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sábado, janeiro 11, 2025

Inverno, duro e frio


Inverno duro e frio,
chuva, gelo,
meninos descalços,
flores murchas,
pássaros, entoam 
melodias apressadas
de vento, em debandada.
Dias sombrios,
ruas molhadas,
passos inseguros
atravessam o tempo
que se esvai por entre
sorrisos amargos.
O silêncio
rasga memórias
dum passado próximo,
dorido, com feridas
escondidas atrás dos olhos.
Sobre o rio, uma névoa clara,
auspicia 
novas flores a brotar.

Texto e foto
Emília Simões
11.01.2024

sábado, julho 25, 2020

O medo

Medo: por que sentimos e como superá-lo – Blog Vittude

Quisera que o medo fosse uma névoa
uma simples palavra sem nexo, 
a vaguear por vales profundos e longínquos
onde os pássaros não a alcançassem
nem os relâmpagos a faiscassem
nem os ecos a cativassem
como se fora um buraco negro
a doer-me dentro do peito.
quisera não entender o medo.
refugiar-me num barco verde
numa praia de águas límpidas
onde o sol brilha em cada pedrinha azul
que te devolve as insondáveis horas 
em que te deténs sobre a escarpa alada
dum tempo fora de tempo.
em que as incertezas se tornam certezas
nas tuas mãos vazias de gestos
quando os teus olhos, côncavos,
se retraem no exílio.


Texto
Ailime
25.07.2020
Imagem  Google

terça-feira, outubro 29, 2019

A claridade dos dias


Nas horas baças em que o vácuo me cinge os sentidos
procuro-te como se ainda não tivesses aqui estado,
como se uma névoa nos interditasse os olhares
que povoam os nossos sentires corroídos pela ilusão
de quem ainda procura no horizonte um sinal de porvir.

Se nas sombras do outono, as folhas tombam frágeis 
e amarelecidas, para ressurgirem plenas de viço na primavera
também na escureza do inverno irromperá a claridade dos dias.




Texto
Ailime
29.10.2019
Imagem
Google