No disco de estreia, torna-se impossível ficar indiferente à enérgica versão de "Summertime" (Gershwin), ao melhor estilo mersey beat, numa antológica interpretação vocal de Carlos Mendes. Na segunda faixa, "Copo", original de Paulo de Carvalho cantado em «português do Brasil», os Sheiks enveredam por sonoridades do movimento Jovem Guarda liderado por Roberto e Erasmo Carlos. Virando o vinil, dois originais do parceiro Luís Miguel de Oliveira, "Gloo Gloo" e "Zalui". Um tributo, em inglês, às harmonias vocais doo wop, e uma balada, em francês, na toada dos marcantes Les Chats Sauvages. Um EP promissor. Segundo a Biografia do Ié-Ié, foi o terceiro disco mais vendido do ano, atrás de "Help!", dos Beatles, e de "O Fado Mora em Lisboa", de Mariema. E recebeu excelentes críticas. Na revista Flama, Judith Lupi Freire definiu: «Os Sheiks, quatro rapazes portugueses organizados em grupo artístico para a exploração da música moderna de dança, ao som de guitarras eléctricas, demonstram qualidades não inferiores às dos conjuntos estrangeiros do mesmo género.» (Pedro de Freitas Branco in "Sobreviventes: o Rock em Portugal na Era do Vinil")