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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Gary Moore - Blues Alive [1993]


Toda a importância de Gary Moore já foi muito bem citada pelo amigo Dragztripztar em sua última postagem, bem como nas anteriores realizadas por mim e por Weschap. Além disso, é chover no molhado dizer que o cara é um dos guitarristas mais competentes do Rock, não só por sua habilidade, mas também por sua versatilidade e sensibilidade em composições, e que seu falecimento foi e será sentido por qualquer amante de boa música.

"Blues Alive" é uma das maiores provas dessa competência. O período entre o fim da década de 1980 e o começo da década de 1990 representou uma transição musical para o irlandês, que passou os anos 80 lançando ótimos discos de Hard Rock nos moldes clássicos mas decidiu fazer um pouco do som que desde sempre declarou paixão eterna: o Blues.

Moore fez uma opção sábia, pois os seus primeiros lançamentos blueseiros foram muito bem recebidos. Teve uma brusca mudança musical sem perder a qualidade, o que é raro e admirável. Para concluir os recentes êxitos, nada melhor do que lançar um álbum ao vivo nos moldes dos full-length, trazendo um Blues Rock elétrico e recheado de solos de guitarra.

Da esquerda pra direita: Andy Pyle, Tommy Eyre, Gary Moore

As gravações para "Blues Alive" foram compiladas entre maio e outubro de 1992, em concertos da turnê de divulgação de "After Hours", lançado neste mesmo ano. E o que se nota do começo ao fim é um Gary completamente inspirado e endiabrado, com uma performance incrível tanto nos vocais quanto na guitarra, onde se destaca de uma forma inexplicável. Trouxe consigo uma banda de apoio competente, mas de músicos pouco conhecidos da grande massa, incluindo o baixista Andy Pyle, ex-integrante do The Kinks e do Wishbone Ash.

O repertório compila canções dos dois álbuns mais recentemente lançados na época, com exceção de "Parisienne Walkways", de 1978, composta em parceria com Phil Lynott. Há um bom número de composições assinadas por Moore, destacando-se pérolas como "Since I Met You Baby", "Separate Ways" e "Still Got The Blues"; mas há também uma quantidade notável de covers de clássicos do Blues, como "Further On Up The Road", "Oh Pretty Woman" e "Too Tired", esta que contou com uma aparição especial de Albert Collins na guitarra e nos vocais.

No mais, "Blues Alive" é mais um trabalho incrível de Gary Moore, que se foi ontem mas deixou uma discografia excelente e um legado incontestável que saiu do Rock e adquiriu contexto universal na música. Descanse em paz.



01. Cold Day In Hell
02. Walking By Myself
03. Story Of The Blues
04. Oh, Pretty Woman
05. Separate Ways
06. Too Tired
07. Still Got The Blues
08. Since I Met You Baby
09. The Sky Is Crying
10. Further On Up The Road
11. King Of The Blues
12. Parisienne Walkways
13. Jumping At Shadows

Gary Moore - vocal, guitarra
Andy Pyle - baixo
Graham Walker - bateria
Tommy Eyre - teclados
Martin Drover - trompete
Frank Meat - alto sax, gaita
Nick Pentalow - saxofone tenor
Nick Payn - saxofone barítono
Candy Mackenzie - backing vocals
Carol Thompson - backing vocals

Músico adicional:
Albert Collins - vocal e guitarra em 6

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by Silver

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Gary Moore - Dirty Fingers [1984]


Pela segunda vez, ao acessar a internet, logo depois que acordo, me deparo de cara com a morte de um ícone (antes foi o Steve Lee). E hoje, faleceu o maior responsável por abrir minha mente. No momento em que estava empolgado apenas com Hard Rock, me fora apresentado o Gary Moore através do Dirty Fingers. Pensei que se tratava de um grande músico do Hard Rock. Fui atrás de seus outros registros 80's e comprovei. Mas duas fases "estranhas" eram intercaladas por estes discos que havia conhecido. E foi aí que constatei que era muito mais do que pensava. Moore tem um legado referencial no Hard, Blues e Jazz Rock. Um gênio incontestável.

