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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sepultura - Chaos A.D. [1993]


Na década de 90 o Sepultura havia ganhado o mundo com seu vigoroso "Arise", apresentando o já tradicional Thrash Metal porrada. E, diferentemente do esperado, no lançamento seguinte eles não mantiveram essa mesma receita. O que para alguns pode ser uma completa burrice, se revelou uma mudança muito boa e que só ajudou a atestar o talento do quarteto.

Essa mudança se concentrou na diminuição da velocidade, com o som pendendo para o Groove Metal (os riffs de Kisser ficaram ainda mais pesados), e a adição das influências tribais (que foram maximizadas no tão amado e odiado "Roots" de 1996). No que isso resultou? Em um dos discos mais poderosos do Metal Brasileiro.

A introdução de
Refuse/Resist já denuncia um novo direcionamento. Mas, ao contrário do que você, leitor, pode estar pensando, tal direcionamento não é extremo, e ainda temos o quarteto brindando a paulada ao longo das doze faixas do full. O segundo single Territory tem um Igor Cavalera sem dó nem piedade, e é um dos maiores clássicos da banda. Já Slave New World é direta e reta, tendo como principal ingrediente o entrosamento dos quatro.



O instrumental Kaiowas apresenta mais explicitamente o experimentalismo, enquanto Propaganda é um convite ao headbang. Biotech Is Godzilla foi feita em parceria com Jello Biafra e, particularmente, é a que mais gosto. Mais destaques para a cadenciada Nomad, a raivosa Manifest, a porrada técnica Clenched Fist e o cover para Polícia, dos Titãs.



Ao final, o que temos por aqui é um genuíno disco de Metal, sem tirar nem pôr; nada de experimentações exacerbadas e que não levam a lugar algum. Se paulada é o que você quer, aqui está o ideal. Bom download!

Max Cavalera - vocais, guitarra base, violões
Andreas Kisser - guitarra solo, violões
Paulo Jr. - baixo
Igor Cavalera - bateria e percussão

01. Refuse/Resist
02. Territory

03. Slave New World
04. Amen
05. Kaiowas
06. Propaganda
07. Biotech Is Godzilla
08. Nomad
09. We Who Are Not As Others
10. Manifest
11. The Hunt (New Model Army cover)
12. Clenched Fist
13. Polícia (Titãs cover)

Por Gabriel

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Fight - War Of Words [1993]


Em 1992, depois do lançamento e promoção do excepcional "Painkiller", Rob Halford pulou fora do Judas Priest a fim de chutar o pau da barraca. E o Fight parece representar exatamente isso. Com um time de instrumentistas relativamente jovens (entre eles o baterista de sua então ex-banda, Scott Travis), o quarteto vinha com a proposta de um Metal puxado mais para o lado Thrash e Groove da coisa. O resultado não poderia ser melhor.

É importante dizer que o registro vocal de Halford dá lugar a algo diferente dos tradicionais agudos na grande maioria dos momentos, portanto, não espere por algo semelhante ao Priest, já que a veia Thrash é que comanda por aqui. Resumindo a bagaça, o Fight praticava um som aos moldes de bandas como Pantera.

"War Of Words", a estreia do quinteto, foi um tiro certeiro, conquistando uma satisfatória posição nas paradas. Com uma receita potente, o grupo mostrou grande potencial e poder de fogo. Sonzeira.
A abertura Into The Pit pode resumir muito bem a bolacha inteira: entrosamento, coesão e refrões fortes.



Outro aspecto interessante é o conteúdo lírico das composições, por vezes abordando a ambição humana, a censura e a destruição. No mais, um discão que agradará os admiradores da porradaria sonora. Destaques com a já citada Into The Pit, a faixa-título, a potente Nailed To The Gun, o single Little Crazy, a direta Contortion, a cadenciada Life In Black e a balada For All Eternity.



