sábado, 31 de janeiro de 2015

Bom sábado no adeus a Janeiro...

Viajar no tempo: 1942

Um Grande esquecido: "“Os correspondentes da UEFA decidiram olhar para a história do futebol do Velho Continente e destacar os melhores guarda-redes de cada uma das federações representadas pelo organismo. Manuel Bento foi escolhido o melhor guardião português.” in A Bola de hoje



João Azevedo (1915-1999)



Sabe a injustiça -ou a ignorância- a escolha da UEFA… 

Ainda vivem alguns que viram João Azevedo e o têm por o Maior de sempre…

Eu era uma criança e, quando os meus irmãos e o amigo-irmão, Domingos Mariano -todos já fora da carruagem-, quando eles me levavam a ver o Sporting de então, o SCP dos cinco violinos e do guarda-redes que apanhava todas, João Azevedo, ficava de boca aberta: como era possível existir um guarda-redes assim?!

Bem, era o tempo em que os jogadores não enriqueciam, a selecção jogava de quando em quando e pouco… os campos eram de terra batida, a malta assistia aos derbis quase em cima dos jogadores…

Manuel Bento foi um grande que me empolgou muitas vezes –mas como o Azevedo nunca vi nenhum.


Eis a medalha perdida -a de Maior Guarda-redes português de todos os tempos-, eis a distinção que merecia um génio humilde do futebol, que, julgo, morreu pobre…


um perfil sincero e humano:

http://www.forumscp.com/wiki/index.php?title=Azevedo


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Bom fim de semana, amigos! Aqui vos deixo a resposta às aldrabices pagas que nos atira para cima a comunicação social… Divirtam-se, longe das tvs e dos pasquins… e das rádios, já agora…

Grécia: a comunicação social portuguesa informa




OS MILITANTES DE SYRISA E TODOS AQUELES QUE VOTARAM NESSE PARTIDO COMEM CRIANÇAS!’


A independência da comunicação social portuguesa...

Saudade



E veio-me a saudade do tempo em que, nesta Praça Velha, discutíamos, até alta noite, eu e os meus colegas, as filosofias da nossa adolescência...  

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Uma questão de humanidade


Júlio Dinis (1839-1871)


Fui buscar um autor que muito aprecio e tanto emociona: Júlio Dinis.

Quis eu virar as costas à multidão que enlouquece, em tempo desumano, egoísta, frio. Quis recuperar a paz de um tempo: quando me foi dado crescer no campo, junto daqueles que vivem a vida, conhecem os nomes das árvores, dos pássaros e das flores, das estações do ano e dos que habitam a terra e lhe emprestam a beleza e a música.

Escolhi As Pupilas do Sr. Reitor.

E lá topei, a páginas tantas, a frase diamantina, constante da Bíblia Sagrada do Padre António Pereira de Figueiredo, que cita Mateus V,5; e é o Reitor quem exclama:

-Bem-aventurados os que choram!

Sim, bem-aventurados aqueles que sentem o sofrimento alheio, a violência do dia-a-dia, o inferno criado.

Eles podem, compreendendo e interiorizando a dor do outro, ajudar a trazer de volta a justiça.

Eles podem aquecer e consolar os abandonados, os traídos, os escravizados.

A sua existência, as suas lágrimas libertam o mundo da fogueira acesa em redor do bezerro de oiro.

A frase do Reitor –bem-aventurados os que choram!- tocou-me fundo: sublinha a humanidade de Júlio Dinis, o jovem romancista que viria a ser um dos maiores romancistas portugueses –dos poucos maiores- se a morte o não levasse  cedo de mais –aos 32 anos.

E lembrei –não exagero, sei o que escrevo- Anton Tchekov e o sofrimento do lúcido russo, diante da multidão extraviada, violenta no desespero da própria infelicidade:

-Esta gente vive tão mal!

…desabafou Tchekov, ele também, certamente, de olhos marejados, lágrimas retidas.

Júlio Dinis não lera Tchekov, nem poderia, Tchekov tinha 11 anos quando ele morreu; leu e releu os ingleses, Jane Austen, Dickens, Thakeray…

Mas ligam Dinis e Tchekov a infinita bondade, a ardente humanidade, o generoso procurar o outro e com ele dividir o bem e o mal –porque o bem a que acenam participa  da luta contra o mal.

