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sábado, 29 de outubro de 2011

Queen - Sheer Heart Attack [1974]


O Queen já é uma das figurinhas mais carimbadas nesse veículo do Iommi. Mas, ainda assim, por aqui não há um representante da primeira fase da trupe outrora liderada por Freddie Mercury. Por esse motivo foi que escolhi "Sheer Heart Attack", seu terceiro LP e, podemos dizer, o fim da sua fase mais orientada pelo Glam do que pelo Hard/Classic (mas temos também elementos do gênero em todos os três primeiros).

Essa característica é mantida em "Sheer Heart Attack", mas os experimentalismos que seriam maximizados no sucessor "A Night At The Opera" já são notáveis, com a inclusão de pianos em várias faixas e uma estrutura musical cada vez mais complexa. Um exemplo disso está na pesada "Brighton Rock", a faixa de abertura, com um Brian May endiabrado e um Freddie Mercury inspirado como sempre foi. A levada é fantasticamente frenética.

"Killer Queen" foi um dos grandes hits do disco e é uma das minhas preferidas, junto a "Tenement Funster", com introdução de balada que se torna um Rock característico do Queen. Os vocais são de Roger Taylor, e a guitarra de May é coisa de outro mundo.



A escolha é difícil, mas "Flick of the Wrist" é a que tem a melhor atuação de Freddie no disco inteiro. Backing vocals muito bem colocados, mudanças de ritmo magníficas, e melodia excelentemente bem composta e produzida. "Lily of the Valley", apesar de curta, merece ser mencionada por ser uma balada acompanhada principalmente pelo piano onde Me
rcury mais uma vez assina o atestado de um dos melhores vocalistas de todos os tempos. "Now I'm Here" é um Rock direto e uma das excepcionais do álbum.

"Stone Cold Crazy" é uma das mais frenéticas composições da carreira da Rainha, que chegou até mesmo a ser coverizada pelo
Metallica em seu "Garage, Inc.". Com toda a certeza a minha preferida deles. E ainda temos mais cinco faixas perfeitas, que mostram todo o poder e competência de uma das melhores bandas da década de 70 e 80.


O álbum foi o primeiro da banda a ficar entre os 10 mais vendidos da Inglaterra. Sua turnê foi muitíssimo bem-recebida, abrindo caminho para que eles atingissem o auge no ano seguinte, data onde foi lançado o clássico "A Night At The Opera". A partir daí, o nome "Queen" estaria marcado na história da música.

Só lhe resta conferir já essa obra-prima, meu caro.


Brian May - guitarras, violões, vocal principal em 12, backing vocals, piano em 6
John Deacon - baixo, backing vocals
Freddie Mercury - vocal, piano
Roger Taylor - bateria, percussão, backing vocals, vocal principal em 3

01. Brighton Rock
02. Killer Queen
03. Tenement Funster
04. Flick of the Wrist
05. Lily of the Valley
06. Now I'm Here
07. In the Lap of the Gods
08. Stone Cold Crazy
09. Dear Friends
10. Misfire
11. Bring Back That Leroy Brown
12. She Makes Me
13. In the Lap of the Gods... Revisited

Por Gabriel

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sábado, 20 de agosto de 2011

Queen - Greatest Hits II [1991]


O Queen foi e continua sendo uma das maiores e melhores bandas do mundo. E não são poucos os motivos que permitem chegar a essa conclusão. Além dos números, que não mentem e enquadram o grupo entre os que mais venderam álbuns no mundo todo, trata-se de um dos poucos que criaram um estilo único e inimitável, agradam até quem não gosta de Rock e mantiveram uma linearidade qualitativa em grande parte de seus registros.

Apenas três coletâneas não são suficientes para resumir a carreira de sucessos do Queen. Nem mesmo todos os álbuns de estúdio resumem, porque é obrigatório que se confira alguma gravação com algum show da banda, principalmente para entender que nenhum integrante poderia ser substituído ali. Mas a série "Greatest Hits", que teve a primeira edição lançada em 1980, a segunda em 1991 e a terceira em 1999, cumpre bem o papel de agrupar os grandes clássicos do conjunto. Muita coisa boa ficou de fora, todavia apresenta bem a magnitude o quarteto.



"Greatest Hits II" reúne a maioria dos hits lançados de 1981 até 1991, ano este em que o vocalista Freddie Mercury faleceu graças às complicações geradas pelo vírus HIV. Nesta década, o grupo começou a apostar em composições de cunho mais acessível e cedeu, como grande parte das atrações oitentistas, ao uso dos sintetizadores em suas músicas. Entretanto, é incrível como o nível de qualidade não decresce em nenhum momento durante o play, até quando comparado à compilação anterior.

Como dito anteriormente, nenhum integrante poderia ser substituído no grupo. Cada um exerce sua função de forma tão forte e única que, caso algum deles anunciasse que deixaria a banda, a mesma seria forçada a acabar. Vale lembrar, também, que todos contribuem com composições próprias, não deixando a carga criativa apenas para um ou outro.

Se nem os álbuns de estúdio do Queen contam com fillers, é ainda mais improvável que haja alguma encheção de linguiça num "best of". Por isso, os destaques particulares ficam pra próxima. Só garanto que qualquer uma das coletâneas são recomendadas para qualquer sujeito, independente de preferências musicais.



