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Thursday, June 11, 2015

A de «Alma Lusitana» (para um Dicionário de Ferreira de Castro)

«Phase da Guerra Luso-Alemã em Naulila, Africa -- (1914-15)».
Segundo livro publicado por Ferreira de Castro, ainda em Belém do Pará, em 1916. É também o seu primeiro texto dramático, género que intermitentemente cultivou até meados da década de 1930.
38 págs., sem  menção de tipografia.

Bibliografia a ter em conta: Alberto Moreira, Bernard Emery, Clara Campanilho Barradas.

(a desenvolver)

Sunday, December 25, 2011

Selecções Álibi

737. IPS, H. & MACOFI (selecção e notas), Selecções Álibi, vol. III, Lisboa, Editorial Álibi, s.d.; 72 págs.; 21,2x15x0,4 cm.; broch.
Género: Ficção narrativa (conto).
Categoria: Literatura portuguesa; Antologias.
Autores antologiados: Reinaldo Ferreira (Repórter X), Ferreira de Castro, Eduardo Frias, Mário Domingues, José da Natividade Gaspar, Francisco A. Branco e H. Ips & Macofi.
Estado: bom.
Obs.: «A Chinesa do Avenida Palace», de Ferreira de Castro, extraída de um Almanaque Bertrand, década de 1920; Ips &; Macofi, um pseudónimo (Mário Domingues?).
Capa: Machado.

Wednesday, March 16, 2011

Viajar com Ferreira de Castro (3)

Esta vontade inabalável que assiste todas as vocações permitiu ao jovem autor, no regresso ao país, singrar simultaneamente no jornalismo e na escrita, abandonando mais tarde a missão de publicista para se consagrar definitivamente à sua obra. O autodidactismo não foi obstáculo a que, até 1927, publicasse um número apreciável de títulos que virá, logo na década seguinte, a excluir da sua tábua bibliográfica e a impedir que fossem reeditados. Com injustiça para alguns deles, diga-se; porém, o percurso errático que caracteriza esse período, próprio de quem se procura como autor, foi determinante para essa decisão.

«Ferreira de Castro -- O triunfo de uma vocação», Viajar com... Ferreira de Castro, Porto, Edições Caixotim e Ministério da Cultura / Norte, s.d.

Friday, February 04, 2011

uma capa de Roberto Nobre

Ferreira de Castro, Sendas de Lirismo e de Amor
Lisboa, Edições Spartacus, 1925 

Monday, July 26, 2010

Ferreira de Castro e Reinaldo Ferreira -- Nota sobre a viagem do Repórter X à Rússia

Este período [o da actividade jornalística de Ferreira de Castro] corresponde grosso modo à escrita das primeiras ficções; e também a um tempo em que nas redacções nasceram amizades que ficarão para sempre: Jaime Brasil (1896-1966), Reinaldo Ferreira (1897-1935). E foi evocando este último, um ano após a sua morte e já desligado da profissão, que o autor de O Intervalo dela falou -- como só voltaria a fazê-lo no início da década de setenta, em tempo de balanço final. (1)

(1) Ver Ferreira de Castro, «Reinaldo Ferreira», A Unidade Fragmentada. Dispersos de Ferreira de Castro, introdução e antologia por Ricardo António Alves, Vária Escrita, #3, Sintra, Câmara Municipal, 1996, pp. 161-164.

Vária Escrita, n.º 5, Sintra, Câmara Municipal, 1998, pp. 257-258.

Monday, November 02, 2009

outras palavras - O TRABALHO (1925)

O trabalho... Devo-lhe as mais voluptuosas horas da minha vida. Horas de solidão, horas profundas, nas quais a alma sente melhor o vácuo pânico da Eternidade. Horas em que tudo se sublimiza, como se estranho condão presidisse à roda lenta dos ponteiros. Há poalha luminosa, acoirisada, oculta sob a película das minhas pupilas. E esqueço tudo que é mesquinho, inferior.
Ferreira de Castro, A Epopeia do Trabalho, Lisboa, Livraria Renascença, 1925.

Tuesday, August 11, 2009

Ferreira de Castro, entre Marinetti e Kropotkine (2)

Nos livros eliminados da sua tábua bibliográfica, é visível a trajectória errática, própria de quem não encontrou ainda o modo de se escrever satisfatoriamente. Daí que surjam títulos tão díspares como um inclassificável Mas..., com laivos tardo-futuristas, Carne Faminta, Sangue Negro, em que fez a mão para o grande romance amazónico, como demonstrou Alexandre Cabral nos seus estudos exemplares, os panfletos de A Epopeia do Trabalho e obras híbridas como A Casa dos Móveis Dourados ou O Voo nas Trevas, oscilando entre a crónica de existências desencontradas e a narrativa de intenções inconformistas, umas e outras com habitual pano de fundo citadino. O bom acolhimento granjeado por Emigrantes viria a traçar o seu caminho e confirmar a sua aspiração a uma literatura mais verdadeira, menos postiça e leviana.

O Escritor, n.º 11 / 12, Lisboa, Associação Portuguesa de Escritores, 1998, p. 175.

