de Moura.  Um almoço rápido e perfeito!



São servidos?

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tagliatelle com Salmão Fumado

Todos os dias das nossas vidas todos nós aprendemos alguma coisa. Ensinamentos, práticas, teorias… aprendemos connosco e com os outros. Esta aprendizagem adquire-se por mão própria e transmite-se de mão em mão. Resulta de estudos, experiências e observação. Então e não é que o sentido do gosto também se aprende!
- Não gosto de salmão!
- Não gosto de salmão fumado!
Dizia eu até há uns dois anitos atrás, mais coisa menos coisa. E imaginem eu, que sou daquelas pessoas que diz que gosta de tudo e que de repente começa a pensar bem e acaba por encontrar meia dúzia (não mais) de coisitas que não gosta ou que dispensa sem sacrifício. É óbvio que me estou a referir a comezainas, porque quanto a outros e demais variados assuntos, há muitas coisas que não gosto e também há muitas que gosto e, porque gostos não se discutem…
- Afinal eu adoro salmão!
- Tchiiii… Salmão fumado! É do melhor!
Assim e sem explicação, porque nem tudo tem que ser explicável, eu aprendi a gostar de salmão e confeccionado de qualquer maneira (só ainda não provei cru). Perante esta aprendizagem de gosto e aproveitando a Titó ter ido passear de fim de semana, alambazei-me com este pitéu!




250 gr tagliatelle fresco
160 gr salmão fumado
1 cebola
1 dente alho
1 fio de azeite
1 colher chá de ketcup
100 ml natas
orégãos qb para polvilhar

Num tacho com água abundante e fervente sem sal levei a massa a cozer al dente. Escorri e reservei. No wok, deitei a cebola e o alho bem picados e o ketchup, reguei com um fio de azeite e acendi o bico do fogão. Juntei de seguida o salmão fumado e fui mexendo com o garfo de pau até estar tudo bem misturado e ligeiramente cozinhado. Adicionei as massas, reguei com as natas, envolvi muito bem, retirei do lume e servi no prato. Polvilhei com orégãos.

Sentei-me à mesa, servi o meu copo de vinho tinto alentejano, peguei nos talheres e… jantei na companhia preciosa da minha Família Felina Feliz! Até eles lambiam os bigodes só de cheirar o pitéu! :)





quinta-feira, 7 de abril de 2011

Não foi fácil...

... mas tive que a mandar embora à cotovelada!

Então não é que a senhora dona preguiça estava a fazer-se ao piso para ficar mais uns dias... Na na na...

- Vá lá Cenourita! Está-se bem por aqui!

- Nem penses! Já chega!

- Só mais dois dias... eu pago a estadia!

- Nem a peso d'ouro!

Fez beicinho. Pediu por favor. Argumentou que me ajudava nas tarefas domésticas, que lia e escrevia por mim, que me serviria o pequeno almoço na cama, que dava miminhos aos miaus, que engomava a roupa, que lavava e limpava por dentro a minha latinha, que ia às compras e que até me surpreenderia com um exótico ramo de flores.


- Não e não e não!

- Mas... ó Cenourita... eu...eu...

- Não há eu nem meio eu! Aqui quem decide é a patroa e se não vais a bem vais a menos bem!

Virou-me as costas a resmungar e, pensando eu que ela estaria a arrumar as suas tralhas para se pôr na alheta, fui dar com a magana na banheira, mergulhada em óleos essencias e pétalas de rosa. Que desplante!

Perante este descaramento, só me restou despachá-la à cotovelada ;)


COTOVELADA DE TAMBORIL


4 lombos tamboril

1 cebola média

2 dentes alho

1 folha louro

1/2 copo vinho branco

1 colher café de massa pimentão

polpa tomate qb

pimento verde qb

sal qb

azeite qb

coentros qb

massa cotovelinhos qb

Num tacho coloquei a cebola cortada às rodelas, o alho bem picadinho, a folha de louro sem o veio, a polpa de tomate, a massa de pimentão e as tirinhas de pimento. Reguei com o vinho branco e o azeite e deixei cozinhar cerca de dez minutos em lume brando. Juntei os lombos de tamboril e polvilhei com sal e coentros picados. Deixei estufar em lume lento mais dez minutos. Enquanto isso, levei as massas cotovelinhos a cozer em água abundante e uma pitada de sal. Escorri-as e juntei ao estufado de peixe. Envolvi-as com cuidado e retirei do lume. Polvilhei com mais coentros picados e servi.


