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segunda-feira, 28 de março de 2011

Sea Hags - S/T [1989]

As bruxas do mar de São Francisco: exemplo de como uma sobrevida tóxica é capaz de botar tudo a perder. Ron Yocom (vocais e guitarra), Chris Schlosshardt (baixo) e Greg Langston (bateria) tiraram a sorte grande e tiveram sua primeira demo produzida por ninguém menos que Kirk Hammett (Metallica). Ian Astbury (The Cult) foi outro que demonstrou interesse em produzir o trio, mas sabe-se lá porque, a estréia em disco dos caras acabou contando com produção do renomado Mike Clink.

Durante as gravações, em 1987-1988, Langston foi substituído pelo ex-Lethal Weapon Adam Maples e o guitarrista Kevin Russell, que havia sido trazido para contribuir no disco, perdeu o posto para Frankie Wilsey. Por conta dos excessos de Yocom e Schlosshardt, que levaram a Chrysalis Records a financiar uma estadia para a dupla em uma clínica de reabilitação, Sea Hags teve lançamento adiado para 1989, que para nós hard rockers, foi o ano mais perfeito no que tange a discos.



Com todos aparentemente limpos, a gravadora investiu pesado no que ela acreditava ser o novo Guns N’ Roses. Mas a única semelhança entre as duas bandas eram as drogas. Poucos meses depois de cair na estrada, Schlosshardt morreria de overdose de heroína, colocando um ponto final na breve trajetória do Sea Hags. Fica, porém, um álbum que transborda uma atitude quase punk em sua linearidade e simplicidade (nenhum músico aqui é um ás em seu instrumento), além de ser um representante de peso da porção mais podreira do hard rock farofa dos anos 80. Recomendadíssimo!

01. Half The Way Valley
02. Doghouse
03. Too Much T-Bone
04. Someday
05. Back To The Grind
06. Bunkbed Creek
07. In The Mood For Love
08. Miss Fortune
09. All The Time
10. Three's A Charm
11. Under The Night Stars
Rock Candy Records 2007 Bonus Tracks:
12. Doghouse (demo)
13. Half The Way Valley (demo)

Ron Yocom (vocals and guitar)
Frankie Wilsey (guitar)
Chris Schlosshardt (bass and vocals)
Adam Maples (drums)

Kevin Russell (guitar)

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@mvmeanstreet

sábado, 26 de março de 2011

Treat - Dreamhunter [1987]

Como estou feliz pra caramba por conta do dia maravilhoso que tive hoje, mais uma postagem de presente para vocês! Eis aqui o melhor disco do Treat. Aposto que para muitos, bastaria eu dizer isso para rolar um convencimento. Ainda bem que não é assim que a banda toca, hehe

Quando Dreamhunter foi lançado em 1987, os suecos já gozavam de certo prestígio dentro de seu país (foram escolhidos para abrir shows do Queen e do W.A.S.P.) e também fora. Scratch and Bite (1985) e The Pleasure Principle (1986) fizeram bonito nas prateleiras e renderam ao quinteto hits como a hoje em dia clássica “Get You on the Run”. Os tempos eram áureos para o hard rock e o mundo da música era um céu azul para quem levantava vôo a bordo de uma aeronave do gênero.

Mais polido que seus antecessores, Dreamhunter aproxima o Treat do AOR na medida em que põe os teclados na linha de frente. O arrasa-quarteirão “Sole Survivor” abre o trabalho e já é possível atestar que estamos diante de músicos dos mais talentosos. Mais adiante temos em “Best of Me” um belíssimo exemplo da maneira escandinava de fazer uma power ballad. Forte candidata a melhor música do play, “Outlaw” tem batida forte, refrão marcante e um solo de guitarra que é puro feeling.



O maior hit por aqui talvez seja “World of Promises”, que ganhou versão da banda de death metal melódico In Flames. A reta final de Dreamhunter traz ainda “One Way to Glory” (lado b do single “World of Promises”) e “Save Yourself” (lado b de “You’re the One I Want”, single que não valeu menção no parágrafo anterior). Para quem pensa que, por causa da semelhança entre os logotipos, o Treat nada mais é que o Ratt sueco, baixe e veja/ouça que não é bem por aí.

01. Sole Survivor
02. You're the One I Want
03. Take Me on Your Wings
04. Best of Me
05. Dancing on the Edge
06. Outlaw
07. World of Promises
08. One Way to Glory
09. Save Yourself
10. The Winner

Robert Ernlund (vocals)
Anders Wikstrom (guitars, keyboards)
Jamie Borger (drums, percussions)
Lillen Liljegren (guitars)
Ken Siewertson (bass)

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Qualquer semelhança com a capa do disco é mera coincidência, ok?

@mvmeanstreet

Steelheart - Tangled in Reins [1992]

Aviso: Esse post contém JSS (nos backing vocals)

A auto-intitulada estreia do Steelheart, lançada pela MCA Records em 1990, foi sucesso total: disco de platina, quatro clipes em alta rotatividade na MTV e o vocalista Mike Matijevic sendo reconhecido nos quatro cantos do mundo por seu alcance vocal. Ainda que o gênero estivesse dando seus primeiros sinais de enfraquecimento, o Steelheart estava numa nice, como diria a minha vovó.

Tangled in Reins foi lançado no dia 10 de julho de 1992 sob grande expectativa trazendo produção de alto nível, composições mais maduras e mais ousadia por parte dos músicos. Enquanto “Electric Love Child” traz um balanço mais moderno (que deve ter causado certo estranhamento), “Sticky Side Up”, “Late for the Party” (essa com direito a um talkbox muito bem encaixado nos refrães finais) e “Dancin’ in the Fire” são o puro hard rock farofa pra ninguém botar defeito!



As baladas “All Your Love” e “Mama Don’t You Cry” (responsável pelo renome da banda no extremo oriente) constituem a fatia mais suave da bolacha, onde a sensibilidade das clássicas “I’ll Never Let You Go” e “She’s Gone”, ambas do primeirão, é reanimada. E é na canção homônima ao quinteto que Mike atinge sua nota mais alta em todo o play e segunda mais alta dentre todos os registros do Steelheart.

A recepção até que foi boa – considerando os novos tempos da indústria musical – e o álbum estreou na 144ª posição do Billboard 200. Diante de uma platéia de 10 mil pessoas, o grupo gravou seu MTV Unplugged em Hong Kong e excursionou por outros países da Ásia. De volta para a América, mal sabiam que o fim os aguardava. Mas isso é história para outro post. Um ótimo download para vocês e parabéns para mim!