01. A Kind Of Magic
02. Under Pressure
03. Radio Ga Ga
04. I Want It All
05. I Want To Break Free
06. Innuendo
07. It's A Hard Life
08. Breakthru
09. Who Wants To Live Forever
10. Headlong
11. The Miracle
12. I'm Going Slightly Mad
13. The Invisible Man
14. Hammer to Fall
15. Friends Will Be Friends
16. The Show Must Go On
17. One Vision

Freddie Mercury - vocal, piano, teclados, sintetizadores
Brian May - guitarra, violão, co-vocal, backing vocals
John Deacon - baixo, sintetizadores, backing vocals
Roger Taylor - bateria, percussão, teclados, backing vocals

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by Silver


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Queen - A Day At The Races [1976]


O mundo já havia sido conquistado pelo Queen com o bombástico "A Night At The Opera". Todos estavam rendidos ao talento vocal do iniguilável Freddie Mercury e a toda a técnica da banda, que era realmente acima da média, com músicos talentosos e que sabiam abusar muito bem das camadas vocais que o grupo sabia criar. Algo que com o tempo acabou por influênciar milhares bandas surgidas após o Queen e que os faz serem reverenciados até os nossos dias.

Após este grande petardo, no ano seguinte a banda solta o que seria o "disco gêmeo" de seu antecessor, e que também pega o nome emprestado de outro filme dos irmãos Marx, "A Day At The Races". Se até aqui o Queen se esforça em ser uma banda que imprimia um estilo forte e vigoroso como mostrado em seus primeiros discos, a partir deste momento notamos uma mudança no som do grupo, que se torna um pouco mais suave e com menos influências progressivas.


Ainda que a capa nos leve imediatamente nos faça lembrar do antecessor, temos um registro que difere e muito do mesmo. Podemos dizer que esse é a transição perfeita entre a primeira fase do grupo, mais progressiva e vigorosa com a fase mais pop que seria iniciada com o maravilhoso "News Of The World", e chegaria no seu topo com "The Works". Mas se tratando de Queen, sabemos muito bem que não tem como esperar algo não menos que essencial.

"Tie Your Mother Down" abre o disco com um hardão que poderia ser muito bem uma continuação para a fascinante "Death On Two Legs", onde Brian May nos entrega riffs maravilhosos e bem construídos, e com uma letra muito boa e que nos lembra que o rock é feito para nos divertirmos. Como contraponto temos a dramática balada "You Take My Breath Away", em que Mercury nos traz uma de suas grandes interpretações únicas, carregadas de emoção. A alegre e bonita "Long Away" com os vocais de May é outra canção suave mas de ótimo bom gosto. Este clima alegre continua em canções como "You And I" e na fanfarrona "Good Old Fashioned Lover Boy".




Mas o ponto alto desse disco se dá na sentimental "Somebody To Love" e que também é um dos grandes clássicos da carreira do grupo. O que Mercury faz nesta canção é algo sobrenatural de tão bonito, em uma interpretação quase que desesperadora, em que pede a Deus (literalmente) ajuda para encontrar o amor de sua vida, e mostra o desespero que a solidão pode causar em uma pessoa, e que vou confessar é uma de minhas músicas de fossa prediletas. "Drowse" com os vocais de Roger Taylor é uma das mais experimentais desse disco e ainda assim deliciosamente pop e boba. "Teo Torriatte (Let Us Cling Together)" fecha o disco com mais uma balada cheia de emoção, algo que eles sabiam fazer muito bem.

Se o objetivo era de desvencilhar de seu art-rock característico, a banda foi bem sucedida nisso, pois temos um disco suave e sem pretensão alguma, a não ser de realmente prender sua atenção do início ao fim e que acaba por envolver mesmo que sem aquela carga emocional que estamos acostumados durante toda a carreira do grupo. Não é um clássico como os já citados acima, mas ainda assim não deixa de ser recomendado.



1.Tie Your Mother Down
2.You Take My Breath Away
3.Long Away
4.The Millionaire Waltz
5.You and I
6.Somebody To Love
7.White Man
8.Good Old-Fashioned Lover Boy
9.Drowse
10.Teo Torriatte (Let Us Cling Together)


Freddie Mercury: Vocais, Piano, Backing Vocals
Brian May: Guitarras, Violões, Vocais, Backing Vocals, Piano
John Deacon - Baixo, Violões
Roger Taylor - Bateria, Percussão, Vocais, Backing Vocals, Guitarras

By Weschap Coverdale

domingo, 12 de setembro de 2010

Queen - Jazz [1978]

Bem, creio que qualquer indivíduo que não seja um alienígena aqui no nosso planeta, conhece, ou pelo menos já ouviu falar do Queen, uma das maiores bandas de todos os tempos, que vendeu mais de 500 milhões de cópias de seus discos em toda a sua existência e uma das bandas que ajudou a revolucionar o show de Rock em si, colocando vários efeitos pirotécnicos, solos enormes de bateria e de guitarra, além de toda a presença de palco de seu vocalista, o lendário Freddie Mercury, que, na minha opinião, foi um dos melhores frontmen da história.

Nos anos 70, eles eram uma das bandas que dominavam o mundo com seu Rockão poderoso, com toda a guitarra forte de Brian May, o baixo extremamente criativo e cheio de presença de John Deacon, a bateria muitíssimo bem tocada de Roger Taylor e os inconfundíveis vocais de Freddie, além de grandes composições que se tornaram hinos de praticamente todas as gerações que vieram depois deles, como, até então, músicas como "Bohemian Rhapsody", "Somebody To Love", "We Will Rock You", "We Are The Champions", "Love Of My Life", dentre outras, até chegar ao lançamento de hoje, que foi considerado pela mídia como o lançamento mais fraco dos caras nos anos 70, mas, como todos nós conhecemos bem críticos musicais, sabemos que isso não foi verdade.