Quando retirava o avental para me sentar à mesa, senti uma rajada de vento e ouvi a porta bater com força... era a preguiça a desaparecer da tasca e a prometer instalar-se algures por um dos vossos cantinhos. Não disse qual, mas até estou curiosa... vão-me dando notícias dela ;)


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Filetes de Peixe Espada ao Molho de Cogumelos Pleurotus

A massa encefálica da cozinheira número um da tasca - porque agora existe também a cozinheira número dois, a Titó, que anda a cozinhar uns petiscos valentes - anda assim a modos que corroída que nem uma coisa ferrugenta e já a largar aquelas lascas que se desfazem sem sequer se lhes tocar. São ideias em excesso, umas concretas e outras abstratas que por motivos alheios à sua vontade... não há meio de adquirirem forma ou corpo, ou então de se desvanecerem de vez dando oportunidade a esta mente cansada de se regenar e abrir portas a outros sonhos, outras vontades...

Depois de um dia em que nesta cabeça parecia faltar algumas peças indispensáveis ao seu normal funcionamento, instalou-se um cansaço tremendo, previsível mesmo, mas... chegada a hora de pensar no jantar e uma ida até à cozinha para o preparar, o circuito electromagnético deu sinal de entrada em funcionamento e de uns filetes de peixe espada preto, saíu este prato!


4 filetes peixe espada preto
sal qb
4 destes alho esmagados
salsa qb
sumo de 1 limão
cogumelos pleurotus frescos qb
azeite qb

Temperei os filetes com os ingredientes acima. Ficaram a marinar cerca de duas horas. Lavei os cogumelos e cortei-os em pedaços pequenos. Escorri o sumo de limão do tempêro dos filetes e sacudi o alho e a salsa para uma frigideira anti-aderente, juntei um pouco de azeite e depois os cogumelos. Deixei estufar lentamente. Enquanto isso, cobri o fundo de um recipiente refractário com azeite, coloquei os filetes e levei-os a cozer, assim sem mais nada, ao forno já quente cerca de quinze minutos.
Retirei-os com a ajuda da escumadeira, deixando escorrer o azeite e com muito jeitinho para não se partirem. Servi directamente nos pratos, deitei por cima os cogumelos ligeiramente estufados e polvilhei com mais salsa picada. Acompanhou com arroz branco enformado e esparregado.


Depois de um dia difícil, um jantar todo catita ;)



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desta cozinha...

... só têm saído refeições ligeiras!

Não que tenha exagerado com as iguarias das festas natalícias, nada disso. Até me portei muitíssimo bem para a época. Comecei por não fazer doçaria "para dar e vender" e nos salgados, não cometi pecados :)

Depois, também ando assim um bocadinho para o sem vontade de caprichar. Tudo muito básico. Cozidos e grelhados com legumes e saladas a acompanhar. Hoje, deixei maruca a descongelar para o jantar. Pensava fazê-la cozida com batata, cenoura e bróculos, mas... diga-se de passagem que me apetecia uma comidinha diferente. Como não tinha sopa feita, resolvi o assunto de outro jeito...

SOPA DE MARUCA E DELÍCIAS DO MAR


3 postas de maruca
8 barritas de delícias do mar
1 courgete grandita
2 cenouras também granditas
1 cebola
1 mão cheia de massinha cotovelinho
sal qb
azeite qb
cebolinho qb

Numa panela levei a cozer a courgete, as cenouras e a cebola. Ao mesmo tempo coloquei o peixe que retirei logo que estava cozido e pronto a desfiar. Desfiei de pele e espinhas e reservei. Os legumes acabaram de cozer, triturei e acrescentei as massinhas e um pouco de sal. Deixei cozer e juntei o peixe desfiado e as delícias cortadas em rodelas. Deitei um fio de azeite. Servi nos pratos com o cebolinho picadinho.


Fácil, rápida e ligeira... Ficou uma sopinha maravilha!