01. Loaded Mutha
02. Sticky Side Up
03. Electric Love Child
04. Late For The Party
05. All Your Love
06. Love 'Em And I'm Gone
07. Take Me Back Home
08. Steelheart
09. Mama Don't You Cry
10. Dancin' In The Fire

Mike Matijevic (vocals and piano)
Chris Risola (guitar)
Frank DiCostanzo (guitar)
James Ward (bass)
John Fowler (drums and percussion)

C.J. Vanston (keyboards)
Brad Buxer (keyboards)
Jeff Scott Soto (backing vocals)

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terça-feira, 22 de março de 2011

Tainted Angel - A Little Heaven [1992]

Como há tempos eu não dou as caras por aqui trazendo bandas do gênero, aqui está um belo exemplar do deeper underground do hard rock norte-americano. A breve história do Tainted Angel, quinteto oriundo da Flórida, se resume a seu único álbum, A Little Heaven, lançado em 1992. Por mais que eu não goste de estabelecer comparações, o som dos caras é semelhante ao de grupos como Cry Wolf, Katmandu e Wild Boyz, em especial no quesito vocal.

Cheirando a hino, “I’ll Wait” abre o trabalho com o apelo comercial comum a todas as bandas dos Estados Unidos na época: melodia que cativa, letra fácil de decorar e refrão marcante, do tipo que coloca todo mundo pra cantar junto. Na seqüência temos “Winter Rose”, balada dark que começa no violão e deságua num refrão daqueles, seguido por um solo digno de centro de palco. “Don’t Go” é Cry Wolf puro, o que na minha opinião é suficiente para ser aprovada com média alta. A baladaça “Half a Man” encerra o lado a da bolacha com uma suavidade quase folk.



O overdrive retoma a linha de frente na curtinha “Back Off”, que também é puro Cry Wolf – Jeff Allen Lewis e Timmy Hall devem ter freqüentado a mesma escola de canto –, ou seja, sorriso no rosto do Meanstreet aqui. Mas é na faixa-título do álbum que é possível atestar o altíssimo nível da banda. “A Little Heaven” é toda conduzida no piano e conta com o melhor refrão de todos. Meio setentista, mas embebida no soft rock que teve seu momento no início dos anos 80.

E não é que a exemplo de outras 109740195 bandas, o Tainted Angel também tem sua “Coming Home”? Uma pena que esta aqui seja tão fraquinha e consista no único momento caído do álbum. “Memphis Skies” encerra o álbum com clima de despedida em volta da fogueira – lembra do Chaves em Acapulco? – com uma combinação perfeita de violões, harmonia vocal, gaita e algo que lembra o coaxar de um sapo. Recentemente, a Retrospect Records relançou A Little Heaven com novas arte e masterização (confira aqui), mas antes, certifique-se de fazer o download e deixar seu comentário!

1. I'll Wait
2. Winter Rose
3. Don't Go
4. Half a Man
5. Back Off
6. A Little Heaven
7. Coming Home
8. Memphis Skies

Robert L. Petitjean II (drums, backing vocals)
Jeff Allen Lewis (lead and backing vocals)
Jason Bell (bass, harmonica, backing vocals)
Lynn Edward Glezen (lead, rhythm, acoustic guitars, keyboard, backing vocals)
John Tingley (drums, backing vocals)

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quarta-feira, 9 de março de 2011

Gorky Park - Moscow Calling [1993]

As aberturas políticas e econômicas promovidas por Mikhail Gorbachev na segunda metade dos anos 80 colocaram a União Soviética em evidência nos quatro cantos do mundo. Ficou evidente que o sistema socialista em vigor na terra do Zangief precisava ser substituído – o que acabou acontecendo em 1989 com a queda do Muro de Berlim – e o que antes era ocultado por uma cortina de ferro, passaria a ser do conhecimento de todos os povos. E não é que existia Rock naquelas bandas? Hard Rock para ser exato.

O Gorky Park foi formado em 1987, mas só repercutiria dois anos mais tarde, depois de participar do memorável Moscow Music Peace Festival ao lado de feras como Bon Jovi, Cinderella, Mötley Crüe, Ozzy Osbourne, Scorpions e Skid Row. No mesmo ano, o grupo lançaria seu primeiro trabalho, que incluía os hits Bang, Try to Find Me, Peace in Our Time (assinada por Jon Bon Jovi e Richie Sambora) e My Generation (cover do The Who). Mas bastou a Rússia deixar de ser notícia para o barco dos camaradas começar a naufragar e o vocalista Nikolai Noskov pular fora.

Capa alternativa

Sobrou para o baixista Alexander “Big Sasha” Minkov assumir o microfone. Problema resolvido, o quarteto trouxe o norte-americano Fee Waybill (conhecido por seus trabalhos junto a Bryan Adams e Richard Marx) para produzir o então vindouro Gorky Park II. Este período marcou também o fim do vínculo do grupo com a Mercury Records e o início de um novo ciclo afiliado a BMG International. Lançado em 1993, Moscow Calling (não sei se o título é inspirado no clássico London Calling do The Clash) teve distribuição nos mercados norte-americano, europeu e russo e chegou perto de vender 1 milhão de cópias.

O apelido Def Leppard russo não surgiu à toa. A voz de Big Sasha é bem semelhante à de Joe Elliott. Musicalmente, Parque Gorki e Leopardo Surdo também são bem parecidos. Com uma referência dessas, não tem como não se deixar levar por sons festeiros como Moscow Calling, Politics of Love e Welcome to the Gorky Park, pelas baladas All Roads (que letra!), Stranger (melhor música do álbum) e Two Candles (quero ver tocar esta aqui no violão!) e até mesmo por aquelas que se destacam por sua peculiaridade, caso de Tomorrow, Strike e Tell Me Why. Vista seu saiote e plugue sua balalaika num Marshall valvulado. Gorky Park é farofa na vodca!

01. Moscow Calling
02. All Roads
03. Politics of Love
04. Tomorrow
05. Stranger
06. Volga Boatman
07. Strike
08. Welcome to the Gorky Park
09. Two Candles
10. I'm Going Down
11. City of Pain
12. Don't Pull the Trigger
13. Tell Me Why

Alexander “Big Sasha” Minkov – vocais, baixo
Alexey Belov – guitarra
Yan Yanenkov – guitarra
Alexander “Sasha” Lvov – bateria
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terça-feira, 8 de março de 2011

Katmandu - S/T [1991]

Qualquer semelhança da capa com Guilty, o Cavaleiro do Diabo, é mera coincidência.