"Jazz" foi lançado em 1978 e já foi criticado pelo título, já que o álbum não contém absolutamente NADA de Jazz. O clipe da música "Bicycle Race" também foi alvo de críticas, já que ele mostrava várias mulheres nuas andando de bicicleta em volta do estádio de Wembley, o que chocou a imprensa e a crítica.

Embora tudo isso tenha acontecido, devo ressaltar que a qualidade musical que temos aqui, é da mais alta, pra variar, pois o Queen em raras vezes decepcionou. Claro que o que temos aqui é o Hard Rock que consagrou a banda nos anos 70, tocado com raça e pegada, totalmente visceral, como toda boa banda de Rock tem que ser. As baladas também marcam presença por aqui, conduzidas pelo piano de Freddie, e, também pra variar, tocadas com um extremo feeling, assim como todas as outras dos outros discos.

Mesmo com tanta controvérsia, o álbum estreou na 6ª posição do Top 200 da Billboard nos Estados Unidos, e os singles "Fat Bottomed Girls" e "Bicycle Race" fizeram grande sucesso, se tornando dois dos maiores clássicos do grupo, principalmente na década de seu lançamento.

Músicas como "If You Can't Beat Them", "Dead On Time", "Let Me Entertain You", "Mustapha", a blueseira "Dreamer's Ball" e as já citadas "Fat Bottomed Girls" (uma homenagem à todas as garotas com bundas enormes) e "Bicycle Race" mostram bem todo o poder de fogo dos caras, que mostravam que, mais uma vez, não estavam lá de brincadeira. Baladas como "Jealousy", "In Only Seven Days" e a ótima "Don't Stop Me Now" mostram todo o habitual feeling, além de terem belíssimas letras, se tornando próprias para se ouvir com a namorada pra criar aquele clímax.

Enfim, galerinha, se tem algum alien aqui que não conhece essa banda maravilhosa, acho que está mais do que na hora de baixar, conhecer, se apaixonar e se viciar!

Freddie Mercury - Vocals, piano
Brian May - Guitar, backin' vocals
John Deacon - Bass, acoustic guitar
Roger Taylor - Drums, percussion, backin' vocals

1. Mustapha
2. Fat Bottomed Girls
3. Jealousy
4. Bicycle Race
5. If You Can't Beat Them
6. Let Me Entertain You
7. Dead On Time
8. In Only Seven Days
9. Dreamer's Ball
10. Fun It
11. Leaving Home Ain't Easy
12. Don't Stop Me Now
13. More Of That Jazz

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Bruno Gonzalez

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Queen - News of the World [1977]


O Queen já era uma banda reconhecida em 1976, tendo lançado clássicos que marcaram a história do rock e já os colocavam no panteão dos grandes nomes do rock mundial naquela altura. Após discos trabalhados e que apostavam alto na complexidade musical, eis que no ano seguinte, eles entram em estúdio para a produção de um disco que foi feito sob medida para alcançar ainda mais as massas. Em julho de 1977 a banda entra em estúdio sob a produção de Mike Stone e em 28 de outubro do mesmo ano lançam o ainda mais clássico "News of the World".

Inicialmente a crítica caiu matando em cima da banda, devido a grande mudança que ocorreu no som deles, deixando de ser progressiva como anteriormente e mostrando uma faceta muito mais pop, mas isso foi mudando drasticamente com os lançamentos dos singles e a ótima recepção do disco ao redor do mundo, chegando ao primeiro lugar em nove países (inclusive no Brasil). Em vez de ser um demérito, esta mudança mostrou uma nova faceta da banda e que era tão boa quanto em sua fase inicial, com música feitas sob medida para serem executadas perante uma multidão, com melodias marcantes e de excelente bom gosto.

E logo de cara somos bombardeados com dois dos maiores clássicos da história do rock. Só para começar temos uma das maiores (senão a maior) rock anthems da história, a simplória e contagiante "We Will Rock You" e que com certeza é conhecida até por aquele seu vizinho rabugento que gosta de Amado Batista. Só com seu início já é perceptível o poder que esta canção tem, se tornando pegajosa e marcante logo na primeira audição. Após esse estrondo, "We Are the Champions" só vem para atestar a excelente fase criativa da banda, e se trata de outro grande sucesso, e que Mercury escreveu pensando em futebol e que se tornou o hino dos vitoriosos.

"Sheer Heart Attack" é uma baita paulada, soando quase como um punk rock, agressiva, rápida e matadora, com uma atuação sublime de toda a banda. Após esse momento desenfreado, "All Dead, All Dead" serve para acalmar os ânimos com seus pianos e vocal quase que sussurando de Mercury, abrindo também caminho para uma das mais belas canções da carreira do Queen, a balada "Spread Your Wings", que consegue amolecer qualquer coração de pedra e com uma letra extremamente otimista, quase que uma auto ajuda e com um Mercury cantando como nunca, aliada a uma melodia marcante, assim como muitas outras desse disco.