Rob Halford - vocais
Jack "Jay Jay" Brown - baixo, backing vocals
Brian Tilse - guitarras, backing vocals
Russ Parrish - guitarras, backing vocals
Scott Travis - bateria

01. Into The Pit
02. Nailed To The Gun
03. Life In Black
04. Immortal Sin
05. War Of Words
06. Laid To Rest
07. For All Eternity
08. Little Crazy
09. Contortion
10. Kill It
11. Vicious
12. Reality (A New Beginning)

Por Gabriel

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pantera – Far Beyond Driven [1994]


A evolução da discografia do Pantera é muito interessante. Os três primeiros discos dos caras, ainda com o vocalista Terry Glaze, apresentavam uma sonoridade completamente genérica. A coisa começou a mudar com a entrada de Phil Anselmo no lugar de Glaze, mas ainda estavam na farofeira no álbum “Power Metal”. O sucessor, “Cowboys From Hell”, apresentou uma mudança drástica, porém incompleta, de sonoridade. Agora o quarteto fazia Heavy Metal, que ficou mais pesado e grooveado em “Vulgar Display Of Power”. O álbum dessa postagem apresenta, finalmente, um ponto final nessa transição.

Antes mesmo do lançamento de “Far Beyond Driven”, a carreira do Pantera poderia ser representada em uma reta ascendente. Mesmo com as crises pessoais, principalmente de Anselmo, a popularidade dos caras só crescia devido ao sucesso de seu disco antecessor. Não era pra menos, pois em tempos de pouca originalidade, os sulistas apresentavam metal agressivo, de qualidade e com identidade.



Com esse registro, que chegou às prateleiras em março de 1994, a situação melhorou em diversos aspectos. “Far Beyond Driven” firmou a criação do chamado Groove Metal, que estava sendo desenvolvido em “Vulgar Display Of Power”. A partir desse novo play, as músicas do quarteto passavam a ter ainda mais foco no ritmo e no peso do que na complexidade e na velocidade. O som único aqui apresentado só endossa a genialidade dos envolvidos, desde o "berreiro" de Phil Anselmo, passando pela criatividade do guitarrista Dimebag Darrell, até chegar na rítmica incrível da cozinha comandada pelo baixista Rex Brown e pelo baterista Vinnie Paul.

A progressão da identidade musical do Pantera finalmente chegava a um estágio máximo e isso se refletiu na repercussão do álbum. “Far Beyond Driven” é considerado o primeiro disco de uma banda de Heavy Metal a estrear em primeiro lugar nas paradas norte-americanas. A popularidade chegou ao ponto de músicas do grupo rolarem com frequência na MTV e em rádios do mundo todo. Um grande feito para esses metaleiros competentes, perdidos no meio grunge/alternativo. Prepare a bateção de cabeça e confira!



01. Strength Beyond Strength
02. Becoming
03. 5 Minutes Alone
04. I'm Broken
05. Good Friends And A Bottle Of Pills
06. Hard Lines, Sunken Cheeks
07. Slaughtered
08. 25 Years
09. Shedding Skin
10. Use My Third Arm
11. Throes Of Rejection
12. Planet Caravan (Black Sabbath cover)
13. The Badge (Poison Idea cover • Japanese bonustrack)

Phil Anselmo – vocal
Dimebag Darrell – guitarra, backing vocals
Rex Brown – baixo, backing vocals
Vinnie Paul – bateria

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by Silver

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Hellyeah - Hellyeah [2007]


Um dos melhores supergrupos dessa década, o Hellyeah pode ter o monstro e gênio Vinnie Paul comandando as baquetas, mas nada em seu mais recente projeto soa como uma cópia do glorioso Pantera, apesar de apostar também no peso e na porrada, o que já é tradicional em se tratando do baterista. A formação é constituída por grandes nomes do Metal Moderno: o vocalista Chad Gray, conhecido por seu trabalho no Mudvayne, o baixista Jerry Montano, Tom Maxwell (Nothingface) e Greg Tribett (ambos guitarristas), este último também do Mudvayne.

