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terça-feira, 26 de outubro de 2010

The Black Crowes – By Your Side [1999]


Após mergulhar em viagens lisérgicas nos excelentes Amorica e Three Snakes and One Charm, os irmãos Robinson decidiram voltar ao básico em seu quinto álbum de estúdio. Com a saída de Marc Ford – que decidiu que o vício em heroína era mais importante que a música –, Rich assumiu a tarefa de gravar todas as guitarras. Ao mesmo tempo, o baixista Sven Pipien fazia sua estréia, substituindo Johnny Colt, que abandonaria a carreira, se tornando instrutor de yoga. Com sangue novo, se trancam no estúdio e registram Band, nome inicialmente programado para o play. Mas a gravadora rejeita o trabalho por considerá-lo ‘confuso’, o que os próprios admitiriam mais tarde.

A salvação apareceu através de contato com um novo produtor, que foi recomendado pelo amigo do grupo, Joe Perry (Aerosmith). Assim, Kevin Shirley surgia para salvar o barco e injetar novo ânimo. A primeira sugestão foi recomeçar o processo de composição do zero, buscando novas idéias e resgatando o ‘espírito juvenil’ nos músicos. Surtiu efeito. By Your Side é uma verdadeira aula de Rock dos bons tempos, mostrando o porquê do The Black Crowes ser um dos grupos mais relevantes e talentosos de sua geração. As influências de Rolling Stones, Faces e Led Zeppelin são elevadas à enésima potência, gerando um clima nostálgico, porém, sem perder a identidade.

As explosivas “Go Faster” e “Kickin’ My Heart Around” abrem o trabalho mostrando que a banda não está para brincadeira. Na seqüência, a memorável faixa-título, daqueles momentos que valem um disco. Melodia perfeita, letra inteligente e uma performance sublime de todos, especialmente Rich, que literalmente solta os bichos nas seis cordas. O saudosismo aparece com força total em “HorseHead”, com sua veia sulista e um refrão pontuado por vocais femininos. A ótima baladinha stoneana “Only a Fool”, segundo single, chega a assustar, graças a Chris, que incorpora a malícia de Mick Jagger. Dá até para imaginar o mestre com seus típicos trejeitos e requebradas interpretando esse som.


“Heavy” é uma música cujo título descreve seu conteúdo. Obviamente, pense em algo pesado tendo como referência o Rock clássico. Instrumentos de sopro, cortesia da Dirty Dozen Brass Band, oferecem uma cara toda especial a “Welcome to the Goodtimes”. O feeling roqueiro retoma o comando em “Go Tell the Congregation”. Logo depois, o momento romântico, com “Diamond Ring”, baladinha intimista com certa atmosfera Soul, daquelas perfeitas para ouvir a dois. Os riffs de guitarra retomam a linha de frente em “Then She Said My Name”, preparando o terreno para o gran finale, proporcionado pela empolgante “Virtue and Vice”, o momento mais experimental do disco, com um arranjo grandioso.

By Your Side alcançou a posição de número 26 na parada da Billboard e foi recebido com empolgação pela crítica especializada. Para a turnê, foi recrutado o guitarrista Audley Freed. Aliás, foi justamente durante essa excursão que a banda se uniu a Jimmy Page para algumas apresentações beneficentes, momento que foi registrado no maravilhoso álbum ao vivo Live at The Greek. Hard setentista, Classic Rock, pitadas Southern e grande influência da música negra norte-americana. Jogue tudo em um caldeirão, misture e ofereça essa fórmula aos rockers mais apaixonados e beberrões de seu tempo. Você terá exatamente o que ouvimos aqui. Para mim, fica a lembrança de um antigo amor que teve esse play como trilha sonora. Bons tempos… Simplesmente obrigatório!

Chris Robinson (vocals)
Rich Robinson (guitars)
Sven Pipien (bass)
Eddie Harsch (keyboards)
Steve Gorman (drums)

01. Go Faster
02. Kickin’ My Heart Around
03. By Your Side
04. HorseHead
05. Only a Fool
06. Heavy
07. Welcome to the Goodtimes
08. Go Tell the Congregation
09. Diamond Ring
10. Then She Said My Name
11. Virtue and Vice

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JAY

quarta-feira, 2 de junho de 2010

The Black Crowes - VH1 Acoustic (2008)



"A forma limita a criatividade, mas facilita a transcrição". Escutei isso em algum canto. Captei. Achei que algum dia serviria pra alguma coisa. E aqui estamos. O passageiro e o motorista divagando juntos e na mesma sintonia. O axioma acima nos mostra que é fácil fazer o que já é. No entanto, quando se trata do Crowes, a coisa complica.