"Fight From the Inside" cadencia tudo e dá mais atenção ao baixo e a bateria que a guitarra, algo incomum se tratando de Queen e que continua na sensual "Get Down, Make Love", com seus curiosos efeitos executados clássica Red Special de May. A bluesy "Sleeping on the Sidewalk" cantada por May é mais uma excelente canção, ideal para quem é chegado em um blues rock bem feito, sendo que o fato de a mesma ter sido gravada em um take e sem a consciência da banda que eles estavam apenas gravando e sim apenas praticando é ainda mais surpreendentemente, mesmo com algumas leves escorregadas de Deacon e deixando claro que eles eram músicos excepcionais.

"Who Needs You" é agradável e tranquila e uma letra muito legal de superação de um relacionamento mal sucedido em uma guitarra espanhola ainda mais agradável, ressaltando a versatilidade da banda. Temos mais uma linda balada, "It's Late" mostra a capacidade da banda de fazerem músicas marcantes, principalmente no belo refrão, em que temos três atos diferentes, retratando a complexidade das pessoas ao lidarem com seus próprios sentimentos durante um relacionamento, desde a incerteza de um amor não correspondido, passando pela tentativa de salvar um amor fracassado e finalizando com a libertação de algo que não vale a pena lutar, em uma letra genial. Finalizando este excelente disco, temos "My Melancholy Blues", com Mercury em uma bela interpretação vocal e fechando esse disco com chave de ouro.

Um grande disco que confirma que mudanças podem ser muitos boas para uma banda que realmente tenha qualidade, o que era algo que não faltava ao Queen. Essencial em sua coleção!

1.We Will Rock You
2.We Are the Champions
3.Sheer Heart Attack
4.All Dead, All Dead
5.Spread Your Wings
6.Fight from the Inside
7.Get Down, Make Love
8.Sleeping on the Sidewalk
9.Who Needs You
10.It's Late
11.My Melancholy Blues

Freddie Mercury: Vocais, Piano, Backing Vocals, Percussão
Brian May: Guitarras, Violões, Vocais, Backing Vocals, Percussão, Piano em "All Dead, All Dead"
Roger Taylor: Bateria, Guitarras, baixo, Vocais, Backing Vocals
John Deacon: Baixo, Violões

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By Weschap Coverdale

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Queen - The Works [1984]


Após o desapontante "Hot Space" dar as caras em 1982 e definitivamente só ter a arrasa-quarteirões "Under Pressure" de aproveitável, o Queen caiu novamente em estúdio em agosto de 1983, após quase um ano sem shows, para gravar um novo disco. Como já viram que transformar o som deles em música de discoteca não dava certo, esperava-se mais dignidade aqui - e de fato não houveram decepções.

Lançado em fevereiro de 1984, "The Works" foi o primeiro play com distribuição da EMI por todo o mundo, já que a Elektra se responsabilizava, até 1982, pelos Estados Unidos, Japão, Canadá e Austrália. Em suma, o disco representou uma volta parcial do Queen ao Rock n' Roll mais direto que fazia no início de sua carreira. Atenção: a palavra utilizada foi "parcial". Ainda tem-se os sintetizadores e influência da Disco Music, mas bem diferente de seu antecessor, que se apoderou de elementos dançantes e funkeados. As guitarras ganharam espaço novamente em algumas faixas e o quarteto se demonstrou mais inspirado do que de costume, esbanjando genialidade e criatividade, além de estarem em ótima forma nos seus respectivos postos.

"Radio Ga Ga", composição do baterista Roger Taylor, abre o álbum com classe. A batida envolvente e o refrão contagiante garantiram o 2° lugar nas paradas inglesas e o 16° nas norte-americanas, além de grande repercussão na MTV (ironicamente, a letra critica o fato das rádios terem sido substituídas pela emissora a partir dos anos 1980). Em seguida tem-se a pauleira "Tear It Up", obra genuína do guitarrista Brian May, e a melódica balada "It's A Hard Life", que também virou single e conta com a assinatura padrão de Freddie Mercury, principalmente pela presença de ótimos pianos.

A meio-rockabilly "Man On The Prowl" chega e arremata o ouvinte com melodia cativante e uma pegada bem a-la Elvis Presley, mas tem-se logo após um dos momentos mais fracos na minha opinião: "Machines" é bem pasteurizada e robótica, com forte presença de sintetizadores mas de uma forma não muito atrativa ao meu ver. A irreverente e carismática composição do baixista John Deacon, "I Want To Break Free" vem a seguir e conquista até o mais machão - quem não conhece seu controverso vídeo-clipe, onde todos estão em trajes femininos? De longe uma das mais legais e famosas canções dos caras.


"Keep Passing The Open Windows" dá sequência à bolacha com a elegância e a finesse de uma composição dos tempos do "A Night At The Opera", parecendo ser uma demo perdida daquela época. E para fechar com chave de ouro, os pratos são a imponente "Hammer To Fall", com seu ótimo riff de guitarra e belíssima performance de Freddie, e a emocionante balada "Is This The World We Created...?", uma baita reflexão composta/imposta pela genial dupla May e Mercury.

"The Works" obteve um modesto 23° lugar nas paradas norte-americanas, mas garantiu uma segunda posição no Reino Unido, conquistando disco triplo de platina e teve boa repercussão até mesmo no Brasil, passando dos 100 mil exemplares vendidos principalmente por conta do histórico concerto no Rock In Rio, já que estavam em turnê para o play em questão.