O Katmandu tomou forma em 1990, depois que o vocalista Dave King, até então no Fastway, atendeu ao chamado de David Geffen para assumir o microfone naquele que seria o novo supergrupo do Hard/Heavy norte-americano. Chegando aos Estados Unidos, King foi introduzido ao núcleo que já contava com o experiente Mandy Meyer (Cobra, Krokus) na guitarra, Caine Carruthers (The Untouchables) no baixo e Mike Alonso (The Meanies) na bateria. A sintonia entre vocalista e guitarrista se deu de forma satisfatória, rendendo sete canções para o vindouro álbum do quarteto.

Katmandu chegou às lojas em 1991 trazendo 12 músicas e pouco mais de 50 minutos de Hard Rock influenciados por Led Zeppelin, em especial, nos vocais de King. Já Carruthers e Alonso não negam seus dias de Punk Rock e ditam o ritmo perfeito para Meyer mandar ver em riffs e solos dos mais furiosos, como nos singles The Way You Make Me Feel e When the Rain Comes, que contam com doses generosas de improvisação. Minhas prediletas, Ready for the Common Man, Only the Good Die Young e Medicine Man são total anos 80 e pedem volume máximo em seus refrões grudentos.

Foto promocional incluída no press kit (1991)

A rural Heart and Soul, que soa como uma sobra de Led Zeppelin III, promete cativar por sua simplicidade. Há ainda um cover para a obscura God Part II, do U2, que faria Bono Vox pegar seu banquinho e sair de mansinho. Por fim, Sometime Again e Let the Heartache Begin competem pelo prêmio de power ballad do álbum – aí vai da preferência de cada um, mas já adianto que a segunda possui o melhor solo de guitarra de todas as músicas.

Sem sucesso nas vendas e nenhum hit nas paradas, o Katmandu encerraria suas atividades em 1992. Dave King recolheria suas canções – escritas para o lançamento posterior do grupo –, voltaria para o Reino Unido e formaria o Flogging Molly em 1997. Mandy Meyer também voltaria a sua terra natal, a Suíça, para integrar o já ativo Gotthard e à cozinha, ao que tudo indica, restou ganhar a vida cozinhando mesmo.

01. The Way You Make Me Feel
02. God Part II
03. Love Hurts
04. Sometimes Again
05. When The Rain Comes
06. Heart And Soul
07. Ready For The Common Man
08. Only The Good Die Young
09. Let The Hearteache Begin
10. Medicine Man
11. Pull Together
12. Warzone

Dave King – vocais
Mandy Meyer – guitarra
Caine Carruthers – baixo
Mike Alonso – bateria

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dark Funeral – De Profundis Clamavi ad te Domine: Live in South America 2003 [2004]

Dez anos na ativa e nenhum trabalho ao vivo. Felizmente, o Dark Funeral aproveitou o embalo das comemorações de seu décimo aniversário para presentear os fãs com o que eu chamo de documento definitivo de sua melhor fase. Lançado no dia 19 de abril de 2004, De Profundis Clamavi ad te Domine registra a passagem dos inefáveis reis das trevas pela América do Sul em setembro de 2003, durante a turnê do álbum Diabolis Interium. São 14 faixas gravadas no Chile, na Colômbia e no Brasil. A introdução do CD, inclusive, é da apresentação realizada em Belo Horizonte, com direito a mineirada insana representando bem o povo tupiniquim no cenário alternativo mundial.



A recepção pra lá de calorosa é retribuída com fúria. Emperor Magus Caligula (não me conformo até hoje com sua saída!!!) apresenta todas as músicas e agradece ao término de cada uma delas com um “muchas gracias”. O modo como o vocalista interage com a platéia devia servir de exemplo, assim como a velocidade e precisão das palhetadas de Lord Ahriman e Chaq Mol. Os guitarristas, atualmente, são os únicos remanescentes dessa formação da banda, que trazia ainda Matte Modin na bateria e Richard Daemon no baixo.

O repertório não poderia ter sido mais bem escolhido. Sons das antigas como Open the Gates, Shadows Over Transylvania e My Dark Desires (todas do EP auto-intitulado, de 1994) dividem o terreno com seis das oito faixas de Diabolis Interium (apenas a faixa-título e Heart of Ice ficaram de fora) e outras pedradas do naipe de The Secrets of the Black Hearts (que dá nome ao full-length de estréia dos caras, de 1996) e Thy Legions Come (um dos melhores momentos de Vobiscum Satanas, de 1998).

Das profundezas clamo a ti, ó Senhor! Essencial!

01. Bleed For Satan – Intro
02. The Arrival Of Satan’s Empire
03. An Apprentice Of Satan
04. The Dawn No More Rises
05. Thy Legions Come
06. Hail Murder
07. Goddess Of Sodomy
08. The Secrets of The Black Arts
09. Vobiscum Satanas
10. Shadows Over Transylvania
11. Open The Gates
12. Ineffable Kings Of Darkness
13. Thus I Have Spoken
14. My Dark Desires
15. Armageddon Finally Comes

Lord Ahriman – Guitarra
Emperor Magus Caligula – Vocais
Chaq Mol – Guitarra
Matte Modin – Bateria
Richard Daemon – Baixo

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domingo, 16 de janeiro de 2011

Harem Scarem – Overload [2005]

Depois do sucesso fugaz obtido com seus dois primeiros trabalhos, deu a louca no Harem Scarem. De Voice of Reason (1995) em diante o grupo perdeu o foco; atirou para todos os lados e poucos tiros foram certeiros. Em Overload a bala passou raspando. Lançado em 2005, o décimo álbum do Harem Scarem traz bases pesadas e ótimos refrões, mas peca por tentar soar moderno demais.

Cá entre nós, não tinha porque Harry Hess ter cedido ao uso de tantos efeitos para voz. O mesmo vale para Pete Lesperance e seu apreço por inovações em termos de pedais e pedaleiras. Mas a despeito disso, Overload traz algumas das melhores letras já escritas pela dupla. De cabo a rabo, um mar revolto de decepção, insatisfação, questionamentos pessoais e a sempre presente idéia do “onde foi que eu errei?” conferindo aquela melancolia até mesmo nos momentos mais “pauleira”.



