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Thursday, July 17, 2025

correspondências

(Jaime Brasil a Ferreira de Castro, 1926) .../... «Ficou o meu caro Ferreira de Castro de me mandar a conferência. Espero-a para fazer tirar umas cópias e satisfazer o desejo de Ribera-Rovira, muito lisonjeiro sem dúvida para si, e ao qual não devemos corresponder com a descortesia duma demorada resposta. / Disponha do // seu camarada / mto. afeiçoado / Jaime Brasil / Lxª. 3/4/926.» Cartas a Ferreira de Castro (2006)

(José Dias Sancho a Ferreira de Castro, 1927) .../... «Com a presente obra V. acaba de conquistar um lugar de destaque na literatura portuguesa, pois as suas novelas são duma soberba realização. Abraço-o e felicito-o vivamente, porque esta obra marca uma etapa magnífica na sua evolução, e acaba de alçapremá-lo, num impulso, às fileiras dos nossos melhores escritores.» .../... 100 Cartas a Ferreira de Castro (1992/2006)

(Ferreira de Castro a Roberto Nobre, 1925): .../... «Aí vão agora dois trabalhos meus, que V. devolverá com os desenhos o mais depressa possível. (O Julião Quintinha, entrando ontem no meu gabinete, levou-me a interromper esta carta)... / Portanto, como lhe dizia há 24 horas, V. fica como colaborador do A.B.C., a não ser que a fatalidade se coloque de permeio...» .../... Correspondência (1922-1969) (1994)

Thursday, July 10, 2014

uma + uma antologia de Cabral do Nascimento sobre a Madeira

Com o mesmo excerto de Eternidade: "As levadas".


NASCIMENTO, Cabral do, Lugares Selectos de Autores Portugueses que Escreveram Sobre o Arquipélago da Madeira, Lisboa, Delegação de Turismo da Madeira, 1949; Tipografia Ideal, Lisboa; 277 págs.; 19,2x13,6x3 cm.; broch.
Género: Antologia. Autores antologiados: António Feliciano de Castilho, D. António da Costa, Travassos Valdez, Bulhão Pato, Garcia Ramos, Júlio Dinis, M. Teixeira-Gomes, Brito Camacho, P.e Fernando da Silva, Raul Brandão, J. Reis Gomes, Virgínia de Castro e Almeida, Luzia, Sousa Costa, Julião Quintinha, Norberto de Araújo, Assis Esperança, Henrique Galvão, Ferreira de Castro, Sant’Ana Dionísio, João Ameal, Luís Teixeira, Hugo Rocha, Luiz Forjaz Trigueiros, Cabral do Nascimento.



 [ actualização]NASCIMENTO, Cabral do, A Madeira, Lisboa, Livraria Bertrand, s.d.; colecção: «Antologia da Terra Portuguesa» #2; impressão: Imprensa Portugal-Brasil, Venda Nova; 166 págs.; 17,5x12x1,3 cm; broch.
Género: Antologia. Autores antologiados: Luís de Camões, Manuel Constantino, Manuel Tomás, Medina e Vasconcelos, Francisco Álvares de Nóbrega, António Feliciano de Castilho, Francisco Maria Bordalo, D. António da Costa, Francisco Travassos Valdês, Bulhão Pato, José Ramos Coelho, Visconde de Ervedal da Beira, Acúrsio Garcia Ramos, Júlio Dinis, Manuel Pinheiro Chagas, Gomes Leal, Pedro Ivo, Mariana Xavier da Silva, M. Teixeira-Gomes, João Augusto Martins, Brito Camacho, José Cupertino de Faria, António Nobre, Raul Brandão, J. Reis Gomes, Delfim Guimarães, Virgínia de Castro e Almeida, Luzia, Sousa Costa, João Gouveia, António Sérgio, Jaime Cortesão, Oldemiro César, António Ferreira, Julião Quintinha, Norberto de Araújo, Assis Esperança, Henrique Galvão, António Montês, Cabral do Nascimento, Ferreira de Castro, Ernesto Gonçalves, J. Vieira Natividade, José Osório de Oliveira, Norberto Lopes, Vitorino Nemésio, João Ameal, Sant’Ana Dionísio, José Loureiro Botas,  Luís Teixeira, Hugo Rocha, Ricardo Jardim, Joaquim Paço d’Arcos, João de Brito Câmara, Pedro de Moura e Sá, António Ramos de Almeida, Miguel Trigueiros.