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Arroz de Lulas

O arroz está para mim tal qual eu estou para ele... sempre pronto a "marchar", cozinhado de toda e qualquer forma. Vai muito bem com tudo. Carne, peixe, enchidos, moluscos, crustáceos, legumes, doce... e até sem mais nada. Com um prato de arroz, eu sou feliz!!! Eheheheh ;)


1 kg lulas (limpas)
1 cebola grande
3 dentes alho
2 tomates limpos de pele e graínha
1 dl vinho branco
1 dl água
1 colher café massa pimento
azeite qb
sal qb

Esta maravilha não tem nada que enganar nem atrapalha nenhuma cozinheira. É só pegar no tacho, colocar os ingredientes acima lá dentro, ligar o fogão e esperar que cozinhe naturalmente. Convém dar uma mexidela de vez em quando, não vão as lulinhas alaparem-se no fundo do tacho e se necessário acrescentar mais um pouco de água a ferver.

arroz qb
salsa picada qb
água (2 x a quantidade de arroz)

Depois das lulas cozinhadas, junta-se o arroz e deixa-se cozinhar um pouco no caldo do guisado, acrescenta-se a água fervente, rectifica-se o sal, deixa-se cozer sem abrir muito, retira-se do lume, polvilha-se com salsa picada, e...


... directamente para o prato antes que arrefeça!!!



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pescada à Jardineiro

Se há coisa que eu gosto é de peixinho cozido. Umas vezes para desenjoar de comidas mais pesadas, outras porque é mesmo o que mais me apetece, outras ainda... porque não me surge outra ideia ou o tempo é curto para o confeccionar de outra forma e ele até está tão fresquinho que é de aproveitar. O restante pessoal também gosta, mas nem sempre está para aí virado. Esquisitos!!!

- Mãe Bela! O que vais fazer para o jantar?
- Peixe cozido!
- Oh! Peixe cozido?!?!? Não me apetece nada... :(

Perante isto, e porque tem dias em que até trato das vontadinhas da menina (e do menino)... acabo por dar a volta por outro caminho e até preparo um prato mais de acordo com os seus apetites. Mas dias não são dias e mesmo sabendo que não irá agradar... lá terá que ser! E, se nesses dias a imaginação estiver acima da linha d'água, até aparece na mesa o dito peixinho cozido, com um nome bem sugestivo e um aspecto mais apelativo!

- Mãe Bela! O que vais fazer para o jantar?
- Pescada à Jardineiro!
- Hummm... isso é bom?
- Oh se é! Uma rica maravilha como o próprio nome indica!

Assim saiu um jantar para três à mesa (mais quatro miaus na cadeira a eles reservada)!


3 postas de pescada (grandes e altas)
3 batatas
3 cenouras
3 dentes alho picadinhos
1 lata pequena milho
bróculos qb
água e sal qb
azeite qb

Num tacho com água e sal levei a cozer as batatas juntamente com as cenouras, onde juntei depois os bróculos. Noutro tacho, também com água e sal, cozeu a pescada. Legumes cozidos e já escorridos colocados na travessa. Peixe cozido e limpo de peles e espinhas espalhado por cima. Finalmente, tudo regado com bastante azeite quente com alho picadinho.

- Eh Mãe Bela! Esmeraste-te! Tão bommmm!

Manobras de tasqueira ;)



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Goraz ao forno com cebolinhas e tomate cereja

Para um belo almoço
Este rico peixinho
Sem grande alvoroço
Cozinhado com carinho

Com algum tempero
Este Goraz fresquinho
Com muito esmero
Assado no forninho

Ervas aromáticas
Azeite, alho e sal
Cebolinhas simpáticas
Tomatinhos do quintal

Arroz de bróculos a acompanhar
E uma fatia de pão caseirinho
Bocas famintas a alimentar
E, uma garrafita de vinho

É muito simples a receita
E não menciono quantidades
Se tiverem alguma suspeita
Esclareço as dificuldades





Fácil, rápido e... hummm... delicioso!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O prometido...


... é devido!

E, cá está ele! O almoço catita do Dia de Portugal e blá blá blá que se tornou numa especie de Dia de Passoal e pardais ao ninho!

A ementa não teve o propósito de comemorar evento algum. Foi antes uma espécie de obrigação de consumir rápidamente e bem fresquinho um dos peixes mais apreciados na Tasca. E, obrigações destas... ui ui... tomara eu tê-las assim muitas, muitas vezes!


LINGUADO SUADO COM ALECRIM



2 linguados grandes frescos
sal qb
sumo de 1 limão
raminhos de alecrim fresco
azeite qb

Golpeei o peixe e temperei-o com o sal, o sumo de limão e o alecrim. deixei a marinar cerca de duas horas.