Diretamente do fundo do poço, aponto como destaque a faixa bônus Wishing – cuja letra segue no fim desta postagem –, Can’t Live With You (melhor refrão do play) e tudo que é dito em Forgive & Forget, que, dependendo das circunstâncias, pode ser tomado como grande “moral da história” em Overload.

01. Dagger
02. Afterglow
03. Rise and Fall
04. Don't Come Easy
05. Can't Live With You
06. Forgive & Forget
07. All You're Getting
08. Leading Me On
09. Understand You
10. Same Mistakes
11. Wishing (European Bonus Track)

Harry Hess – vocais, teclados e guitarras
Pete Lesperance – guitarras, teclados e vocais
Barry Donaghy – baixo e vocais
Creighton Doane – bateria

Músicos adicionais:
Darren Smith – backing vocals

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Wishing
(Hess/Lesperance)

I taste words that fell
Out of your mouth
Believing heart and head that I'd be the one

Wishing for so long
On wells run dry and burned out stars
We may be over
Love is gone
I will live on

Shades of discontent
Eye of the storm
Killing all what's left
Right has gone wrong

Wishing for so long
On wells run dry and burned out stars
We may be over
Love is gone
I will live on

@mvmeanstreet

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Thunder – Backstreet Symphony [1990]

No ano passado, como parte das comemorações por seu vigésimo aniversário de formação, o Thunder anunciou sua turnê de despedida. Eis (mais) uma banda que eu adoraria ter visto ao vivo e agora sei que não verei mais – o que é uma pena, pois Danny Bowes e Luke Morley são uma dupla para a qual eu tiro o chapéu. Na postagem de hoje, vos apresento Backstreet Symphony (1990), disco que marcou sua estréia na cena.

O porquê da escolha é bem simples: a primeira música do Thunder que ouvi é deste aqui. Love Walked In me mostrou logo de cara que eu estava diante de uma banda de primeira, que sabia gerir como poucas uma vasta gama de influências – e põe vasta nisso! – dando origem a um som potente e repleto de identidade. E o restante do álbum não fica atrás – a cada música, mais certeza ainda de sua singularidade.



Das 11 que aqui constam, seis foram editadas em singles, incluindo a já citada Love Walked In, que chegou a um expressivo 21º lugar nas paradas inglesas. Dentre as demais, apenas a faixa-título entrou no Top 30, em 25º. Mas vale destacar que nos lados b constam preciosidades como Don’t Wait for Me, Higher Ground, An Englishman on Holiday e Distant Thunder, essa última, exclusiva da versão em CD.

Para encerrar, a título de curiosidade, o produtor de Backstreet Symphony é Andy Taylor, guitarrista do Duran Duran. Teria nascido daí a parceria entre Morley e ele? De qualquer forma, após baixarem o Thunder aqui, dêem uma conferida em The Spanish Sessions.

01. She's So Fine
02. Dirty Love
03. Don't Wait For Me
04. Higher Ground
05. Until My Dying Day
06. Backstreet Symphony
07. Love Walked In
08. An Englishman on Holiday
09. Girl's Going Out Of Her Head
10. Gimme Some Lovin’
11. Distant Thunder

Danny Bowes – vocais
Luke Morley – guitarra
Ben Matthews – guitarra, piano e órgão
Mark “Snake” Luckhurst – baixo
Gary James – bateria

Músicos adicionais:
Andy Taylor – violão de 12 cordas em Until My Dying Day
The Croquettes – backing vocals
The Gherkin Brothers – backing vocals

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@mvmeanstreet

domingo, 5 de dezembro de 2010

London – Don’t Cry Wolf [1986]

Velha guarda da geração farofa, o London surgiu a partir da coligação entre o guitarrista Lizzie Grey e um tal de Nikki Sixx, recém-saído do Sister, de um tal de Blackie Lawless. Vários músicos passaram pelo grupo até a formação se estabilizar com Grey, Nadir D’Priest (vocais), Brian West (baixo), Fred Coury (bateria) e Peter Szucs (teclados). O fracasso comercial de sua estréia em disco – Non-Stop Rock (1985) – resultou nas saídas de Coury – que voaria alto espancando as peles no Cinderella – e Szucs. Mas o London não se deu por vencido.

Em 1986, Wailin’ J. Morgan assumiu as baquetas e o quarteto editou seu segundo trabalho. Clássico indiscutível, Don’t Cry Wolf é obrigatório quando o assunto é o hard rock dos anos 80, pois ajudou a definir a linhagem mais “suja” no gênero, que teria o Ratt como principal expoente. Como estavam no vermelho, não espere uma gravação de primeira. Felizmente, o talento dos caras se sobressai às limitações impostas pela falta de dinheiro.



Na minha opinião, destaques não precisariam ser feitos, mas como acabei de ouvir o disco, não tem como não fazer menções a Hit and Run Lover (curtinha e certeira), Oh Darling (só por ser cover dos Beatles e ter ficado bacana), Fast as Light (a melhor em todos os sentidos), Killing Time (mais arrastada, mas “guitarristicamente” perfeita – confiram acima) e We Want Everything, que podia encerrar o álbum em vez da fraquíssima For Whom the Bell Tolls, única dispensável por aqui.

01. Drop the Bomb
02. Set Me Free
03. Hit and Run Lover
04. Under The Gun
05. Oh Darling
06. Fast as Light
07. Put out The Fire
08. Killing Time
09. We Want Everything
10. For Whom The Bell Tolls

Nadir D'Priest – vocais
Lizzie Grey – guitarra
Brian West – baixo
Wailin' J. Morgan – bateria

Músico adicional:
David Carr – teclados

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@mvmeanstreet

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Skoe – S/T [1996]

Capa feita por mim... De novo!

Formado em meados dos anos 90, o Skoe reflete um período pra lá de confuso na história do Love/Hate que eu vou tentar contar da forma mais breve possível. Como Jizzy Pearl e Skid viviam em pé de guerra, o vocalista resolveu dar um tempo. Nesse ínterim, aproveitou para dar continuidade ao seu projeto paralelo, o Sineaters. A coisa ficou feia quando o então baterista do Love/Hate, Joey Gold resolveu quebrar um galho para Jizzy assumindo as baquetas no Sineaters. Skid se sentiu traído e, a exemplo de Jizzy, formou um projeto paralelo o qual batizou de Skoe.

