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Friday, September 11, 2015

Mário Cláudio: memória de Ferreira de Castro

Uma crónica  no Diário de Notícias.



 Uma breve observação: a referência ao suicídio e ao internamento no Hospital da CUF. Castro esteve internado, com uma grave crise hepática, sujeitando-se a três intervenções por uma equipa coordenada por Pulido Valente, em 1953. Se o escritor pensou nessa encarou a possibiliodade de suicidar-se, é até hoje um facto desconhecido. Uma vez que já passaram mais de quarenta anos sobre estas recordações de Mário Cláudio, talvez haja alguma confusão, uma vez que quando o autor de A Selva padeceu duma grave septicemia, em 1931, aí sim, está documentada uma pulsão suicidária (estamos poucos meses depois da morta da companheira, Diana de Lis, perda que sempre o atormentou), numa nota de suicídio que pude revelar em apêndice à correspondência com Roberto Nobre, publicada em 1994.

Monday, September 02, 2013

médicos de Ferreira de Castro

Neste post encontro, duma penada, referência a, pelos menos, quatro médicos que Ferreira de Castro consultou, dois dos quais decisivos, em 1931 (Reinaldo dos Santos) e 1953 (Pulido Valente). Os outros são Celestino da Costa e Fernando da Fonseca.

Saturday, January 05, 2013

Para além das ortodoxias: Ferreira de Castro e Francisco Costa (4)

Portinari,
painel da Igreja de são Francisco de Assis
Belo Horizonte
daqui
«Cristão que se ignora», dirá, muitos anos depois, Francisco Costa de Ferreira de Castro (9), não por acaso o romancista de A Lã e a Neve será convidado a participar num volume comemorativo do 7.º Centenário da Morte de Santa Clara de Assis a editar pelos franciscanos portugueses) (10) ; e lembremos ainda a tese de Bernard Emery, que aborda a obra de Castro como a de um autor «luso-tropical» -- segundo os conceitos do maravilhoso Gilberto Freyre -- , na qual o «escritor ateu, mas impregnado de cristianismo» participa dessa «fraternidade dos pobres» instaurada por São Francisco de Assis. (11)

(9) Entrevista a O Primeiro de Janeiro, Porto, 24 de Junho de 1979.
(10) Carta de Frei Armindo Augusto a Ferreira de Castro, em 23 de Maio de 1953, apud Ricardo António Alves, Anarquismo e Neo-Realismo -- Ferreira de Castro nas Encruzilhadas do Século, Lisboa, Âncora Editora, 2002, pp. 189-190.
(11) Bernard EMERY, «A noção de luso-tropicalismo: realidade cultural ou utopia sócio-política?», Miscelãnea Sobre José Maria Ferreira de Castro, Grenoble, Centre de Recherche et d'Études Luso-Tropicales, , 1994, pp. 111-127.

Vária Escrita #10,  Sintra, Câmara municipal, 2003.

Friday, September 14, 2012

Jorge Amado e o episódio do Aeroporto de Lisboa referidos no Brasil

aqui

fonte: Álvaro Salema, Jorge Amado -- O Homem e a Obra -- Presença em Portugal,
Mem Martins, Publicações Europa-América, 1982

da esquerda para a direita: o editor Francisco Lyon de Castro, Mário Dionísio*, Alves Redol, Maria Lamas, Jorge Amado, Ferreira de Castro, Carlos de Oliveira, João José Cochofel, Fernando Piteira Santos* e Roberto Nobre.
Sentados em volta, agentes da PIDE, com o inspector Rosa Casaco em fundo.  
Lisboa, Janeiro de 1953

* disse-me António Mota Redol que a identificação de Mário Dionísio e Fernando Piteira Santos estará trocada

Thursday, December 01, 2011

Ferreira de Castro e os seus médicos

Castro, após a sua permanência na Amazónia, teve sempre uma saúde instável. No Bernardino Machado, excelente blogue alimentado pelo seu neto, Manuel, leio sobre a justa homenagem aos docentes de Coimbra afastados das suas cátedras pelo Estado Novo. Nela figuram três dos médicos do escritor: Celestino da Costa, Fernando da Fonseca e Pulido Valente. Este, em 1953, teve uma intevenção decisiva numa grave crise que implicou três intervenções cirúrgicas. Tal como Reinaldo dos Santos, em 1931, que debelou uma septicemia -- e Rufino Ribeiro, um oftalmologista do Norte (creio que do Porto)

Sunday, March 08, 2009

Nova edição de JUBIABÁ, de Jorge Amado

A Companhia das Letras, que está a editar a obra de Jorge Amado, sob direcção de Alberto da Costa e Silva e Lilia Moritz Schwarcz, publicou, no final do ano passado uma nova edição de Jubiabá (1935), o primeiro dos grandes romances do escritor baiano, que foi dedicado,entre outros a Ferreira de Castro. E, com efeito, Castro lá aprece referido, não apenas na dedicatória, na companhia de Graciliano Ramos e Oswald de Andrade, entre outros, mas também as referências do autor do posfácio, Antônio Dimas, e no apêndice documental, com uma formidável e histórica fotografia de 1953, da recepção que o nosso autor organizou a Amado no restaurante internacional da Portela, pois Amado estava proibido de entrar em Portugal. A essa foto voltarei. Basta dizer que com Amado e Castro estavam Maria Lamas, Alves Redol, Mário Dionísio, João José Cochofel, Roberto Nobre, Carlos de Oliveira, José Cardoso Pires, Fernando Piteira Santos e Francisco Lyon de Castro, cercados por pides, entre os quais Rosa Casaco, um dos assassinos de Humberto Delgado. Amado muitas vezes se referiu a este gesto de Ferreira de Castro. A esta foto voltarei.