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sábado, janeiro 18, 2025

A desagregação de freguesias que não chegou a Almada (nem às Caldas da Rainha)...


Consultei a lista das freguesias que são ser desagregadas de outras (são cento e trinta e cinco) e não encontrei qualquer sinal do Concelho de Almada, mesmo que algumas uniões sejam autênticos erros de casting, pelo menos para quem conhece a história local e o dia a dia destes pequenos centros urbanos.

O mesmo se passou em relação às Caldas da Rainha, onde até existe uma união entre uma freguesia urbana unida a duas rurais (Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório)... e irá continuar a existir. Aqui é que se deve sentir o "abandono autárquico"...

Mesmo assim, estou satisfeito, pelas mais de cem freguesias que voltam a caminhar, apenas com os seus pés. Sei que se trata de uma reposição justa e uma forma de servir melhor as suas populações.

Sei do que falo. Assisti às mudanças de um concelho com o de Almada, que passou de onze para cinco freguesias. O que foi mais notório foi a "desresponsabilização" dos autarcas, com a velha desculpa, de que lhe era impossível estar em todo o lado ao mesmo tempo. Isso fez, entre outras coisas, que cada vez apoiassem menos as colectividades recreativas, culturais e desportivas, tal como outras instituições que serviam os almadenses. Neste caso particular, diziam sempre que não havia dinheiro para tudo...

Por se tratar de um Concelho onde há um grande envelhecimento da população (especialmente nos centros urbanos mais antigos, como são os casos de Almada, Cacilhas, Cova da Piedade ou Trafaria), a anterior divisão de freguesias permitia uma maior proximidade junto das populações. Infelizmente, esta ligação foi desaparecendo com o tempo, assim como a própria identidade dos lugares, quase sempre com uma história muito própria, e bastante rica, como são os casos de Cova da Piedade, Trafaria ou Cacilhas.

Se acho natural que as freguesias do Feijó e Laranjeiro, assim como a Charneca e Sobreda de Caparica, devem permanecer unidas, acho que pelo menos a Cova da Piedade, o Pragal e a Trafaria, deviam ser freguesias autónomas.

Todos tínhamos a ganhar, especialmente os habitantes destes pequenos centros urbanos.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

Nota: Este texto foi publicado primeiro no "Largo da Memória".


quarta-feira, julho 26, 2023

Quase que podia dizer: "não há Papa que não dê fartura"...


No domingo tinha descoberto um conjunto de oito casinhas portáteis, para as necessidades liquidas e sólidas, já na saída do Largo de Cacilhas, na direcção do Canecão e até fiz um ligeiro comentário no meu "largo". Ontem, reparei que perto do Farol estavam instaladas bastantes mais.

Pois é, felizmente, os visitantes mais afoitos e necessitados já não precisam de procurar os cantos mais escondidos de Cacilhas para pelo menos "verter águas".

A grande questão é que irá acontecer a todas aquelas "casinhas azuis" quando terminarem as Jornadas da Juventude. Provavelmente, desaparecem...

E lá voltam os cantos a ficarem "perfumados" com o xixi de várias nacionalidades... Nada de estranhar, num País como o nosso e com políticos como os nossos, que gostam sobretudo de impressionar o "Mundo", ou seja quem vem de fora...

(Fotografias de Luís Eme - Cacilhas)


domingo, abril 05, 2020

A Metáfora de uma Cidade (do país e do mundo)...

Esta fotografia não é apenas a metáfora de uma "cidade (quase) fechada", mas de um país, de um planeta, quase, "interrompido por momentos"...

(Luís Eme - Almada)

sexta-feira, setembro 28, 2018

O Portugal Manso...

As povos são que são. Nós portugueses, somos seguramente, pouco dados a aventuras e sobressaltos. E tenho muita dificuldade em culpar o Salazar por isso.

Normalmente gostamos do conforto, preferimos sempre não sermos incomodados. Acreditamos que há sempre alguém que faz barulho e luta por nós na rua.

Gritamos muito, mas é em casa e nos cafés, no convívio com os amigos. E agora também fazemos "revoluções" nas redes sociais. 

Quando chega a hora de agir, tentamos sempre escapar. Somos capazes de inventar mil desculpas para não termos de fazer alguma coisa, para não lutarmos pela mudança.

Embora tenha falado na primeira pessoa do plural, felizmente não faço parte do Portugal destes portugueses. 

Talvez a culpa seja do "sangue gitano", que ainda corria nas veias do meu pai...

