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18/08/2024

Para uma amiga!


Parabéns, Isabel!

Desejo um dia muito feliz: :)) 

 


Um batente curioso, Tavira, 2024

A CHAVE

E de repente
o resumo de tudo é uma chave.

A chave de uma porta que não abre
para o interior desab
itado
no solo que inexiste,
mas a chave existe.


(...)
Carlos Drumond de Andrade, in O Corpo, 1984 
https://www.escritas.org/pt/t/54258/a-chave


Isabel procura a chave e encontra a maravilha!

Procura a maravilha!, lembrando Eugénio de Andrade. Afinal o que importa não é maravilharmos-nos?


O Hino ao Amor de Édith Piaf cantado por Céline Dion
na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, 2024 



07/04/2023

Páscoa Feliz!

 Desejo a todos uma Páscoa feliz!

O que acham deste novo chapéu?

Viva a imaginação!

É difícil encontrar a fonte desta foto de 1953, (siga o link it was taken in 1953)

https://retroette.com/2015/0

Vivendo este dia... o filme sobre a Paixão que me fez mais impressão, 
até hoje, foi o filme do Mel Gibson:


15/11/2022

Felicidade!


 João Menéres,

Parabéns!

Felicidades e muitos anos de vida. Um dia Feliz.

 


:))

Desafio: é no Porto, donde será?



Elisa and Lia playing a concert waltz by Luperce Miranda, called "Quando Eu me Lembro"

Cortesia do Youtube




16/10/2022

Memórias

 Querida MJ

Desejo que tenha um fim de dia feliz!

Parabéns!



Adeus, desapontamentos e tristezas. Que importam os homens aos rochedos e às montanhas?

                                                Jane Austen


Queen, the last song cortesia do Youtube



18/08/2020

Agora é que é !

 Para a Isabel 

Um dia muito feliz e muitos parabéns!


 Paul-Émile Chabas (1869-1937), Woman by the Sea, sd

 Woman by the Sea | Paul Emile Chabas | Oil Painting


O farol da Figueira para te guiar. :))


La Mer, 

 

01/08/2020

A ver o mar para "As sílabas de Amália"

A ver o mar, Salvador-Baía



A linha do horizonte atrai e chega a ser hipnótica.
 Isto é, prende o nosso olhar até nos perdermos em memórias.

[*Troca de dia 1 por dia 18, uma troca imperdoável].


Eu queria dar-te  um Fado

Eu queria dar-te  um Fado
com todo o sol de Lisboa
e aquele canto salgado 
que há em Camões e Pessoa
e é o som do mar quando ecoa
no tom do poema e do fado.

Eu queria dar-te um fado
com palavras por dizer
e o amor não encontrado
que só pode acontecer
quando a cidade tremer
no poema do teu fado.

Eu queria dar-te  um Fado
com o que vi e ouvi
no país imaginado
que sendo longe é aqui
e te leva além de ti
dentro do teu próprio fado.

Manuel Alegre, As Sílabas de Amália. Lisboa: D. Quixote, 2020, p. 55

* para a Isabel

Com a cortesia do youtube

25/07/2020

Edifício Chiado -Vidro partido...

Terá alguma ligação ao Eiffel e aos seus trabalhos realizados em Portugal?

EIFFEL- Vidro partido, 
Edifício Chiado, Coimbra (obra do gabinete de Eiffel em Portugal?)


Talvez se possa pensar que, porque somos engenheiros, a beleza não nos preocupa ou não tentamos construir estruturas, ao mesmo tempo que elas são sólidas e duradouras, lindas?
As funções da força não são sempre as condições de harmonia não escrita?

Gustave Eiffel
https://www.pensador.com/autor/gustave_eiffel/

Edifício Chiado  foi «construído nos primeiros anos do século XX pela firma Nunes dos Santos & C.ª, proprietária dos Grandes Armazéns do Chiado de Lisboa, o Edifício Chiado de Coimbra "(...) é emblemático de uma época da modernização da cidade (...)" (SILVA, 2006, p. 160).

