Nunca liguei muito ao Dia dos Namorados. Pelo menos, que me lembre. Sempre achei que era mais uma moda americana a incitar ao consumismo. Mas também nunca o reneguei ou desprezei. Temos convivido pacificamente, em paz e respeito mútuo.
Já houve no meu passado quem achasse que era boa ideia ir jantar fora no Dia dos Namorados. Não é. Nunca foi. E à segunda tentativa, eu jurei para nunca mais.
Também já houve no meu passado quem pusesse fim ao que quer que seja que tínhamos, entre outros motivos, porque eu não quis comemorar o Dia dos Namorados a preceito. Almoçarmos juntos e passarmos a tarde no sofá pareceu-me um excelente programa. Pois que não.
No dia de hoje, o programa do Dia dos Namorados vai incluir um fantástico e muito romântico treino a dois, comigo a tentar lutar contra a otite e a tosse que teima em não desaparecer, e com ele a tentar lutar contra o tédio de correr em ritmo de tartaruga. E vai incluir uma tigela de sopa para jantar. E talvez umas tostas com o resto do queijo que trouxemos dos Açores. Na loucura, abrimos uma garrafa de vinho e bebemos um copo ou dois. E está tudo bem.
Como não sou completamente insensível, esta manhã enfiei uns chocolates em forma de coração na mochila do trabalho dele. Talvez ele me traga um ovo Kinder. Ou um Kit Kat cor de rosa, que não sabe assim tão bem mas de que eu gosto só por ser cor de rosa. Ou então não me traz mesmo nada porque, ele sim, é o verdadeiro insensível. E está tudo bem.
Feliz Dia dos Namorados! Ou feliz quinta-feira, se preferirem!