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domingo, 18 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 292

 


O passeio de hoje foi até à Caparica. O dia amanheceu cheio de nevoeiro, e custou a crer quando, à meio da tarde, saímos de casa e percebemos o calor que estava. Quando falei em irmos à praia, ele deve ter achado que eu estava louca, mas acho que o venci pelo cansaço e lá concordou. 

E que bem que soube!... As praias com pouquíssima gente, um fim de tarde espectacular, e uma caminhada à beira-mar, com a Isabel a aproveitar para fazer a sua sesta.

A minha paranóia com a Covid continua (cada vez mais) elevada, e conseguir encontrar sítios onde me sinta em segurança, pode ser um desafio... Mas este passeio pela praia fez maravilhas pela minha sanidade mental.

Boa semana, Mundo! 

quinta-feira, 18 de junho de 2020

De Berlim... - VI - Notas soltas...

Quando fomos para Berlim, já a Covid-19 andava a dar ares de sua graça pela Europa. Ainda não havia casos em Portugal mas já havia na Alemanha e nos dias antes da viagem eu ia, religiosamente todos os dias ao site da WHO, ver o número de casos em cada país. Quando fomos para a Alemanha, tinham 16 casos, se não me engano. Tivemos dúvidas, sim. Questionámos de devíamos ir. Falei com a minha médica e o que ela me disse estava alinhado com o que a WHO dizia na altura: não havia indicação para não se realizarem viagens dentro da Europa. E nós fomos. Fomos com meia-dúzia de máscaras atrás (just in case) e com álcool-gel, que usávamos várias vezes ao longo do dia, sobretudo quando tínhamos de carregar em botões, mexer em maçanetas, etc., e sempre antes de toda e qualquer refeição. Enquanto estivemos em Berlim, foram raríssimas as pessoas que vimos de máscara, vimos algumas a usarem o álcool-gel, e a meio da viagem vimos afixarem no nosso hotel um documento a alertar para as boas práticas que cada um podia/devia ter, para evitar a propagação do vírus, bem como os sintomas e sinais de alerta. As coisas ainda estavam relativamente tranquilas, apesar de rapidamente terem descambado em Itália, e nós sentimo-nos relativamente tranquilos.

Esta viagem era particularmente importante para nós, mais do que pelo meu aniversário, mas por ser uma espécie de babymoon: a nossa última viagem a 2, antes da nossa vida dar uma volta de 180 graus e da vida como a conhecemos até agora, mudar completamente. A partir de agora, tudo será diferente. Talvez por isso mesmo, a viagem foi ainda melhor, mais especial, mais nossa. Apesar da minha rabujice, das minhas birras, das minhas hormonas, das crises de choro sem razão aparente. Tivemos muitos momentos muito bons e sei que vamos sempre guardar esta viagem com um carinho especial.

Berlim não é uma cidade que eu tenha adorado ou que ache inesquecível. No entanto, é uma cidade que eu acho que merece uma visita. É daquelas cidades que toda a gente devia visitar uma vez na vida. Porque é mesmo uma cidade única. Berlim é uma mistura de novo e velho, sendo que há muito pouco de velho. Enquanto que noutras cidades europeias temos centros históricos antigos, temos muitos monumentos, temos edifícios com 300 ou 500 ou mais anos, em Berlim há pouco de velho e há muito de novo. Há obras em toda a parte. Há uma cidade que ainda não parou de crescer. E há um peso muito grande de tudo o que ali aconteceu. Há uma carga emocional tremenda. Há uma herança pesada, e um olhar para um futuro que se quer diferente, livre, sem tabus.

