terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Os meus melhores dias de 2013



Deste ano, hoje a acabar, a memória mais intensa, que me enche a alma, é a viagem aos Açores: à Terceira, à Graciosa, a São Miguel.

Na origem desse evento maravilhoso, esteve o dedo de um grande e querido amigo micaelense: o escritor Nuno Costa Santos.

Fui objecto de dois convites penhorantes:

-através do Dr. Jorge Cunha, Director do Museu da Graciosa, o Presidente da Câmara Municipal da referida ilha, Dr. Manuel Avelar Cunha Santos convidou-me a apresentar e comentar o opúsculo intitulado NA SUA MÃO DIREITA, Manuel de Vasconcelos curador do sofrimento humano, editado pela Câmara Municipal da Guarda, Caderno nº 108, da colecção “O Fio da Memória”, criada pelo ex-director do Teatro Municipal da Guarda, recente e prepotentemente afastado das suas funções, Dr. Américo Rodrigues.

De facto, açoriano nascido na Vila da Praia, da ilha da Graciosa, o Dr. Manuel de Vasconcelos exerceu, com altíssimo nível, a sua profissão de médico, na cidade da Guarda, onde deixou muitas saudades e muito respeito.


Programa da abertura das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres

Durante a palestra sobre o Dr. Manuel de Vasconcelos


No centro da Terra: Furna do Enxofre (a 100 metros de profundidade)


O fogo da Terra, Furna do Enxofre 

Paisagem da Graciosa

-através do Dr. Pedro Pascoal F. de Melo, Secretário da Direcção do Instituto Cultural de Ponta Delgada, fui convidado a proferir uma conferência subordinada ao título “Uma aventura sem fronteiras”.

Noto a seguinte apaixonante coincidência: o Instituto Cultural de Ponta Delgada está instalado no prédio em que viveu e morreu o grande poeta Armando Côrtes-Rodrigues, um dos fundadores do histórico Orpheu, em cujos dois números publicados colaborou brilhantemente.

Notícia



Nuno Costa Santos apresenta o conferencista


Conversando sobre a viagem de uma vida...

Com os amigos ouvintes, após a conferência

Ponta Delgada: as portas do mar


De tudo isso, que redundou em encontros inesquecíveis, guardo gratidão e imensa saudade. A viagem aos Açores, a infelizmente curta -seria sempre curta- estadia nas ilhas, representou uma lição de humanismo.

Os Açores são outra coisa!

Escaparam à intoxicação que torna quase, se não mesmo, insuportável este envelhecido continente chamado Europa, que a bela e mitológica grega de nome Europa repudiaria…

A maneira principesca de receber, a afectividade quente e certa, a abertura de espírito, a generosidade, a fidelidade, a pura sinceridade, o amor à Cultura -eis as qualidades que me maravilharam e conquistaram para sempre.

É de justiça e também acto de gratidão, assinalar que, durante as poucas horas que me demorei na ilha Terceira, a caminho da Graciosa, graças ao Dr. Paulo Monjardino, pude rever Angra do Heroísmo, visitada por mim há 20 anos, e abraçar seu pai, o Dr. Álvaro Monjardino, amigo de há muito conhecido.
  
Ao velho modo beirão, que na Beira-Alta me fiz homem, aqui deixo o meu agradecimento, enraizado no meu coração:

BEM HAJAM!  

E vamos enterrar este miserável ano de 2013 na alegria! BOM ANO, AMIGOS!










Cartazes da autoria de Toulouse-Lautrec

2014 ESPERA POR NÓS E NÃO VAMOS DESILUDI-LO! CERTO?


Liberdade, Igualdade, Fraternidade!***

***quadro de Delacroix

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Escritor do Ano

Vicente Sanches


A triste história do canibalismo literato português tem barbas: mortos ou vivos, os arredados do palco, vêem descer sobre eles o pano do silêncio.

É o caso do dramaturgo -grande escritor, grande homem de teatro, grande homem de pensamento- Vicente Sanches.

Quem o conhece? Ou melhor: quem o não desconhece?

A Fundação Calouste Gulbenkian editou-o, agora, em dois grossos volumes (Obras Completas, Volume I: Teatro; Volume II: Teatro de Aforismos), com uma interessantíssima Introdução de Maria Filomena Molder.