A primeira formação do Skoe contava com Skid na guitarra e vocais, um pateta qualquer no baixo e Joey na bateria – sim, Sineaters e Skoe possuíam o mesmo baterista. Depois de alguns meses de ensaio, o trio descobriu que Skid como vocalista era um ótimo baixista, logo, o mesmo retornou ao baixo deixando a guitarra a cargo do na época ex-Love/Hate, Jon E. Love. Para os vocais, uma cantora negra, Moe. Resumindo: o Skoe nada mais é que o Love/Hate sem King Jizzo.

A adição da nova vocalista deu um novo gás ao conjunto, que certo tempo depois, adentrou estúdio para registrar sua fita demo. Mas a brincadeira durou pouco. Assim que pintou uma oportunidade para gravar novamente como Love/Hate, Skid e os outros botaram a neguinha pra correr. E, conforme os sons escritos pelo Skoe foram sendo reeditados pelo Love/Hate, Skid foi pagando pela língua. “Love/Hate tocar essas músicas? Nunca!”. Pois é...

Já que acabei me prolongando demais no caráter histórico, vou dedicar este último parágrafo a comentar brevemente sobre a música em si. Por se tratar apenas do “Love/Hate sem King Jizzo”, a semelhança musical entre Skoe e Love/Hate é completa. A voz da tal Moe se encaixa bem na proposta de hard rock sujo dos caras. Detalhe interessante é que, por mais que eu seja fã de carteirinha do REI, canções como Rubberina e Boom Boom Boom são imbatíveis quando cantadas pela xará do taberneiro dos Simpsons.

01. Eat Me Alive
02. Rubberina
03. We Are The One
04. Sticky Fingers
05. Explode
06. All I Need
07. Low Branches
08. It Shines
09. Boom Boom Boom
10. Hit The Wall
11. The Crying Game

Moe – vocais
Jon E. Love – guitarra
Skid – baixo
Joey Gold – bateria

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Até os grafiteiros da minha quebrada manjam o som do Skoe! Hehe

@mvmeanstreet

domingo, 28 de novembro de 2010

The Rolling Stones – Some Girls [1978]

Na opinião deste que vos escreve, foi durante os anos 70 que os Rolling Stones editaram seus melhores trabalhos: Sticky Fingers (1971), Exile on Main St. (1972), Goats Head Soup (1973), It’s Only Rock ‘n’ Roll (1974), Black and Blue (1976) e finalmente, o disco desta postagem. Some Girls saiu em 1978, ano em que tanto a disco music quanto o punk rock tomavam conta do cenário musical mundial. Na lista dos 500 maiores álbuns de todos os tempos feita pela revista Rolling Stone, ocupa a 269º posição.

Foi em Some Girls que o grupo de Mick Jagger galgou os primeiros passos rumo ao som mais “dançante” que perduraria por seus lançamentos na década seguinte – o melhor exemplo é a discotéque Miss You – bem como deu uma resposta imediata aos punks nas cruas When the Whip Comes Down e Lies, provando que dinossauro era a p*ta que os pariu. Há outras canções antológicas, dentre as quais eu destaco a balada country Far Away Eyes e os singles Beast of Burden, Respectable (“grande som”, by JAY) e Shattered.



Voltando ao quesito letra, a da faixa-título é ótima – exceto para as feministas que não sabem que rock’n’roll é pura diversão. Entretanto, essa não se compara à de Before They Make Me Run. A canção, escrita por Keith Richards após sua prisão em 1977 por porte de heroína, é cantada pelo próprio guitarrista e fala sobre os perigos e conseqüências de uma vida de excessos. E para não deixar nada de fora, o cover de Just My Imagination, do grupo de soul norte-americano The Temptations, ficou muitíssimo melhor que a original.

A turnê de Some Girls inaugurou o padrão atual de shows dos Stones, com palcos enormes e mega infra-estruturas de som, luzes e efeitos especiais. Vale mencionar também que segundo as estimativas da Recording Industry Association of America (a mesma RIAA que volta e meia f*de com a vida de nós uploaders e downloaders), Some Girls é o segundo álbum mais vendido do grupo nos Estados Unidos. Com 6 milhões de cópias, perde apenas para a coletânea Hot Rocks, de 1972, que vendeu o dobro.

01. Miss You
02. When the Whip Comes Down
03. Just My Imagination
04. Some Girls
05. Lies
06. Far Away Eyes
07. Respectable
08. Before They Make Me Run
09. Beast of Burden
10. Shattered

Mick Jagger – vocais, backing vocals, guitarra e piano
Keith Richards – guitarra, violão, backing vocals, baixo e piano
Ronnie Wood – guitarra, violão, pedal steel, slide guitar, backing vocals, baixo e bumbo
Bill Wyman – baixo e sintetizador
Charlie Watts – bateria

Músicos adicionais:
Sugar Blue – gaita
Mel Collins – saxofone
Simon Kirke – congas
Ian McLagan – órgão e piano
Ian Stewart – piano

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sábado, 27 de novembro de 2010

The Scream – Takin’ It to the Next Level [1993]

Chegou a hora de completar a discografia do The Scream, mas antes, entendam o contexto. Depois de uma turnê que se estendeu por aproximadamente um ano, John Corabi aceitou o convite para substituir Vince Neil no Mötley Crüe marcando o fim da primeira fase da banda. A saída do vocalista, que bem ou mal era dava as cartas lá dentro, ocasionou/permitiu um redirecionamento musical que teve como resultado a gravação de um álbum que permanece inédito até os dias de hoje.

Takin’ It to the Next Level foi gravado em 1993 trazendo Billy Fogarty nos vocais e um estilo completamente diferente daquele que consagrou o The Scream em seu début, Let it Scream, de 1991. A proposta pesada com pés fincados no classic rock deu lugar a experimentações por parte de cada um dos componentes da banda, aqui, com total liberdade para externar suas influências mais off-rock. Portanto, prepare-se para um trabalho sem um foco determinado, daqueles que dispara para todos os lados de forma a obter reconhecimento das mais variadas audiências.

A abertura com alternativa Kool World já indica mais ou menos o fio condutor de Takin’ It to the Next Level, com guitarras bem distorcidas, baixão preponderante e meia dúzia de latas de Suvinil no lugar do kit de bateria. What U See segue exatamente a mesma linha, exceto pela ausência dos scratches que aparecem em sua antecessora. Outros sons que guardam semelhanças com essas duas são Kick Back – riff que lembra o Red Hot Chili Peppers das antigas – e Ain’t Got Nuthin’ – mais cadenciada, porém igualmente pesada no aspecto guitarrístico.