Como meu amigo Zorreiro já ficou no encargo de trazer aos passageiros o magnífico Stampede, resta a mim disponibilizar a vocês o debut auto-intitulado do grupo, tão magnífico quanto seu sucessor. Esse aqui tem uma diferença notável se o compararmos com o lançamento de 2010: a influência do Southern é menor, havendo mais momentos pauladas do que qualquer outra coisa no álbum. Tudo isso com uma pegada moderna, mas sem soar pop; ao contrário.


A abertura explodirá seus ouvidos. O single "You Wouldn't Know" traz uma essência cadenciada, com bons riffs e vocais versáteis. Um Heavy pesado com doses cavalares de Groove. "Matter of Time" e "Waging War" são as mais porradeiras, com a última sendo a minha preferida. "Alcohaulin' Ass" é a primeira onde aparece a influência do Southern, com slides muito bem colocados. Novamente, Chad Gray mostra sua versatilidade de maneira perfeita.



Eu também não poderia deixar de mencionar "Rotten to the Core", que tem uma receita que promete agradar quem gosta de um Groove. Já "Thank You" traz uma atmosfera mais pessoal para cada membro do grupo (especialmente para Vinnie Paul), já que a balada é uma homenagem aos familiares e amigos que se foram. Nunca vou me conformar com a morte do Dimebag, só pra constar.

Um grande disco que não pode passar em branco, principalmente por aqueles que acham que boa música não é mais feita nos dias de hoje. Recomendado ao máximo!


Chad Gray - vocais
Greg Tribett - guitarra
Tom Maxwell - guitarra
Vinnie Paul - bateria
Jerry Montano - baixo

01. Hellyeah
02. You Wouldn't Know
03. Matter of Time
04. Waging War
05. Alcohaulin' Ass
06. Goddamn
07. In the Mood
08. Star
09. Rotten to the Core
10. Thank You
11. Nausea
12. One Thing

Por Gabriel

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Lamb of God – Wrath [2009]


O Lamb of God é uma banda formada em Richmond, no Estado norte americano da Virgínia, em 1994 e que forma uma nova corrente chamada New Wave of American Heavy Metal. Esse título, obviamente, é inspirado (ou uma paródia, ainda não tenho certeza) da corrente britânica que invadiu a América no início dos anos 80. Seja como for, acho o Lamb of God uma das bandas mais criativas da nova safra do metal mundial, sem prisão a qualquer rótulo.

Inicialmente o grupo se chamava Burn The Priest, mas alteraram o nome para Lamb of God em 1997. Algumas modificações ocorreram na formação do grupo, pois o guitarrista Mark Morton chegou a ser substituído por Abe Spear. Mas desde 1998 a turma segue a mesma até os dias de hoje, demonstrando fúria, química, entrosamento e muita criatividade nas composições.

A dupla de guitarristas Willie Adler e Mark Morton trabalha com uma sincronia invejável, tanto nos solos como nas bases, alternando riffs trabalhados com aqueles “gavetões” carregados de peso, que faz com que o ouvinte consiga sentir a química como se fosse apenas um grande guitarrista. Nada de uma guitarra solo e uma guitarra base (apesar de que eles se alternam nessas funções). É um trabalho de grupo, e isso já faz por merecer a atenção do ouvinte.

Randy Blithe é encarregado dos vocais mais guturais de hoje. Claro que não dá para comparar com Canibal Corpse, pois a proposta é outra, mas estou falando de uma voz extremamente marcante. A cozinha é formada pelo baixista John Campbell e o batera Chris Adler, que não deixam a peteca cair um só minuto. Sem querer ser repetitivo, o entrosamento dos caras é algo que há muito não se via em uma banda americana. Essas qualidades estavam ficando restritas aos países gelados do norte da Europa. Estavam.

