DESINFERNO II
“Caísse a montanha e do oiro o brilhoO meigo jardim abolisse a flor
A mãe desmoesse as carnes do filho
Por botão de vídeo se fizesse amor
O livro morresse, a obra parasse
Soasse a granizo o que era alegria
A porta do ar se calafetasse
Que eu de amor apenas ressuscitaria”
LUIZA NETO JORGE, poetisa e tradutora portuguesa (1939-89)