Há também sons mais calmos nos quais se destacam principalmente as quatro cordas de John Alderete, que atualmente faz bonito no psicodélico The Mars Volta, como Love C.C.A. (abreviação de Can Conquer Anything), que só pelo título, o qual eu considero uma máxima da vida, já vale o registro. Destaque também para a setentista Miss Thang e para o techno-country de One Foot in the Grave.

Por conta do engavetamento do álbum, o quarteto encerrou suas atividades reaparecendo algum tempo depois como DC-10, lançando por conta própria seu Co-Burn, cujo repertório inclui alguns dos sons aqui presentes. Encerro com eternos agradecimentos ao pessoal do site do Racer X, que abriu a gaveta e disponibilizou de grátis todo este material na íntegra. Tá esperando o quê?

01. Kool World
02. What U See
03. Miss Thang
04. Kick Back
05. Another Rock
06. Get It Together
07. One Foot in the Grave
08. Ain’t Got Nuthin’
09. Comin’ Down
10. Good Lookin’ Out
11. Love C.C.A.
12. It’s a Long Way

Billy Fogarty – vocais
Bruce Bouillet – guitarra
John Alderete – baixo
Walt Woodward – bateria

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Alice Cooper – From the Inside [1978]

Álbuns conceituais são uma constante na carreira de Alice Cooper. Para esta postagem, escolhi aquele que eu considero o melhor da categoria já editado pelo cara. From the Inside teve lançamento em novembro de 1978 e ao longo de seus quase 40 minutos de duração, narra a experiência vivida por Cooper durante o período em que ficou internado no sanatório de Nova Iorque objetivando livrar-se do alcoolismo que, segundo relatos, o levava a ingerir 24 latinhas de cerveja e uma garrafa de uísque por dia – haja fígado!

Em sua empreitada autobiográfica, Alice teve parceiros de peso, entre eles o letrista Bernie Taupin, que é como se fosse o Desmond Child por trás de Elton John. A diva também cedeu à tia o guitarrista Davey Johnstone e o baixista Dee Murray. Além desses três, o processo de composição e gravação contou também com figuras como as de Rick Nielsen (Cheap Trick), Steve Lukather (Toto) e a do renomado e multimilionário produtor David Foster, a quem os Rolling Stones se referem como um mestre, entre outros.



Tendo conhecimento da história por trás do disco, é de se esperar um clima bem denso, mas não é bem por aí. A coisa só começa a ficar “feia” em The Quiet Room, cujos versos “They've got this place / Where they've been keeping me / Where I can't hurt myself / I can't get my wrists to bleed / Just don't know why / Suicide appeals to me” (“Eles têm este lugar / Onde eles têm me mantido / Onde eu não possa me machucar / Não posso cortar meus pulsos / E não sei porque / Suicídio soa encantador para mim”) descrevem bem a agonia da internação. Em Nurse Rozetta, a enfermeira do sanatório é apontada como alguém que o próprio Satã teria enviado diretamente das tripas do inferno (“Satan sent her from the bowels of hell”).

Momento mais roqueiro do disco até então, Serious mistura drama e humor em seu refrão que define o cotidiano de um Alice beberrão e poderia definir a rotina de qualquer rockstar adepto dos excessos. “All of my life was a laugh and a joke / And a drink and a smoke / And then I passed out on the floor / Again and again and again and again and again” (“Toda a minha vida foi um riso e uma piada / E beber e fumar / E então eu caí duro no chão / De novo e de novo e de novo e de novo e de novo”). Prender o choro em How You Gonna See Me Now foi um desafio que eu não consegui de primeira. Lindíssima e tristérrima, na condição de única música de trabalho do álbum, atingiu um surpreendente 12º lugar na parada de singles da época.



O grand finale traz em seu título a conclusão a que Alice deve ter chegado após o fim de suas “férias”. We’re All Crazy (Somos Todos Loucos) faz ainda mais sentido em sua seqüência final, entoada pelo próprio coral de doidos varridos. Numa classificação geral, ainda que não ostente o status de clássico de Love It to Death (1971) e Billion Dollar Babies (1973) – só para citar os que eu considero indispensáveis –, eu colocaria From the Inside entre os principais discos de Alice Cooper nos anos 70 e um álbum conceitual dos mais dignos de respeito.

01. From the Inside
02. Wish I Were Born in Beverly Hills
03. The Quiet Room
04. Nurse Rozetta
05. Millie and Billie (duet with Marcy Levy)
06. Serious
07. How You Gonna See Me Now
08. For Veronica’s Sake
09. Jackknife Johnny
10. Inmates (We’re All Crazy)

Alice Cooper – vocais
Mark Volman – vocais
Steve Lukather – guitarra
Davey Johnstone – guitarra
Rick Nielsen – guitarra
Dick Wagner – guitarra
Dee Murray – baixo
Jim Keltner – bateria
David Foster – teclados
Jay Graydon – sintetizadores, guitarra e teclados

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sábado, 6 de novembro de 2010

Fates Warning – Rare and Unreleased [2010]

Já deixei claro em inúmeras postagens o quanto admiro o Fates Warning e, principalmente, seus líderes, o vocalista Ray Alder e o guitarrista Jim Matheos. Como sua música é sempre uma boa pedida, acredito que nunca me cansarei de compartilhá-la com vocês. O único problema é que apesar do status que possui na cena metálica mundial, são poucas as raridades relacionadas à banda e canções extras disponíveis por aí. Mas como a preferência da casa é sempre pela qualidade – são raras as vezes que optamos pela quantidade –, aqui está um piratão curtinho, porém valioso.

Com capa feita por mim – opinem! –, Rare and Unreleased tem início com a trinca de canções inéditas lançadas na coletânea Chasing Time, de 1995: “At Fates Fingers” (versão alternativa de “At Fates Hands”, do Perfect Symmetry), um remix de “We Only Said Goodbye” (do Parallels) e “Circles”, canção inédita que fecha o ciclo da melhor época do grupo, que compreende justamente os quatro primeiros discos com Alder nos vocais. Na seqüência temos quatro covers: “Closer to the Heart” (Rush), “In Trance” (Scorpions), “Saints in Hell” (Judas Priest) e “The Sign of the Southern Cross” (Black Sabbath), todas já lançadas anteriormente em albums-tributo às respectivas bandas.

