Mostrar mensagens com a etiqueta Bayrou. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Bayrou. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Bayrou critica severamente Sarkozy e vai avistar-se com Ségo, Delors...

O candidato da Terceira Escolha, já eliminado, quer empatar os 7 milhões de votos na construção de um novo partido do Centro, Liberal e Social-cristão com as novas formas do modelo italiano...Delors e Cohn-Bendit vão tentar a aproximação eleitoral entre Bayrou e Ségo.

A política profissional francesa desperta à hora da paginação dos jornais On Line, seis da manhã hora de Paris. O Herald Tribune está disponível a partir das duas da manhã na Net. Imaginem o rodopio das redacções e dos estados-maiores partidários...Depois da Primeira Volta, com a presença frontal e dual dos dois candidatos apurados, Ségo e Sarko, assistimos a uma diabólica e múltipla táctica política para o dueto finalista se apropriar de parte substancial do eleitorado de François Bayrou, o centrista e homem de letras que foi a revelação das Presidenciais francesas 2007.

Ségo com a sua ala esquerda muito depauperada - Extrema-Esquerda, PC e Verdes, a valerem só cerca de 10% de votos no total - precisa desesperadamente de Bayrou para colmatar o que lhe falta para vencer. A tarefa é gigantesca e tudo se joga na classe e golpe de asa que, Ségoléne Royal e os seus mucachos, souberem desenvolver no terreno. A hipótese de vir a ganhar reside nisto simplesmente: negociar com Bayrou um protocolo de apoio eleitoral e, indirectamente, propor-lhe vantagens políticas para que ele se estabeleça com um novo partido, uma máquina transparente, crítica e democrática. Ao arrepio do "exército" ululante, monocórdico e "soviético" de Sarkozy e da doce "algaraviada" do PS e dos seus compagnons de esquerda...privada e alcatifada.

Bayrou é o fiel da balança e parece disposto a vender caro a sua cotação eleitoral, a rondar os 18 por cento. Hoje demarcou-se de Sarkozy de forma visceral e abracadabresca: "Pela sua proximidade com os centros de negócios e as potências mediáticas, pelo seu gosto da intimidação e da ameaça, irá concentrar os poderes como jamais o tinham sido (...). Pelo seu temperamento e os temas que espevita, arrisca a agravar as dissensões no tecido social, conduzindo acima de tudo uma política que avantaja ainda mais os ricos. Penso que há semelhanças entre Berlusconi e Nicolas Sarkozy". A carga é feroz e acutilante, pois.

Por outro lado, Sego multiplica as iniciativas para cativar o eleitorado de Bayrou. De uma forma democrática e clara. Propondo encontros bilaterais e discutindo os pontos de divergência entre o Pacto Presidencial e o Programa de Bayrou. A candidata da Esquerda solicitou o apoio a Jacques Delors, o grande perito da política social francesa. Este aceitou e vai escolher equipa para se poder encontrar com os representantes de Bayrou. O edil de Veneza, Massimo Cacciari, clicar aqui, deu uma entrevista ao Libération, sublinhando que Bayrou deve apoioar Sego sem reservas...Ao mesmo tempo, envia este recado aos socialistas tricolores: "Os socialistas devem reconhecer publicamente a exigência e a necessidade de uma aliança com Bayrou e tentarem abrir a perspectiva de criação de um partido democrático".


Daniel Cohn-Bendit, uma espécie de "rolha" dos post esquerdistas europeus, conseguiu convencer, clicar aqui, Sego e os seus estrategos e vai entrar (já o fez) na dança para conseguir capitalizar o máximo de votantes de Bayrou para a sua nova dama. Como fez uma bela amizade com Bayrou no Parlamento Europeu, e andaram em comícios juntos a favor do sim ao Novo Tratado em 2003, conseguiu " iludir " os burocratas amedrontados do PS e fez-se ao objectivo."Eu sou o que liberta a audácia de Ségolène, que lhe diz: Sê tu mesma, avança, não te deixes entalar pelo teu partido, porque a maioria, engloba também o centro".