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, setembro 28, 2017

Os "Excelentíssimos Estupores"


Este poema foi escrito a pensar nos políticos nacionais, mesmo assim houve um "estupor" local que se sentiu identificado nestas palavras. É também por isso que não votarei nele, no dia 1 de Outubro...

Volto a frisar que esta escolha é dedicada sobretudo aos políticos "farsantes" que estão a ver o chão a fugir-lhes dos pés, como o caso do senhor que em tempos saía da cartola dos mágicos, que tenta por todos os meios, manter-se à tona de água... Mas parece que está mesmo condenado, pois não acredito que ao fim do dia de domingo, alguém lhe lance alguma bóia de "salvação". Não vale tudo, nem mesmo arranjar "trampezinhos" com o olho no cigano...


Excelentíssimos Estupores

A sanha do poder torna-os sedutores
Além das gravatas de todas as cores,
Distribuem rebuçados de vários sabores
Canetas beijos e sorrisos encantadores,
Porque no final querem sair vencedores.

A vitória floresce a troca de favores
Quase que parecem mercadores
Nos muitos jogos de bastidores
Em que são autênticos doutores
No seu notável papel de impostores.

Denunciados pelos comentadores
Fixam o sorriso amarelo nos televisores
Agarram a cartilha dos ditadores
E deixam cair a máscara de fingidores
Os excelentíssimos estupores.

 Luís [Alves] Milheiro

sábado, abril 29, 2017

O Ginjal e o Passa Palavra, Cada Vez mais Internacional...


O melhor guia turístico do Ginjal continua a ser o "passa-palavra", de todos aqueles que o descobrem e ficam maravilhados com o rústico das ruinas, a beleza do Tejo, a calmia das esplanadas do "Ponto Final" e do "Atira-te ao Rio", e claro, da nossa gastronomia.

Ao fim da tarde é quando o Cais fica mais movimentado, a caminho do agora coração do Ginjal, onde se ouve falar italiano, francês, inglês, espanhol... e a espaços o nosso português.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, março 25, 2017

A Vitória dos Chupistas e dos Oportunistas...


Continuo convencido que uma sociedade como esta em que vivemos, que se alimenta preferencialmente do compadrio, da mediocridade, da esperteza, e até da injustiça, acabará, mais tarde ou mais cedo, por ficar atolhada na porcaria que vai deixando atrás de si. 

Só que até isso acontecer, muita gente será prejudicada, ferida na sua dignidade, confundida pelos valores que acha certos, e pelos outros, que vigoram...

Tenho conversas intermináveis com alguns amigos sobre este "mundo", cada vez mais de pernas para o ar. É por isso que acrescento que só fiquei indignado com o político holandês que diz que gastamos o nosso dinheiro em vinho e mulheres, por não apontar o dedo aos seus colegas políticos do sul, porque são eles que ganham dinheiro suficiente para beber vinhos caros e seduzir mulheres com preço, e nunca o seu povo.

Apesar de ter sido infeliz e injusto, compreendo-o perfeitamente. Não podemos andar a viver eternamente acima das nossas possibilidades, a gastar o que não temos. E para ser rigoroso, também sei que é quase impossível os países com mais dificuldades conseguirem estabilizar ou crescerem com dívidas tão elevadas.  A renegociação das dívidas é fundamental.

As conversas são mesmo como as cerejas, onde eu já vou... e o que queria era falar da realidade associativa almadense, que acaba por ir um pouco ao encontro das palavras do "holandês"...

Eu por exemplo, tenho muito orgulho de pertencer a duas colectividades almadenses que continuam a sua caminhada, com grande dignidade, sem nunca terem estado reféns de qualquer poder, político ou económico, ao longo das suas histórias - uma longa de 168 anos outra mais curta de apenas 23 anos.

E ao contrário do Carlos, nem fico demasiado  incomodado por serem muitas vezes penalizadas por fazerem uma gestão cuidadosa, por conseguirem promover a cultura sem grandes custos, ao mesmo tempo que apresentam as suas contas aos seus associados, sem dívidas.

Digo isto porque normalmente quem gasta mais do que tem, acaba por sair beneficiado em relação a quem cumpre, com os apoios dados pelas autarquias, com a velha desculpa de que é preciso evitar a todo o custo a possível "falência"... E o mais grave, é que não se vê ninguém ser chamado à responsabilidade, mesmo pelos associados, como responsável por gestões danosas.