Tão criticado quanto aplaudido, o conceitual A Pleasant Shade of Gray, de 1997, marca presença com um remix de sua “Part II” e uma demo de sua “Part IV”. E como bônus exclusivo para os passageiros do Volks mais rock’n’roll do Brasil, uma versão ao vivo de “Eye to Eye”. Aproveito esta postagem para dizer o quanto me deixa feliz ver que a Combe, mesmo na minha ausência para botar ordem na casa – ou no veículo –, continua a mil. Como diria certo comediante corinthiano que anda vendo o sol nascer quadrado: “Rumo a Tóquio!”.

01. At Fates Fingers
02. We Only Said Goodbye [Remix]
03. Circles
04. Closer to the Heart
05. In Trance
06. Saints in Hell
07. The Sign of the Southern Cross
08. A Pleasant Shade of Gray – Part II [Remix]
09. A Pleasant Shade of Gray – Part II [Demo]
10. Eye to Eye [Live]

O line-up varia de música para música.

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Glasgow - Zero Four One [1987]

Tudo começou em Glasgow em 1982 quando o vocalista Michael Boyle se juntou a Archie Dickson (guitarra), Neil Russell (baixo) e Joe Kilna (bateria) formando o Wildcat. Usando como desculpa a existência de grupos como Boston e Chicago, mudaram de nome para Glasgow e assinaram com a Neat Records no ano seguinte para o lançamento de um EP, Under the Lights e, em 1984, do single Stranded/Heat of the Night.

O primeiro e único full-length veio em 1987, quando o Glasgow já gozava de certo prestígio na cena local por ter sido banda de abertura de Nazareth e Uriah Heep. Nomeado a partir do código de discagem telefônica de Glasgow na época, Zero Four One (ou 041) é um registro de altíssimo nível; apenas oito faixas, mas com uma produção invejável. Sem contar a participação do tecladista “tô em todas”, Don Airey.

“We Will Rock” abre os trabalhos com um riff simples, porém marcante e um refrão cantado em coro, daqueles que incendeiam multidões ao vivo. Na seqüência temos o single “Secrets in the Dark”, que transborda melodia e bom gosto. Depois de meio minuto de introdução, tem início “Back on the Run”, uma belíssima balada com peso na medida certa. A festeira “My Heart is Running with the Night” encerra o então lado A da bolacha.

“Meet Me Halfway” mantém o clima de festa e abre alas para a regravação de “Under the Lights”, que aqui aparece com novo arranjo baseado em teclas em vez de cordas. E tome mais uma balada. “No More Lonely Nights” é longa e devagar, quase parando, mas é também o momento em que a voz de Boyle mais se destaca numa interpretação pra lá de emocionante! A direta e pesada “Breakout” põe fim aos 41 minutos de audição.

Por ironia do destino, o Glasgow se separaria em 1988 e, até onde eu sei (a partir de consultas ao aluno mais inteligente da sala, o Google), a banda tentou se reunir em dezembro de 2009 para alguns shows em homenagem ao então recém-falecido Kilna, mas parece que a idéia não saiu do papel – o que é uma pena, pois se teve um grupo que soube misturar NWOBHM e AOR com precisão, esse grupo foi o Glasgow. E Zero Four One é a prova máxima disso.

01. We Will Rock
02. Secrets in the Dark
03. Back on the Run
04. My Heart is Running with the Night
05. Meet Me Halfway
06. Under the Lights
07. No More Lonely Nights
08. Breakout

Michael Boyle – vocais
Archie Dickson – guitarra
Neil Russell – baixo
Joe Kilna – bateria

Músicos adicionais:
Don Airey – teclados
Gavin Povey – teclados

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domingo, 26 de setembro de 2010

V.A. - Stallone Cobra: Original Motion Picture Soundtrack [1985]

Lançado em 1985 com base no livro Fair Game de Paula Gosling, Cobra é um guia de masculinidade. No filme, Sylvester Stallone é Marion Cobretti, o Cobra, policial cabra-macho que corta pizza com tesoura e combate o crime com vigor e frases de efeito. Na época, o longa foi massacrado pela crítica, mas hoje em dia, assim como boa parte dos filmes-clichê dos anos 80, ostenta um status de cult indiscutível, e é referência quando o assunto é formação de caráter de uma geração. Bons tempos! Confira uma cena clicando aqui.

E o que dizer a respeito de sua trilha sonora? Assinada pelo xará de Stallone, Sylvester Levay, traz nomes de peso – há duas décadas atrás eram – como Bill Medley (o mesmo que canta “(I’ve Had) The Time of My Life”, tema do filme Dirty Dancing) e Robert Tepper – quem não se lembra de “No Easy Way Out”, do histórico túnel do tempo de Rocky IV? –, além de nomes em ascenção, como Jean Beauvoir (também conhecido como João Bovoá) e uma tal de Gloria Estefan liderando o extinto Miami Sound Machine.

Mas vamos direto aos destaques, que ficam por conta de “Feel the Heat”, onde o então futuro vocalista do Voodoo X e Crown of Thorns mostrou que seu talento ia muito além das composições para o KISS; a açucarada “Loving on Borrowed Time”, de Bill Medley em dueto com Gladys Knight – outra que aparece também na soundtrack de Rocky IV –; “Suave” (mais pela cena em que ela toca que pela música em si) e “Angel of the City”, que a despeito de não ter repetido o sucesso de “No Easy Way Out”, ajudou a sustentar, mesmo que por pouco tempo, a popularidade alcançada por Robert Tepper.

Há também três instrumentais compostas por Sylvester Levay exclusivamente para a trilha sonora. Curiosamente, a melhor delas, “Skyline”, é a única que não é tocada no filme. No mais, fica a certeza de que, seja usando luvas de boxe, seja usando o distintivo com a alcunha de “o braço forte da lei”, Stallone no cinema é garantia de soundtrack de alto nível.