Considerado "(...) o mais bello e magestoso edifício da Lusa Atenas(...)" (Idem, ibidem), este estabelecimento comercial foi inaugurado em 25 de Abril de 1910, sendo um dos raros exemplos de arquitectura do ferro existente na cidade mondeguina.
O autor do projecto permanece desconhecido, mas sem dúvida pode apontar-se ao Edifício Chiado um relevante papel na "(...) modernização do comércio, incluindo o design das lojas, os modos de produção e distribuição, bem como as relações de trabalho." (Idem, ibidem, p. 161). Implantado numa das principais artérias da Baixa de Coimbra, o edifício apresenta uma "fachada-montra" dividida por módulos, unidos de forma elegante pela estrutura de ferro de inspiração Arte Nova. Os diferentes pisos possuem varandas completamente envidraçadas, num jogo de formas geométricas que se conjugam com os recortes de gosto romântico das ferragens.
Embora seja inegável o seu carácter único no conjunto arquitectónico da Baixa, o Edifício Chiado encontrava-se devoluto na década de 70 do século XX, tendo sido então considerada a hipótese de ser demolido; no entanto, um movimento cívico propôs a sua aquisição pela Câmara Municipal de Coimbra, que se tornou proprietária do prédio em 1980.
Em 1995, o Edifício Chiado foi objecto de uma profunda intervenção, numa obra que resultou na sua conservação e adaptação a espaço museológico, e de que se destaca a manutenção da estrutura primitiva, exterior e interior, e do carácter estético de gosto cosmopolita que sempre o caracterizaram.
Actualmente o pólo museológico do Edifício Chiado alberga a Colecção Telo de Morais, que se divide em seis núcleos, integrando mobiliário, cerâmica, escultura, salientando-se, entre outros, o conjunto de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX.
Catarina Oliveira

DIDA/IGESPAR,I.P./ Abril de 2008»

Em memória de Peter Green que partiu hoje.

16/07/2020

A magia da cor: Gorsky - Um auto-retrato de 1912

A magia da cor.

Auto-retrato de Gorsky, um químico, fotógrafo.
Fotografia trabalhada para ter esta aspecto colorido em 1912.

(wikipédia)




Gorsky nasceu em Funicova Gora, na Rússia, em 1863. Formou-se em química, tendo estudado em S. Petersburgo, em Berlim e Paris. Desenvolveu técnicas para as primeiras fotografias a cores. Do resultado do seu trabalho surgiram as primeiras patentes de filmes a cores e de projecção de filmes com movimento.

Processo utilizado- fotografia de Alim Khan,1911
Ficheiro:Rgb-compose-Alim Khan.jpg

Gorsky tirava uma série de fotografias monocromáticas em sequência muito rápida, cada uma através de um filtro de cor diferente, vermelho, azul e verde. Ao projectar as três fotos monocromáticas com a luz da cor adequada era possível reconstruir  a cena com as cores originais. Porém, não tinha mecanismos para revelar/imprimir as fotos assim obtidas.

Tolstói em Yasnaya Polyana, litografia impressa de uma fotografia de Gorsky
File:L.N.Tolstoy Prokudin-Gorsky.jpg

A magia da cor ou a preto e branco, como é melhor observar o mundo?
.

22/03/2020

O castelo


Os muros cheios de hera
acolhem o sol preguiçoso
da primavera anunciada

Os homens onde estão?
Recolhidos nos seus castelos
ou moinhos de vento

à espera que o ar amanheça límpido,
inócuo, sem resquícios de vírus
importado do sol nascente...
e da terra onde as estátuas estão vivas.

O castelo torna-se local imperioso,
síto de protecção e defesa,
abrigo das tempestades e das pestes.
Estamos na idade do silêncio.





Com a gentileza do Youtube

11/01/2020

Salvador

Entardecer


A cidade dormiu cedo.
A lua ilumina o céu, vem a voz de um negro do mar  em frente.
Canta a amargura da sua vida desde que a amada se foi.
No trapiche as crianças já dormem.
A paz da noite envolve os esposos.
O amor é sempre doce e bom, mesmo quando a morte está próxima.
Os corpos não se balançam mais no ritmo do amor.
Mas no coração dos dois meninos não há nenhum medo.
Somente paz, a paz da noite da Bahia.
Então a luz da lua se estendeu sobre todos,
as estrelas brilharam ainda mais no céu,
o mar ficou de todo manso
(talvez que Iemanjá tivesse vindo também a ouvir música)
e a cidade era como que um grande carrossel
onde giravam em invisíveis cavalos os Capitães da Areia.
Vestidos de farrapos, sujos, semi-esfomeados, agressivos,
soltando palavrões e fumando pontas de cigarro,
eram, em verdade, os donos da cidade,
os que a conheciam totalmente,
os que totalmente a amavam,
os seus poetas.
Jorge Amado, Capitães da Areia
http://mundodelivros.com/poemas-de-jorge-amado/