É por isso que por muito que se fale em justiça, igualdade de oportunidades e etcétra, na sociedade actual os "chupistas" e os oportunistas acabam sempre a ganhar...

domingo, julho 10, 2016

Um Patriotismo Calculista

Notei que nos últimos dias da semana finda se multiplicaram as bandeiras penduradas nas janelas nas ruas de Almada.

Talvez muito boa gente só tenha acreditado que era possível ganhar, depois da passagem à final... 

Até porque Fernando Santos é muito pior "vendedor de banha da cobra" que Scolari.

E claro que Portugal pode ganhar. Os jogadores e o treinador já se percebeu que querem ser Campeões Europeus. Se o árbitro conseguir fazer uma arbitragem normal também tornará tudo mais fácil... 

Não sei se os franceses também têm bandeiras nas janelas, sei apenas que se acham muito bons. Ou seja o seu excesso de confiança também acaba por jogar a nosso favor. Esperemos que sim.

Sei que no nosso país se passa de besta a bestial e de bestial a besta em segundos, é por isso normal todo o patriotismo calculista que nos cerca... Mas penso que esta passagem por França, tem tudo para correr bem.

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, janeiro 15, 2016

A Tragédia Optimista


Ontem fui ao teatro ver a "Tragédia Optimista", representada pela Companhia de Teatro de Almada.

Gostei da cenografia e de ver tanta gente em palco, numa boa encenação de Rodrigo Francisco.

Ainda dentro da sala comecei a questionar a escolha da peça, que aborda os tempos conturbados que se passaram na União Soviética, após a revolução bolchevique de Outubro de 1917.

Lembrei-me da nossa Primeira República e de como se poderia ter montado um belo espectáculo do mesmo género e grandeza, com tantos motivos de interesse cénicos, desde os monárquicos, aos religiosos, sem esquecer os anarquistas - que têm um destaque especial nesta peça -, todos eles contra os republicanos...

De certeza que diria muito mais aos portugueses.

E também continuo a não perceber porque razão se escolhem quase sempre autores estrangeiros nos nossos palcos, em detrimento dos dramaturgos portugueses. Será apenas por causa dos direitos de autor?

quinta-feira, dezembro 31, 2015

Um Melhor 2016


Apesar dos presentes envenenados deixados pelos antigos governantes, como foi o BANIF, continuo a esperar que 2016 seja melhor para todos (excepto para os banqueiros...) que 2015.

(Fotografia de Luís Eme)

domingo, novembro 08, 2015

Miguel Oliveira na Ribalta do Motociclismo Mundial


Miguel Oliveira venceu o Grande Prémio de Motociclismo de Valença na sua categoria (moto 3) e sagrou-se vice-campeão do mundo.

É uma proeza extraordinária para o desporto português e almadense.

Para a próxima época Miguel vai competir na categoria de moto 2, e de certeza com sucesso, pois talento é coisa que não falta ao jovem piloto de Almada.

(foto retirada do site "A Bola")

domingo, julho 05, 2015

A Criatividade e o Cinema


Quando vi este cartaz da "23 ª Edição das Curtas - Vila do Conde" (que decorre de 4 a 12 de Julho), achei-o muito bem conseguido.
O autor é o João Faria, que está de parabéns, assim como os teimosos que continuam apostados em levar o cinema e a cultura a uma mediana cidade portuguesa.

Eu sei que às vezes é mais fácil fazerem-se coisas em pequenos centros urbanos que nas chamadas grandes urbes, mas mesmo assim não deixam de estar de parabéns.

Há já quase 20 anos também fiz o projecto de um Festival de Cinema em Almada, que nunca passou do papel, por várias razões, a principal: falta de apoios concretos. Eu já sabia que lá de cima só costuma cair chuva, de vez em quanto, e uma tarefa que quisesse ter sucesso teria de ser bem alicerçada, em meios humanos e materiais, o que nunca foi possível obter...

Hoje olho para trás e penso que já passou o meu tempo de fazer iniciativas que querem saltar das fronteiras de Almada (até por já ter chatices de sobra...).

sexta-feira, maio 08, 2015

Sei que Nunca vou Perceber...


Não me sinto muito confortável a fazer o papel de "moralista", mas de vez enquanto tem de ser. Tudo isto porque sinto que nunca vou perceber esta maneira de ser portuguesa, de se transformarem sítios abandonados em lixeiras.