Wrath é o quinto full lenght do Lamb of God e, na minha opinião, o mais cru (no bom sentido) e bem trabalhado (embora pareçam características antagônicas). Sem firulas, vai direto ao ponto. É ame ou odeie. Os trabalhos são rápidos e pesados. As vozes são marcantes e exprimem uma certa angústia que, como música serve para alterar os sentidos, vem em excelente hora. Como disse o jornal Los Angeles Times:

“On its new album, Wrath, the Virginia band roots its best songs in a Motörhead swagger that makes the growly moments stickier and gives the stadium-sized choruses a hint of righteous evil.”

Achei perfeita a definição e o comparativo, porque Wrath abre com uma vinheta instrumental chamada The Passing, preparando o terreno para a pancadaria que vem a seguir. A dobradinha In Your Words e Set to Fail não deixa pedra sobre pedra. É impressionante como o começo de um álbum pode fazer o ouvinte querer ouvir apenas uma música (normalmente um hit) ou seguir em frente e querer ter o prazer de curtir a saga até o final. Wrath se encaixa na segunda categoria.



A minha preferida é Grace, com andamentos que se alternam no decorrer da música, e uma introdução no melhor estilo ...And Justice For All, só que com mais peso. Enfim, como eu disse acima, dá vontade de ouvir o disco todo sem parar para respirar. E fico na vontade de ir a um show desses malucos, caso eles nos deem a honra de baixar na terra brasilis. Deve ser muito bom, pelo que se pode conferir nos vídeos ao vivo.



Ouvidos mais sensíveis talvez não gostem de tanta pancadaria, mas não se pode negar o talento dos caras. Fãs também podem dizer que preferem outros trabalhos do grupo. Mas aqui está um disco de primeira linha, que faz do Lamb of God uma das melhores bandas do cenário metal atual.

Track List

1. "The Passing"
2. "In Your Words"
3. "Set to Fail"
4. "Contractor"
5. "Fake Messiah"
6. "Grace"
7. "Broken Hands"
8. "Dead Seeds"
9. "Everything to Nothing"
10. "Choke Sermon"
11. "Reclamation"

Chris Adler (bateria)
Willie Adler (guitarra)
Randy Blythe (vocais)
Mark Morton (guitarra)
John Campbell (baixo)





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Por Zorreiro

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Damageplan - New Found Power [2004]

O post de hoje é pra quebrar os vidros da casa e fazer o chão tremer, pois, o que temos aqui, é um dos discos mais pesados da década passada, baby.

O Damageplan tinha tudo para ser uma das maiores bandas da atualidade, pois já poderia ser considerada como uma banda veterana, mesmo com apenas 1 ano de duração. Digo isto, pois aqui temos uma reunião de caras extremamente veteranos, que já eram conhecidíssimos do público do Heavy Metal dos anos 90. O vocalista Pat Lachman havia tocado guitarra na banda de Rob Halford, o baixista Bob Zilla nunca tinha tocado em alguma banda de expressão, mas já era um conhecido músico de estúdio, e os lendários irmãos Abbott, Vinnie Paul e Dimebag Darrell, que após o fim do Pantera, precisavam de algum projeto pra tocar pra frente, pois, como já sabemos, os dois respiravam música naquela época.

Daí veio o Damageplan (inicialmente nomeado de New Found Power), e este disco genial que trago-lhes hoje, que vendeu quase 50 mil cópias só na primeira semana de lançamento, impulsionado pelo single de "Save Me", que havia sido lançado algum tempo antes, aparecendo no Top 200 da Billboard e formando uma verdadeira legião de fãs, a maioria órfã do Pantera, mas, que encontraram aqui uma bela continuação para uma história tão vitoriosa.

Ao contrário de Phil Anselmo e Rex Brown, que seguiram no Down, tocando Stoner Rock, Dime e Vinnie decidiram continuar com a mesma fórmula de antes, com um Power-Groove extremamente nervoso e pesado, com tudo o que já conhecíamos deles, os timbres de guitarra do Dime cheios dos efeitos e totalmente visceral, a bateria de Vinnie extremamente técnica e abusando dos pedais duplos, o baixo de Bob Zilla entrando com muita presença, tendo até distorções em algumas músicas, e os vocais de Pat Lachman bem gritados, cheios de drive e extremamente graves, soando quase como guturais. Ainda temos as participações mais que especiais de Zakk Wylde (Black Label Society) e Corey Taylor (Slipknot) (na verdade, também temos a participação de Jerry Cantrell, do Alice in Chains, mas apenas na faixa-bônus, que eu não disponibilizarei), nas faixas "Soul Bleed" e "Fuck You", respectivamente.