19/10/2019

Like an angel


Movimento
Se tu és a égua de âmbar
                  eu sou o caminho de sangue
Se tu és o primeiro nevão
                  eu sou quem acende a fogueira da madrugada
Se tu és a torre da noite
                  eu sou o cravo ardendo em tua fronte
Se tu és a maré matutina
                  eu sou o grito do primeiro pássaro
Se tu és a cesta de laranjas
                  eu sou o punhal de sol
Se tu és o altar de pedra
                  eu sou a mão sacrílega
Se tu és a terra deitada
                  eu sou a cana verde
Se tu és o salto do vento
                  eu sou o fogo oculto
Se tu és a boca da água
                  eu sou a boca do musgo
Se tu és o bosque das nuvens
                  eu sou o machado que as corta
Se tu és a cidade profunda
                  eu sou a chuva da consagração
Se tu és a montanha amarela
                  eu sou os braços vermelhos do líquen
Se tu és o sol que se levanta
                  eu sou o caminho de sangue

Octavio Paz, in "Salamandra"
Tradução de Luis Pignatelli,
Retirado do Citador



12/10/2019

Luxo...

O peso da História, Palácio Nacional da Ajuda




In memoriam porque  dia 6 de Outubro fez 20 anos que morreu e mantive-me em silêncio...

14/09/2019

Através das grades, ao longe, o olhar solitário sobre o rio


Através das grades, ao longe, o olhar solitário sobre o rio


Não se vê o rio que corre...
Vê-se o asfalto cinzento
alcatrão alma do progresso
acelerado, 
movimento,
 pausa
vazio no momento.

27/07/2019

Eternidade (?)

Será que um parafuso agarra a eternidade?



Considero a eternidade celeste como um estado de abstração. Parece-me que se a compreendemos é através da teoria, não dos sentidos. A linguagem teúrgica pretende explicar-nos o que é, o que vale, e ficamos na mesma. Quer dizer, o nosso senso do relativo não pode abarcá-la. No fundo, repugna-nos. Que fechemos os olhos do entendimento... Pois fechemo-los, e vêem-se as almas a flutuar na eternidade como o verbo sobre o caos antes de ter sido criado o mundo. Quer dizer que não se vê nada. Nem sombras... nem sombras de penas ao vento, sequer. Mas eu quero aceitar a ideia de eternidade como sendo o oceano ilimitado em que passam à deriva, ou mesmo seguindo seus cursos, astros, asteróides, seres e coisas, a ciscalhada toda da criação.

Aquilino Ribeiro, Dom Frei BertolameuAs três desgraças teologais. Amadora: Bertrand, 1959, p. 168-69


Uma leitura de Verão que me apraz!

Cortesia do youtube

20/07/2019

Singelo


Singelo



Faz-se Luz

Faz-se luz pelo processo
de eliminação de sombras
Ora as sombras existem
as sombras têm exaustiva vida própria
não dum e doutro lado da luz mas no próprio seio dela
intensamente amantes loucamente amadas
e espalham pelo chão braços de luz cinzenta
que se introduzem pelo bico nos olhos do homem

Por outro lado a sombra dita a luz
não ilumina realmente os objectos
os objectos vivem às escuras
numa perpétua aurora surrealista
com a qual não podemos contactar
senão como amantes
de olhos fechados
e lâmpadas nos dedos e na boca

Mário Cesariny, in "Pena Capital" (in Citador)



13/07/2019

Quando ela pôs o chapéu



Quando ela pôs o chapéu

Quando ela pôs o chapéu
Como se tudo acabasse,
Sofri de não haver véu
Que inda um pouco a demorasse.
s.d.