Acho que nunca fomos muito bem educados a respeitar o próximo. Primeiro foi o "respeitinho" que diziam ser "muito bonito", depois vieram as "liberdades" que muitos continuam a confundir com "libertinagens"...

Eu sei que posso fingir que não vivo neste país, mas nunca passará disse mesmo, de um fingimento.

Há sempre quem diga que essas coisas se deviam ensinar na escola. Porque há sempre quem tente empurrar os problemas e as responsabilidades para cima dos outros.

Só que não há escola que resista, quando os filhos vêm os pais deitarem o lixo para o chão ou atirarem beatas acesas pela janela...

quinta-feira, fevereiro 19, 2015

sábado, janeiro 31, 2015

O Ginjal é Isto...


Esta fotografia está fresquinha, foi tirada ontem ao fim da tarde.
Uma tarde quase feia, cheia de cinzentos, com um vento capaz de fabricar ondas no Tejo. 

Mesmo assim apeteceu-me sair de casa e andar (preciso muito de andar, todos precisamos...). Andar este que se pode confundir com passear, ou até como busca pessoal, aquela procura de pequenos nadas que surgem entre o vazio e a solidão.

Vou quase sempre para o mesmo lugar, não tanto pelo Ginjal (mais que visto e revisto...), mas sim pelo Tejo, que é mesmo um rio imenso, um "mar" de mão cheia...

Os casebres abandonados que vou encontrando aqui e ali (como o dono desta janela), não são mais que uma metáfora deste país...

Muitas vezes penso que a única coisa que ainda não nos abandonou (apesar de tão maltratada) é a natureza.

Não tenho dúvidas que de Norte a Sul somos um país bonito...

quinta-feira, janeiro 29, 2015

Quase um Mês de Poesia no "Casario"...


Tem sido quase um mês de poesia, por aqui no "Casario".

Provavelmente a poesia ajuda a passar o tempo e a pensar em coisas bem mais felizes que a realidade que nos cerca.

E não me refiro apenas à nacional, porque infelizmente a local não difere muito. 

Quando descobrimos várias "ruas" onde mora a desigualdade, mesmo com a governação do partido que levanta mais alto a bandeira da igualdade e da justiça social, está tudo dito...

A única coisa que sei, é que Portugal e os Portugueses mereciam muito mais. E Almada e os Almadenses, também, claro.

quarta-feira, dezembro 03, 2014

Os Gostos das Pessoas do Teatro


Ao ver este cartaz, lembrei-me do Romeu Correia, dos seus desabafos em relação à preferência dos encenadores portugueses, por autores estrangeiros. Preferência que estava (e deve continuar a estar...) ligada aos direitos de autor.

Os autores portugueses recebem mais de direitos de autor que os estrangeiros, por razões facilmente explicáveis.

Gosto de Hemingway, mas penso que há tanto texto português que nos diz mais que o "Kilimanjaro". É assim...

quinta-feira, julho 03, 2014

Mês do Teatro em Almada


Como é hábito, o mês de Julho é o mês do Teatro em Almada, com a realização de mais uma edição do "Festival de Teatro de Almada" ( a 31 ª edição, é obra...).

Apesar da crise a Companhia de Teatro de Almada não desiste e continua a organizar um dos melhores festivais de teatro europeus e o melhor do nosso país.

A Festa começa amanhã...

quarta-feira, junho 25, 2014

20 Anos Depois...


Quando ontem escrevi sobre o "buzinão", falava de um tempo que tinha acabado, assim com as suas prepotências.

Referia-me ao "Cavaquismo" de tão má memória, que além de nos ter roubado algum humanismo e dignidade, transformou completamente a sociedade portuguesa, com o objectivo claro de nos deixar "reféns" do dinheiro e dos bens materiais. Com os bonitos resultados que se conhecem...

Mas como nem sempre escrevemos com a leveza que devíamos, criamos por vezes alguma confusão.

Claro que hoje vivemos um outro tempo terrível, onde as prepotências são ainda maiores, com um governo que afronta constantemente o Tribunal Constitucional, na tentativa de reduzir a Constituição da República a um mero livro de consulta, para poder governar a seu belo prazer, como se vivêssemos num regime ditatorial, de partido único.

terça-feira, junho 10, 2014

Olá Portugal


O Cais das Colunas é um lugar de "peregrinação" obrigatória para a maior parte dos turistas que visitam Lisboa.

É difícil resistir ao Tejo e a toda a poesia que se ocupa das suas águas e das suas margens...