Eles são versáteis. O adjetivo apropriado, a meu ver, é justamente este. Sim, quem acompanha a banda ao longo dos anos sabe que as brigas fraternas entre os Robinson não vãoter fim. Mas eles sabem fazer rock de um jeito quase que inexplicável. As vertentes e influências convergem e transformam o ouvinte numa espécie de cobaia humana. (Deixem os ratos pra lá!)

Este acústico, em ofericimento ao canal VH1, é etéreo. As seis canções que compõem o play denotam uma banda extremamente dentro dos eixos. Os cerca de 32 minutos valem a pena pelo seguinte: a música é o elo. Esta é questão.

Como já citei anteriormente, há problemas sérios internamente. O vocalista, Chris Robinson, e o guitarrista, Rich Robinson, só se "falam" musicalmente. Os demais, ou seja, a suculenta cozinha do Black Crowes, são o inegável Adam MacDougall (teclados), o preciso Steve Gorman (bateria), o escuso, porém notável, Sven Pipien (baixo) e o sempre presente Luther Dickinson (guitarras).

O show começa com a primeira música do "The Southern Harmony And Musical Companion", de 1992. "Sting me" é bem stoneana e já chama a atenção no primeiro riff. Belo compasso de bateria e baixo e, sem dúvidas, o coral de Mona Lisa Young e Charity White é destaque na track.

A segunda preciosidade é do "Warpaint"; cedêzão de inéditas depois de sete anos de inatividade da banda. "Goodbye daughters of revolution" diz adeus aos anos de ostracismo. Logo após vem o single do CD "Lions", de 2001, "Soul singin'". Para acalmar mais ainda, "Locus street". Música matadora. Realmente não há lugar pra se esconder...

Bem como a anterior, "Walk believer walk" é do álbum "Warpaint". Um blues pra ninguém redarguir. E finalmente a melhor música do espetáculo com violões: "Wiser Time", do terceiro play da banda, "Amorica", de 1994. Qualquer adjetivo para essa canção seria indizível. Destaque total para o dueto dos irmãos Robinson. No todo, um registro memorável. Só isso...

01. Sting me
02. Goodbye daughters of revolution
03. Soul singin'
04. Locus street
05. Walk believer walk
06. Wiser Time

Chris Robinson - vocals
Rich Robinson - violão e backing vocals
Luther Dickinson - guitarras
Sven Pipien - baixo
Steve Gorman - bateria
Adam MacDougall - teclados
Mona Lisa Young - backing vocals
Charity White - backing vocals

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Por Breno Airan Meiden

sexta-feira, 9 de abril de 2010

The Black Crowes - Lions [2001]


O sexto disco do The Black Crowes, "Lions", representa mudanças para a banda dos irmãos Robinson. Além de ser o primeiro disco fora da Columbia Records, foi o último da banda até um hiato de 7 anos, quebrado com "Warpaint".

Qualidade musical é sempre esperada quando falamos do The Black Crowes. Como a suruba de gêneros e a viagem musical é comum nos discos dos corvos negros, em "Lions" não poderia ser diferente. Mas aqui a salada foi mais recheada, com diversos estilos presentes. Para não perder o costume, o blues, o rock n' roll, a soul music, a psicodelia e até mesmo o reggae estavam presentes. E o destaque desse álbum é a influência sofrida pela sonoridade do Led Zeppelin, devido à turnê que o grupo realizou com o mestre Jimmy Page, além de pitadas de Hard Rock setentista notáveis como do Aerosmith.

O processo de gravação e produção foi, no mínimo, peculiar: o álbum foi gravado no Yiddish, um teatro nova-iorquino que se tornou palco para a gravação dos Crowes. Já a recepção comercial de "Lions" não foi peculiar, e sim esperada: 50 mil cópias vendidas nos Estados Unidos apenas na primeira semana, vigésimo lugar nas paradas americanas e canadenses, turnê de sucesso com o Oasis e, claro, hits emplacados como Lickin' e Soul Singing. Além dos singles, as Zeppelianas Cosmic Friend e Come On, a crua Midnight From The Inside Out, a clássica instantânea Cypress Tree e a belíssima Miracle To Me são dignas de destaque, mas a recomendação é não se prender à nenhuma canção e simplesmente ouvir essa obra-prima no talo.