Na badana, ou orelha, dos dois volumes, encontramos esta frase que tudo diz:

“Na verdade -a minha vida- são os meus livros.”

A obra de Vicente Sanches é a sua vida, escrita com o seu sangue; paga com o seu sacrifício; consagrada com a coragem de enfrentar a indiferença e a mesquinhez dos literatos, e andar para a frente. -jamais parar, olhos postos num destino.

Visitei-o, há pouco no ermitério de Alpalhão, que sucedeu ao de Castelo Branco -e sei que continua a escrever e que, em breve, estes dois volumes deixarão de guardar todos os seus escritos.

Mas nada impede um terceiro volume: nem a qualidade superior de quanto escreve, nem o sentido certo dos valores, brasão da FCG.…

Oxalá a Calouste Gulbenkian tenha arrancado às guerras dos plumitivos organizados numa espécie de sociedade de mútuo elogio, aquele que é uma das mais poderosas, complexas, ricas personalidades da nossa Literatura Contemporânea.   

domingo, 29 de dezembro de 2013

A Vítima do Ano ou o Símbolo da Perseguição à Cultura

Américo Rodrigues: na sua integridade, verticalidade e alma ferida, ele tornou-se no símbolo do ódio à Cultura que caracteriza o capitalismo financeiro, aos trambolhões em Portugal e a dar cabo do nosso País, da nossa Identidade, da nossa Diferença

Portugal inteiro -todos os portugueses, com vergonhosas excepções- foram este anos, e mais uma vez, vítimas do mau governo -e de que maneira!

Desemprego, fome, miséria, emigração obrigatória, eis o que nos tem oferecido o governo de Passos Coelho.

E, também, o que é gravíssimo e nos faz regressar aos anos salazaristas: a destruição da Cultura.

A arbitrária demissão de Américo Rodrigues de Director do Teatro Municipal da Guarda, é o exemplo máximo da perseguição à Cultura, ao Ensino, às Artes, que Coelho e os seus desenvolvem.

Américo Rodrigues criou o TMG.

Abriu as portas da Cultura à Guarda.

Arrancou a Guarda ao anonimato.

Internacionalizou a Guarda.

Trouxe, à Guarda, que o mesmo é dizer a Portugal, os melhores espectáculos, o melhor teatro, a melhor música, o melhor bailado -os melhores artistas e intelectuais.

Divulgou a existência de um pequeno país, mais ou menos ignorado, pela Europa, pelo Mundo.

Educou milhares de pessoas.

É um homem livre.

É um homem independente.

É estruturalmente democrata e defensor do Estado Social, do Estado Protector.

E é um homem que não sacrifica a nenhum partido político.

É um combatente pela Liberdade da Cultura.

Todas essas preciosas qualidades, todo esse precioso trabalho, incomodaram o novo presidente da Câmara Municipal da Guarda, vindo de Gouveia, escanchado na mula do seu partido, o PSD.

E eis o neo- presidente da CMG a demitir Américo Rodrigues, indignado, por certo, com a sua personalidade: ser Américo Rodrigues um homem de Cultura, ser um superior divulgador de Cultura, ser um homem independente.

Não levou a mão à pistola, como ameaçava e praticava Goebbels; optou por mostrar que não é desses, quis-se moderado: levou a mão ao telefone.

Cumpriu a cartilha do governo e, ao que parece, do PSD, que o sustentam: proibiu a Cultura.

Empobreceu a Guarda, empobreceu os portugueses -sujou ainda mais o governo e o PSD.

Não creio que tenha chegado onde queria: nem Américo se cala, nem a Cultura se enterra.

A semente que Américo Rodrigues espalhou é indestructível: medrou.

Afinal creio que, ao vitimarem-no, o honraram.

Bem haja, Américo!


  

sábado, 28 de dezembro de 2013

O Homem do Ano


Sobre o Risco elegeu Manuel António Pina o Homem do Ano de 2013.

Porque era um Homem.

Porque era um grande humanista.

Porque não conhecia a palavra medo, nem a palavra mentira, nem a palavra indiferença.  

Porque escreveu páginas de imensa beleza que resgataram e resgatam a nossa Pátria ferida.

Porque louvou a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade.