Fernando Pessoa, Quadras ao Gosto Popular.  (Texto estabelecido e prefaciado por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1965. (6ª ed., 1973). p. 81.

Ivan Granatino

06/07/2019

Son de Maxima Calidad




O horror sórdido do que, a sós consigo,


Faz as malas para Parte Nenhuma!
Embarca para a universalidade negativa de tudo
Com um grande embandeiramento de navios fingidos
Dos navios pequenos, multicolores, da infância!
Faz as malas para o Grande Abandono!
E não esqueças, entre as escovas e a tesoura,
A distância polícroma do que se não pode obter.

Faz as malas definitivamente!
Quem és tu aqui, onde existes gregário e inútil —
E quanto mais útil mais inútil —
E quanto mais verdadeiro mais falso —
Quem és tu aqui? quem és tu aqui? quem és tu aqui?
Embarca, sem malas mesmo, para ti mesmo diverso!
Que te é a terra habitada senão o que não é contigo?

2-5-1933


Álvaro de Campos - Livro de Versos.  (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993. p.221.




28/06/2019

Da névoa como uma dádiva

Da névoa como uma dádiva




«A cultura é cara. A incultura acaba sempre por sair mais cara. 
E a demagogia custa sempre caríssima»

(Sophia M. B. Andresen, in Expresso, 12 de Junho de 1975)

Isabel Nery, Sophia de Mello Breyner Andresen, p. 212



Hasse: "Mea tormenta, properate!", Jakub Józef Orliński & Il pomo d'oro

24/06/2019

Para os visitantes

A todos agradeço a presença e peço desculpa por não ter respondido cabalmente aos comentários.

A vida obriga-nos, por vezes, a maiores silêncios. 

Azulejo da Estação dos Caminhos de Ferro da Cúria, Será o sol ou outra estrela?


Para mim é o sol, o astro maior que nos ilumina!


Manhã dos outros! Ó sol que dás confiança



Manhã dos outros! Ó sol que dás confiança
Só a quem já confia!
É só à dormente, e não à morta, esperança
Que acorda o teu dia.

A quem sonha de dia e sonha de noite, sabendo
Todo o sonho vão,
Mas sonha sempre, só para sentir-se vivendo
E a ter coração.

A esses raias sem o dia que trazes, ou somente
Como alguém que vem
Pela rua, invisível ao nosso olhar consciente,
Por não ser-nos ninguém.

s. d.


Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995), p.101.


Gostei deste filme de Julie Gautier


Credits : Choreographer : Ophélie Longuet Music : « Rain in your black eyes », Ezio Bosso. (P) Sony Music Entertainment. Cinematographer : Jacques Ballard Editor : Jérôme Lozano Colorist : Arthur Paux @ Spark Seeker Compositing : Gregory Lafranchi @GoneFX Sound mix : Nassim El Mounabbih @Dinosaures Production : Spark Seeker/Les Films Engloutis Associated Producers : Y-40 The Deep Joy/RVZ Camera Assistant : Arthur Lauthers Electrician Romain Mostri Safety Freedivers : Anne Maury - Fouad Zarrou Making off : Jimmy Golaz Camera Rental (Red VistaVision 8K) RVZ Light&Electric Rental : TSF Cannes

15/06/2019

O homem do realejo, beatnik?


O homem do realejo, beatnik?

Os dois lados do realejo

Pelo lado de cima,
o realejo é como um altar barroco,
de colunas douradas, flores grandiosas,
conchas crespas, abraço de volutas e fitas.

Pelo lado de cima,
o realejo é um pátio mágico,
onde cantam os pássaros e jorram os repuxos,
com requebros de dança
e festas de amor.

E das altas janelas voam para o realejo
pequenas moedas cintilantes,
libélulas douradas,
borboletas de prata,
pedacinhos de sol
gravitando na musica.

Do lado de baixo, a rodar a manivela,
há um homem sem emprego,
que alegra a rua.
mas tem os olhos graves.

Uns olhos que viram rios de sangue
em redor daquelas casas.
Rios de guerra,
onde boiou sua gente fuzilada e sem culpa.


Cecília Meireles, In: Poesia Completa, Viagem (1939)
Cortesia do Google


 

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