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terça-feira, 7 de junho de 2011

A casa dos meus sonhos e... um bolo "cor de rosa"

Por força da minha profissão(Engenheira Civil) estou envolvida quase diariamente na execução de projectos de habitações e na sua própria construção. É muito interessante observar as motivações que levam as pessoas a escolherem o local, a tipologia, os materiais e todos os aspectos que envolvem a realização final de uma casa. Os sentimentos que envolvem todo o processo são os mais variados, desde a ansiedade para visualizarem o primeiro desenho do sonho até a sua concretização mais lenta, na maior parte das vezes a quilómetros luz da ideia inicial...
 Habitação Social em Alvarenga, Arouca, projecto do Arqt.º Nuno Sampaio. Participei da fiscalização da obra


Eu própria, não sei se por assistir a isto todos os dias, não tenho uma ideia formada da “casa dos meus sonhos”, a minha tendência, (se calhar porque passei a vida, desde que me lembro e acho que até antes, em mudanças), é considerar a casa mais como o “lar”, para mim são as pessoas e as relações entre elas que são a alma da casa, como se o edifício ganhasse vida própria apenas ao ser habitado, portanto pouco se me importa o modelo da casa. Provavelmente o que gostaria mais de fazer é restaurar (também é reciclar!) uma velha casa abandonada. Isto não quer dizer que eu não saiba apreciar uma bela casa moderna…

Mas existem alguns aspectos ambientais que para mim são essenciais na idealização e construção de uma casa, e se em algum dia construir (ou restaurar) a minha própria casa, serão estes que guiarão o resultado final:

O ANTES:
A localização
Há pessoas que preferem morar no campo, outras no coração da cidade. Eu gosto do meio-termo (uma cidade média, com o campo à porta, muito verde, mas com os serviços essenciais bem pertinho).
O castelo que vejo da minha janela…e a Colcha gigante “Donzela” da artista plástica Joana Vasconcelos

O gosto pessoal e estilo de vida devem ser tidos em conta, mas não só…Em termos ambientais, o ideal é morarmos perto do local de trabalho e escola das crianças ou próximo de transportes públicos que minimizem a utilização de automóvel próprio, que levaria a um maior gasto económico e a emissões de gases tóxicos para a atmosfera.
A orientação do terreno e da própria construção (em termos de pontos cardeais) é muito importante, para aproveitarmos uma maior incidência de raios solares (caso de Portugal), para que o edifício usufrua de um maior ganho solar no Inverno, levando a uma maior poupança de energia e do ambiente.
A utilização de infra-estruturas públicas de esgotos e abastecimento de água é essencial para evitar a poluição do solo e destruição dos lençóis freáticos do solo. No caso de ser de todo impossível a utilização de infra-estruturas públicas, a solução para o tratamento de efluentes e captação da água deve ser bem estudada para evitar perigo de contaminações.
A tipologia
Adequar o tipo de construção ao terreno que possuímos para evitar grandes mobilizações de solo, que além de serem dispendiosas, agravando o custo final da obra, causam grandes impactos na paisagem e dificuldades na drenagem de águas pluviais e outros problemas. Como exemplo: se o que pretende é uma casa térrea, de apenas um piso, o terreno deverá ter uma pendente o mais possível plana, caso contrário terá de escavar ou aterrar…
A área
Devemos pensar bem no tamanho da nossa casa, quanto maior, mais cara a sua construção, a manutenção, o gasto energético…Será que precisamos de 2 cozinhas, ou uma sala que não usamos, ou 5 quartos?