Porque lutou e deu tudo o que tinha dentro de si a Portugal, aos portugueses.

Morreu este ano.

Continua, porém, vivo e a ajudar-nos a sobreviver ao momento mais doloroso, horroroso, monstruoso, em que ardem a injustiça, o roubo e a imoralidade sociais e se multiplicam a fome e a miséria.

Ao momento em que um bando de lacaios de plutocratas enterra Portugal.

Manuel António Pina fez-lhes frente.


Bem haja e, esteja onde estiver, Honra lhe seja! 

A morte do artista: a morte do artesão: a obra sem alma -ou o triunfo da máquina capitalista, da máquina de fazer dinheiro, sobre o Homem, à custa do Homem, transformado em peça desse monstro que lança "produtos" nos "mercados"!

"As mãos que são a nossa alma feita carne", Georges Rodenbach***, citado por Afonso Duarte, no preciso opúsculo Barros de Coimbra, Lumen, Empresa Internacional Editora, 1925 



***http://en.wikipedia.org/wiki/Georges_Rodenbach

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Um grande pintor quase esquecido. Luís Noronha da Costa

Obra de Noronha da Costa que o histórico italiano de Arte, Giulio Carlo Argan, considerava um dos grandes artistas contemporâneos

À facada

in Público de hoje

A tragédia portuguesa



Do livro Tomaz de Figueiredo Ensaio Crítico-Biográfico, obra essencial e de leitura urgente, de Albertina Fernandes (Calendário das Letras, 2013), página 185, transcrevo as seguintes implacáveis palavras do genial autor d’ A Toca do Lobo, que tudo dizem desta lesma encostada ao Atlântico (expressão d’ Eça de Queirós):

“…exactamente, o país pasmado onde nada acontece, que melhor tema de romance? Que maior drama que o de um país povoado por mortos em pé, e indefinidamente incorruptos, procriando filhos mortos, necessitando apenas ar nos pulmões, dispensando pensamentos no cérebro só de remate, a cabeça: frontão arquitectónico ou chavelho heráldico?!”


Tomaz de Figueirdo referia a ditadura salazarista, o Portugal do Estado Novo cuja miséria espiritual e cultural denunciou, violentamente, perseguido que foi da censura e da polícia do regime; hoje, noutras circunstâncias à mesma trágica abulia regressamos…   

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Uma história que poderia ser um conto de Natal


"Anunciação", pormenor, obra de Giovanni Bellini


A mão de Deus


À memória de Luciana Piai, bela veneziana, jovem mulher pura, amiga fiel, morta antes do tempo, com a saudade e a ternura que me ficaram para sempre


- A vida custa! –desabafou Alfredo.

Sempre que saía de casa e ia respirar ar puro àquele cafezinho da Malveira, a espreitar a serra de Sintra, encontrava o Alfredo. É um homem bom, vindo de Chaves, que estudou e se reformou professor universitário. 

Tem o hábito de tirar e pôr os óculos de falsa tartaruga, olhar o infinito, e dizer essas coisas profundas. Depois, suspira e goza a própria lucidez. 

Conhecemo-nos há muitos anos: desde a Faculdade. 

Era pobre, mas casou rico. Hoje, além dos óculos, arranjou um modo de viver com os outros: a condescendência. Porquê? Porque há no fundo dele, na barriguinha dele, no umbigo, o sonho de poder ser condescendente, generoso, paternal. 

Dos bancos da Faculdade, ficou-me vê-lo saltar para o palco do anfiteatro maior e gritar uns versos épicos, entusiásticos, lusitanos; do dia-a-dia, lembro, com meiga ironia, o seu improvisado francês e a obsessão de uma senhora, que nunca conheci, a quem chamava “a minha marrraine”, com três erres.

- É verdade, Alfredo, a vida custa.

Foi quando ele tirou os óculos e me fitou, incisivo:

- Não tenhas dúvidas! Isto é uma pouca vergonha! Ainda agora…

E falou-me do que já lhe roubara o governo, a ele, Alfredo, catedrático jubilado, latinista conhecido e admirado.

-E citado! –sublinhou.

Graças a Deus o sogro, senhor de uma rede hoteleira, ainda era vivo e o negócio prosperava. Se não!

- Vivo e rico! -sublinhava Alfredo.