Algumas dicas sobre a cidade:
  • a cidade é barata - transportes, refeições, alojamentos, etc. Consegue visitar-se bem a cidade sem gastar muito dinheiro, há muita coisa gratuita para ver e a oferta de restaurantes (para todos os bolsos) é infinita.
  • os transportes funcionam muito bem - estamos na Alemanha, não é verdade? Não é muito fácil perceber como funcionam os bilhetes (há partes do site oficial que nem traduzidas estão...), mas há um passe de 7 dias que custa 34€ e que pode compensar. Sobretudo, porque inclui o acesso ao aeroporto de Tegel, e permite viagens gratuitas para crianças até aos 6 anos ou um acompanhante adulto que viaje com o portador do passe, nos dias de semana a partir das 20h, aos fins-de-semana e aos feriados (quão interessante isto é?!). Existe uma aplicação que permite comprar e gerir os bilhetes, podemos pagar por paypal, e em todo o processo há zero papel e zero dinheiro (físico) envolvido. Gente evoluída, hein?
  • é normal pagar para ir à casa de banho na maior parte dos sítios - 20 ou 50 cêntimos são suficientes.
  • a generalidade das pessoas falam inglês, ainda que não sejam muito simpáticas.
  • os supermercados têm preços muito simpáticos, sobretudo se compararmos os ordenados deles com os nossos. Foram uma opção para lanches, fruta e snacks mais saudáveis.
  • há produtos que para nós ainda são premium e caros, e que lá encontramos ao preço da chuva no supermercado. Exemplo: desodorizante de pedra de alúmen. É uma coisa muito específica, eu sei, e talvez venha a falar sobre ela, porque faz parte da minha caminhada contra o consumo excessivo de plástico e de materiais demasiado processados e industrializados que insistimos em colocar no nosso corpo. O que é certo é que lá o selo "bio" e "natural" não implica a inflação de preços que implica cá e vale a pena.
  • relativamente perto de Berlim há um campo de concentração/memorial - o Sachsenhausen. Fica a cerca de uma hora de transportes de Berlim e a entrada é gratuita. Nós optámos por não ir lá, com muita pena minha, mas íamos perder muito tempo e não dava para tudo. Fica a sugestão, para quem queira visitar um espaço destes.

E, por agora, acho que chega. Foi, como já disse, uma viagem inesquecível, por muitos e variados motivos.

Não consigo dizer o que gostei mais em Berlim. Para mim, não há algo que consiga assinalar. Para mim, Berlim é um todo. É pouco provável que lá volte, mas gostei mesmo de Berlim, por contraditório que isso possa parecer. Serei a única a ter sentido isto?

quarta-feira, 17 de junho de 2020

De Berlim... - V

O último dia em Berlim foi o dia de regresso e não fizemos nada de especial.

Ou melhor, eu não fiz. Ele levantou o rabo cedo da cama e foi fazer um pequeno treino de 22km, cujo trajecto coincidia em boa parte com o percurso da meia-maratona de Berlim. Eu fiquei na cama a dormir, com uma (ligeira) inveja dele, que teve oportunidade de conhecer algumas zonas da cidade que eu não cheguei a conhecer. Digam o que disserem, mas correr é também uma excelente forma de conhecer uma cidade!

Fizemos o check-out, fomos em direcção à Estação Central, comprámos o pequeno-almoço e partimos em direcção ao aeroporto (são cerca de 40 minutos de comboio). Acho que já aqui disse que o aeroporto de Tegel é meio estranho... Que é. Ou é diferente, vá. Achei curioso que cada vôo tivesse o seu controlo de segurança próprio, que dava acesso à sua porta de embarque. Completamente diferente do que temos cá e do que já vi por esse mundo fora... Os alemães lá devem saber!

Chegou a hora de embarque e a hora da maior surpresa do dia... O meu irmão foi, literalmente, buscar-me a Berlim! Nem imagino a minha cara quando o vi! São estas pequenas coisas que ficam na memória, não é verdade? Para ele, foi mais um dia de trabalho, para mim, uma surpresa que não esquecerei... E a confirmação do que já achava: aterrar e descolar no cockpit é muito giro, mas não é para mim.


 




E assim terminou a viagem a Berlim... Segue-se um post com notas diversas sobre a viagem e a cidade.

terça-feira, 16 de junho de 2020

De Berlim... - IV

Chegámos ao 4º dia em Berlim. 29 de Fevereiro. O meu aniversário, pois claro!

Como nota prévia, importa dizer que no último 29 de Fevereiro eu tinha acordado em Praga, na minha primeira viagem que fiz sozinha, naquilo que parece ter sido toda outra vida. Não deixa de ser curioso como em 4 anos apenas, a vida pode mudar tanto!...

Começámos o dia com um pequeno-almoço mais especial, num espaço muito engraçado que descobrimos perto do hotel, o Café Bell Chicco, e que, sendo Sábado, tinha menu de brunch a um preço simpático.



De barriga (bem) cheia, rumámos novamente à Ilha dos Museus, para deixar a alma cheia no primeiro museu do dia: a Alte Nationalgalerie, com obras dos séculos XIX e com destaque para as colecções do Romantismo e do Impressionismo.

A Catedral de Berlim, que só vimos por fora.
Dizem que a vista da cúpula vale a pena, mas os 270 degraus que são precisos para lá chegar,
não combinavam com o meu estado.



Eu adoro o Rodin...
Se um dia voltar a Paris, é só para ir ao museu dele outra vez.

