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segunda-feira, outubro 20, 2025

Acordar tarde e a más horas (e com uma vontade imensa de sacudir o capote)


Há mais que uma maneira de interpretar as palavras da Presidente da Câmara de Almada, sobre os vários "bairros de lata" que foram crescendo ao longo dos últimos oito anos.

Quem não seja de cá, até é capaz de pensar: "Até que enfim, foi eleita uma pessoa responsável, preocupada com as pessoas que vivem em situações miseráveis, no seu concelho".

Mas quem vive por aqui, e não vem a Almada apenas para "ver a bola" ou o "Cristo-Rei", sabe que a senhora foi eleita para o seu terceiro e último mandato, como presidente da Autarquia, estando a entrar no seu nono ano como responsável máxima pelo Município.

É por isso que perguntamos, porquê, porque só agora é que disse o óbvio à comunicação social? Embora com o cuidado de fugir com mais de sete pés da sua responsabilidade. Sim, falou como se não tivesse nada a ver com o assunto.

Acredito que não tenha competências para resolver sozinha este problema social, mas a CMA deve ser a primeira entidade a fiscalizar e a dar os primeiros passos contra a construção ilegal no Concelho, ao mesmo tempo que deve ser sensível a todos estes dramas humanos. 

Acusar o Governo Central de "todos os males do mundo" e dizer que os terrenos onde os bairros de lata cresceram lhe pertencem, como todos sabemos, é a maneira mais fácil de não resolver problema nenhum.

(Fotografia de Luís Eme - Monte de Caparica)


quinta-feira, janeiro 02, 2025

Uma Almada que se quer e deseja diferente


Esta fotografia tirada no último dia do ano, com as flores que foram colocadas junto ao busto de José Elias Garcia, na rua com o mesmo nome, em Cacilhas, pelo "O Farol", tem um simbolismo especial.

Depois de este espaço ter sido "pichado" e usado como "reservatório de lixo", durante meses a fio, sem que alguém dos vários poderes locais, se preocupasse seriamente com o assunto, foi limpo e  fez-se finalmente  justiça a um espaço de homenagem a um grande republicano (quando ainda era proibido sê-lo...), nascido em Cacilhas.

Continuamos a acreditar que a melhor forma de combater os "selvagens" que não sabem respeitar o espaço público, que é de todos, é mantê-lo em bom estado de conservação, de forma a que esta gente vá percebendo, que é uma beleza poder usufruir das coisas em perfeitas condições, e não sujas ou destruídas...

É uma boa forma de começar o ano, com uma imagem simbólica, de quem gostava de ver uma Almada mais limpa e mais bonita (mesmo sabendo que, por ser ano de eleições, muita coisa irá mudar para melhor, para fazer esquecer os anos de desleixo das autarquias socialistas do Concelho...).

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


quarta-feira, agosto 02, 2023

A ausência nas ruas do tal "gesto que valoriza o resto"...


A teoria sempre foi diferente da prática. Sempre foi mais fácil falar que fazer.

Mas não deixam de ser curiosos alguns anúncios "verdes" e "ecológicos" do Município (como este), quando as ruas são o melhor exemplo do desleixo com que as autarquias locais tratam os almadenses.

Talvez os políticos almadenses sejam tão modernos que olhem para os nichos que se criam à volta dos contentores, ou a sujidade que se cola aos espaços verdes (e por ali se mantém semanas e semanas), como "instalações artísticas"...

E eles até estão certos na publicidade, é de facto "o gesto que valoriza o resto". Só que, infelizmente, trata-se apenas de publicidade. "Gestos que valorizem o resto"  vêem-se muito pouco nas ruas de Almada...

(Fotografias de Luís Eme - Cacilhas)


sexta-feira, julho 07, 2023

A dificuldade cada vez maior em não entrar na "onda pessimista"...


Embora eu por natureza, não seja pessimista, tenho cada vez mais dificuldade em olhar para Almada, com esperança e com uma boa perspectiva de futuro.

E também por isso que escrevo menos aqui no "Casario", não me apetece nada fazer o papel de "profeta da desgraça".

Mas há problemas sérios, que ninguém se preocupa em resolver. O lixo continua a acumular-se junto aos contentores, em muitos lugares da Cidade. Sei que a culpa muitas vezes é das pessoas que nem se dão ao trabalho de abrir o contentos e colocar lá os sacos do lixo. Há zonas verdes que parecem "matagais". Mas o mais grave são os buracos nas estradas. É difícil encontrar uma rua que não tenha um buraco (apesar de não chover, alguns transformam-se em "crateras" obrigando-nos a pequenos desvios, que nos fazem mudar de faixa de rodagem).

Não estou a pensar em criar algo parecido com a "Associação de Cidadãos Automobilizados", que além de ter feito um trabalho extraordinário na divulgação dos grandes problemas que existiam em Lisboa no trânsito e nas ruas (havia coisas completamente absurdas...), até chegou à vereação do Município. Mas esta falta de respeito por todos nós, por parte das Autarquias locais (Câmara e Junta), continua a ultrapassar os limites do razoável.

Por exemplo, o "buraco" que existe próximo do mercado, continua lá (já se pode dizer, meses depois...). A única diferença, foi que tiraram o balde de tinta vazio que lá estava e colocaram uma peça de plástico, usada quando existem obras nas estradas, que o mantém quase escondido...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)