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sábado, novembro 29, 2025

Um banco solitário

Pixabay

O outono revela-se nas pequenas coisas

que os meus olhos enxergam com pasmo.

No silêncio do vento, o outono guarda

folhas secas com segredos de vidas passadas.

Às vezes, nomes gravados revelam

amores antigos que por ali passaram, 

no parque, onde um banco solitário

imerso num mar de folhas,

parece lamentar as ausências,

antes tão presentes e comuns.

Hoje, ninguém tem tempo

para descansar no velho parque

e escutar os silêncios e o sussurrar do vento,

nas cirandas das folhas em rodopio.

Ainda é tempo para redescobrir os silêncios

e os segredos que aguardam uma nova vida.

Texto
Emília Simões
29.11.2025


sábado, fevereiro 17, 2024

Nas intermitências do tempo



Nas intermitências do tempo
desbravo caminhos e, em silêncio,
colho alvoradas suspensas
nos sorrisos, com que te revelas,
em teus olhos brilhantes 
quando me fixas,
numa profusão de cores,
como se a primavera
envolvesse num abraço,
o tempo que resgatámos.
As manhãs são mais sadias,
as tardes, mais leves,
o teu amor mais firme.
Da escarpa, um pássaro voa
levando nas asas, para longe,
segredos que não deixaram rasto.

Para minha mãe

Texto 
Emília Simões
17.02.2024
Imagem Google