Infelizmente, a história viria a terminar no dia 8 de dezembro de 2004, já que um retardado filho da puta chamado Nathan Gale resolveu que iria matar Dimebag e Vinnie Paul durante um show. O imbecil se dizia fã do Pantera e acreditava que os irmãos tinham causado o seu fim, então, daria cabo deles. Infelizmente, o retardado conseguiu atirar em Dime, mas um herói chamado James Niggemeyer conseguiu dar cabo dele, antes que fizesse mais alguma merda.

Voltando ao disco, e ao que ele tem de bom, podemos citar facilmente pancadonas como "Wake Up", "Fuck You", "Pride", "Breathing New Life", "Explode" e "Soul Bleed", embora a audição inteira do álbum seja recomendada, já que ele é bem longo e merece demais a atenção!
Enfim, galerinha feliz, se vocês querem um sonzão pra acabar com toda a sua casa, aqui está um grande disco!

Pat Lachman - Vocals
Dimebag Darrell Abbott - Guitar
Bob Zilla - Bass
Vinnie Paul Abbott - Drums
Zakk Wylde - Vocals on 14 and 2nd lead guitar on 6
Corey Taylor - Vocals on 5

1. Wake Up
2. Breathing New Life
3. New Found Power
4. Pride
5. Fuck You
6. Reborn
7. Explode
8. Save Me
9. Cold Blooded
10. Crawl
11. Blink Of An Eye
12. Blunt Force Trauma
13. Moment Of Truth
14. Soul Bleed


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Bruno Gonzalez


domingo, 29 de agosto de 2010

PanterA - The Great Southern Trendkill [1996]

"THE GREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAT SOUTHEEEEEEEEEEEEEEEEEERN TRENDKILL! FUCK YEAH!" (estoura a caixa de som)

Apenas com essa frase, eu já poderia resumir tudo o que tem aqui, mas, como aqui no blog o hábito é de se escrever resenhas, falarei sobre um dos meus discos favoritos entre todos, de uma das minhas bandas do coração, que me conquista mais a cada dia, desde que eu era bem pirralho, o Pantera!

Acho que todos já estão carecas de saber da importância deles para o Heavy Metal nos anos 90, que era considerado um estilo "morto" pela mídia, e, em meio à onda do Rock alternativo, esses caras foram uns dos únicos que deram a cara à tapa e tocaram música de verdade, em meio à toda aquela boiolagem.

"The Great Southern Trendkill" é tido pela maioria dos fãs como o disco mais pesado e furioso do Pantera, e não é à toa, já que aqui temos boas influências de bandas de Metal extremo, que vieram, em grande parte, pelo vício de Phil Anselmo pelo estilo, já que ele é fã de coisas como Black e Death Metal.

Riffs mais rasgados e solos mais pesados do que nunca, por parte do grande Dimebag, Anselmo berrando no microfone letras de repulsa à mídia, guerra, suicídio, abuso de drogas, dentre outras coisas, mostrando uma grande versatilidade entre vocais sujos e limpos, que é uma de suas marcas registradas. Rex Brown, pra variar, se mostra competentíssimo e Vinnie Paul botando PRA FODER aqui, praticamente espancando a pobre bateria, com batidas que mais parecem metralhadoras descontroladas.

Músicas como "War Nerve", "Drag The Waters", "13 Steps To Nowhere", "Sandblasted Skin", "Suicide Note Pt.II" e a faixa-título merecem todo o destaque no quesito "poder de destruição", enquanto temos pérolas como a lenta "Suicide Note Pt.I", "10's" e a belíssima "Floods", que tem um solo incrível do grande Dimebag Darrell, e é considerado como o 15º melhor solo da história do Rock.