E a mulher aplaudia, na casa que o sogro lhes oferecera e onde viviam os dois com os filhos.

- Se não fosse isso!

Não lhe perguntei o que seria se não fosse isso. 

Na mesa ao lado, estava uma senhora, com o neto.

- Quantos anos tem o seu neto?

- Oito. E já é um maroto.

Criança como as outras, feliz e a tirar do bolso da avó o que ela desse.

- Ó avó, custa só cinquenta cêntimos! Dá lá…. Anda…

- Não dou, pago depois.

E ele foi e voltou com três tabletes de chocolate.

-Três?! –exclamou a avó.

O dono do café, embaraçado, justificou o garoto:

- Ele quis, eu deixei… Crianças. E, depois, três euros…

A avó fingiu que se zangava.

- Ó meu malandro!

O miúdo riu-se e fugiu: sentou-se fora, a olhar para a Serra.

- A vida custa! – repetiu o Alfredo.

E eu comentei, para que não ficasse sozinho:

- Ai custa, custa!

Agarrou logo:

- Achas que isto vai piorar?

- Com certeza!

- E vão tirar-nos mais dinheiro?!

- Cada dia mais.

O Alfredo levantou-se e sentou-se, tirou e pôs os óculos:

- Estou indignado!

O miúdo continuava nas escadas, a morder as tabletes.

-Graças a Deus! Graças a Deus! O meu sogro ajuda-nos! E com mil demónios, também sou gente! Professor Universitário! Jubilado! E roubam-me!!! Depois de uma vida de trabalho!

Espreitou-me, desconfiado.

- A ti não te roubam?

Alfredo tinha estudado em Lisboa e alugara um quarto para os lados da Amadora. Subira na vida, realmente, a pulso e olho esperto.

-A vida custa! Sai-nos do corpo! –insistiu.

O miúdo voltara para dentro e fiz-lhe uma festa na cabeça, eu que não tenho netos, nem penso vir a ter. 

Tenho um metro e oitenta e a criaturinha, algum metro e meio.

Senti, no meu braço, uma carícia discreta: era a criança a retribuir-me o gesto.

Pensei em Deus, no menino Jesus, naqueles que ainda não morreram vivos e não queimam todos os dias a alma. Sim: marejaram-se-me os olhos.

- Isto é indecente! Indecente!

A lengalenga do Alfredo.

E pensei, também, que o Alfredo era, apenas, um velho e aquele breve afago me aquecia. Acreditei que isto é mais do que isto, enquanto aquela criança não crescer.
Porque o andar dos anos quase sempre destrói a pureza e fabrica Alfredos.

Natal de 2013



domingo, 22 de dezembro de 2013

sábado, 21 de dezembro de 2013

O tolo de Massamá


Desesperado, o Passinhas, que está, nunca larga até que o mandem dar uma curva ao bilhar e aí ficará!" E mata pelo caminho... Tanta fome que trouxe para Portugal!

Obrigado Bach; assim o dia é diferente!

É quase já Natal! Ou será sempre, se abrires o coração?

Obra de Fra Angélico



CADA NATAL, RECORDO OS MEUS NATAIS…

Cada Natal recordo os meus Natais
Da infância, feitos de imaginação
E de tão pouco mais.
(Sei bem que me destrói a confissão!)

Não tinham neve. Eram de chuva fria.
O Menino Jesus da loja dos brinquedos
Nunca podia dar-me o que eu pedia.
(Só tu me ajudas, Poesia,
A libertar segredos!)

E eu pedia a lapinha de Belém
Sem bonecos de barro coloridos:
Onde nascesse alguém
Real e com os braços estendidos.

Alguém que fosse Deus ou eu
Concluso, enfim.
E habituei-me à festa ser no céu
E não em mim.

António Manuel Couto Viana in Raiz da Lágrima, Editorial Verbo, Lisboa, 1973

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Coelho insiste em roubar os reformados

Bons amigos, ainda esperam poder roubar a carteira do passsante...



Lê a pouca vergonha, o espernear de um governo, a amoralidade, o gosto de sobreviver com o dinheiro que não é dele:

Ora aqui etá um paraíso de onde a pandilha do Passos Coelho seria corrida a pontapé porque iria estragar a paisagem! Piazza Navona , Roma.

