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Tuesday, February 28, 2012

Charles Maurras

Charles Maurras, um maître à penser de Salazar, é escolhido por pares como o sucessor de Anatole France, «príncipe dos escritores»:
«Eu reconheço, fora de todas as divergências de ideias, que o famigerado reaccionário de "L'Action Française» é um espírito culto e um crítico, por vezes, muito penetrante. Mas daí a considerá-lo como o príncipe das letras francesas... Não, isso é querer afrontar o próprio ridículo. É afrontar a memória de Anatole, que usou aquele título -- é afrontar os escritores que futuramente o virão a usar, merecidamente.»
A Batalha, 19 de Janeiro de 1925

Ecos da Semana -- A Arte, a Vida e a Sociedade, Lisboa, Centro de Estudos Libertários, 2004, p. 14.

(também aqui)

Sunday, November 28, 2010

Os retratos de Castro por Nobre (3)

Ele próprio ensaísta, cultor de uma literatura de ideias, em escritos de estética cinematográfica, dispersos ou reunidos em volume (9) --, os seus livros estão eivados de referências literárias, de reflexões sobre a literatura, quer como manifestação artística específica, quer a propósito da sua relação com o cinema, topando o leitor a cada passo com Camilo e Eça de Queirós, Raul Brandão e Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro e José Régio; ou Dostoievski e Zola, Anatole France, Romain Rolland e André Gide. (10) O ensaio viria assim paulatinamente a tomar o lugar do desenho, que, na década de vinte do século passado, o projectara no meio artístico lisboeta.

(9) Horizontes de Cinema (1939) e Singularidades do Cinema Português (1964) [atente-se no título queirosiano do último -- nota 2010]
(10) A correspondência de Nobre é demonstrativa do diálogo intelectual que ele estabelecia com os seus interlocutores. Ver «Seis cartas de Luís cardim a Roberto Nobre», introdução, leitura e notas de Ricardo António Alves, Boca do Inferno #1, Cascais, Cãmara Municipal, 1996, pp. 95-109; José Régio / Roberto Nobre, «Correspondência», transcrição e notas de Eugénio Lisboa, Boletim, #4-5, Vila do Conde, Câmara Muncipal e Centro de Estudos Regianos, 1999, pp. 29-33.

Vária Escrita #8, Sintra, Câmara Municipal, 2001.

Saturday, February 16, 2008

Ferreira de Castro e o seu tempo - O ano de 1902 (#1)

Castro -
Texto - Carlos Malheiro Dias, Paixão de Maria do Céu; Carolina Michaëlis de Vasconcelos, A Infanta D. Maria; Eça de Queirós, Contos (póstumo). Castro sobre o livro de Carlos Malheiro Dias - «A paixão de Maria do Céu», se não é um dos melhores romances da literatura portuguesa dos últimos anos, é, pelo menos, um dos mais interessantes. «Exortação à mocidade...», A Batalha -- Suplemento Semanal Ilustrado, n.º 67, Lisboa, 9/III/1925, in Ecos da Semana -- A Arte, a Vida e a Sociedade, edição de Luís Garcia e Silva, Lisboa, Centro de Estudos Libertários / A Batalha, 2004, p. 30. Eça, Castro e outros mais, segundo Jorge de Sena - [...] como Miguéis e como Ferreira de Castro, o Régio ficcionista deve muito pouco a essa sombra tirânica [...]. «José Régio aos sessenta anos», Régio, Casais, «a presença» e Outros Afins, Porto, brasília Editora, 1977, p. 130.
Confronto - Anatole France, O Caso Crainquebille;Karl Kautsky, A Revolução Social. Castro sobre Anatole - Anatole France gozava, em vida, do título de «príncipe dos escritores franceses contemporâneos». / Sua obra, seu génio, davam-lhe direito a esse título -- e os próprios inimigos de Anatole reconheciam que ninguém como este, na França do primeiro quartel do século XX merecia aquela regalia honorífica. «O "príncipe dos escritores", A Batalha -- Suplemento Semanal Ilustrado, n.º 60, Lisboa, 19/I/1925, in Ecos da Semana -- A Arte, a Vida e a Sociedade, edição de Luís Garcia e Silva, Lisboa, Centro de Estudos Libertários /
Cartoon de 1902 - Rafael Bordalo Pinheiro, Pena de Pato... d'Ouro.(caricatura de Bulhão Pato, a última do Álbum das Glórias)
Cinema de 1902 - Méliès, Viagem à Lua.


Escritores de 1902 - José Loureiro Botas (Vieira de Leiria; m.Lisboa, 1963), Marcel Aymé (m. 1967); morrem em 1902 Émile Zola (n. 1840). Castro sobre Zola - Zola teve um grande papel na Literatura. Para se avaliar toda a sua extensão, basta imaginarmos que ele não existiu; basta imaginar a literatura dos últimos oitenta anos sem a sua presença. Depois deste pequeno passatempo, rapidamente encontraremos um enorme vazio, que não sabemos como preencher, uma enorme corrente partida, que não sabemos como ligar... «Émile Zola», Vértice, n.º 114, vol. XIII, Coimbra Fevereiro de 1953. Escrito para Présence de Zola, volume colectivo, Paris, 1953.


Prémio Nobel da Literatura de 1902 - Theodor Mommsen


Ecos de 1902 - Luís de Magalhães a Emília de Castro Eça de Queirós (Moreira, 16-XI): Os Contos ficaram um livro adorável e encerram alguns dos mais belos que o José Maria escreveu. O Defunto, Adão e Eva, José Matias, A Perfeição, O Suave Milagre, são pequenas mas verdadeiras obras-primas -- maravilhas da imaginação e da fantasia, de graça, de ironia, de emoção, de estilo.

(imagem daqui)