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sábado, agosto 16, 2025

Nas margens do meu rio

Vecteezy


Nas margens do meu rio

há uma enorme angústia,

uma sede intensa.

Tudo arde, até o leito do rio

emana labaredas 

que queimam os peixes.

Do teu rosto

soltam-se gotas de suor

e o sal cava-te rugas profundas

nas entranhas,

que choram

o calor da terra, do mundo.

Um deserto aproxima-se.

Perdi a noção do meu espaço.

Tudo se transforma.

Fico imóvel como pedra.

Ao meu redor apenas silêncio

e o chão em brasa.


Texto
Emília Simões
16.08.2025