Preenchi com azeite o fundo de um tabuleiro refractário. Coloquei por cima, o peixe e mais um fiozinho de azeite. Levei ao forno pré-aquecido a 180º cerca de vinte minutos.


Enquanto isto, descasquei e cozi batatinhas novas e fiz um esparregado de espinafres que juntei ao peixe cinco minutitos antes de o retirar do forno.

Mnham mnham mnham!!! Delicioso!!!

Como temperei os dois peixes e éramos só duas gatas pingadas ao almoço, o outro acabou frito e gostosérrimo também!!!

Adenda: Acrescentei a foto do peixinho frito... :)


sábado, 10 de abril de 2010

Para quem pensou...

... que se deixou de cozinhar cá na Tasca, nã nã nã!!!


O pessoal aqui não vive do ar e a cozinha funciona todos os dias, só não se têm publicado petiscos porque por vezes há outros temas que também apetece convosco partilhar.


Então, hoje saíu para o jantar, este rico peixinho ;)

DOURADA COM CENOURA AO FORNO


1 dourada inteira e golpeada
sal qb
mistura de ervas para peixe qb

Golpeei e temperei a dourada com sal e a mistura de especiarias (funcho, limão e outras).

azeite qb
3 dentes alho
1 cenoura grande

Cobri de azeite o fundo de um recipiente de ir ao forno. Descasquei e cortei o alho em pedacinhos e a cenoura em rodelas fininhas e juntei ao azeite, reservando um pouco para depois deitar sobre a dourada. Coloquei o peixe por cima, salpiquei com o restante alho e cenoura, reguei com mais um fio de azeite e levei o tabuleiro coberto com papel de aluminio ao forno pré-aquecido a 200º cerca de 30 minutos. Mais ou menos a meio da assadura, destapei o tabuleiro e com a ajuda de uma colher reguei com o molho por cima do peixe. (Recomendo algum cuidado ao levantar o papel de aluminio porque a temperatura é muito elevada e condicionada, consegui apanhar um escaldãozito em ambos os dedos indicadores eheheh)

Depois de pronto... foi só servir com um delicioso arroz de bróculos!

Esta parte não era suposto ser aqui revelada, mas... a meio da refeição, houve quem se distraísse a conversar e esbracejar ao mesmo tempo, e... tungas... vira-se o copo de tinto Currais Reserva 2002, derrama-se aquele bel liquido pelo meu prato adentro... (tinha que ser no meu) e... como "na natureza nada se perde e tudo se transforma" e também "tudo se mistura lá dentro", toca de lamber o petisco qual sopa de cavalo cansado! eheheheh

Ah! E também houve quem reclamasse, dizendo que não gosta de dourada...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Besugo "au champagne"

- Olh'ó peixe fresquinho!!!
- Oh freguesa!
- É pr'acabar!
- Oh linda! Olh'áqui ainda a saltar!

Pregões de outrora pelos mercados de peixe fresco, encontrões de todo o lado, gritarias e confusões, atropelos e escorregões por aquele chão alagado em água de odor a peixe.

- Oh Menina!!! Olh'áqui tão fresquinho!
- Baratinho pr'ácabar!

Ainda me lembro e jamais esquecerei, o frenesim matinal de cada sábado. As escamas que esvoaçavam ar fora como borboletas num dia de primavera. O regateio do quilo de carapau, sardinha, peixe espada, sargo, dourada... As peixeiras da Nazaré e da Vieira a apregoar, esbracejar, o tão desejado peixinho fresco...

Que saudades!

Hoje, vamos ao hipermercado e à peixaria comprar o peixe nosso de cada dia. Tira-se uma senha e espera-se... não mais se ouve o pregão, se leva a pisadela ou encontrão... a senhora que nos atende não tem sete saias nem um carrapito bem feito, não tem escamas no cabelo nem no peito... não nos conhece, não sabe o que mais gostamos, mas serve-nos o que escolhemos, arranjadinho e pronto a cozinhar e na falta da antiga tradição, apenas nos devolve um sorriso no seu olhar...

1 peixe fresco, besugo +/- 800 grs
sal qb
alho em pó qb
mistura de especiarias (pimentão e louro)

Dei três golpes no peixe, marcando as postas e cortando a espinha do meio.
Temperei com os ingredientes acima cerca de duas horas antes de ir ao forno.