FAR

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sarkozy força Ségolène a entender-se com Bayrou

PC e Verdes em queda abissal, com menos de dois por cento dos votos. LCR (trotskistas) a rasarem os 5 por cento. Le Pen "morreu" à boca das urnas. Bayrou vai ter o papel crucial nesta segunda volta e Ségolène deve fazer acordo de Governo (prometendo-lhe o lugar de PM), se quiser vencer...

O Le Monde publicou em cima do fecho da noite eleitoral esta análise política subscrita pelo director editorial do jornal, Gérard Courtois, clicar aqui. O essencial desse longo articulado: 1) A participação eleitoral foi um recorde que marca uma reconciliação dos franceses com a democracia representativa; 2) A extrema direita perdeu 1, 3 milhões de votos; o P. Comunista desceu a 2 por cento e os Verdes não passaram dos 1,5 por cento. 3) Criou-se, de novo, uma polarização Direita/ Esquerda, com um eleitorado global que atinge os 56 por cento do total; 4) Bayrou, o cristão-democrata, com 19 por cento dos votos é o fiel da balança e o criador da rainha ou rei da segunda volta; 5) Como vinca G.Courtois, todas as análises efectuadas sobre o tipo de votante em Bayrou, até agora realizadas, destacavam o facto de serem eleitores vindos da Esquerda desiludidos com as posições do PS e de Ségo...

FAR


“ Cette année, 38 millions de Français à peu près ont été voter, contre 29 millions seulement en 2002. Le taux de participation est presque record. On retrouve pratiquement le taux de participation de 1974 et de 1965.

(…)

Le résultat le plus évident du scrutin, c'est la repolarisation autour du débat droite-gauche. Le candidat de l'UMP, avec 30 % des voix, réalise un score supérieur de 10 points à celui de Jacques Chirac en 1988, 1995 et 2002. De l'autre côté, la candidate socialiste réalise également le meilleur score de son camp depuis 1988. Donc il y a bien une bataille de second tour entre la gauche et la droite

(…)

Nicolas Sarkozy est ce soir en position de force, mais il n'a pas gagné. Pour y parvenir, il lui faudra combattre le front anti-Sarko qui s'est dessiné dès ce soir avec le refus de Philippe de Villiers d'appeler à voter pour lui, et l'attitude aussi bien de François Bayrou que de Jean-Marie Le Pen, qui ressemble à tout sauf à un ralliement.


Inversement, Ségolène Royal aura besoin pour l'emporter de rassembler très au-delà de la gauche. L'ensemble de la gauche pèse ce soir 37 %. Pour gagner le 6 mai, il faudrait qu'elle entraîne sur son nom plus de la moitié de l'électorat de Bayrou et, il faut le dire comme tel, une partie de l'électorat d'extrême droite qui serait prête à tout pour barrer la route à Sarkozy. C'est un pari extrêmement difficile, mais qui n'est pas impossible."

Gérard Courtois

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Ségolène ultrapassa ilusão-Bayrou nas sondagens

A candidata da Esquerda oficial realizou um final de campanha notável. Sarko lidera intenções de voto da primeira volta e Bayrou ensaia o canto da"mula" para captar indecisos persistentes. Não houve tema dominante na campanha e a questão do futuro da Europa foi pouco ventilada...

O declínio económico francês e as lutas fratricidas entre os dirigentes das duas grandes formações políticas - UMP e PS - acabaram por desorientar as aspirações de voto da parte nuclear do eleitorado. A dois dias da primeira volta das Presidenciais Francesas, persistem sérias dúvidas sobre a " cristalização " das intenções dos votantes, sobretudo no espectro de centro-esquerda. Num texto de hoje publicado no Libé, os dois magos das Sondagens analisam, clicar aqui, o conteúdo fulcral desta indecisão política maior.