Enfim, galera, se é tapa na orelha, dedada no olho, porrada na fuça, podreira e destruição que vocês querem, aqui está um disco altamente recomendado!

Philip H. Anselmo - Vocals
Dimebag Darrell Abbott - Guitar, backin' vocals
Rex Robert Brown - Bass
Vinnie Paul Abbott - Drums

1. The Great Southern Trendkill
2. War Nerve
3. Drag The Waters
4. 10's
5. 13 Steps To Nowhere
6. Suicide Note Pt.I
7. Suicide Note Pt.II
8. Living Through Me (Hell's Wrath)
9. Floods
10. The Underground In America
11. (Reprise) Sandblasted Skin

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Bruno Gonzalez


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pantera - Vulgar Display Of Power [1992]


Para uns o segundo, para outros o sexto álbum da discografia do Pantera - já que alguns nem sabem que eles lançaram quatro discos fazendo Hard Rock. Independente da posição, "Vulgar Display Of Power" é um clássico incontestável.

Sucedendo o impecável "Cowboys From Hell", essa pancada (retratada perfeitamente pela capa) deu as caras em fevereiro de 1992 e teve o trabalho de quebrar dois paradigmas. O primeiro foi de suceder "Cowboys", com o nível de qualidade anteriormente apresentado e com o mesmo (talvez maior) êxito. O segundo foi de ter-se um álbum de metal genuíno de sucesso após a explosão Grunge, iniciada em 1991. Hoje já é fato que os dois paradigmas foram, no mínimo, estraçalhados.

"Vulgar Display Of Power" é um verdadeiro divisor de águas na trajetória do quarteto, até mais do que o também clássico antecessor. Tido hoje como a bíblia do Groove Metal, subgênero que ganhou forças ao fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, o play definiu a sonoridade que seria feita até o último dia de existência da banda. Num âmbito geral, apresenta composições ainda pesadas, porém cada vez mais puxadas para o Groove do que para o Heavy e Thrash - ou seja, músicas mais cadenciadas e composições com mais ritmo.


A forma de tocar também sofria leves modificações: Dimebag Darrell parecia estar cada vez mais insano e distorcido ao ferir as cordas, sem contar na precisão de seus riffs e solos. Rex Brown, eficientíssimo baixista, dava ritmo e pegada pelo background. Vinnie Paul literalmente espancou seu kit e deu o sangue com excelentes linhas de bateria e bumbo duplo de se tirar o chapéu. Phil Anselmo assumiu vozes mais berradas e sem falsetes, aderindo à postura "machão hardcore" que fluiu muito bem.

Definitivamente os caras confirmaram o que eu disse na anterior postagem dedicada ao grupo: "o sucesso se deu principalmente à incrível originalidade na proposta". E não é a toa que "Vulgar Display Of Power" foi tão bem recebido por crítica e fãs. Pela primeira vez chegaram às paradas gerais americanas e britânicas, respectivamente nas posições de número 44 e 64. Hoje já conservam disco duplo de platina e ouro nos dois países, também respectivamente, além de platina na Austrália.

Destaques, apesar de desnecessários (a bolacha é maravilhosa do começo ao fim) vão para as marcantes pedradas "Mouth For War" e "Fucking Hostile", a cativante "Walk" e as baladas "This Love" e "Hollow", no melhor estilo Pantera. Vale a pena dar uma ouvida, mas não garanto que o pescoço ficará à salvo.