Sim, amigo, da luta de Jacob com o Anjo –pão nosso de cada dia.



Anton Tchekov (1860-1904)

Lembras-te? Não esqueças! Au revoir les enfants (1987)

Ninguém poderá parar um povo que luta pela sua vida e pela liberdade


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Uma história póstuma de Camilo Castelo Branco...


Marga Gil Roësset (1908-1932)



a história está toda dentro deste link:

http://cultura.elpais.com/cultura/2015/01/27/actualidad/1422383194_216666.html



"Adão e Eva", 1930, uma das raras esculturas que restam de Marga Gil Roësset

o poeta:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Juan_Ram%C3%B3n_Jim%C3%A9nez



Retrato de Juan Ramón Jimenéz por Joaquin Sorolla

Bom dia com Marc Chagall

domingo, 25 de janeiro de 2015

SYRISA LIBERTA A GRÉCIA


Uma Flor Para As Mulheres de Atenas

E enquanto o dia corre vamos ouvir um Mestre

Hoje o dia da Grécia!


A juventude traída



"(…) quanto mais jovens eles forem, mais implacáveis eles serão, e vós [os que traíram] ainda mais enraivecidos haveis de ficar!”


in  Apologia de Sócrates, Platão, Oeuvres Complètes, Tome I, Bibliothèque de la Pléiade, Éditions Gallimard, 1950

sábado, 24 de janeiro de 2015

O défice que os vendedores da banha da cobra dizem que baixou ou a manha dos assassinos -o riso terá de ser amarelo...

in Público de hoje

Uma alma aberta




Maria Amália Vaz de Carvalho (Lisboa, 2.Fevereiro.1847-Lisboa, 24.Março.1921)

Ler Maria Amália Vaz de Carvalho… Não é fácil de encontrar, mas dei com ela. Confesso que nunca a procurara, mas considerava-o uma falha.

Revelou-se um espírito dividido entre a sociedade conservadora que a condicionava e a sociedade aberta pela qual já muitos lutavam.

Aqui vos deixo três passagens do livro que descobri num alfarrabista de Lisboa, apontamentos inteligentes, certamente ainda oportunos e, imaginem!, aqui e ali… revolucionários.

Sobretudo, capazes de fazerem tremer muita gente desse e deste tempo, obtusamente agarrada a dogmas seculares.

Quando Maria Amália escreve: Só o que é falso é funesto e corruptor, expulsa dogmas, recupera o sagrado da verdade, condena a hipocrisia, condena a mentira –a mentira que disfarça a miséria da sociedade amoral em que vivia… e, hoje, é, ainda, a nossa.

“(…) há naturezas mesquinhas a que é necessário dar a compreensão do que o homem abriga no seio de mau e de bom, mas de grandioso em todo o caso; há naturezas inclinadas ao bem para as quais tudo é puro; as mais turvas águas ao passarem pelo filtro de uma alma pura tornam-se cristalinas.” 

“Só o que é falso é funesto e corruptor.” 

“(…) assim também os livros falsos ou os livros medíocres são tudo que há de mais próprio para deformar e empobrecer um entendimento aliás bem dotado”


Maria Amália Vaz de Carvalho in Figuras de Hoje e de Hontem, Parceria A. M. Pereira Editora, Lisboa, 1902 

Amanhã serei grego e de uma Grécia que reconquistará a sua dignidade e a sua alegria!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Cortes na linha de Cascais!



Assim há mais de 40 anos... este governo ignorou-o desde a primeira hora... e só lhe restam 8 meses para encher mais os bolsos

A VERDADE É ESTA E ENVOLVE OBVIAMENTE ESTE GOVERNO DE PILHA GALINHAS: A LINHA DE CASCAIS VAI SER -COMO TUDO QUE DÊ DINHEIRO AOS VENDEDORES- VAI SER VENDIDA! O RESTO É CONVERSA FIADA!

