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domingo, 11 de dezembro de 2011

C. S. Lewis, a virgindade e o paganismo



Dizia C. S. Lewis que “o homem da era pós-cristã não é um pagão; seria o mesmo que pensar que uma mulher casada recupera a virgindade ao divorciar-se”.

Será válida esta afirmação? Descontando o seu machismo – ri-me com os potenciais preconceitos patriarcais que comporta –, é válida a afirmação ou há um neopaganismo? Julgo que mesmo nos meios mais tradicionais vamos conhecendo pessoas para quem o cristianismo não diz mesmo nada. Com certeza não oferecem libações aos deuses, mas para eles o cristianismo é algo igualmente remoto.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

17 de Janeiro de 395. Morre Teodósio I, o imperador que tornou o cristianismo religião oficial

Teodósio I, o Grande, nasceu em 346, perto de Segóvia, Espanha, e morreu no dia 17 de Janeiro de 395, em Milão. Foi o último líder do Império Romano unido. Depois dele, nunca mais o império seria governado por uma única pessoa.

Em 380, Teodósio, com o Édito de Constantinopla, torna o cristianismo religião oficial do império. A decisão tem consequências enormes. O paganismo é proibido, o judaísmo tolerado, mas por vezes perseguido, e o cristianismo passa a ser obrigatório.

Teodósio é venerado como santo pelos ortodoxos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

1 de Novembro de 610.O Panteão romano é transformado em igreja cristã





No dia 1 de Novembro de 610, a casa de “todos os deuses” (“pan”+“theon”) foi transformada em casa de todos os santos, em igreja cristã dedicada à Virgem Maria e a Todos os Santos e Mártires. Tal gesto do Papa Bonifácio IV, quando o paganismo já estava proibido, evitou que o Panteão fosse destruído.

Hoje, este templo mandado construir por Marco Agripa no ano 27 a.C. (“M AGRIPPA L F COS TERTIUM FECIT”, "Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul", lê-se na fachada) é o edifício da antiguidade romana mais bem conservado. É o único considerado intacto na sua estrutura.

A sua cúpula, até surgir a da duomo de Florença, no séc. XV, era a maior de todas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Rebaptizar o Halloween

Os bispos do Reino Unido pedem às crianças que se fantasiem de santos em vez de bruxos ou de diabos no próximo 31 de Outubro, dia de Halloween. Lembrando que o Halloween tem uma origem cristã (“All Hallow’s Eve” – véspera de Todos os Santos), a que se sobrepuseram elementos pagãos, os prelados sugerem para disfarce santos como S. Jorge, S.ta Luzia ou Francisco de Assis e recomendam que os adultos coloquem luzes nas janelas para lembrar que Cristo é a luz de todos. Li aqui.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

19 de Janeiro de 379. Teodósio I é imperador do Oriente

No dia 19 de Janeiro de 379, Teodósio I é nomeado Imperador do Oriente por Graciano (Graciano era imperador romano do Ocidente e do Oriente - mas desta parte só em 378 e 379).

Teodósio I é o primeiro imperador que governa já cristão, isto é, baptizado. Viria a decretar a proibição do paganismo e a obrigatoriedade do cristianismo.

sábado, 2 de janeiro de 2010

2 de Janeiro de 533. Mercúrio é aclamado Papa

No dia 2 de Janeiro de 533 foi eleito João II. O seu nome de baptismo era Mercúrio, nome de divindade pagã, pelo que, após a eleição, mudou de nome. Foi o primeiro Papa a ter um novo nome. Morreu no dia 24 de Maio de 535.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O regresso dos deuses pagãos

Há dias referiu-se neste blogue Isaiah Berlin (aqui). Hoje, durante uma busca noutras direcções, dei com este texto de João Carlos Espada no jornal I (aqui). Fala de uma conferência anual na Universidade de Oxford, instituída a quando da morte do pensador de origem judaica.