"Inquietação passageira ou grave doença ?´ Um número elevado de pessoas disseram-nos que ainda não tinham escolhido. No nomento em que as escolhas se deviam cristalizar, é porventura a indecisão que se cristaliza", constata Emmanuel Rivière, da Sofres. E ele acrescenta: ´Há uma indecisão no centro da oferta`. Para Jerôme Sainte-Marie, do instituto BVA, "a posição do candidato centrista é frágil: 47 por cento dos eleitores que podem escolher Bayrou declaram poder mudar de ideias, contra só 20 por cento entre os potenciais eleitores de Sarkozy, Royal ou Le Pen", frisa o texto referenciado.

E vai mais longe esta análise de opinião abalizada e muito trabalhada: "As incertezas mergulham também no posicionamento respectivo de François Bayrou e Ségolène Royal. Os dois candidatos pertencem a campos opostos, mas nenhum deles se limita a entoar os cânticos do seu reduto político. Sego não teme agitar a bandeira nacional e entoar o hino pátrio, de apelar para uma grande firmeza contra a delinquência e interrogar-se sobre os resultados das 35 horas. François Bayrou, por seu turno, multiplica-se para dizer o melhor que sonha dos dirigentes dos Sindicatos da Educação Nacional. Acabou mesmo por achar Olivier Besancenot (LCR, trotskista) " simpático ", ao mesmo tempo que apela para a apresentação de uma moratória sobre os OGM, como o repetiu ontem ".

As grandes diferenças entre os programas de Sego e de Bayrou situam-se no campo das opções económicas, clicar aqui. De acordo com Christian Saint-Etienne, expert universitário e membro do Conselho de Análise Económica junto do PM, as grandes diferenças entre os programas de Sego e Bayrou situam-se ao nível da resolução das disparidades entre a oferta e a procura, por causa da perda de competitividade da economia francesa e dos balanços da Mundialização.

"Para Bayrou, o país está confrontado com uma crise de oferta. A França é cada vez mais incapaz de fornecer produtos e serviços competitivos. O antecessor de Villepin explicava amiúde que, quando ia em viagem oficial à China, tentava oferecer os Airbus e o TGV e ao fim de 20 produtos já não tinha mais nada para vender. Enquanto que o seu homólogo alemão, à época Gerhard Schröder, ia para lá com uma lista de 200 produtos made in Germany. Sego e os socialistas avaliam que a crise se manifesta tanto na oferta como na procura", indica.




Num suplemento excepcional do Le Monde sobre as Eleições Francesas, clicar aqui, alguns dos grandes sociólogos mundiais, como Axel Honneth, o sucessor de Habermas no Instituto de Pesquisa Social de Francfort, Pierre Rosanvallon e o norte-americano Lawrence Kritzman ; justamente o grande teórico rocardiano e Prof. agora no Collège de France, Rosanvallon , chama a atenção para o " nível extremamente baixo de elaboração teórica interna nos partidos políticos e nos estados-maiores dos candidatos ", frisando, por conseguinte, que se vive o fim dos "conselheiros do príncipe" e que a sociedade mediática " suplantou a campanha de ideias".
Tudo a juntar aos dossiers daquele quarteto de pavés onde a revista Marianne, o Charlie Hebdo e o Canard Enchainé se coligam com a fortíssima operação comandada por Laurent Joffrin no Libération quotidiano.



FAR

terça-feira, 17 de abril de 2007

Ségolène Royal só liga com Bayrou na 2ª volta


São daquele tipo de revelações sensacionais. Ségo não fecha a porta a Bayrou e queixa-se dos "elefantes " do seu partido... A revista económica Capital diz que ela usa sapatos que custam 1200 Euros/ a peça...