01. Voice of America's Sons (John Cafferty and the Beaver Brown Band)
02. Feel the Heat (Jean Beauvoir)
03. Loving on Borrowed Time (Bill Medley with Gladys Knight)
04. Skyline (Sylvester Levay)
05. Hold on to Your Vision (Gary Wright)
06. Suave (Miami Sound Machine)
07. Cobra (Sylvester Levay)
08. Angel of the City (Robert Tepper)
09. Chase (Sylvester Levay)
10. Two into One (Bill Medley with Carmen Twillie)

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Clique na imagem para ler a sinopse

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domingo, 19 de setembro de 2010

Firehouse - O2 [2000] e Prime Time [2003]

O2 [2000]

A virada do século não foi das melhores para o Firehouse, que tendo acabado de lançar seu primeiro CD ao vivo, Bring ‘Em Out Live, disse adeus ao baixista Perry Richardson. Por sugestão de Bill Leverty, o ex-Gregg Allman, Bruce Waibel foi chamado. Ainda em 2000, o quarteto entrou em estúdio para gravar seu sétimo álbum. O2 teve lançamento no Japão (Pony Canyon Records) e nos Estados Unidos (Spitfire Records) em novembro daquele ano.

Ainda que não seja festejado como seus antecessores, O2 traz um bom repertório, que ora olha para trás colocando sorrisos nos rostos dos saudosistas, ora olha ao redor e para frente buscando conquistar novos adeptos e potenciais consumidores. Velho que sou (risos), valorizo muito mais os momentos que remetem à sonoridade que consagrou a banda nos primórdios, como por exemplo a balada "Loving You is Paradise", que não fica devendo em nada para as clássicas "Love of a Lifetime" e "When I Look Into Your Eyes".

Destaque também para "Don't Fade on Me" (refrão marcante, no melhor estilo C.J. Snare) , "I'd Rather Be Making Love" (espero que qualquer semelhança com "Whiskey in the Jar" seja apenas mera coincidência), "I'm in Love This Time" (que faz parte da ala mais "moderna" do álbum, mas surpreendeu) e "Call of the Night" (um final perfeito com a melhor dentre as 10 músicas).

01. Jumpin'
02. Take It Off
03. The Dark
04. Don't Fade on Me
05. I'd Rather Be Making Love
06. What You Can Do
07. I'm in Love This Time
08. Unbelievable
09. Loving You is Paradise
10. Call of the Night

C.J. Snare - vocais e teclados
Bill Leverty - guitarras e vocais
Bruce Waibel - baixo e vocais
Michael Foster - bateria, percussão e vocais

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Bruce Waibel, Michael Foster, C.J. Snare e Bill Leverty

***

Prime Time [2003]

Dois anos após o lançamento de O2, o Firehouse embarcou na turnê Metal Edge. Foram três meses excursionando ao lado de Dokken, L.A. Guns, Ratt e Warrant, o que fez Bruce Waibel pedir as contas alegando necessidade de passar mais tempo com a família. Foi a vez do brasileiro Dario Seixas se juntar à banda, que logo em seguida deu início à pré-produção de seu oitavo álbum. Prime Time saiu em agosto de 2003. No mês seguinte, Waibel seria encontrado morto na casa de um amigo na Flórida. Mas isso é outra história.

A proposta de Prime Time é bem semelhante a de O2; um olho no passado, outro no presente e no futuro. E novamente o Meanstreet aqui daria preferência aos momentos de caráter retrô. O "problema" é que neste álbum o velho e o novo foram misturados, conferindo ao mesmo certa linearidade, mas resultando também em canções que começam boas e ficam ruins ou vice-versa. Outro problema (agora sem aspas mesmo) é a produção, muito aquém do padrão Firehouse de qualidade.

Carro-chefe de Prime Time, "Crash" está entre os destaques, bem como "Door to Door", que até hoje não descobri se foi extraída de algum show da banda, e "Perfect Lie", que é a minha favorita com todos os méritos; ótimo guitarwork e uma letra que vale de prova cabal (ao menos nesse álbum) para comprovar que, a despeito dos conflitos internos, C.J. Snare, Bill Leverty e Michael Foster são compositores de primeira.

01. Prime Time
02. Crash
03. Door to Door
04. Perfect Lie
05. Holding On
06. Body Language
07. I'm the One
08. Take Me Away
09. Home Tonight
10. Let Go

C.J. Snare - vocais e teclados
Bill Leverty - guitarras e vocais
Dario Seixas - baixo e vocais
Michael Foster - bateria, percussão e vocais

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Michael Foster, C.J. Snare, Bill Leverty e Dario Seixas

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Richard Marx – Days in Avalon [2000]

Aniversariante do dia, Richard Noel Marx nasceu no dia 16 de setembro de 1963, em Chicago. Iniciou sua carreira em meados da década de 80 cantando soft rock estilo light fm. Seu segundo álbum, Repeat Offender (1989) fez com que obtivesse o status que ostenta até hoje de ícone da música pop romântica. É casado há quase 21 anos com a vocalista da banda Animotion, Cynthia Rhodes – sua principal fonte de inspiração.

Eis aqui o disco que fez com que Marx entrasse com pé direito no século XXI. Days in Avalon, sexto trabalho do cantor, foi lançado em 24 de outubro de 2000 pela Signal 21 Records, gravadora independente fundada por Marx em parceria com Bobby Colomby, do Blood, Sweat, and Tears. Um detalhe curioso é que este foi um dos únicos títulos editados pelo selo – o outro também de Marx, foi a coletânea Timeline –, que deixou de existir pouco tempo depois.

Em termos de música, Days in Avalon consiste no trabalho menos roqueiro de Marx até então, com ênfase total nas baladas. O disco é marcado por melodias suaves e canções de andamento mais lento, mas nada que impeça que Marx dê suas subidas de voz a alturas impressionantes – coisa que ele faz até hoje sem o menor esforço. Há algumas guitarrinhas perdidas também, mas no geral, o instrumento preponderante é o teclado.

Se nos Estados Unidos a repercussão não foi das melhores – o single “Days in Avalon” não passou de uma amarga 25ª posição –, no Japão o sucesso foi tão grande que o disco foi relançado em 2002 pela Jive com nova arte e bonus tracks exclusivas para o mercado japonês, o que prova o quão rentável é para os artistas – não apenas os norte-americanos, mas também os europeus e até mesmo os brasileiros – lançar seu material na terra do sol nascente.

01. Days in Avalon
02. Shine
03. Someone Special
04. Almost Everything
05. The Edge of Forever (dueto com Chely Wright)
06. Power of You and Me
07. One More Time
08. Waiting on Your Love
09. More Than a Mystery
10. Boy Next Door
11. Too Early to Be Over
12. Straight from My Heart

Recuso-me a escrever os quase 30 músicos que tocaram no álbum.

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