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sábado, julho 06, 2024

No desalinho do tempo



Percorro-te no desalinho do tempo
e guardo as folhas ressequidas nos
nos meus olhos cor de outono
como se um raio de sol refulgisse
timidamente, nas minhas mãos,
os sinais do tempo,
que corre veloz.
Tento cingi-los para que retardem
as mudanças de estação
onde me perco nas emoções
do entardecer,
quando ouço a tua voz
que diz o meu nome,
como se fosse ontem.


Texto
Emília Simões
06.07.2024
Imagem Google

sábado, agosto 12, 2023

Tinha na pele o cheiro das flores


Tela Daniel Ridgway

Tinha na pele o cheiro das flores

e rasgava as searas com os sentidos

na alvura da manhã bebia o orvalho

antes que o sol lhe queimasse o corpo.


Inebriados pelo frescor do amanhecer

os pássaros voejavam de mansinho

entoando cantos maviosos da aurora.


Ao lado, o rio, sabia-lhe de cor o nome

e sorria-lhe, cúmplice, na maré cheia

nos acordes da vida a renascer.


Era o espanto que a revigorava

nas primeiras horas do dia

trazidas pela lezíria

como barcos a respirar.


Texto 
Ailime
12.08.2023

quinta-feira, março 14, 2019

Diante do mar o assombro


Diante do mar o assombro 
Aves errantes em sobressalto 
As marés que murmuram baixinho 
O teu nome 
No princípio da tua voz 
O silêncio a embargar os sentidos 

No cimo da arriba 
O farol antecipa a noite 
Quando a claridade do mar 
Se tinge de púrpura 
A terra adormece tímida. 



Ailime 
14.03.2019 
Imagem
 Google