Além disso, o trabalho emplacou quatro singles, sendo "Radio Ga Ga" o carro-chefe e se tornando o único da carreira do grupo em que todas as canções foram utilizadas nos singles como lado A ou B, inclusive "I Go Crazy" que não chegou ao produto final. Nos dias de hoje e num âmbito mundial, já se estima que o álbum vendeu 5 milhões de cópias.

Apesar de não ser muito longo (37 minutos de duração), "The Works" é impecável e marcante. Vale a pena dar uma ouvida e se apaixonar.

01. Radio Ga Ga
02. Tear It Up
03. It's A Hard Life
04. Man On The Prowl
05. Machines (Back To Humans)
06. I Want To Break Free
07. Keep Passing The Open Windows
08. Hammer To Fall
09. Is This The World We Created...?

Freddie Mercury - vocal, piano, teclados, guitarra adicional, backing vocals
Brian May - guitarra, violão, backing vocals
John Deacon - baixo, violão, guitarra adicional, teclados
Roger Taylor - bateria, teclados, bateria eletrônica, backing vocals

Músicos adicionais:
Fred Mandel - piano em 4, teclados, sintetizadores

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by Silver

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Queen - A Night At The Opera [1975]


Uma banda promissora e com músicos de talento. Após o lançamento de "Sheer Heart Attack" em 1974, que havia lançado músicas como "Now I'm Here", "Killer Queen" e "Stone Cold Crazy", o Queen começa a ter reconhecimento mundial. Querendo mostrar do que eram realmente capazes, no final do ano seguinte, eis que o mundo é bombardeado com a obra que teria a música que viria a se tornar à marca registrada do Queen.

"A Night At The Opera" nos apresenta uma banda entrosadíssima, afiada e com uma grandeza acima de qualquer expectativa, sem medo de errar, e com músicos em atuações inspiradíssimas. Podemos detectar isso já em seu início com a bombástica e intimidadora "Death on Two Legs (Dedicated to...)", música feita em "homenagem" ao antigo empresário da banda, que foi demitido por "má administração das contas da banda", se é que vocês me entendem. O mais legal de tudo, é que Freedie Mercury não poderia ser mais direto na letra: "Você é um rato de esgoto, Apodrecendo em uma fossa de orgulho, Você deveria ser despedido, Então se fazer de nulo e destituído, Me faz sentir bem, me sinto tão bem". Fora a letra direta, a interpretação quase que teatral na voz de Mercury e o brilhantismo de Brian May, faz qualquer um despreparado se arrepiar prontamente.

Após o show da primeira faixa, passamos para a curta e divertidíssima "Lazing on a Sunday Afternoon", que parece saída de qualquer musical dos anos 50 com sua letra engraçada e a voz modificada de Mercury que em apenas um minuto, consegue alegrar o dia de qualquer rabugento. "I'm in love with my car", agora com os vocais e letra de Roger Taylor, é uma música com som denso, cheia de overdrive nas guitarras, mas com uma letra também divertidíssima, que fala da paixão alucinada de um jovem com seu carro, mas que se aplica muitas vezes com a relação de alguns homens com seus carros.

Após vem a bela balada com apelo pop "You're My Best Friend", com sua bela letra escrita por John Deacon, e que pode ser descrito com uma celebração ao amor na vida de um homem. Linda letra. " '39", com May fazendo os vocais, se trata de uma música simplória, mas não menos bela do que as citadas anteriormente. O riff inicial de "Sweet Lady" mostra o porque de May ser descrito como um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Finalizando o lado A, temos "Seaside Rendezvous" de autoria de Freedie Mercury, que parece ser saída do mesmo musical de "Lazing on a Sunday Afternoon".



Iniciando o Lado B, temos a apocalíptica "The Prophet's Song" escrita por May, que conforme já dito por ele em outras ocasiões foi escrita após um sonho do mesmo, é a música mais experimental do álbum, com a banda a vontade e vocalizações em grande parte da mesma. "Love Of My Life", outra balada desse disco e que se tornou um dos grandes sucessos do mesmo, creio que não precise de maiores comentários, com mais uma aula de interpretação de Mercury, mostrando o dom da banda para belas baladas, que se repetiria mais a frente (vide como exemplo Spread Your Wings, Too Much Love Will Kill You, entre outras). Good Company, outra música experimental, dessa vez com Brian May nos vocais tocando Ukulele, em música divertidíssima.

Agora vem o clássico dos clássicos. A música que era desacreditada devido a seu tamanho e seu experimentalismo. Começando com vocalizações perfeitas da banda, em que encontramos um personagem perdido em seus pensamentos após matar um homem, temos a épica e maravilhosa "Bohemian Rhapsody". Apesar dos comentários contrários ao lançamento da música, podemos dizer calmamente que esta é um dos maiores clássicos da história do rock. Não só um clássico, como uma obra prima em todos os sentidos da palavra. Show de todos integrantes da banda, esta ópera rock se inicia com vocais calmos, se tornando uma power ballad, passando por uma mini ópera, voltando com um peso vigoroso antes de seu final apoteótico e triste, esta é a música que ficou eternizada na história e colocou o Queen entre os grandes. Não tenho mais palavras para descrição da mesma, sendo que recomendo uma audição detalhada para apreciar cada detalhe.

Finalizando temos a versão para "God Save The Queen" e que termina grandiosamente este que é a maior representação de como ser fazer rock com arte! OBRA PRIMA NO SENTIDO ABSOLUTO DA PALAVRA.