O DURANTE:
A construção da obra
Aqui nesta fase é que definimos o rosto e o aspecto que terá a casa. E são diversos os materiais e processos construtivos que poderão ser utilizados. A escolha é quase infinita e deveria ser sempre a mais amiga do ambiente, e quase sempre é a menos dispendiosa…
Alguns exemplos de materiais:
Cerâmica, isolamentos naturais (fibras vegetais, canhamo, celulose…), tintas biologicas e com base aquosa, madeiras com garantia de proveniência (oriundas de florestas controladas), pedra (da região), por exemplo em construção de xisto, cortiça , vidro, ferro, cobre, plásticos reciclados e muitos outros.
Devemos evitar o uso de materiais betuminosos, vernizes sintéticos, amianto, que são inclusivamente tóxicos.
Sistemas de energias alternativas
Existem vários tipos de sistemas que utilizam energias alternativas para o aquecimento do ambiente e das águas e até arrefecimento...
Painéis solares, energia eólica (do vento) e geotérmica (da terra) por enquanto são as energias mais comuns, mas este é um sector que está em bastante desenvolvimento e estão sempre a surgir coisas novas.
Existe a possibilidade de produzirmos energia que será introduzida na rede pública, fazendo-se o balanço gasto/produção.
Pode parecer que o custo inicial é maior, mas em pouco tempo recupera-se o investimento e mais uma vez o ambiente e nós ganhamos com isso.
Sistemas de poupança de água
Há muitos mecanismos para a poupança de água e até a sua reutilização. Autoclismos com descargas controladas, redutores de caudal de água, são alguns exemplos.
A realização de uma cisterna que serve para armazenar água da chuva para posterior utilização na rega do jardim, um método antigo que está a ser muito usado.
Produção de resíduos e fim de vida do edifício
Muitas vezes quando a obra está a ser realizada não se pensa onde serão depositados os resíduos provenientes da construção e muitas vezes são deliberadamente abandonados em matas e terrenos poluindo o ambiente…Já existem ecocentros para a deposição destes materiais e a maior parte poderá ser reciclada dentro da própria obra, através de um plano cuidadoso. E quando o edifício chega ao fim da vida? A sua demolição não deve gerar resíduos perigosos ao ambiente, mas sim materiais que possam ser reciclados, é só pensarmos nas três cores base (amarelo, verde e azul) e o que sair disso deve ser evitado na construção.

O DEPOIS:
Chega a hora da decoração e mobiliário e aqui também podemos pensar no nosso Planeta. A escolha dos electrodomésticos, e acho que isso não é novidade, hoje em dia está muito facilitada, pois a maioria já vem com a indicação do gasto de energia, e os que gastam menos (A+) são os mais amigos do ambiente e da carteira, embora a primeira vista, mais caros…
No mobiliário, a qualidade deve sempre ser uma primeira opção, mais vale ter pouco ou ir comprando com tempo e investir num mobiliário de qualidade mas que durará décadas, do que estar sempre a trocar, causando uma quantidade de lixo muito maior.
O jardim, é outro local, onde muitos perdem a cabeça, parece que hoje em dia a moda é um amplo relvado (gramado, no Brasil), que para manter viçoso são necessárias muitas regas, sem falar na manutenção… Há jardins maravilhosos, realizados com plantas adequadas ao clima, que quase não precisam de manutenção ou regas abundantes e ainda servem de habitat aos passarinhos. Ainda assim eu preferia plantar uma linda horta, que poderá até parecer um jardim…
Imagem daqui
Bem, acho que me empolguei um pouco, mesmo assim não deu para escrever tudo, este assunto é muito vasto, espero que vocês não estejam a morrer de tédio.
Para despedida deixo aqui a referência de um tipo de construção que achei muito interessante e para aqueles que ainda não possuem casa quem sabe não se aventurem por aqui:
Construção com fardos de palha - podem ver mais no blog terrapalha
Imagem daqui
E a receita? 
Todo o castelo tem uma princesa, e no meu não seria diferente…No fim de semana fiz um bolo com a minha princesa, inspirado neste aqui da Rute, do blog Publicar para Partilhar, era para sair um bolo cor de rosa e ficou quase…mas estava delicioso, para princesa nenhuma botar defeito.
Bolo de beterraba e morangos
Ingredientes:
4 morangos e 1 beterraba pequena crua, feitos em puré
4 ovos
1 ½ chávenas de chá de açúcar
1 ½ chávenas de farinha de trigo integral
½ chávena de maizena(amido de milho)
1 colher(sopa) de fermento em pó para bolos
½ chávena de óleo de amendoim
Raspa de 1 limão
Sumo de ½ limão.
Preparação:
Bater com a varinha mágica (ou liquidificador) o puré de morangos e beterraba, os ovos, o açúcar e o óleo. Juntar os ingredientes secos misturando com um batedor. Juntar o sumo e raspa de limão. Cozer em forma untada e enfarinhada, no forno aquecido a 180ºC por cerca de 30 minutos.
A cor maravilhosa da massa antes de ir para o forno