A palestra de 2009, em Maio, foi proferida pelo Rabi Adin Steinsaltz (na imagem), que abordou a “a paganização da cultura ocidental”.

Diz Espada, resumindo as ideias desta conferência profundamente "berliniana", “profundamente pluralista”:

“A visão cristã do mundo perdeu influência. E, no lugar do Deus judaico--cristão, existem agora os deuses pagãos da antiguidade pré-cristã - ainda que possam ter novos nomes, novas imagens e novos templos.

O primeiro desses deuses é Baal, o deus do poder, também por vezes designado por Mammon, o deus do dinheiro. Os seus templos estão nos centros financeiros das grandes cidades e os seus padres são hoje designados por executivos e gestores.

O segundo deus pagão contemporâneo corresponde à antiga deusa da fertilidade e do sexo: Astarte, ou Ishtar, ou Ashtoreth. Os templos desta deusa - que já não é propriamente da fertilidade, mas simplesmente do sexo - encontram-se um pouco por toda a parte na sociedade ocidental.

Finalmente, temos uma musa promovida a deusa: Calliope, deusa da fama, simbolizada hoje na expressão "celebridade". Ser uma celebridade significa "ser um ninguém muito conhecido", isto é, alguém que toda a gente conhece mas ninguém sabe exactamente o que faz ou por que merece ser célebre. Os templos desta deusa estão em todas as casas e chamam-se televisão”.

Li o texto on-line hoje de manhã antes da compra diária do “Público” em papel. Leio na última página do matutino: “Há algum tempo – há quanto tempo, meu Zeus, já nem me lembro – era possível acreditar num Portugal fundamentalmente honesto” (início da crónica de Rui Tavares). Não me interessa o assunto da crónica, a corrupção, que, antes de ser um problema político e jurídico, é um problema moral e está resolvido à partida. Interessa-me a expressão: “Meu Zeus”. Não significa nada a não ser uma provocação. Mas que se usa a provocação - e Rui Tavares não é nem de longe o primeiro a fazê-lo na imprensa escrita - é já um sinal.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Igreja e desinformação - 1

Vladimir Volkoff

Guelfos e gibelinos

Vladimir Volkoff (outra entrada aqui) diz que é preferível ouvir, por um lado, os guelfos e, por outro, os gibelinos, a enviar ao local um observador dito imparcial que simpatizará principalmente com uns ou será mais bem pago pelos outros.

Não sabia quem são os guelfos e os gibelinos, mas pelo contexto parecia terem a ver com o Papa. “As denominações "guelfos" e "gibelinos" originaram-se após a morte de Henrique V, Sacro Imperador Romano-Germânico (1125), sem deixar herdeiros directos. Criou-se então um conflito na disputa pela sucessão do Império. Os guelfos e o Papa apoiavam a casa da Baviera e Saxônia dos Welfen (de onde provém a palavra guelfo), enquanto os gibelinos eram partidários da casa da Suábia dos Hohenstaufen, senhores do castelo de Waiblingen (de onde provém a palavra gibelino)”, diz a Wikipedia.

Desacreditação da Igreja

“A Igreja cristã jamais teria vencido o paganismo se este, por várias formas, se não tivesse desacreditado, e a actual descristianização não seria o que é se a Igreja, por ser uma instituição humana, se não tivesse por seu turno desacreditado, por mais do que uma forma” (pág. 39). Vladimir Volkoff não especifica as razões de desacreditação.

A voz dos deuses pagãos

Mais à frente, o autor diz: “Sabemos, por exemplo, que os pagãos recorriam a subterfúgios, como esconder um sacerdote na estátua de um deus e fazê-lo pronunciar oráculos em voz alta e inteligível” (pág. 43). E responde a esta questão: se obra da Igreja é comparável a uma obra de desinformação. Tentarei resumir aqui as quatro páginas de resposta.

Sinodalidade e sinonulidade

Tenho andado a ler o que saiu no sínodo e suas consequências nacionais, diocesanas e paroquiais. Ia para escrever que tudo se resume à imple...