 
Monet...
Pronto, se voltar a Paris, também é para voltar ao Museu d'Orsay.

Mais Monet, porque Monet nunca é demais.

Seguiu-se um almoço super decadente: no Burgermeister. É uma cadeia de fast-food com vários espaços, e apresentam-se como o melhor hamburguer em Berlim. Têm uma opção vegetariana e também são famosos pelas batatas fritas com queijo e jalapeños. O espaço não é feito para lá ficarmos muito tempo... Diria mesmo que o ideal é comprar para comer fora. Mas é toda uma experiência e vale a pena!


Depois do almoço, seguimos para a Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche. É uma igreja memorial construída nos finais do século XIX, e que ficou muito destruída num bombardeamento em 1943. Parte foi reconstruída, mas a maior parte foi deixada como ficou, tornando-se num memorial. Junto a esta igreja foi construída uma nova, com vários espaços, e com um interior único, coberto de vitrais em tons de azul, onde se destaca um crucifixo enorme. As fotos não fazem justiça ao que este espaço é, pelo que só mesmo lá indo...




Dica curiosa: atravessando para o outro lado da estrada, há um centro comercial - o Bikini Berlin. Lá dentro, encontram umas escadas que levam ao piso superior, e onde há acesso a um terraço muito simpático de onde se tem vista para... O Jardim Zoológico de Berlim! Não dá para ver muito, mas sempre se vêem alguns animais, incluindo as suricatas. E quem é que não gosta de ver suricatas?!... O espaço está mesmo preparado para esta observação do zoo, com bancos e placas a indicar os animais que vemos de cada sítio. Numa próxima ida a Berlim, o zoo não me vai escapar!


Daqui, seguimos para a Gemäldegalerie, mais um museu, com obras da pintura europeia do século XIII ao XVIII, e destaque para as obras de Rembrandt. Para quem não sabe, eu estudei História da Arte (noutra vida), pelo que passar o dia do meu aniversário rodeada de obras dos meus artistas favoritos, fez-me todo o sentido.

Raffaello

Botticelli
Ainda demos uma volta a pé, e passámos pelo Kultur Forum, onde vimos o edifício da Berliner Philharmonie, antes de regressarmos ao hotel.


Para o jantar, escolhemos um italiano maravilhoso: A Mano. Comemos lindamente, o serviço era super simpático com italianos a sério (que falavam connosco em italiano, assumindo que se éramos portugueses, os percebíamos perfeitamente), e ainda tive direito a uma sobremesa com vela e parabéns!



O dia chegou ao fim e a viagem também estava a terminar...

domingo, 14 de junho de 2020

De Berlim... - III

O 3º dia em Berlim amanheceu com frio e chuva.

Tínhamos feito marcação para visitar o edifício do Reichstag (o parlamento alemão) às 9 horas, e a essa hora lá estávamos. Apesar de ser gratuito, dizem que convém fazer reserva, para garantir que conseguimos entrar quando lá chegamos. Passámos pela segurança e confirmámos o que já sabíamos: os alemães não são as pessoas mais simpáticas do mundo.

Também aqui recorremos aos audioguias (são gratuitos, é só pedir), e fomos fazendo a visita guiada, começando pela subida à icónica cúpula. Lá em cima, as vistas 360º sobre Berlim são incríveis, mas o tempo estava mesmo desagradável, e entre vento e chuva, acabámos por não aproveitar tanto assim. É possível passear pelo terraço que existe nos telhados do edifício, mas eu estava mesmo desconfortável e preferi ficar dentro do edifício, tentando resguardar-me do frio. Começou aqui a minha birra matinal, que ainda demoraria algum tempo a passar... Posso culpar as hormonas, certo?




As vistas são incríveis, mas o tempo que estava...


Saindo daqui, nova passagem pela Porta de Brandemburgo, e decidimos ir até à Potsdamer Platz e visitar o Spionagemuseum


Eu, de birra...
 

A Potsdamer Platz fez-me lembrar Nova Iorque...


Confesso que a escolha por este museu foi muito prática: era perto e estava incluído no Berlin Museum Pass, que tínhamos comprado. A ideia inicial era passear pelo Tiergarten, mas a chuva não dava tréguas, e pareceu-nos muito mais sensato ir para dentro de um museu.



Faz-vos lembrar algum livro/filme?

Eu, em modo 007!
E o museu até é giro! Fala sobre a história da espionagem, que se cruza em muito com a história de Berlim no século XX, é muito interactivo com experiências e jogos que desafiam o espião em cada um de nós, dá para tirar umas fotografias giras, e é uma boa forma de passar um par de horas.

