segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

As férias do blog



No ar...



Guildford, o meu quartel-general...


Daqui a poucas horas, sigo para Inglaterra, onde irei saborear as belezas do Surrey.

O Sobre o Risco entra em férias (duas semanas).

Até ao meu regresso e que tudo vos corra bem!

Um abraço!

Wolfang Amadeus Mozart quando criança


"Mozart", 1765,, por Joseph-Siffred Duplessis 

Bom dia, boa sexta-feira... bom fim de semana!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Se quiseres mais sobre esta grande escritora, abre o link

A frase do dia: a beleza em cada um



'Dia de Outono', 1879, óleo de Isaac Levitan (1860-1900)


“A curva de uma certa estrada entre vinhas dava-me tanto gosto! Vê-la do meu ponto de mira, era o mesmo que ajudar à criação de um mundo de formas... Inaplicadas, certamente, apenas interessantes pela força de não sei que arrebatamento gratuito do espírito... Apenas belas!”

Irene Lisboa, in Apontamentos, 2ª edição, Editorial Presença, Lisboa, 1998 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

As asneiras que se dizem... e se ficasse calada?





"Ser retornado, hoje, "já não é um estigma, é só um rótulo, como ser alentejano", diz a escritora Dulce Maria Cardoso"

in Jornal de Notícias

Em vésperas de partir



"Lago Ladoga", óleo de Arkip Kuinji (1842-1910)


Sobre os cisnes selvagens de Yeats

Agora anoitece tão cedo –tenho
medo de te perder no escuro.
Lembro-me dos cisnes selvagens
que do lago se erguiam soberanos
iluminando as águas e o céu
do Outono ao fim da tarde.
Também eles se perdem
agora na inclinação da sombra.
Que país será o meu? Este,
onde vivo e sou estrangeiro?
O da luz atravessada
pelos cisnes? Sem ti, como saber?

Eugénio de Andrade in Os Sulcos da Sede, 2001 

Destaque

A mentira como modo de vida...




A honra perdida da política

Por Manuel António Pina

Que pensaria um cidadão comum se alguém em quem tivesse confiado e com quem tivesse feito um acordo, apanhando-se com o acordo na mão, violasse todos os compromissos assumidos fazendo exactamente o contrário daquilo a que se comprometera?

Imagine agora o leitor que esse alguém é um político que obteve o seu voto jurando-lhe repetidamente que faria determinadas coisas e nunca, nunca!, faria outras ("Dizer que o PSD quer acabar com o 13º mês é um disparate"; "Do nosso lado não contem com mais impostos"; "O IVA, já o referi, não é para subir").

Um político que lhe jurou que "ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam" e que fez o que a própria CE já reconheceu, que em Portugal as medidas de austeridade estão a exigir aos pobres um esforço financeiro (6%) superior ao que é pedido aos ricos (3%, metade).

Um político que lhe garantiu que "não quero ser eleito para dar emprego aos amigos; quero libertar o Estado e a sociedade civil dos poderes partidários" e cujos amigos aparecem, como que por milagre, com empregos de dezenas e centenas de milhares de euros na EDP, na CGD, na Águas de Portugal, nas direcções hospitalares e em tudo o que é empresa ou instituto público.

Quando os eleitos actuam impunemente à margem de valores elementares da sociedade como o da honra e o do respeito pela palavra dada não é só o seu carácter moral que está em causa mas a própria credibilidade do sistema democrático.

Transcrito, com a devida vénia, de Jornal de Notícias de hoje

domingo, 15 de janeiro de 2012

A frase do dia: assumir



Óleo de William Turner


“Nascemos para transportar o nosso tempo e não para lhe fugirmos.”

A graça do dia: o riso e a miséria





Cavaco pede a funcionários públicos para fazerem mais e melhor com menos

 O Presidente da República divulgou hoje uma nota na página da Presidência no Facebook na qual pede aos funcionários públicos para fazerem “mais e melhor” com “menos” de forma a “contribuírem para manter viva a esperança do futuro”.

in Público de hoje

O livro do dia: na câmara ardente




Sim, eu sei que foi Miguel Torga quem escreveu Câmara Ardente, mas isso não quer dizer nada, porque Américo Rodrigues não é filho de Torga, nem discípulo. A sua poesia nasceu de nascimento natural: consigo. E diante do mundo. Américo, tal qual o cidadão comum, hoje e aqui –ontem e ali, onde quer que for-, vive dentro de uma câmara ardente. E o livro, ora publicado, acidente poético fatal, bem o diz: revela o fogo que queima:

no centro da ilha
há um vulcão
no centro do vulcão
há uma ilha

A alma que é feita do fogo e da lava do vulcão é a realidade violenta, dolorosa, incontornável, colada a nós e de que só na morte nos libertamos.