Por ter crescido em meio ao cenário caótico da Irlanda, devido os ataques terroristas do Exército Republicano, Moore sempre despejou toda sua ira (trocadilho infame) nas composições. E apesar da heterogeneidade que marcou sua carreira, se manteve inexorável no que concerne à sua integridade como músico, sempre oferecendo música feita com a alma e o coração, nunca deixando de lado a elevadíssima qualidade. E o meu momento preferido de sua carreira se encontra no sétimo álbum solo. Talvez por ser o primeiro contato que tive com sua obra, mas mesmo depois de conhecer sua carreira a fundo, ainda vejo o Dirty Fingers como um disco especial e com fortes particularidades.

Um dos aspectos mais ímpar deste disco é a forma como Moore canta. Em nenhum outro play, o irlandês demonstrou as flexibilidades vocais registradas aqui, soltando agudos violentos na raça. E o line-up formado por outros músicos lendários reforça o convite para conhecer o álbum. Fora o line-up fixo, o disco conta com a participação de Charlie Huhn (Ted Nugent, Foghat, Humble Pie), que é responsável por cantar a música de abertura, "Hiroshima". Ouça o riff e tente contar quantas vezes já ouviu o mesmo sendo executado em outras tantas músicas. Na sequência, o lendário guitarrista mostra toda a velocidade técnica no curto instrumental que dá título à bolacha.



"Bad News", minha preferida, impõe características mais ligadas ao Heavy Metal e solos excitantes. E a já popularizada canção "Don't Let Me Be Misunderstood" como "cover do The Animals", recebe uma de suas melhores versões. Ao ouvir "Run to Your Mama" me pergunto o que faltou para essa música ser tida como hino do Rock. Moore também sempre se mostrou irascível em relação aos ataques bélicos deliberados, e a combatividade da guerra com mais guerra, fazendo os envolvidos e os inocentes viver sob o medo constante de morrer a qualquer momento. E aqui essa crítica surge com "Nuclear Attack", composta por Moore originalmente para o debut solo do Greg Lake.

O lado mais comercial do projeto G-Force aparece em "Kidnapped" e "Lonely Nights". O que pode ser explicado pelo fato do LP ter sido gravado em 1980, o mesmo ano em que saiu o G-Force, sendo arquivado com a intenção de apostar em lançamentos mais acessíveis pra obter grande visibilidade e poder lançar trabalhos mais descompromissados - comercialmente falando. E outro estilo abordado num lançamento durante o arquivamento de Dirty Fingers aparece em "Really Gonna Rock", bem na linha de "Rockin' Every Night" do Corridors of Power (1982). Puro Rock 'n Roll! E a belíssima balada "Rest in Peace" finaliza o espetáculo narrando uma história meio sinistra de aparição - novamente com os vocais de Huhn.

Mesmo tendo uma grande reputação apenas na Europa, Moore é, sem dúvida alguma, um dos maiores representantes do Rock de todos os tempos. Músico possuidor de um legado incomparável (me recuso a falar com o tempo no passado). E só não repercutiu mais por que não é muito aceitável que o músico explore sua criatividade ao máximo. Faz-se Hard, é comercial, se produz Jazz, é enfadonho, e por aí vai (para muitos). Mas basta ter sensatez pra notar que Moore nunca fez nada além de expor seus sentimentos com diversas abordagens. Capacidade criativa e sabedoria de colocar a música como arte, é muito diferente de entretenimento gratuito. A resposta de um sobrevivente, através da música, para a desumanidade dos hipócritas que só são homens empunhando armas.

01 - Hiroshima
02 - Dirty Fingers
03 - Bad News
04 - Don't Let Me Be Misunderstood
05 - Run To Your Mama
06 - Nuclear Attack
07 - Kidnapped
08 - Really Gonna Rock
09 - Lonely Nights
10 - Rest In Peace

Gary Moore - vocal/guitar
Jimmy Bain - bass
Tommy Aldridge - drums
Don Airey - keyboards

Charlie Huhn - vocal on 1, 10

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Dragztripztar

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Gary Moore - Corridors of Power [1982]



Com certeza Gary Moore está na lista dos grandes guitarristas da história do rock. Esse irlândes teve a oportunidade de iniciar a sua carreira em uma banda chamada Skid Row (não a que vocês conhecem, mas sim uma do final dos anos 60) ao lado de uma lenda, o grande Phil Lynott e teve oportunidade em trabalhar novamente com o mesmo no espetacular Thin Lizzy no álbum "Black Rose", sem falar nos inúmeros projetos como o BBM (que reúne mais duas lendas, Jack Bruce e Ginger Baker, oriundos do espetacular power trio Cream).