Confesso que não me lembro onde almoçámos neste dia e o programa da tarde incluiu o Jüdisches Museum Berlin. Infelizmente, a maior parte da exposição estava fechada (estão a renovar a exposição principal), mas pudemos visitar a Torre do Holocausto, uma obra de Daniel Libeskind, que não deixa ninguém indiferente.





Daqui, seguimos para o Checkpoint Charlie, e depois para o Topographie des Terrors, um centro de documentação, cuja visita é gratuita, e que nos permite fazer uma viagem no tempo àquilo que foi o Nazismo, a Gestapo, as SS, a ascensão de Hitler, e todo o horror que marcou a vida de milhões de pessoas... É pesado. É muito pesado. E é, simultaneamente, incrivelmente esclarecedor e perturbador. Ao ficar a saber mais sobre como tudo aconteceu, é inevitável ficarmos assustados com a facilidade com que tudo aconteceu. Mais assustador ainda é, nesta época, em que vemos movimentos estranhos a ganhar força e voz em alguns países... Vale muito a pena.






Façam zoom, que vale a pena...

 Voltámos para o hotel, ele foi para a passadeira correr, e eu fui... Fazer a minha sesta pré-jantar, pois claro.

Procurámos um restaurante perto do hotel, e acabámos em mais um vietnamita: o Madami - Mom's Vietnamese Kitchen. Mais uma vez, comemos bem e não pagámos muito!



E assim chegou ao fim mais um dia, comigo de rastos. Nós bem tentámos fazer esta viagem num ritmo mais calmo, mas é mais forte do que nós... Acabamos sempre a ver mais isto e mais aquilo e mais uma coisa e mais outra... Fomos tentando andar mais de transportes, para eu poupar as pernas, e ir parando e sentando aqui e ali, mas é inevitável. Estamos numa cidade nova e queremos descobrir tudo, não é verdade?

terça-feira, 9 de junho de 2020

De Berlim... - II

O segundo dia em Berlim, uma quinta-feira, começou com uma free tour. 

Já por aqui falei diversas vezes das free tours, e não me canso de repetir: são uma excelente forma de conhecer uma cidade, pela voz de alguém que a conhece bem, visitando os principais pontos turísticos e ouvindo histórias e lendas curiosas. Há várias tours temáticas mas optámos por esta genérica da Sandemans, que começava junto à Porta de Brandemburgo.


Antes da tour propriamente dita, comecemos por um detalhe não menos importante: na praça onde se encontra a Porta de Brandemburgo está um dos hotéis mais luxuosos e famosos de Berlim, o Hotel Adlon Kempinski. Neste hotel já estiveram muitos e variados famosos, de políticos a actores e músicos, e foi neste hotel que aconteceu aquela polémica e célebre cena do Michael Jackson a pendurar o seu filho bebé da janela. 


Fofoquices à parte, o hotel é mesmo super luxuoso e isso percebe-se ainda mesmo antes de lá entrarmos. E por que motivo lá entrámos? Porque lá dentro há uma caixa multibanco escondida no piso -1. Precisávamos de ir a uma, e era a única que havia naquela zona. Sentimo-nos meio pedintes ao entrar naquele espaço incrível, com gente chiquérrima a tomar os seus pequenos-almoços e os seus chás no lobby. Lá fomos nós em busca da caixa multibanco, descendo uma escadaria de mármore imponente, ao fundo da qual estavam também as casas de banho. Levantámos dinheiro e aproveitámos para ir à casa de banho. Já se sabe que andando em modo turismo, uma pessoa anda sempre em busca das melhores casas de banho, e não podíamos desperdiçar a oportunidade de ir a uma das casas de banho mais luxuosas de Berlim, não é verdade? Aquilo parecia um salão de baile, gigante, tudo em mármore, com toalhas individuais, com creme de mãos, com tudo e tudo e tudo... E eu lá me entretive a tirar umas fotos em frente ao espelho, para imortalizar o momento. Mal eu sabia que rapidamente ia descobrir que em Berlim é perfeitamente normal pagar para ir à casa de banho, o que não significa que estejam sempre limpas e perfumadas. Ainda me senti melhor por ter aproveitado esta ocasião! Fica a dica, para quem andar naquela zona.


Voltemos à tour...

Começámos por ouvir um pouco da história de Berlim, e depois fomos ao local que fica por cima de onde era o bunker do Hitler. Pormenor curioso: o local não está minimamente assinalado ou identifcado e é actualmente um parque de estacionamento. A ideia é que não se torne um local de culto para os maluquinhos fãs de Hitler (que os há...). Não é, de todo, uma forma de esconder o que se passou, porque em toda a cidade a memória de todos os horrores que ali se passaram, está bem presente.