Monday, July 06, 2009

o jovem Ferreira de Castro -- O DRAMA DA SOMBRA [1926]

Aquela mulher era ali, no Estoril elegante, a máxima fascinação, a serpente de olhos verdes de todos os veraneantes masculinos.
Ferreira de Castro, O Drama da Sombra, Lisboa, Empresa Diário de Notícias [1926], p. 5.

Tuesday, June 02, 2009

O jovem Ferreira de Castro - CRIMINOSO POR AMBIÇÃO (1916)

Caros leitores
Amaveis leitoras
Por um preço excessivamente módico, impressão nítida e papel regular, temos a subida honra de apresentar-vos em fasciculos de 20 paginas o sensacional romance criminoso por ambição, trabalho do escriptor Ferreira de Castro.
Ferreira de Castro, Criminoso por Ambição, [Belém do Pará] Empreza Editora, 1916.

Sunday, November 09, 2008

Ferreira de Castro, entre Marinetti e Kropotkine (1)

Publicado em O Escritor, n.º 11/12, Lisboa, Associação Portuguesa de Escritores, 1998
"O que este livro tem, para mim, de menos
grato é precisamente não se parecer com
nenhum dos meus outros livros, é ser
demasiado humano -- é não possuir nada
de excepcional. Procurei o 'caso' mais
frequente, o personagem-multidão. [...] ele
aqui fica, em nome da solidariedade humana.»
Nota final à 1.ª edição de Emigrantes (1928)
Quando Ferreira de Castro publicou Emigrantes, dando à estampa algo de diferente no romance português, sentiu aquela incomodidade de quem se vê obrigado a arrepiar caminho, impelido por uma força (um valor, uma causa) mais poderosa.
(continua)

Thursday, August 07, 2008

O Museu Ferreira de Castro (4)

3. O REGRESSO - Jornalismo e obras da primeira fase (1919-1928)

[Ferreira de Castro, Gualdino Gomes e Castelo de Morais, desenho de Stuart, s. d.]


«Parente muito próximo da literatura e com momentos exultantes, o jornalismo representava para mim o forno de onde me vinha o pão e assim poder realizar os meus pobres livros à sua ilharga, nas horas destinadas ao repouso, que eu utilizava vencendo todos os cansaços. Era ele que me punha a mesa sóbria, me substituía os fatos e os sapatos quando muito usados, me pagava os cigarros e os cafés. Sem ele, cuja conquista já me fora tão penosa, eu não podia entregar-me, naqueles dias, ao meu teimoso sonho de romancista, que se desdobrava imenso entre imensos escolhos.» FERREIRA DE CASTRO, «Origem de «O Intervalo», Os Fragmentos (1972)

Esta secção mostra parte da actividade jornalística de Ferreira de Castro e as obras da primeira fase, não reeditadas. Regressado em 1919, Castro, sem conhecimentos no meio, envereda de novo penosamente pelo jornalismo.
Free-lancer, até 1927, ano em que entra para O Século, colaborou em inúmeras publicações, com destaque o diário A Batalha e a revista ABC. Tendo no início da década dirigido publicações efémeras - O Luso (1920) e A Hora (1921) -, fundou e co-dirigiu em 1928 a Civilização, de colaboração ecléctica e excelente qualidade gráfica. Ao mesmo tempo ia publicando os seus primeiros livros, que hoje são raridades bibliográficas, num total de treze títulos: do Mas... (1921) a O Voo nas Trevas (1927).


(desenho de Stuart: Ferreira de Castro, Gualdino Gomes e Castelo de Morais, s.d. [década de 1920])
link

Monday, March 17, 2008

Correspondências



[...] obra de análise, por vezes aspérrima, mas sempre brilhante. O ferro com que corta é de boa têmpera e reluz.
Dum cartão de Coelho Neto enviado a Ferreira de Castro, com data provável de 1922, sobre o Mas..., incluído no fim de A Boca da Esfinge

Saturday, July 21, 2007

Testemunhos - Rocha Martins (5)

Traduzida para espanhol a sua novela O Êxito Fácil, teve a facilidade de êxito de todas as belas composições; colaborando no ABC em quase todos os seus números, desde há um ano, tem recebido os maiores aplausos, trabalhando sempre na mais leal das camaradagens, escrevendo noite e dia, sacrificando-se como um campónio a cavar na sua horta para obter o seu alimento, é também como um jardineiro artista a cultivar noutros alegretes as suas flores deliciosas: a obra da sua alma, a do seu amor, a da sua sensibilidade, que são as páginas desenhadas carinhosamente como as das novelas a publicar em breve Sendas de Lirismo e de Amor e A Morte Redimida.
Lutador de sempre, imaginação fértil, pensador honesto e brilhante, revolucionário de ideais e de processos, Ferreira de Castro -- o autor da Peregrina do Mundo Novo -- que ABC vai começar a publicar na próxima semana, tem já vencido dificuldades enormes e conseguiu um lugar de detaque, afirmou-se e chegará aos mais altos postos da literatura nacional. Será isto maior consolo para a sua alma de idealista do que a posse da gadanha aguçada, própria para cortar os frutos altos dos bens materiais, que raramente deixam jorrar o seu sumo sobre os que batem a sua moeda na bigorna da imaginação, do talento, da arte e é pródiga para os das maleáveis e vis curvaturas ante os que a fortuna já acariciou.
Rocha MARTINS, «O auctor da novela "A Peregrina do Mundo Novo"», ABC, n.º 263, Lisboa, 30 de Julho de 1925.
Capa tirada aqui.

