terça-feira, 10 de abril de 2007

Mambo 18

Tarte de Limão

Basta tão só o sentirmo-nos estranhos, para que uma possível atomicidade se faça em nós ninho, com um diâmetro lunar.

Indefinidamente uma bandeira ao vento é a manga do gesto submisso do camareiro. Einstein teria sobressaltos a narrá-lo matematicamente.

Enche-me com água sempre sem ser fortuito, com um esgar de monotonia amedrontada em eco, mal me chego à linha esvaziada do copo.

Se este recipiente nos arredores do cristalino fosse realmente a taça do Santo Graal, quanta luminosidade teria generosamente sido exacta, por todas as ruas futuras.

Casino da Figueira…

Se vivessemos desde os primórdios, não estranharia tal grotesco grau de atenção, amordaçada e tensa na sua aprendizagem. Mais água sobre fundo branco.

Mas não. O que para além dos limites de tudo (incluído o pensamento) pisca, é um néon. Nessa voragem, pecamos.

Todos os outros, prazerosamente sentados, conversam e têm invejáveis mundanas motivações. São convictos. Cada vez sei menos. A certeza é um idílio sem relvado geométrico... é isso, sempre o tactearmos no não concreto, cegos de quê?

Perna de porco assada à padeiro.

Prisioneiros de tudo como o gato às riscas, a dois continentes de si próprio ? talvez ansiemos por um encontro com algum foragido, talvez Platão aqui enganado...

Seríamos sócios para todo o sempre, se ainda na sua omoplata garantisse a tatuagem da dualidade.

Sopa rica do mar.

E não ter deixado à espera, no bengaleiro, o livro com que coxeio menos como tenho o aforismo de inverno a morar no corpo, a ser interiorizado como um casaco que seja...

Ementa.

O amarelo, o creme com letras a rebentar de improváveis significados, o laranja. Tudo é desperdício outonal.

Onde estão as patas da cadeira comigo ? O camareiro torna-se-me íntimo na sua manga.


11 comentários:

Anónimo disse...

ok, ok, eu não vou dizer que detesto esta escrita,senão caem-me em cima os FAR e outros. Mas a menina Gabizinha devia prestar mais atenção à ortografia, já que há por aí quem aprecie a sua arte:
Sentirmo-nos / vivêssemos
E eu sou assim a modos que ignorante, já que incapaz de gostar do que a menina escreve.

Anónimo disse...

Sentirmo-nos!
Vivêssemos!!!!

André Carapinha disse...

Após uma longuissima viagem pelo(s) post(s) não consegui encontrar nada que não fosse a boa literatura.
De que erros fala vc?

Anónimo disse...

Sentença:
O Sr. Gil tem toda a razão! Além da escrita ser muito cáutica, com erros fica mais difícil de tentar entrar na mente da Srª Ludovice.

Oh Sr. Carapinha, além do Português também tem dificuldade em ver?

A justiça e a isenção fica bem a todo o Humano!!

Anónimo disse...

digo: cáustica

Anónimo disse...

Já agora, Sr Juiz (sem acento no i), embora também ache que os erros são algo que devemos evitar, principalmente se estamos a publicar, permita-me que lhe diga que a sua frase "A justiça e a isenção fica bem a todo o Humano!!" não está correcta. Não há erro ortográfico mas de falta de concordância entre o sujeiro - a justiça e a isenção - e o verbo, que deve estar no plural, uma vez que o sujeito é plural. Assim, a sua frase ficaria correcta se dissesse: "A justiça e a isenção FICAM bem a todo o Humano!!"
A todos uma boa tarde e bons posts, sem erros, sejam eles de que natureza forem.
Só posso comentar como anónima mas tenho nome:Adelaide

Anónimo disse...

D.Adelaide, agradeço o seu reparo construtivo. Prometo que vou tentar melhorar a minha escrita.

Anónimo disse...

Vai explicar-me, por favor, como funciona esta coisa de um blog colectivo. Faz-me cá uma espécie!
Além disso, não sei muito bem quem é quem. Como sou apenas leitora, ...
Qualquer dia hei-de aventurar-me nesta "arte" do bloguismo? (Será que inventei uma palavra?) Adelaide

Armando Rocheteau disse...

Cara Adelaide:
Esta coisa é de uma criatividade à solta. É de amigas e amigos,que assinam. Tem que ver, naquilo que me toca, com micro e macro causas. Espero que se junte a esta arte (sem aspas)e que continue a blogar aqui.
Beijinho

PS: Já agora aproveito para tirar o meu chapéu à Gabriela. Pouca gente conheço e "confesso que vivi" e li, que escreva com tamanha propriedade.

Anónimo disse...

O armando rocheteau nem usa chapeu, não invente, tio!

Armando Rocheteau disse...

Sobrinho anónimo das 6:58PM:
Até uso chapéu. Acredite.
Sei que os meus sobrinhos anónimos e acéfalos não o usam, e são misóginos. Chapéus há muitos, como disse, salvo erro, o Vasco Santana. Cabeças há poucas.