Wednesday, January 23, 2013

do jornalismo operário

Na recensão ao fac-simile publicado pela Câmara Municipal de Beja, em 2012, de A Felicidade de Todos os Seres na Sociedade Futura, de Gonçalves Correia, escreve António Cândido Franco, no último número de A Batalha:
«O jornalismo operário português da primeira metade do século XX deu um grande romancista de dimensão mundial, Ferreira de Castro, autor de A Selva (1930), o escritor português mais traduzido no mundo em meados do século XX; esse mesmo jornalismo produziu ainda escritores de excelente cepa, como Manuel Ribeiro, Assis Esperança, Julião Quintinha, Mário Domingues ou Jaime Brasil, e publicistas combativos e letrados como Alexandre Vieira, Neno Vasco, Campos Lima ou Cristiano Lima. Gonçalves Correia, pela habilidade e pela pureza da linguagem, pela ginástica da frase e pelo quilate das imagens, bem merece ser engastado como estrela de primeira grandeza nesta brilhante plêiade de escritores -- quase todos autodidactas como Correia.»

A Batalha, VI série, #252, Lisboa, Nov.-Dez. 2012.

Wednesday, January 02, 2013

Roberto Nobre -- Uma vida por imagens (4)

imagem daqui
1. O Algarve, que no século XIX tivera João de Deus (São Bartolomeu de Messines, 1830 / Lisboa, 1896) como poeta laureado e nos alvores da centúria seguinte veria despontar o esteticismo ainda hoje inultrapassado de Manuel Teixeira-Gomes (Portimão, 1860 / Bejaia, 1941) -- um dos autores preferidos de Nobre que lhe ilustrou «Uma copejada de atum» nas páginas da Seara Nova (2) -- repartia-se pela presença suave de poetas como Bernardo de Passos (São Brás de Alportel, 1876 / Faro, 1930) e João Lúcio, (Olhão, 1880-1918) e uma nova e trepidante geração que em Faro, em 1916, nas páginas do Heraldo, respondia ao desafio de Orpheu, antecipando o Portugal Futurista na designação marinéttica. Carlos Porfírio (Faro, 1895-1970) e Mário Lyster Franco (Faro, 1902-1984) coordenavam e publicavam nessa página, conseguindo colaboração de Fernando Pessoa, Almada Negreiros e (neste caso, póstuma) de Mário de Sá-Carneiro (3). José Dias Sancho (São Brás de Alportel, 1898 / Faro, 1929) e Bernardo Marques (Silves, 1899 / Lisboa, 1962) viriam engrossar essa fileira de rebeldia estética, em que marcavam também posição ideológica Julião Quintinha (Silves, 1885 / Lisboa, 1968), da geração anterior, e Assis Esperança (Faro, 1892 / Lisboa, 1975). (Não sejamos injustos a ponto de esquecermos o lacobrigense Júlio Dantas (Lagos, 1876 / Lisboa, 1962), eminência parda da cultura portuguesa do século XX, pelo peso institucional que alcançou, como pelas resistências que suscitou e de que o célebre Manifesto  de Almada é apenas a ponta do iceberg. Teve, aliás, como antecessor na presidência da Academia das Ciências o também algarvio Coelho de Carvalho (Tavira, 1855 / Arade, 1934).

(1) Ferreira de Castro e Roberto Nobre, Correspondência (1922-1969), introdução, leitura e notas de Ricardo António Alves, Lisboa, Editorial Notícias e Câmara Municipal de Sintra, 1994, p. 13.
(2) Ver António Ventura, O Imaginário Seareiro -- Ilustrações e Ilustradores da Revista Seara Nova (1921-1927), Lisboa, Instituto Nacional de Investigação Científica, 1989, p.p. 105-106.

in Roberto Nobre (1903-2003), São Brás de Alportel, Câmara Municipal, 2003.

Thursday, March 29, 2012

Vítor Viçoso, A NARRATIVA NO MOVIMENTO NEO-REALISTA -- AS VOZES SOCIAIS E OS UNIVERSOS DA FICÇÃO (17)

A leitura deste livro de Vítor Viçoso mais faz sentir a necessidade de um estudo abrangente da literatura libertária e dos seus escritores – aliás uma sugestão que, generosamente, já me foi feita precisamente por Vítor Viçoso – que, por desconhecimento geral, são, conforme as percepções de quem escreve, encostados ao republicanismo reviralhista ou às vizinhanças do PCP, quando se trata de outra coisa. E essa outra coisa integra nomes tão esquecidos hoje, como Manuel Ribeiro, autor de A Catedral, Jaime de Magalhães Lima, Tomás da Fonseca, Emílio Costa, Campos Lima, Julião Quintinha, Jaime Brasil, Assis Esperança, entre outros. E também o de Ferreira de Castro.

Sunday, July 18, 2010

A Nova Geração: mais um presente da T

Grande parte dos companheiros de Ferreira de Castro, na década de 1920, está aqui. A ausência de Jaime Brasil é talvez a mais notória (também não me chocaria ver aqui Tomás Ribeiro Colaço, por exemplo); Roberto Nobre, nascido em 1903, era o mais novo e estaria ainda no Algarve. E faltam as mulheres: Fernanda de Castro, Judite Teixeira, Maria Archer...
Obrigado,T http://diasquevoam.blogspot.com/2010/07/nova-geracao.html (o Google Chrome enlouquece-me!), mais uma vez.