E houve quem já apontasse a verdade (in Público de hoje):
Marcos Perestrello, vice-presidente do grupo parlamentar, disse  à agência Lusa que «é preciso ouvir rapidamente o presidente da CP e saber quais são os planos para recuperação da Linha de Cascais». Para este deputado, “fechar a Linha de Cascais não pode ser opção, e o Governo parece estar a fazer tudo para a fechar e poder inseri-la no pacote de privatizações baratas, como tem feito com muitas outras áreas da governação”.


Porque andamos todos à nora sem cheta e o futuro humaníssimo que nos espera se continuarmos a gemer e a caladinhos

in Público de hoje

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Hoje, hoje, hoje...

Eugénio de Andrade, poeta de rara sensibilidade e grande alma, celebraria,hoje, 92 anos

Ao entrares numa Urgência hospitalar despede-te da vida


in Público de hoje




A HISTÓRIA Da ABANDONADA À MORTE NUMA URGÊNCIA:

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/mulher-morre-no-garcia-da-orta-depois-de-espera-de-oito-horas-1682645

Em tempo de confusão, de luta absurda e terrível; em tempo de não saber olhar para o Outro e respeitá-lo, amá-lo; em tempo de precisarmos uns dos outros; quando há quem queira fechar as portas àqueles que o procuram -os imigrantes- e os maltratam e perseguem… deixo-vos estas palavras presentes na Bíblia, o Livro dos judeus, cristãos e muçulmanos.




“Se algum estrangeiro habitar na vossa terra, e morar entre vós, não o injurieis. Mas esteja entre vós como seja natural; e o amareis como a vós mesmos. Porque também vós fostes estrangeiros na terra do Egipto. Eu sou o Senhor vosso Deus.”


Bíblia, Levítico XIX. 33:34

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Bom dia com um pintor português


"No terraço do Café des Plaires", 1920-20, obra de António Soares

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

As metas dos terroristas em Paris: que nenhuma se ignore: seria horrível

A redacção de Charlie Hebdo



O supermercado judaico Hiper Cacher



Em França, cerca de cinco milhões de pessoas manifestaram-se em defesa da liberdade de expressão e contra o assassínio dos jornalistas/artistas de Charlie Hebdo –contra os crimes de muçulmanos ultra-radicais.

Manifestavam-se, também, em defesa dos judeus franceses?

De facto, os atentados em questão traduziram-se no assalto à redacção de Charlie Hebdo e ao supermercado Hiper Cacher, onde foram assassinados quatro judeus.

Em suma: o monstruoso e inaceitável atentado de Paris tinha dois objectivos, constava de dois objectivos:

liquidar jornalistas/artistas porque teriam ofendido o profeta Moamede,

matar judeus… porque eram judeus.

Ainda que a tragédia não tenha sido exposta de acordo com a sua, dela, realidade e se haja apontado à liberdade de expressão ofendida, não posso acreditar que os manifestantes, franceses ou de outros países, não tivessem bem presente o horrendo anti-semitismo -parte tão importante como o anti-liberdade de expressão- e o ignorassem.

Não se tivessem manifestado, também, contra o assalto ao Hiper Cacher.

E não posso acreditar porque isso seria, também, horrendo.

    

Amigos, chove a potes e vejo ao longe o mar bravo, irredutível. O vento dobra os braços das árvores, só o oiço a ele. Vou reler o maior de nós todos, o tabelião da alma portuguesa: Camilo.


O Mestre, o Amigo, o Homem que desceu ao mais fundo do nosso mistério...

Memória de Maria Helena Vieira da Silva

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Liberdade de escrever, liberdade de desenhar: liberdade de falar!


Forges, hoje in El País

Ontem na ARTE










O que eu vi, ontem, na ARTE, foram estas imagens, entre muitas outras, retratos de um crime que se teima em esquecer: a perseguição e o assassínio dos judeus. Seis milhões, o número de vítimas. Obra pensada e organizada pela Alemanha Nazi. Sangue, cinzas, fome, indiferença. Sim, indiferença: Auschwitz -tal qual outros campos de concentração- existia a meio de cidades e vilas alemãs, bem perto delas, e elas SABIAM o que se passava. Ver o que vi, doeu, revoltou. Nada a dizer. O que podemos dizer?! 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ARTE APRESENTA HOJE ÀS 21, 25h UM DOCUMENTÁRIO SOBRE A LIBERTAÇÃO DOS JUDEUS PRESOS TORTURADOS EM AUSCHWITZ: NÃO PERCAS E NÃO ESQUEÇAS!