Mas em sua carreira solo, principalmente nos anos 80, ele nos presentou com discos memoráveis, com o pé afundado no hard rock tradicional, antes de sua mudança para o blues a partir dos anos 90 com o disco "Still Got the Blues". Entre estas pérolas, a que mais se destaca na minha humilde opinião é o espetacular "Corridors of Power, lançado no ano de 1982. E ao ver a banda que o acompanhava, fica maior a certeza de que viria coisa boa por aí, tendo o magistral Ian Paice nas baquetas, Neil Murray no baixo (que já havia tocado com o Whitesnake) e Tommy Eyre, que tinha em seu currículo trabalho com outras feras como Greg Lake e Joe Cocker. Como uma formação dessas não tinha como surgir algo menos que excelente.

E o que temos é um álbum coeso e talvez um dos mais pesados da carreira de Moore, mandando pedrada atrás de pedrada e encantando a cada música na audição desta pérola. Logo de cara sem tempo nenhum nem para respirar temos "Don't Take Me for a Loser", um hard empolgante e vigoroso, em que toda a banda se destaca em suas atuações, com uma cozinha perfeita e guitarras cheias de distorção e peso, mostrando que o que viria a seguir seria genial. Caso a primeira música não convença, a lindíssima balada "Always Gonna Love You", tratará de dissipar qualquer dúvida de que o que temos é acima da média, principalmente nos inspirados solos e riffs de Moore e na bela melodia de piano na mesma, fazendo uma power ballad como a cartilha manda, com melodia e peso equilibrados de maneira perfeita.


Logo após temos um ótimo cover da clássica "Wishing Well", chovendo no molhado no quesito atuação dos membros da banda, sendo que até Moore estivesse em um dos melhores momentos de sua carreira, principalmente em suas linhas vocais. "Gonna Break My Heart Again" é uma aula de toda a banda, com mais uma vez Moore mandando solo atrás de solo de maneira inspiradíssima e Paice e Murray dando uma aula de condução na cozinha, entrosados de maneira perfeita. "Falling in Love with You" explora o lado mais bluseiro dele, uma balada climática no estilo onde ele sempre se sentiu mais em casa de bom gosto e perfeita para um momento a dois.

A aula de guitarra deste gênio ficou guardada para a sexta música, onde ele rouba a cena nos quase sete minutos de duração, dando uma aula de técnica na guitarra, mandando solos mais rápidos e pesados, mostrando que não a toa é considerado um dos grandes guitarristas da história do rock. "End of the World" é empolgante até o osso, levantando até defunto, sendo contagiante e mais uma vez vemos que o timaço aqui reunido fez a diferença, fazendo uma paulada magistral soarem nos nossos ouvidos, em um rock feito para estourar timpanos. E o ritmo é ainda mais acelerado em "Rockin' Every Night", onde toda a banda desce o braço sem dó, e a linha de baixo de Murray é matadora e empolgante e banda vai em ritmo frenético até o final.

Finalizando este clássico temos mais duas grandes canções em ritmo um pouco mais cadenciado. Primeiro em "Cold Hearted" temos um hard n' blues voltando para a principal especialidade de Moore que é a influência mais bluesy e continuando nessa linha, a carregada e emocional balada "I Can't Wait Until Tomorrow" onde acabamos por estarrecidos por ver o grande disco proporcionado até aqui. Recomendado para aqueles que gostam da fase mais clássica do hard. E cuidado com os tímpanos, pois escutar esta maravilha no volume máximo pode causar surdez! EXTREMAMENTE RECOMENDADO...