Saturday, January 23, 2010

Jaime Brasil, anarquista (2)

Sem nos determos na caracterização de nomes e menos ainda nos que, inicialmente anarquistas, acabaram por posicionar-se no campo ideológico oposto -- como Afonso Lopes Vieira ou Alfredo Pimenta -- ou partilharam certa comunhão de ideário socialista -- de Antero de Quental a António Sérgio --, vale dizer que a primeira metade do século XX deu a Portugal um conjunto de autores que se constituiu como uma plêiade intelectual notável. Doutrinadores como Neno Vasco, Campos Lima e Emílio Costa, romancistas como Assis Esperança e Ferreira de Castro, cientistas como Aurélio Quintanilha, publicistas de largo espectro como Julião Quintinha, Jaime Brasil e Roberto Nobre, entre muitos outros. Alguns destes autores estão em plena maturidade -- e outros haviam já começado a construir um nome literário -- ainda em vida de alguns dos mais importantes escritores libertários, como Piotr Kropótkin e Errico Malatesta, falecidos respectivamente em 1921 e 1935, e ambos, aliás, com uma profunda influência nos meios anarquistas portugueses. (3)

(3) Sobre o anarquismo ou libertarismo em Portugal, socorremo-nos, para este artigo, de Carlos da FONSECA, Para uma Análise do Movimento Libertário e da Sua História, tradução de Júlio Henriques, Lisboa, Antígona, 1988; e João FREIRE, Anarquistas e Operários -- Ideologia, Ofício e Práticas Sociais: o Anarquismo e o Operariado em Portugal, 1900-1940, Porto, Edições Afrontamento, 1992.

Afinidades, n.º 2-II Série, Porto, Casa-Museu Abel Salazar, Jul.-Dez. 2005, p. 13.

Saturday, June 06, 2009

... ESTA NECESSIDADE DE PERMANENTE ASSISTÊNCIA AFECTIVA... [A correspondência entre Ferreira de Castro e Roberto Nobre] (2)

Houvesse ou não Assis, o encontro entre ambos teria forçosamente de dar-se, não só pela pequenez do meio lisboeta, como pelo relacionamento, mais ou menos intenso -- como este epistolário demonstra -- de Castro com a colónia de autores algarvios na capital (Dantas à parte, é claro): Bernardo Marques, Carlos Porfírio, Eduardo Frias, José Dias Sancho (tio de Nobre), Julião Quintinha ou Mário Lyster-Franco.
in Ferreira de Castro e Roberto Nobre, Correspondência (1922-1969), Lisboa, Editorial Notícias e Câmara Municipal de Sintra, 1994, p. 8.
(continua)

Thursday, March 26, 2009

A Batalha, 90 anos

O último número de A Batalha (o 233 da VI série), publicado pelo Centro de Estudos Libertários (CEL), assinala os 90 anos do início da publicação do então diário da União Operária Nacional (depois, Confederação Geral do Trabalho - CGT), saído em 23 de Fevereiro de 1919, com a republicação de alguns artigos de colaboradores históricos do jornal: Alexandre Vieira, «Preparação de militantes operários» (1924); Manuel Joaquim de Sousa, «Igualdade e liberdade» (1923); Ferreira de Castro, «Os ferreiros» (1925); Julião Quintinha, «Os revolucionários em arte que são conservadores na vida social» (1925); Cristiano Lima, «A derrota dos livre-pensadores» (1925); Nogueira de Brito, «Felix Mendelssohn» (1924), e uma ilustração de Roberto Nobre de A Epopeia do Trabalho, que acompanhou o texto de Ferreira de Castro já referido.

Friday, August 10, 2007

Memória #3 - João Sarmento Pimentel


[ou Uma Galeria da Oposição em 19590]
António Sérgio, Cunha Leal, Mário de Azevedo Gomes, David Ferreira, Adão e Silva, Sant'Anna Dionísio, Rodrigues Lapa, Augusto Casimiro, Afonso Duarte, Joel Serrão, José Tagarro, Lobo Vilela, João da Silva, Hernâni Cidade, Nuno Simões, Aquilino Ribeiro, Manuel Mendes, Julião Quintinha, José Augusto França, Casais Monteiro, Ferreira de Castro, José Bacelar, Jorge de Sena e tantos outros dados às cousas da cultura e da inteligência, que a varredoura do Ferro não conseguira pescar, matinham o mesmo espírito lúcido, combativo, cheio de coerência e dignidade que lhes vinha dos tempos heróicos da República.
João Sarmento Pimentel, Memórias do Capitão, Porto, Editorial Inova, 1974, pp. 372-373.