Estas mulheres e crianças vão ser dentro de momentos libertadas pelas tropas aliadas após a derrocada da Alemanha nazi: sofreram o que ninguém sofreu, foram torturadas e viram fuzilar e gazear os seus parentes e outros cujo pecado era serem judeus


Hoje em ARTE às 21, 25h

http://www.arte.tv/guide/fr/050111-000/images-de-la-liberation-des-camps

domingo, 11 de janeiro de 2015

Paris junta hoje mais de um milhão de manifestantes que honram Charlie Hebdo e a França


Hoje, em Paris: o presidente Hollande a meio de um grupo de manifestantes que, da esquerda para a direita, vai de Israel à Palestina: de Netanyau (1º primeiros ministro de Israel) a Mahmoud Abbas (presidente da Autoridade Nacional  Palestina)

A FRANÇA DEFENDE OS SEUS PRINCÍPIOS: LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

'Charlie Hebdo' volta a estar na rua no dia 14 deste mês com 1 milhão de exemplares



Lê: é essencial!:

http://www.lemonde.fr/societe/article/2015/01/08/charlie-hebdo-sortira-mercredi-prochain_4551899_3224.html

Um mundo despedaçado

“Ataque que matou polícia esta manhã [em Paris] está ligado a fundamentalismo islâmico”
 dos jornais
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4329963


Óleo de Goya



“A guerra começava mas tão longe da Casa que não tinha significado para os seus habitantes.

Leonardo não compreendia; vivia serenamente sob os olhos de Deus cultivando a sua terra.

Uma noite, à hora da ceia, disse, apenas, à família reunida:

“Como é que um homem pode matar outro homem?!”


Graça Pina de Morais in A Origem, Sociedade de Expansão Cultural, Lisboa, 1958

A FRANÇA DE PÉ


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A PALAVRA CERTA


in Público de 8(01/15

A primeira página de todos os jornais franceses defende a liberdade de expressão





LER:

http://www.lemonde.fr/attaque-contre-charlie-hebdo/article/2015/01/08/la-presse-francaise-defend-sa-liberte-en-une_4551203_4550668.html

A luta pela liberdade a homenagem à coragem



Editorial conjunto de los diarios Le Monde, The Guardian, Süddeutsche Zeitung, La Stampa, Gazeta Wyborcza y EL PAÍS.


LER:

http://elpais.com/elpais/2015/01/07/opinion/1420663829_356628.html


EIS O QUE DEVE GRITAR HOJE MESMO AGORA MESMO TODO AQUELE QUE AMA A LIBERDADE E O DIREITO A PENSAR E A DIZER A ESCREVRE A DESENHAR O QUE PENSA: "EU SOU CHARLIE"


“CHARLIE HEBDO”: 12 JORNALISTAS/ARTISTAS ASSASSINADOS EM PARIS POR RESPEITAREM E PRATICAREM A LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Notícia:

http://www.publico.pt/mundo/noticia/tiroteio-em-paris-faz-varias-vitimas-1681429

E por detrás da ironia a ânsia de partir...


in Público de hoje

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A tragédia portuguesa


O mundo em que vivemos: inveja, insegurança, ressentimento, frustração... má língua... 


Ao reabrir os Ensaios de António Sérgio -outro grande pensador e mestre de estilo claro e perfeito, já, escandalosamente, enterrado pelo canibalismo literato- topei estas duas de quatro epígrafes que abrem, no Tomo V, o estudo sobre Oliveira Martins:

“ (…) pelos ódios e invejas, detracções, acusações, falsos testemunhos e todos os outros géneros de dizer e fazer mal, mais ordinários nos portugueses que em toda outra nação do mundo.

António Vieira”

“A intriga, essa é que é a verdadeira moléstia nacional, a peste portuguesa que nos há-de matar a todos.

Marquês de Palmela”

Sublinhe-se, também, que a 1ª edição do referido Tomo V, remonta a 1936.