01. Midnight From The Inside Out
02. Lickin'
03. Come On
04. No Use Lyin'
05. Losing My Mind
06. Ozone Mama
07. Greasy Grass River
08. Soul Singing
09. Miracle To Me
10. Young Man, Old Man
11. Cosmic Friend
12. Cypress Tree
13. Lay It All On Me

Chris Robinson - vocal, harmonica
Rich Robinson - guitarra, baixo, piano em 13, backing-vocals
Audley Freed - guitarra
Steve Gorman - bateria, percussão
Ed Harsch - teclado
Teese Gohl - arranjo de cordas
Don Was - baixo em 3 and 13
Craig Ross - guitarra em 7
Maxine Waters, Oren Waters, Rose Stone e Julie Waters - backing-vocals em 8

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by Silver

Jimmy Page & The Black Crowes - Live At The Greek [2000]


Em 1999 o Black Crowes já era uma das maiores bandas do rock. Em plenos anos 90, o grupo norte-americano, com um som próximo do southern rock, do hard setentista e com gotas de soul music e psicodelia, se consolidou como uma alternativa vintage aos gêneros que dominavam a época.

Como a banda se destacava, seria muito natural que fizessem turnês com grandes músicos. Mas ninguém esperava alguém tão grande quanto Sir Jimmy Page.

Page é um dos maiores guitarristas da história, além da principal mente criativa do Led Zeppelin, grupo que influenciou quase tudo que veio depois desse. Em 1999 Jimmy estava parado, seu último lançamento havia sido o ótimo Walking into Clarksdale, com Robert Plant, em 1998.

Foi então que Page e o Black Crowes saíram juntos em turnê, gravando, em outubro de 99, no Greek Theatre em Los Angeles, um dos melhores discos ao vivo que eu já pude ouvir.

Lançado um ano depois, o live conta com clássicos do Led Zeppelin executados com perfeição e personalidade. Chris Robinson interpreta ninguém menos que Robert Plant com muita competência, sem comprometer em momento algum. Jimmy Page está em plena forma: um som de guitarra incrível, solos atordoantes e tudo mais. Steve Gorman trabalha as baquetas com a violência que honra John Bonham. Sven Pipien mostra-se um grande baixista, principalmente em The Lemon Song. A música do limão, aliás, é cheia de improvisos, inclusive do ótimo tecladista Eddie Harsch.

Fora as do Led, também estão presentes músicas do Free e do Yardbirds, além daqueles clássicos do blues como Woke Up This Morning, imortalizada pelo BB King. Todas as faixas são nível Led Zeppelin, o que já dá certa idéia da dimensão do play. Mas, se algumas devem ser destacadas, devem ser Ten Years Gone, The Lemon Song, In My Time of Dying e Nobody's Fault But Mine, simplesmente antológicas.

A qualidade é um ponto interessante. O som da platéia é bastante alto, dando uma impressão de bootleg, mas também certa naturalidade. Quando o disco foi lançado, assustou a indústria fonográfica conservadora, por ser distribuído pela internet. Distribuição que faço hoje aqui na Combe [risos]. Não seja retardado o suficiente pra perder essa pérola, baixe!

Disco 1
01. Celebration Day
02. Custard Pie
03. Sick Again
04. What Is and What Should Never Be
05. Woke Up This Morning
06. Shapes of Things To Come
07. Sloppy Drunk
08. Ten Years Gone
09. In My Time of Dying
10. Your Time Is Gonna Come

Disco 2
01. The Lemon Song
02. Nobody's Fault But Mine
03. Heartbraker
04. Hey Hey, What Can I Do?
05. Oh Well
06. Mellow Down Easy
07. Shake Your Money Maker
08. You Shook Me
09. Out on the Tiles
10. Whole Lotta Love

Jimmy Page - guitarra
Chris Robinson - vocais
Rich Robson - guitarra, vocais de apoio
Audley Freed - guitarra
Sven Pipien - baixo
Steve Gorman - bateria
Eddie Harsch - teclados

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Jp