Aqui não há carteiristas, há poetas!

Tens direito ao teu Natal! Corre com a pandilha Coelho & Cia. Já, agora!

Liberta-te da pandilha!


Vamos! Somos gente! Que direito têm para nos roubarem?


A decisão do Tribunal Constitucional, mais que fez, quis dizer:

“Não se pode roubar ao povo aquilo que ele confiou ao Estado”.

É a vergonha de um governo querer roubar a quem trabalhou 36, 40 anos e depositou na CGD o bocadinho de dinheiro QUE ERA OBRIGADO A 
DEPOSITAR, na esperança de, após cumprir o seu dever de trabalhador, receber os juros. Receber uma pensão, que é o juro do dinheiro que à CGD confiou.

O Tribunal Constitucional recebeu o protesto e defendeu os direitos dos cidadãos -segundo a Lei Fundamental, a Constituição.

Chega, agora, o governo e ameaça:

“Vocês vão pagar isso! Vamos vingar-nos!”

É um governo falido.

Por 9 vezes inconstitucional.

O país anda a rasca.

Ontem foi uma alegria para os velhos.

E para os jovens.

Este governo, por mais que roube, morreu ontem.

Vêm aí o Natal e a nossa vontade de existiremos: de comermos, de educar os nossos filhos, de garantir a nossa velhice.

Esta pandilha morreu ontem.

Aleluia!

P.S. porque outro colaborador deste terramoto chama-se Cavaco Silva -e saiu do barco como os ratos do navio. Sem o seu apontamento, quando, o homem de Boliqueime remeteu ao TC o decreto que cortaria as pensões, o pobre homem de  Massamá (tenho pena, é um tolo contente), continuava à espera que o compreendessem -ninguém compreende uma pessoa atrasada. E sobretudo quando a Europa está aflita e quer sair da fome. Porque ela existe por toda a Europa.

O homem de Massamá, bastante analfabeto e com óculos, ficou à espera, primeiro, que o Cavaquinho manhoso, fizesse de conta e nem desse por essa barbaridade, deixasse passar, ficou à espera que a pressão infame, que conseguiu internacionalmente, ratificasse a sua injustiça, a sua incapacidade.

Enganou-se.

E o de Boliquei-mew marimbou-se para ele. 

O homem de Massamá é uma pulga na roupa dos outros.

O homem de Massamá é uma pulga, que incomoda, na ignorância, convencido que, pela destruição das sociedades, vem a salvar as misérias.

Aumenta a miséria. 

Não sabe ou sabe e cumpre a ordem do capital.

Não. 

O capitalismo não entrega: cede. 

E essa é a realidade. 

É urgente obrigá-los a ceder.

Para sermos menos pobres.

*****

Hoje, é um dia Bom.

*****

Este governo não chega à Primavera -o CDS é suficientemente capaz de perceber e recusará a coligação.

O quê? Este PSD destruído por um grupo de “arranja-te antes que acabe!"

E o CDS (8%?) quer apanhar e meter no bolso o que essa gente perder.

Porque agonizante PSD e brincalhão CDS nunca vão ter nenhuma maioria parlamentar.

Que o PS terá?
  
Não tenho a certeza -e nunca será com o homem dos caracolinhos -o Seguro- que o PS chegará ao governo.

É pena que o PCP tenha 60 anos de atraso.

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Hoje é um dia bom -apesar de tudo.

O TC mandou-os às malvas.

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HÁ ESPERANÇA!

Há sempre esperança quando acreditamos em nós e nos nossos ideais.

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P.S. Houve, nos últimos 20 anos, deste país, um cancro, que o povo aceitou e votou: Aníbal Cavaco Silva. Foi uma tragédia. E, hoje, sem nobreza, irá deixar cair o Passos de Massamá -na esperança de ficar para a história. Fica: como a peste -nós sabemos: milhares de portugueses morreram de peste, nos tempos antigos; agora, morrem de fome. De angústia. De susto. Têm filhos e ninguém os protege; têm Pais e ninguém os ajuda; têm-se a si próprios e não têm trabalho e não sabem o que será amanhã. Este analfabeto de Boliqueime, foi 10 anos 1º ministro, vai completar 10 anos de PR -vergonha deste povo. Desonra de um país.