As duas citações centenárias parecem brilhar em infeliz actualidade. 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A humanidade exemplar de um cão ou a saudade do amor morto nos nossos dias

Hachikô, um cão apaixonado

Revi, ontem, o filme Hachikô Monogatari , a história do amor de um cão -Hachikô- pelo seu dono, agora na versão japonesa. Pareceu-me essencial mais autêntica, mais exacta e mais forte, limpa do melodramático que salpica a versão americana.

Tudo está contado e comentado no blog Falcão de Jade, reproduzido no meu FB.

E pensei que a entrega sentimental de um cão, de um animal, é uma espécie de provocação.

Provocação do quê?

Assistir a esse movimento para o outro, para o amigo, para o amado, vindo de um animal, solta os sentimentos que esmagamos, em nós, fechados a sete chaves no egoísmo, na armadura que construímos, prisioneiros do medo, refugiados na sociedade de hoje, desumanizada, mecanizada, numérica. Gelada. Implacável proibidora de sentimentos, estripadora de almas, fábrica de escravos.


Assistir à poesia do amor alivia-nos, emociona-nos; mas as nossas lágrimas talvez sejam choradas sobre nós próprios.    

domingo, 4 de janeiro de 2015

Do amor


Flor Dente-de-leão


No romance inacabado, publicado póstumo, Dente-de-leão*, de Yasunari Kawabata, encontrei a seguinte passagem:

“As relações criadas entre o homem e a mulher são muito anteriores à linguagem. (…)O amor não se encontra, ainda hoje,  em uma profundeza misteriosa, livre de palavras?”

*por que razão Kawabata escolheu esse título? Talvez valha a pena abrir o link seguinte:


e naturalmente apaixonante ler o romance do grande japonês…




sábado, 3 de janeiro de 2015

A mulher de 2014


Samantha  Cristoforetti: a primeira mulher  italiana a bordo de um Estação Espacial Internacional 

Biografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Samantha_Cristoforetti

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A poesia é o instrumento supremo ou Toda a criação é poesia



No mundo informático, mundo de dogmas, mundo de multiplicar ciências, soluções rígidas, mundo colado ao refazer covarde dos princípios estáticos e desumanos, sabe especialmente bem esta afirmação que nos deixou um admirável poeta português, também ele condenado ao silêncio pela estupidez literata:

“Nunca a poesia, é certo, transformou o mundo –mas o mundo nunca se transformaria sem ela.”

Jorge de Sena in Poesia De 26 Séculos, Editorial Inova Limitada, Porto, 1971
  

Costantinos Kavafis: um grande poeta grego contemporâneo

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A vida continua, a vida está aí! Um ano que não é novo porque não existirá sozinho nem separado de nenhum outro: é mais um instante da eternidade, infinita e feita de instantes... Já houve antes, haverá depois? Ou tudo é tudo: uma imensa e ilimitada pintura que se revela... a cada instante?

2015


Lutar contra o naufrágio para que nos empurram


2015 vai ser um ano duro e exigirá de todos coerência e coragem.

Há um governo agonizante e que tem à sua frente três caminhos:
-demitir-se,

-multiplicar a actividade destrutiva, -o país tocou o fundo: a pobreza, o desemprego, a emigração, a desertificação, crescem, dia a dia-, e continuar a cumprir a ordens recebidas do grande capital,

-ou, entrado em pleno desespero, desacreditado, desorientado, detestado, continuar a comprar a comunicação social e os que aceitem lugares rentáveis e apoios lucrativos; isto é, continuar a esconder, por detrás de um manto já esburacado, a nudez cuja podridão revolta e começa a incomodá-lo a ele próprio, governo.

Temo que seja o terceiro a impor-se e a completar o segundo: distribuir as benesses que lhe convêm, indiferente aos estragos que arrastam, e aliciar os que há muito enterraram a moral, o ideal, a verticalidade.

Meus amigos: a nós, vítimas do governo mais desbragado que a História de Portugal jamais teve, resta-nos, coerente e honestamente, dizer e fazer o que entendemos dever dizer e fazer.

Em um número muito recente de El País (29/12/2014), topei o que vos deixo:

  “Fazer e dizer o que pode não agradar exige coragem, mas para ter uma vida autêntica é necessário viver de acordo com os nossos valores, ainda que os nossos valores não sejam populares.”

…ainda que a coragem e verdade tenham um preço muitas vezes -quase sempre- alto.