01. Mouth For War
02. A New Level
03. Walk
04. Fucking Hostile
05. This Love
06. Rise
07. No Good (Attack The Radical)
08. Live In A Hole
09. Regular People (Conceit)
10. By Demons Be Driven
11. Hollow

Phil Anselmo - vocal
Dimebag Darrell - guitarra, backing vocals
Rex Brown - baixo, backing vocals
Vinnie Paul - bateria

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by Silver

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pantera - Cowboys From Hell [1990]


Apesar de eu ser um grande fã de Hard Rock, inclusive da safra oitentista (denominada "farofa"), admito que o Pantera não era nem um pouco interessante nos tempos em que seu som estava enquadrado nessa vertente. Pelo menos pra mim, a coisa fica interessante com a entrada de Phil Anselmo em meados de 1987. No antecessor do disco dessa postagem, "Power Metal", já se nota algumas levadas pesadas, apesar das canções serem predominantemente Hard.

Após um empresário da Atco Records ter ficado impressionado com a performance ao vivo do grupo, o quarteto finalmente saía do mundo "independente", pois eles lançavam discos pelo próprio selo com a produção do pai do guitarrista Dimebag Darrell e do baterista Vinnie Paul, Jerry Abbott. Com a oportunidade de deixar tudo o que haviam feito para trás, a investida foi centralizada em vertentes mais pesadas do metal, como o Heavy, o Groove e o Thrash.

Essa salada mista gerou um dos álbuns mais poderosos do metal, sem exageros. "Cowboys From Hell" foi lançado em 24 de julho de 1990 e teve a sua produção à cargo do já renomado Terry Date, que havia trabalhado com grupos como Soundgarden, Dream Theater e Metal Church. Merecidamente, teve sucesso dentro e fora da cena "metálica", ganhando atenção até mesmo da MTV.

O sucesso do Pantera se deve principalmente à incrível originalidade dos caras. Cada integrante é tão único ao ponto de ser reconhecível em seu instrumento mesmo tentando não ser reconhecido. O som ainda mudaria bastante com os sucessores de "Cowboys From Hell", mas considero este o clímax, o ápice.

A salada mista não tinha pontos fracos. As guitarras criativas e repletas de pegada do mestre Dimebag Darrell, os vocais caóticos e ainda influenciados pelo metal clássico de Phil Anselmo (o cara que bota medo em qualquer um), a bateria complexa e bem rítmica de Vinnie Paul, o baixo potente e eficiente de Rex Brown - está tudo sob medida por aqui.


A química presente enquanto o quarteto atira as pedras e a inspiração das composições presentes são simplesmente incríveis. E o resultado não poderia ser diferente: músicas consistentes, refinadas, muitíssimo bem feitas, perfeitas para bater cabeça. Infelizmente o Pantera foi uma das últimas grandes bandas de metal na minha opinião, pois muitas sucessoras não obtiveram o requisito determinante anteriormente citado: a originalidade.

No geral, a recepção foi muito boa: já era o quinto lançamento dos rapazes, mas esse foi o primeiro a fazer sucesso de verdade. Além das críticas positivas que recebe até os dias de hoje, da turnê lucrativa que rendeu e da influência que exerceu sobre as bandas mais modernas de metal, "Cowboys From Hell" vendeu muito bem em tempos onde o Heavy Metal estava em baixa, conquistando disco de platina nos Estados Unidos e ouro no Reino Unido um ano após o lançamento.

Os destaques, apesar de serem difíceis de serem feitos, foram conquistados, ao meu ver, pelas grooveiras "Primal Concrete Sledge" e "Shattered", pela complexa paulada "Psycho Holiday", pelas thrasheiras "Domination" e "Heresy" e pelas clássicas "Cemetery Gates" e faixa-título.

Mas definitivamente "Cowboys From Hell" merece atenção como um todo, pois é, de fato, um dos últimos verdadeiros clássicos do metal. A recomendação é ouvir no talo e mandar os vizinhos pra casa do baralho.

01. Cowboys From Hell
02. Primal Concrete Sledge
03. Psycho Holiday
04. Heresy
05. Cemetery Gates
06. Domination
07. Shattered
08. Clash With Reality
09. Medicine Man
10. Message In Blood
11. The Sleep
12. The Art Of Shredding

Phil Anselmo - vocal
Dimebag Darrell - guitarra, backing vocals
Rex Brown - baixo, backing vocals
Vinnie Paul - bateria

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by Silver