1.Don't Take Me for a Loser
2.Always Gonna Love You
3.Wishing Well
4.Gonna Break My Heart Again
5.Falling in Love with You
6.End of the World
7.Rockin' Every Night
8.Cold Hearted
9.I Can't Wait Until Tomorrow


Gary Moore - Vocais e Guitarras
Ian Paice - Bateria e Percussão
Neil Murray - Baixo
Tommy Eyre - Teclado

Músicos Convidados:
John Sloman - backing vocals em "Always Gonna Love You"
Jack Bruce - vocais de apoio em "End of the World"
Bobby Chouinard - Bateria em "End of the World"
Mo Foster - Baixo em "Falling in Love with You"
Don Airey - keyboards on "Falling in Love with you"

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By Weschap Coverdale

terça-feira, 20 de abril de 2010

BBM - Around The Next Dream [1994]


Em meados dos anos 1990, os integrantes do BBM estavam em carreira solo até que, durante um show especial realizado para comemorar os 50 anos de Jack Bruce, eis que Ginger Baker e Gary Moore, após uma jam descompromissada, resolveram unir suas forças para consolidar o BBM.

Baker e Bruce já trabalharam juntos no clássico e influente Cream - inclusive os dois se reuniram com Eric Clapton para uma apresentação especial no Rock And Roll Hall Of Fame, mas como Clapton recusou uma volta definitiva, os dois firmaram com Moore, que dispensa quaisquer apresentações nesse blog.

"Around The Next Dream" é o único registro deixado por esse power-trio, regado por influências do Blues e do Rock n' Roll em suas raízes. Como era de se esperar, a qualidade é incontestável melodias excelentes, letras maravilhosas e instrumental tocado de forma magistral, com destaques para as vozes de todos, para a bateria criativa de Ginger Baker e, principalmente, para os solos de mestre Gary Moore, com pegada e feeling ímpares.

Os destaques, ao meu ver, ficam por conta da animada "City Of Gold", da nostálgica "Glory Days", da blueseira (como já diz o nome) "Can't Fool The Blues" e do tributo ao grandioso Albert King, "I Wonder Why (Are You Mean To Me)". Mas se só isso prestasse no disco, não seria postado na íntegra. (risos)

Um must-have em sua coleção, caro leitor!

01. Waiting In The Wings
02. City Of Gold
03. Where In The World
04. Can't Fool The Blues
05. High Cost Of Loving
06. Glory Days
07. Why Does Love (Have to Go Wrong)
08. Naked Flame
09. I Wonder Why (Are You Mean To Me)
10. Wrong Side Of Town

Gary Moore - vocais, guitarra, teclados
Jack Bruce - vocais, baixo, cello
Ginger Baker - vocais, bateria, percussão, teclados

Músicos adicionais:
Tommy Eyre - teclados
Arran Ahmun - bateria em 3
Morris Murphy - trompete em 6

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by Silver

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Gary Moore - Run For Cover [1985]


Dotado de talento e criatividade ímpares, Gary Moore dispensa apresentações na Combe. Já trabalhou com verdadeiros monstros do rock n' roll como Greg Lake, Thin Lizzy (menções honrosas ao seu perfeito trabalho em "Black Rose") e até mesmo com Ginger Baker e Jack Bruce, ambos do Cream, no ótimo projeto BBM - que, em breve, pretendo trazer para o blog, além de várias participações em inúmeros projetos.

O oitavo disco da carreira solo de Gary Moore parece ter o fôlego de um debut arrasa-quarteirões. Lançado em setembro de 1985, "Run For Cover" é reconhecido, até hoje, como um dos melhores já lançados por Moore in solo em vários aspectos, como musical e comercial.

Aqui, Gary mergulha de cabeça numa sonoridade mais galgada no gênero que estava fazendo sucesso no momento: o Hard Rock. Nada comparado ao Bon Jovi ou ao King Kobra (risos), pois Gary preza por suas influências blueseiras. Mas "Run For Cover" apresenta várias características datadas "modernas" até então, como progressões mais melódicas, refrães fortes, bateria recauchutada com peso, entre outras jogadas mais comerciais que, ao meu ver e ao ver de muitos, acabaram permitindo que o álbum fosse bem-sucedido em sua proposta.

A line-up responsável por essa gravação é, no mínimo, invejável. Além da presença óbvia de Gary Moore, que já vale a audição, o time conta com participações de Glenn Hughes, Neil Carter, Don Airey, Bob Daisley, Phil Lynott, entre vários outros competentes músicos.

Uma curiosidade interessante porém infeliz é que Glenn Hughes não gravou o disco inteiro (com exceção das faixas que Phil Lynott participa), nem participou da subsequente turnê porque Gary Moore mandou-o pra casa ouvir pagode. O motivo? Moore estava com raiva porque Hughes também estava participando do Phenomena e exigiu exclusividade de Hughes, o que não aconteceu. Bob Daisley foi convocado para terminar as gravações já realizadas e tocar em "Once In A Lifetime".