Estamos na recta final da primeira volta das presidenciais. Há cinco anos que Sarko anda em campanha. Ségo teve que vencer os "elefantes" do seu partido, os rivais Fabius, Jospin e Strauss-Khan. Rocard afastou-se cedo das primárias e apoiou Strauss-Khan, como dissemos no tempo exacto. Neste texto, clicar aqui, pubicado hoje no Le Monde, Sego precisou a sua determinação e amargura face aos jornalistas da rádio judia , a Rádio J. E queixou-se dos seus colegas de partido, "que nunca a aceitaram como candidata". "Isso não me ajuda. Mas, preciso de forma optimista, que isso é o preço da minha liberdade e que finalmente possuo muita resistência, e constância".

Ségolène recusa qualquer acordo precoce com Bayrou, mas não o invalida para sempre. Conforme precisa, ao milímetro, a candidata da Esquerda Socialista recusa-se a caucionar "a combinação de alianças entre candidatos ou formações políticas", antes da segunda volta. " Depois da primeira volta, ninguém será proprietário dos seus eleitores e não os poderá forçar. E é com todas e todos aqueles que se reconhecerão na posição "França Presidente", que se disputará o futuro do país", frisou.
E Cohn-Bendit apoia Rocard e Kouchner alargando o acordo aos Verdes, prisioneiros "de um mundo irreal". (ver Libération)


FAR

domingo, 15 de abril de 2007

Le temps des femmes

"Les Français ne regretteront pas leur audace"
Propos recueillis par Pascale AMAUDRIC et Florence MURACCIOLE
Le Journal du Dimanche

Ségolène Royal est confiante en cette fin de campagne. "Le temps des femmes est venu pour remettre debout la maison France", affirme-t-elle. Elle répond à Rocard qui propose une alliance avec François Bayrou. Mais se refuse à dire qui pourrait faire partie du gouvernement qu'elle constituerait si elle était élue

Comment jugez-vous cette fin de campagne ?Passionnante. J'avance sereinement et fermement sur ma route pour convaincre les électeurs car je suis avec eux, habitée d'un sentiment de gravité face à l'importance du choix, et portée par un immense espoir pour mon pays. Je fais tout pour qu'à la face du monde, la France fasse le choix de l'avenir meilleur, pour la France présidente et pour la femme qui l'incarne.

Que pensez-vous de l'appel de Michel Rocard ?
Il a le mérite de la constance. Depuis des années il veut faire venir le centre par des alliances de personnes vers les socialistes. Je crois, moi, à la force des idées qui entraînent et font se lever les espoirs populaires que je vois dans toute la France. J'espère que je suis au bout de mes surprises, car point trop n'en faut! Aujourd'hui, mon choix c'est d'aller à l'essentiel: faire entendre à l'ensemble des électeurs les valeurs pour que la France se relève, afin qu'ils aient un vrai choix pour permettre à notre pays de reprendre la main. En particulier choisir le changement sans brutalité et vouloir une France où les valeurs humaines doivent l'emporter sur les valeurs boursières.

Quels sujets aimeriez-vous imposer dans cette dernière ligne droite ?Il me semble qu'aujourd'hui les Français ont bien saisi les personnalités des candidats et peuvent se faire une idée précise de la manière dont ils exerceraient le pouvoir... Quant au clivage entre mon projet et celui de la droite, il est clair. D'un côté, une société dans laquelle les Français seraient dressés les uns contre les autres, où régnerait le "chacun pour soi", une société du déterminisme, de la violence et de l'autoritarisme. De l'autre, une France apaisée, qui se rassemble autour de valeurs communes -travail, solidarité, esprit d'initiative-, une France du plein-emploi qui reprend confiance en sa jeunesse et qui garantit aux personnes âgées les sécurités auxquelles elles ont droit, qui croit à nouveau en sa capacité à produire de la richesse et à la redistribuer de manière équitable, une France, enfin, dont les dirigeants sont à l'écoute du peuple et non au service de groupes de pression.

Continue a ler no Le Journal du Dimanche

FAR