Um desses sítios, e dos mais marcantes, é o Memorial aos Judeus Mortos da Europa (ou Memorial do Holocausto), uma obra de Peter Eisenman. Aqui encontramos 2.711 blocos de pedra, com alturas variadas, que formam um desconcertante campo de pedras.



Na tour andámos por diversas zonas, vimos partes do muro que ainda se encontram pelo meio da cidade, e passámos pelo famoso Checkpoint Charlie. Também visitámos a praça Gendarmenmarkt (considerada uma das mais bonitas da cidade), onde encontramos três imponentes edifícios: a Konzerthaus (casa de concertos?), a Französischer Dom (Igreja Francesa) e a Deutscher Dom (Igreja Alemã).




Também estivemos na Bebelplatz, onde vimos o memorial que foi criado para lembrar as queimas de livros que os Nazis realizaram, nomeadamente, nesta famosa praça. Aqui, encontramos a frase: "Das war ein Vorspiel nur, dort wo man Bücher verbrennt, verbrennt man am Ende auch Menschen." (em Inglês: "That was only a prelude; where they burn books, they will in the end also burn people").



Terminada a tour, olhámos para o mapa e percebemos que estávamos relativamente perto de um dos sítios que eu não queria perder: a loja da Ritter Sport. Aquilo nem é bem uma loja... É todo um museu, com 3 andares, com cafetaria, com chocolate que nunca mais acaba... Eu estava no paraíso, pois claro! Nota relevante: estes chocolates cá são relativamente caros, mas lá são a menos de metade do preço... Como resistir?!


Depois desta doce visita, e porque tivemos juízo, era hora de parar para almoçar. Bom, aqui não tivemos tanto juízo e fomos ao Swing Kitchen, um restaurante de fast-food vegan. Se para quem não come carne nem sempre é fácil comer fora (sobretudo, em países onde a alimentação é muito à base de carne), juntem a isso uma gravidez e uma não imunidade à toxoplasmose... Foi um desafio comer em Berlim, e nem sempre optámos pelas escolhas mais saudáveis, mas fomos tentando compensar. Nesta refeição, foi a desgraça total e eu comi... Nuggets! Eu não comia nuggets há... 20 anos? Nem sei. Nunca tinha visto nuggets vegetarianos e não resisti! Souberam-me lindamente e o louco mais louco do que eu provou-os, e disse que sabiam aos "originais".


O restaurante em si é cheio de pinta, com várias opções (todas vegan), e ele diz que comeu o melhor hamburguer vegetariano da vida dele.

Como nem só de comida se faz uma viagem (mas podia...), seguiu-se uma visita a um dos mais famosos museus de Berlim, o Pergamonmuseum. Ainda andámos por lá entretidos umas horas, tem uma colecção muito interessante, e eu sou cada vez mais fã dos audioguias. Até porque, rapidamente percebi que é normal nos museus alemães nem tudo estar traduzido, e haver muita coisa mal traduzida... Sim, mesmo em museus desta dimensão, há erros nas traduções das placas identificativas das obras (o que me provocou uma certa urticária, confesso, que eu sou meio paranóica com erros e afins...). 









Como as minhas pernas já imploravam por descanso, depois do museu fomos a um sítio muito, muito giro, tomar um chá. Chamava-se Tadshikische Teestube, e era meio restaurante, meio salão de chá, de origens russas, com uma diversidade enorme de chás, alguns petiscos e refeições completas, para quem quisesse comer a sério.


Os sapatos ficavam à porta e os lugares eram no chão, em grandes almofadões e colchões, apoiados por mesas baixas.


Com (algumas) energias recuperadas, demos uma volta por aquela zona, onde são típicos os pátios e ruelas interiores, com lojas e restaurantes mais alternativos. Também fica aqui a Nova Sinagoga, que só vimos por fora.


Acabámos a jantar num vietnamita vegan muito, muito bom, o Quy Nguyen. O espaço era giro e a comida muito saborosa. Sempre comi alguma coisa mais saudável!



Depois deste longo dia, e porque não tinha feito a minha sesta, já estava de rastos, mas ainda fomos assistir à Comedy Night no bar do nosso hotel, um espectáculo de stand-up comedy, com vários comediantes amadores. Ainda deu para dar umas gargalhadas e beber umas cervejas (ah!... as maravilhas da cerveja sem álcool!... só que não.).


Já disse que adorei o nosso hotel?

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