2 cebolas grandes em rodelas grossas
batatas qb cortadas em bocadinhos
1 folha louro
pedacinhos finos de margarina
+ mistura de especiarias
200 ml champagne brut
azeite qb
pingos de ketchup


Cebolas descascadas e cortadas em rodelas grossas no recipiente de ir ao forno, coloquei por cima o peixe marinado e em volta as batatas em cubinhos. Distribuí po cima mais mistura de especiarias, pedacinhos de margarina, o louro. Deitei o champagne e azeite em abundância e por fim salpiquei com pingos de ketchup. Levei ao forno pré-aquecido a 200º e deixei cozinhar cerca de quarenta minutos regando com o próprio molho de vez em quando por cima do peixe.

Et voilá!

São servidos?


terça-feira, 9 de junho de 2009

Sopa Exótica de Peixe

Na altura do Dia Amarelo, o desafio da Mary, esta sopa da Cláudia M. ficou-me no goto... Ainda não a confeccionei mas não há-de tardar muito... Não tinha caril cá na Tasca, por isso inspirei-me nela, fiz as alterações à medida do que tinha na gaveta do frigo a precisar de consumir, juntei peixe e hummm...


Usei e fiz assim:

2 cebolas médias
1 dente alho
1 bom fio de azeite

Descasquei e cotei as cebolas em meias luas, juntei o alho esmagado e deitei o azeite. Levei ao lume para cozer um pouco.

2 cenouras
1 courgette
1 cabeça nabo
1 batata
1 robalo do mar com cerca de 800 gr
1/2 colher café piri-piri moído
1 colher café gengibre em pó

Num tacho com água a ferver e sal, o peixe foi a cozer. Depois de cozido, limpei de peles e espinhas e reservei.

Descasquei e ralei os legumes (para cozinhar mais rápido) e juntei à cebolada. Fui acrescentando o caldo da cozedura do peixe. Juntei o piri-piri e o gengibre e deixei cozer cerca de 30 minutos triturando depois com a varinha mágica. Ficou um creme grosso, amarelinho e com um aroma divinal.

40 gr arroz selvagem
1 ramo coentros
sal qb (só para a cozedura do peixe, é suficiente)

Num tacho à parte cozi o arroz previamente lavado e seco, escorri e juntei ao creme e de seguida, o peixe desfiado. Deixei ferver mais dois ou três minutos, deitei os coentros picados e...

- Pessoal!!! Pá mesa que a sopa exótica está pronta!
- Sopa exótica??? - todos em coro.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Lulas com Ameijoas "Al Ajillo"

Um petisco ideal para esta altura do ano... com o tempo primaveril... prenúncio de petiscadas e patuscadas, de convívio em noites amenas... lá fora no terraço...


1 kg lulas
1 kg ameijoas (estas eram enormes e boas...hummm)
8 dentes alho
1 copo vinho branco
1 colher café massa pimento
1 colher café de tabasco ou 1 malagueta
azeite qb
sal qb
coentros picados
Arranjei as lulas, cortei-as em argolas e temperei só com sal. Num tacho, cobri o fundo com azeite e os dentes de alho esmagados mas com a casca, deixei aquecer o azeite e juntei as lulas. Deixei cozinhar um pouco, +/- 10 minutos e acrescentei o vinho branco, a massa de pimento e o tabasco. As lulas cozinharam até o vinho começar a evaporar e o molho dar ar de apuradinho. Juntei as ameijoas préviamente lavadas, dei uma voltinha ao tacho com a tampa no sítio para não salpicar e assim as ameijoas apanharem o molho. Uns minutinhos para estas cozerem e retirei do lume.
Salpiquei com coentros picados e servi com arroz frito de alho.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Lombos de Tamboril com Natas

O Tamboril é um dos peixes muito apreciados cá na Tasca. Costumo comprá-lo sempre fresco e confeccionar um delicioso Arroz de Tamboril, uma Cataplana ou umas Espetadas. Um dia destes comprei uma embalagem congelada, trazia oito lombinhos e muito bom aspecto e resolvi fazê-lo de uma forma diferente.