Esta foi a minha participação na Teia Ambiental de hoje. Até a próxima...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Festa de aniversário ecológica

O nosso bebé, que nasceu no dia 15 de Março, esta a crescer depressa, é agora uma linda criança, vivendo em pleno as alegrias da infância. Ainda hoje dizia uma amiga minha, no meio de uma complicação do trabalho: como eu queria ser criança...

Quando eu era pequena, e eu me recordo bem disso, queria ser adulta depressa, porque julgava eu, que ninguém mandava nos adultos...Depressa aprendi que  não é bem assim...

Ser criança é tão bom: brincar muito, acreditar em magia, ter muiiito tempo de ferias, dormir como um anjo, ter muitos mimos, ter mãos e pés fofinhos, abraçar um ursinho, saltar a corda e ...ter festas de aniversário...

Eu tenho uma filha de 7 anos e cada festa, desde que ela é "consciente" é  uma verdadeira alegria, nem que seja apenas um bolo com os amigos da escola, ela adora ser o centro das atenções...

Fazendo uma ligação deste tema com a Teia Ambiental, que também participo, pensei, porque não fazer uma festa de aniversário ecológica com o tema Ambiente. Ainda faltam uns meses até Outubro, que é o mês que a minha filhota(e eu!) fazemos anos, mas já estou a ter algumas ideias para a festa:
Convites: em papel reciclado, aproveitando recortes de revistas e escritos a mão, com a linda letra da aniversariante.
Enfeites: Nada de balões...bandeirinhas feitas com folhas de revistas, correntes com folhas de jornal, flores e mobiles com garrafas pet, vira-ventos(cata-ventos)com folhas de papel usadas ou de revistas, lanternas com latas, e com certeza mais ideias virão...tudo feito em colaboração com a filhota e o papá.
Cores: verdes e azuis
Usar louça de plástico ou acrílico reutilizável. Utilizar marcadores para os copos, para que cada um saiba qual é o seu, com etiquetas feitas com recortes de revistas.
Comida: tudo natural e caseiro, desde o bolo(este eu sempre fiz) até os docinhos e salgados. Nada de batatas fritas de pacote ou gomas(esta é a parte pior).Para as bebidas:sumos naturais, água e quem sabe chá gelado. Não vou usar forminhas de papel para os doces e vou fazer gelatinas(de agar-agar)dentro de frasquinhos de iogurtes reciclados. Colocar baldes de lixo com as 3 cores para a reciclagem.
Brincadeiras: pinturas faciais alusivas ao tema, caça ao tesouro "Salvar o Planeta" e vou  também pesquisar brincadeiras antigas para incentiva-los a brincar como antigamente.
Prendinhas: Uma planta num vaso, plantada por nós ou uma lata reciclada em porta lápis.
E até lá surgirão muitas mais ideias...

E para entrar no clima, hoje a receita que trago é típica de festa de crianças:
Do livro "Sobremesas saudáveis" de Adriana Ortemberg
Pipocas coloridas
50 grs de grãos de milho secos
2 colheres de sopa de azeite virgem
8 colheres de sopa de sumo de beterraba
1 colher de sopa de mel
Aquecer o azeite numa frigideira funda e, antes que comece a fumegar, deitar os grãos de milho, tapar e deixar estalar. Mexer a frigideira de vez em quando.
Quando se deixar de ouvir o milho estalar, retirar do lume e deitar as pipocas numa taça grande.
Levar ao lume o sumo de beterraba com o mel. Quando levantar fervura, baixar a chama e deixar o líquido reduzir um pouco. Deixar arrefecer e verter sobre as pipocas, movendo o recipiente para que fiquem todas com cor.


E foi esta a minha participação no tema infância da BCFV. Até o próximo dia 15 de Maio!
Beijinhos lambuzados!