Além da já previsível "Out In The Fields", que atingiu as posições de número 3 e 5 nas paradas irlandesas e inglesas, respectivamente, vale destacar as excelentes "Reach For The Sky", "Nothing To Lose", "All Messed Up", "Military Man" e a faixa-título. Discão!

01. Run For Cover
02. Reach For The Sky
03. Military Man
04. Empty Rooms
05. Out Of My System
06. Out In The Fields
07. Nothing To Lose
08. Once In A Lifetime
09. All Messed Up
10. Listen To Your Heartbeat

Gary Moore - vocal, guitarra
Neil Carter - vocal em 1, 4, 7, 8 e 10, teclados em 5, 7, 8 e 10
Glenn Hughes - baixo, vocal em 2 e 9
Phil Lynott - baixo e vocal em 3 e 6
Bob Daisley - baixo em 8
Gary Ferguson - bateria em 1, 8 e 9
Charlie Morgan - bateria em 2, 3 e 6
Paul Thompson - bateria em 5 e 7
James (Jimbo) Barton - samplers em 4
Andy Richards - teclados
Don Airey - teclados em 3 e 6

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by Silver

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Gary Moore - We Want Moore! [1984]


Durante a turnê para o excelente "Victims Of The Future", o guitarrista Gary Moore decidiu lançar seu terceiro álbum ao vivo, que foi gravado em quatro noites do ano de 1984: Londres (11 de fevereiro), Glasgow (14 de fevereiro), Tóquio (29 de fevereiro) e Detroit (23 de junho). Assim se deu "We Want Moore!", um bárbaro registro de uma ótima fase de sua carreira.

O irlandês, que ainda batalhava por um lugar ao sol como artista solo, já havia feito história com seu único disco gravado com o Thin Lizzy ("Black Rose: A Rock Legend") e com sua participação em "Still In Love With You", do álbum "Nightlife", também do Lizzy. E, de fato, viria a fazer mais história com sua excelentíssima carreira solo.

Aqui o caro ouvinte encontra um Hard Rock certeiro com um pé no Classic Rock e no Blues, com direito a composições de se tirar o folêgo, peso elementar e algumas pitadas de 80's Hard/Heavy, mas nada muito discrepante.

Em plena forma, Gary Moore está simplesmente mandando muito bem neste registro! Tanto na guitarra, com solos maravilhosos e criatividade fantástica, quanto nos vocais, com grandioso alcance e característico timbre, Moore realmente impressiona durante os 66 minutos de play, sem exageros.


A banda de apoio, liderada pelo multi-instrumentista Neil Carter, também merece ser mencionada por sua solidez e competência. A mesma conta com o lendário baterista Ian Paice na maioria das faixas deste registro, em concertos realizados pouco antes de sair para a reunião do Deep Purple, alguns meses depois.

O repertório foi baseado principalmente nos dois álbuns lançados anteriormente pelo irlandês: o já citado "Victims Of The Future" e seu respectivo antecessor, "Corridors Of Power". Ao meu ver, captou o melhor da carreira solo de Gary até então, com petardos do nível de "Cold Hearted" (com solos excelentes), "Empty Rooms" e da matadora abertura "Murder In The Skies". Só uma exceção foi feita para a clássica "Back On The Streets, do álbum de mesmo nome lançado em 1978.

Além das canções anteriormente citadas, é digno falar do cover "Shapes Of Things" do The Yardbirds, de "End Of The World" e do belo fechamento do play com o hino "Rockin' And Rollin'". Discão!

01. Murder In The Skies
02. Shapes Of Things (The Yardbirds cover)
03. Victims Of The Future
04. Cold Hearted
05. End Of The World
06. Back On The Streets
07. So Far Away
08. Empty Rooms
09. Don't Take Me For A Loser
10. Rockin' And Rollin'

Gary Moore - vocal, guitarra solo
Neil Carter - guitarra, teclados, backing vocals
Craig Gruber - baixo
Ian Paice - bateria

Músicos adicionais:
Bobby Chouinard - bateria em 2, 3 e 9
Jimmy Nail - vocal adicional em 10

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by Silver