01.Death on Two Legs (Dedicated to…)
02.Lazing on a Sunday Afternoon
03.I'm in Love with My Car
04.You're My Best Friend
05.'39
06.Sweet Lady
07.Seaside Rendezvous
08.The Prophet's Song
09.Love of My Life
10.Good Company
11.Bohemian Rhapsody
12.God Save the Queen


Freddie Mercury - Vocais, Piano
Brian May - Guitarras
John Deacon - Baixo
Roger Taylor - Bateria



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domingo, 18 de abril de 2010

Queen - Rock In Rio [1985]


A primeira edição do Rock In Rio se deu entre os dias 11 e 20 de janeiro de 1985. Há de se convir que foi o primeiro evento realmente grande com várias bandas de Rock, já que o Brasil não costumava receber muitas bandas do gênero nem mesmo para shows únicos. Bandas e artistas como Iron Maiden, AC/DC, Whitesnake, Ozzy Osbourne, Scorpions e Yes, além de várias apresentações de brasileiros como Os Paralamas Do Sucesso, Barão Vermelho, Rita Lee e Kid Abelha marcaram presença no evento. Mas dá pra acreditar que apenas uma banda conseguiu se sobressair disso tudo?

O Queen se apresentou nos dias 11 e 18 de janeiro e os concertos aqui realizados permanecem até hoje, para muitos, como "o melhor de todos os Rock In Rio em terras tupiniquins" (já que foram apenas três edições no Brasil). Em suporte ao álbum "The Works", a trupe de Freddie Mercury realizou duas exibições memoráveis. Essa postagem disponibiliza e retrata um pouco sobre a primeira (11) que, segundo constatações, foi o dia em que se reuniu maior público pagante, estimando-se 300 mil pessoas na "cidade do Rock".

Para tal show da "rainha", a abertura ficou por conta de Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Whitesnake (!!!) e Iron Maiden (!!!!). A estrutura, que já havia sido preparada de forma colossal pelo honorável Roberto Medina, se tornou ainda mais pelas exigências do Queen em relação à iluminação, que utilizou a própria aparelhagem da banda.

E não é que todo esse esforço foi recompensado? Como disse anteriormente, o Queen se sobressaiu não só em relação ao evento mas também em sua carreira, considerando que até mesmo os integrantes do grupo declararam que esse show foi o melhor de suas carreiras.

O repertório coletava clássicos de todas as épocas da banda, com os destaques óbvios para a indiscutível "Bohemian Rhapsody", a clássica dobradinha "We Will Rock You"/"We Are The Champions", a infame "I Want To Break Free" (momento em que Freddie entra de bobs e seios postiços e, infelizmente, é mal-recebido pela platéia, com vaias e pedras) e, claro, "Love Of My Life" - de longe, o momento mais especial da noite.

Sobre os integrantes? Afiadíssimos em seus instrumentos, como sempre, portanto sem delongas. E sobre o público? Receptivo da forma que todos os leitores já conhecem, tirando pelo triste incidente em "I Want To Break Free".

Não creio que eu tenha me expressado bem na postagem. Acho que um registro como esse não pode ser descrito perfeitamente com palavras.

01. Tie Your Mother Down
02. Seven Seas Of Rhye
03. Keep Yourself Alive
04. Liar
05. It's A Hard Life
06. Now I'm Here
07. Is This The World We Created?
08. Love Of My Life
09. Guitar Solo + Brighton Rock
10. Hammer To Fall
11. Bohemian Rhapsody
12. Radio Ga Ga
13. I Want To Break Free
14. We Will Rock You
15. We Are The Champions
16. God Save The Queen

Freddie Mercury - vocal, piano
Brian May - guitarra, backing vocals
John Deacon - baixo
Roger Taylor - bateria, percussão, backing vocals

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by Silver

sábado, 10 de abril de 2010

Queen - Freddie Mercury Tribute Concert [1992]


Em 24 de novembro de 1991, o mundo perdeu um dos maiores gênios da música. Farrokh Bulsara, mais conhecido como Freddie Mercury, conquistou fãs desde sua primeira apresentação com o animalesco Queen até este fatídico domingo - mesmo dia em que Eric Carr, baterista do Kiss, deixaria o nosso plano.

Alguns meses depois, em 20 de abril de 1992, um concerto foi realizado no estádio inglês de Wembley para prestar tributo a esse grande frontman, com a participação de fãs e amigos que já eram famosos na época, tocando junto aos integrantes remanescentes do Queen, desde os emergentes Gary Cherone, Axl Rose e Slash até verdadeiros dinossauros da música como Tony Iommi, George Michael, Robert Plant e Roger Daltrey.

A intenção do show era arrecadar fundos para iniciar uma associação para tratar de pessoas que sofriam da mesma doença que matou Freddie e acabou sendo um sucesso - conseguiram facilmente a lotação máxima do estádio e, no mundo todo, mais de um bilhão de pessoas assistiram a apresentação, não só no estádio mas pela televisão, já que o mesmo foi exibido ao vivo pela MTV. A associação, só com os fundos do show, arrecadou mais de 20 milhões de euros. Ruim que não foi, né?

Só pela lista de artistas, não precisaria fazer nenhuma menção, mas destaco as minhas versões prediletas: "Somebody To Love" com George Michael, "Bohemian Rhapsody" com Elton John e Axl Rose, "Stone Cold Crazy" com James Hetfield e Tony Iommi e "I Want It All" com Roger Daltrey e Tony Iommi. Por fim, minha recomendação: alugar numa locadora ou até mesmo comprar o vídeo desse show, pois a garantia de que você irá se emocionar, caro leitor, é fatalmente certa.