Tuesday, July 17, 2007

Testemunhos - Rocha Martins (4)





Aquelas duas novelas chamaram as atenções para os trabalhos do artista que se abalançou a planos maiores escrevendo, com Eduardo Frias -- outro lutador de sacrifício -- a Boca da Esfinge, recebida pela crítica com louvores.


São ensaios que valem por obras definitivas alguns dos trechos assinados por Ferreira de Castro, cujas grandes qualidades são clareza de exposição, intensidade dramática, prosa viva, por vezes ardente, vibrante, sem desvio do assunto para largas retóricas ou para s torcidas frases tão singulares dalguns dos escritores da sua geração.
Rocha MARTINS, «O Auctor da novela " A Peregrina do Mundo Novo"», ABC, n.º 263, Lisboa, 30 de julho de 1925.
[continua]







Wednesday, July 11, 2007

Testemunhos - Rocha Martins (3)

Não há dúvida, é alguém. É alguém, muito novo ainda, mas temperado pelas agitações duma infância de trabalho, longe dos seus, no Amazonas, na selva, entregue a si próprio, aprendendo a grande luta e a enorme resignação. O segredo do seu triunfo que é o segredo da sua resistência.
Viver da pena em Portugal, sem praticar traficâncias, é tão difícil e duro como a existência no sertão acrescentado-se-lhe ainda o custo das gravatas nas florestas.
Ferreira de Castro da sua pena vive como um cavaleiro doutrora dedicado à defesa dum ideal e jungindo-se com ele a todas as dores, trazendo espinhos sob a armadura reluzente.
Rocha MARTINS, «O auctor da novela "A Peregrina do Mundo Novo"», ABC, n.º 263, Lisboa, 30 de Julho de 1925.
[continua]

Friday, July 06, 2007

Testemunhos #2 - Rocha Martins (2)



Por vezes chega-se à alucinação e fica-se pelo caminho enquanto os outros, com facilidades editoriais, à própria custa, surgem e são falados. É enorme, é quase legião o número de ricos editados em luxuosos papéis, ao passo que num canto de oficina ou de redacção, poetas de talento maior que o deles murmuram os seus versos e só têm o desafogo de os dizer à mesa dos cafés. A imprensa geralmente festeja e acaudilha os moços de veia rimadora, os prosadores preciosos, os escritores daquela espécie e nem sempre exalta os que se lançam nesta carreira das letras armados apenas da sua coragem, do seu talento e do seu sonho.
Pertence a esta categoria o jovem novelista do Mas... que Coelho Neto sintetizou assim: «obra de análise, por vezes aspérrima mas sempre brilhante. O ferro que corta é de boa têmpera e reluz».
Estas palavras do ilustre romancista brasileiro são definidoras.


A estreia de Ferrreira de Castro foi saudada daquela maneira por um escritor consagrado. Raul Brandão disse-lhe, acerca do Sangue Negro, outra novela de recorte e de acção: «o senhor escreve sem se deter em pormenores inúteis e escolhe sempre para assunto, ao contrário do que fazem para aí todos os fúteis problemas cheios de grandeza e humanidade. É alguém».

Rocha Martins, «O auctor da novela "A Peregrina do Mundo Novo"», ABC, n.º 263, Lisboa, 30 de Julho de 1925.
[continua]

Tuesday, July 03, 2007

Testemunhos #2 - Rocha Martins (1)


Na moderna geração dos prosadores portugueses Ferreira de Castro talhou o seu caminho. Como todos os dominados por uma paixão sacrificou à literatura todas as outras sensações porque ela, só por si, como um dom divino, lhe encheu a alma.
Assim como há mulheres que sofrem para ser belas, também há artistas que a todos os sofrimentos se condenam pela sua arte. É o caso deste rapaz que, com uma paciência heróica e uma hercúlea vontade, veio plantar o seu pendão na ala moderna da literatura nacional, com brio e dignidade, conseguindo ser notado ao cabo dalguns anos de labor.
Ferreira de Castro é um escritor pobre. Daí merecer maior admiração que os instalados na existência, atrás dos reposteiros da existência ou nos palácios dos papás financeiros ou grandes proprietários. Estes só sentem o tormento de criar; nos pobres vive esse tormento transformado em horror porque têm de ganhar o seu pão diariamente em tarefas inferiores, que não desonram, mas são roubadas ao sonho.
Rocha MARTINS, «O auctor da novela "A Peregrina do Mundo Novo"», ABC, n.º 263, Lisboa, 30 de Julho de 1925.
[continua]

Sunday, November 19, 2006

Thursday, August 17, 2006

Legenda de «Carne Faminta»

«Se as aguias do pensamento não devoraram ainda o teu imundo coração, não te debruces sobre o enigma cruel destas paginas.»