8 lombinhos tamboril
4 dentes alho esmagados
sumo de 1 limão
sal qb
mistura de ervas qb (funcho, limão e outras)
mistura de especiarias qb (pimentão e louro )

Coloquei o peixe na assadeira de ir ao forno, temperei com os ingredientes acima mencionados e deixei a marinar cerca de duas horas.

azeite qb
1 pct natas

Reguei com um bom fio de azeite e levei ao forno médio cerca de 20 minutos, tendo o cuidado de virar os lombos mais ou menos a meio da assadura. Juntei as natas e deixei no forno mais dez minutos.

Enquanto o peixinho se cozinhava, fiz um arroz branco soltinho e uma salada de tomate.

Tudo prontinho... et voilá!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Lombo de Robalo ao Forno


Um dia destes tive visitas para o jantar, umas visitas especiais, a minha afilhada querida, a mana dela e a mãe, minha amiga e comadre :)

Fui eu buscar as meninas às escolinhas porque a mãe estava ausente, primeiro a mais velha, que é um espectáculo de míuda, com um estilo muito próprio, simples, espontânea, bonitona e de bradar aos céus em termos de perspicácia, astúcia e cheia de graça. Depois seguimos as duas e fomos buscar a pequenita ao infantário, assim que viu a madrinha Cenourita desatou a correr e aterrou nos meus braços com um grande e apertado xi-coração e beijinhos com fartura. É um doce de menina com dois anos e meio, preguiçosa para falar mas esperta até dizer chega, é tudo por gestos e expressões e deve pensar ela assim "se me entendem para que hei-de eu aprender latim..."

Chegadas à Tasca, mimos e brincadeiras e preparar o jantar.

- Denise gostas de peixe?
- Gosto! A minha irmã é que não deve comer nada... anda a comer mal... só quer guloseimas...
- Ai sim? Mas ela hoje vai comer bem, ai vai vai ó eu não me chame Cenourita!
- Ahahah... vamos ver...


Tinha dois robalos bem fresquinhos, de pesca submarina, acabados de sair do mar há pouco tempo. Cortei-lhes a cabeça e a ponta do rabo e separei os lombos de ambos os peixes da espinha do meio ( e habilidosa que a Cenourita anda... ui ui). Num recipiente de ir ao forno, preenchi o fundo com azeite, por cima dispus os lombos dos robalos com a pele para baixo e temperei com sal, bastante alho picado, mistura de ervas (funcho, limão e outras especiarias) e um pouco de vinho branco. Deixei mais ou menos uma horita a marinar e depois foi só ir ao forno já aquecido a 180º durante cerca de meia hora.
Um dos peixes tinha ovas e ficaram deliciosas. Para acompanhar fiz um puré de batata.

Foi uma receita inventada, simples e saiu muito bem, é para repetir muitas mais vezes. E, a minha Andrea pequenita jantou super bem, mãe e mana estavam incrédulas...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Polvo à Lagareiro com Batata a Murro

Este é um prato de gastronomia tradicional portuguesa e muito apreciado cá na Tasca. É simples de fazer e sai sempre bem :)

2 polvos (cerca de 800gr)
1 cebola
6 dentes alho
batatas qb
azeite qb
salsa picada

Colocar numa panela o polvo e uma cebola descascada e deixar cozer durante mais ou menos meia hora, assim, sem água nenhuma, o próprio polvo larga água suficiente para a cozedura. Escorrer o bicharoco e vai ao forno num recipiente próprio, já aquecido com as resistências de cima e de baixo, deixa-se ficar um bocadinho até ganhar um "ar" mais sequinho, de assado. Enquanto isso, lavam-se e secam-se as batatas e vão ao micro-ondas, como o meu é um bocado lento, marquei 14 minutos (que foi o tempo do polvo estar no forno), descasquei os alhos, piquei-os e levei-os ao lume com uma boa porção de azeite. Batatas assadas, um murro em cada uma, e polvo com elas, regar tudo com o azeite e alho, polvilar com a salsa picada e... tudo a postos, pronto a degustar este maravilhoso petisquinho. Aconselho uma fatia de brôa ou de pãozinho caseiro e um copinho de tinto a acompanhar... hummm... Delicious!!!
Atenção: Não me esqueci do sal, simplesmente não ponho sal nenhum, o polvo não precisa, já tem o seu gosto muito característico e para temperar é suficiente a mistura do alho com o azeite e a salsa picadinha.
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