CD 1:
01. Tie Your Mother Down (Joe Elliott e Slash)
02. I Want It All (Roger Daltrey e Tony Iommi)
03. Las Palabras De Amor (Zucchero)
04. Hammer To Fall (Gary Cherone e Tony Iommi)
05. Stone Cold Crazy (James Hetfield e Tony Iommi)
06. Innuendo/Kashmir (Robert Plant)
07. Crazy Little Thing Called Love (Robert Plant)
08. Too Much Love Will Kill You (Brian May e Spike Edney)
09. Radio Ga Ga (Paul Young)
10. Who Wants To Live Forever (Seal)

CD 2:
01. I Want to Break Free (Lisa Stansfield)
02. Under Pressure (David Bowie e Annie Lennox)
03. All The Young Dudes (Ian Hunter, David Bowie, Mick Ronson, Joe Elliot e Phil Collen)
04. Heroes (David Bowie e Mick Ronson)
05. '39 (George Michael)
06. These Are The Days Of Our Lives (George Michael e Lisa Stansfield)
07. Somebody To Love (George Michael)
08. Bohemian Rhapsody (Elton John e Axl Rose)
09.
The Show Must Go On (Elton John e Tony Iommi)
10.
We Will Rock You (Axl Rose)
11. We Are The Champions (Liza Minnelli e todos já citados)

Brian May - vocal, guitarra, violão, backing vocals
John Deacon - baixo
Roger Taylor - bateria, percussão, backing vocals
Spike Edney - teclado, piano, backing vocals
Mike Moran - piano em "Who Wants to Live Forever" e "Somebody to Love"
Josh Macrae - percussão
Chris Thompson - backing vocals, violão em "I Want It All", "Crazy Little Thing Called Love" and "Heroes", percussão
Maggie Ryder - backing vocals
Miriam Stockley - backing vocals
The London Community Gospel Choir - backing vocals em "Somebody to Love" e "We Are the Champions"
John Jones - órgão e backing vocals em "We Are The Champions"

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by Silver

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Queen - Rock Montreal [2007]


Que o Queen é uma das maiores bandas da história do rock, todos os visitantes do blog estão carecas de saber. Da mesma forma, todos também sabem que a rainha se destacava pelas suas apresentações ao vivo, que costumam ser fantásticas, repletas de energia, presença e efeitos especiais. Dessa forma, minha postagem de hoje retrata uma das melhores fases dessas meteóricas performances da banda.

Gravado em Montreal, Canadá no Montreal Forum nos dias 24 e 25 de novembro de 1981 (exatamente 10 anos antes do falecimento de Freddie Mercury), "Rock Montreal" foi lançado primeiramente em vídeo e só depois em CD (duplo). A gravação traz um concerto da turnê do disco "Flash", onde todos os integrantes estavam em perfeita forma e com uma popularidade absurda por todo o mundo, lotando facilmente o Montreal Forum. Mercury e sua trupe dispensam apresentações, como sempre.

O repertório comporta vários clássicos desde o começo da carreira como Killer Queen, Sheer Heart Attack, Tie Your Mother Down e Now I'm Here, bem como músicas atuais no momento como Another One Bites The Dust, Save Me e Dragon Attack, além dos imponentes clássicos Bohemian Rhapsody, We Will Rock You, Somebody To Love, We Are The Champions e Love Of My Life. Porém, inegavelmente, todo o repertório é clássico. Portanto, confiram sem medo!

01. We Will Rock You (Fast)
02. Let Me Entertain You
03. Play the Game
04. Somebody to Love
05. Killer Queen
06. I'm In Love With My Car
07. Get Down, Make Love
08. Save Me
09. Now I'm Here
10. Dragon Attack
11. Love Of My Life
12. Under Pressure
13. Keep Yourself Alive
14. Drum and Tympani Solo
15. Guitar Solo
16. Crazy Little Thing Called Love
17. Jailhouse Rock
18. Bohemian Rhapsody
19. Tie Your Mother Down
20. Another One Bites the Dust
21. Sheer Heart Attack
22. We Will Rock You
23. We Are the Champions
24. God Save the Queen

Freddie Mercury - vocal, piano, violão em 16
Brian May - guitarra, piano em 8, backing-vocals
John Deacon - baixo
Roger Taylor - bateria, percussão, vocal em 6, backing-vocals

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by Silver

Queen + Paul Rodgers - VH1 Rock Honors [2006]


Muitas críticas, principalmente feitas pelos saudosistas extremos e excessivamente orgulhosos quando o assunto é o eterno Freddie Mercury, acumulam-se sobre um dos projetos mais bem pensados dos últimos tempos: uma nova fase do Queen, com um dos maiores vocalistas do mundo do rock n' roll, o conceituadíssimo Paul Rodgers. Vários fanáticos não levam em consideração que Freddie Mercury foi um fã declarado de Free e Bad Company, grupos que consagraram a potente voz de Rodgers.

A performance que trago nessa postagem foi realizada no dia 25 de maio de 2006 em Las Vegas, durante a exibição do programa "VH1: Rock Honors". Bandas como Kiss, Judas Priest e Def Leppard foram homenagadas na mesma edição em que o Queen. O show contou com a participação do Foo Fighters em Tie Your Mother Down, We Will Rock You e We Are The Champions, além do Def Leppard (já homenageado na mesma noite), mandando ver em 20th Century Boy (T. Rex) junto de Brian May.

Indubitavelmente, a eficácia de Paul Rodgers é comprovada - a voz desse cara é simplesmente soberba! Brian May e Roger Taylor simplesmente continuam os mesmos e chutando bundas tanto musicalmente como presencialmente falando, além dos competentes músicos adicionais Spike Edney (teclado), Jamie Moses (guitarra) e Danny Miranda (baixo) segurarem muito bem a base da banda.

Tenho que concordar que Freddie Mercury é insubstituível. Nem por isso, Brian May e Roger Taylor devem cessar suas atividades, ainda mais com um dos melhores vocalistas da face da terra. Paul Rodgers merece ser ouvido e essa gravação merece ser baixada!

01. Tie Your Mother Down (Foo Fighters + Queen)
02. Under Pressure (Queen + Paul Rodgers)
03. The Show Must Go On (Queen + Paul Rodgers)
04. We Will Rock You (Queen + Paul Rodgers & Foo Fighters)
05. We Are The Champions (Queen + Paul Rodgers & Foo Fighters)
06. 20th Century Boy (Def Leppard & Brian May)

Paul Rodgers - vocal
Brian May - guitarra-solo, vocal
Roger Taylor - bateria, vocal
Danny Miranda - baixo
Jamie Moses - guitarra-base
Spike Edney - teclado

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by Silver

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Queen - Innuendo [1991]


Lançado em em fevereiro de 1991, "Innuendo" é o décimo quarto álbum do Queen e, infelizmente, o último, já que o vocalista Freddie Mercury foi dessa para uma melhor cerca de nove meses após o lançamento do play. Freddie, que havia adquirido o vírus HIV em 1987, já não se mostrava bem até nos vídeo-clipes do grupo e, por conta disso, não houve turnê de divulgação para este disco e nem para seus antecessor, "The Miracle", de 1989.

"Innuendo" é um dos discos mais fortes do Queen. Além de agrupar o amadurecimento do grupo durante todos os anos em atividade, marca o fato da banda ter largado de vez as músicas pimposamente dançantes e, consequentemente, o investimento realizado em rock n' roll de melhor qualidade à moda dos lançamentos setentistas, sem batidas sintetizadas ou ritmos ligados ao pop, como vinham fazendo em antecessores como "The Works", "A Kind Of Magic" e "The Miracle".

Já insinuando ser uma despedida da banda (o termo "innuendo" significa "insinuação" em inglês), o disco tem um tom adequadamente melancólico em algumas passagens, como em "The Show Must Go On", "Don't Try So Hard" e "These Are The Days Of Our Lives", porém os 53 minutos de duração do full-length também é tomado várias vezes por momentos costumeiramente felizes, como na divertida "Headlong", na animada "Ride The Wild Wind" e na pauleira "The Hitman".

Versatilidade talvez seja a palavra que melhor defina o Queen em toda a sua carreira, e a maior representação disso não é só a divisão entre momentos felizes e momentos tristes ao longo do álbum, mas pela épica faixa-título, que merece até ser tratada separadamente de tão fantástica e genial.

De um hard épico com fortes batidas, a canção que leva o nome do disco passa para uma nuance completamente inesperada, permeada por violões flaminco tocados por Steve Howe (Yes) e, logo após, um breve momento de psicodeila onde as vozes dos integrantes recitam, em uníssono, algo que, de tão óbvio, é uma verdade incontestável, porém ignorada por muitos no dia-a-dia: "você pode ser qualquer coisa que desejar, somente se converta em algo que sempre imagina ser - seja livre com o seu tempo, seja livre, entregue seu ego, seja livre".


Além das faixas já citadas, sobram menções honrosas para a bem-humorada "I'm Going Slightly Mad" (com um ótimo vídeo-clipe), a semi-balada "I Can't Live With You", a multi-vocal "All God's People", a apreciável "Delilah" e a belíssima "Bijou", onde Brian May e Freddie Mercury mostram um pouco de suas habilidades como guitarrista e vocalista, respectivamente.

A recepção foi boa, como era de se esperar. "Innuendo" permaneceu no primeiro lugar das paradas inglesas por 2 semanas, além de outros países como Itália (3 semanas), Holanda (um mês), Alemanha (um mês e meio) e Suíça (dois meses). Nos Estados Unidos, ultrapassou a marca de um milhão de vendas, número também atingido em terras germânicas. Em termos mundiais, já passou das sete milhões de cópias vendidas pelos quatro cantos do planeta. E como se não bastasse, emplacou 5 singles com êxito em toda a esfera global.

Sem mais delongas, uma das maiores obras-primas do Rock N' Roll, assim como a maioria dos trabalhos realizados pelo Queen. Confira já!

01. Innuendo
02. I'm Going Slightly Mad
03. Headlong
04. I Can't Live With You
05. Don't Try So Hard
06. Ride The Wild Wind
07. All God's People
08. These Are The Days Of Our Lives
09. Delilah
10. The Hitman
11. Bijou
12. The Show Must Go On

Freddie Mercury - vocal, piano, sintetizadores
Brian May - guitarra, violão, backing vocals
John Deacon - baixo, backing vocals
Roger Taylor - bateria, percussão, backing vocals

Músicos adicionais:
Steve Howe (creditado como "Wandering Ministrel")- violão clássico em 1
Mike Moran - piano, sintetizadores e programadores em 7

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by Silver