E mesmo isso é dubitativo; e transcrevo, agora, Reinaldo Ferreira:

Já me não basta morrer;
Tanto me falta a certeza
Que paro todo de ser
Na Vida sem mim ilesa.

A alma perdura?

No desespero -na raiva?-, Américo Rodrigues informa:

vendo alma
usada
gorda
luzidia
imune à influência de deus

Afinal, o deus que procurou, em vão...:

ligou para
deus
não posso atender
isto é uma
gravação
deixe a sua mensagem
após o sinal
..................................
ligou para
Deus
Adeus!

Américo Rodrigues não precisa de ‘antepassados’, nem de Torga, a que o ligará a paixão à terra; nem de Reinaldo Ferreira; nem de Régio que, no entanto, algures explica por que é que Américo dispensa antepassados: aquilo que ele é -um artista poliforme- veio-lhe no sangue;

ora oiçam o poeta de Deus e do Diabo:

[trata-se de] dom natural, pessoal, misterioso, -que se não adquire, nem transmite, nem aprende.

Mas o poeta Américo não escapa a Reinaldo Ferreira, uma vez que confirma esta sua, dele, Reinaldo, frase:

Sem emoção, toda a poesia é nada.

A poesia de Américo é um grito; é emocionante. E cai no nosso tempo -neste nosso dia de hoje, que pode ser, exactamente, o dia 15 de Janeiro de 2012 e amanhã o dia 13, e depois o dia 14, e por aí adiante até que se dê a transfiguração-, no nosso momento absurdo, insuportável, infame da morte/ dos vivos/ em vida –como denuncia Américo.

De alma a arder no seu, nosso tempo, Américo, órfão do deus que não responde ao telefone e anda em parte incerta; da beleza que a mesquinhez da horda de mortos-vivos lhe rouba; da simplicidade sagrada, que existe, apesar de parecer que não –ironiza, tragicamente:

Os rapazes da aldeia onde nasci
tinham o péssimo hábito
de se matar
antes de fazerem 18 anos
(...)
Os rapazes da aldeia onde nasci
tinham o péssimo hábito
de se matar
antes de se matarem
digamos em coro
paroquial:
naturalmente.

E, naturalmente, no tal hoje e aqui e muito por todo o lado, os rapazes têm, ‘naturalmente’, o péssimo hábito de se matarem, enforcando-se ou cumprindo o projecto de vida possível, descrito por Américo, na poesia Projecto:

estar sentado nesta
cadeira
contar as moscas que mato
e voltar a assobiar
é o meu projecto
de vida.

Mas a sua escolha foi outra e Américo Rodrigues assume-a:

lá está o poeta
sentado
a um canto
a
lutar contra
o seu tempo
escreve sobre o sofrimento
a mentira
a dor original

E eis que salta da morte um ‘parente’ inesperado (?), um jovem de há 50 anos. Que se matou, naturalmente, numa auto-estrada, ao volante de um bólide, a 200 à hora, em contramão: James Dean.

O James Dean de A Leste do Paraíso –do Paraíso Perdido; o jovem de há 50 anos, às voltas com a dor original, no fim e ao cabo, a dos cabos estragados, a dos fios telefónicos gastos, que não nos trazem de volta nenhum Deus e muito menos o Homem, o tal que referiu Miguel de Unamuno, quando lembrava que, para ser um Homem basta sê-lo, ter a coragem de o ser e quebrar as grades da câmara ardente.

E da mentira.


Dean foi uma figura emblemática e o seu drama atravessou facilmente, meio século, brilha ainda –repete-se.

As coisas demoram a resolver-se e, na raiz, talvez nunca se modifiquem totalmente

Onde isso nos levaria!

Américo Rodrigues constata, numa poesia cruel, escrita com vitríolo, que “morre-se melhor/ em portugal”; quer ele dizer: hoje, o nosso país tende a mimar a casa mortuária.

E logo se topa o desespero de Nobre: “que desgraça nascer em Portugal”; a revolta de Alexandre O’Neill: “ó Portugal se fosses só três sílabas.../ Portugal/ meu remorso/ remorso de todos nós...”

Não falta à chamada Mário de Sá-Carneiro, exilado voluntário, que se mata para não voltar e cuja transparente confissão dos próprios tropeções regressa na limpidez da arte de Américo.

Américo Rodrigues escreve poesia com os pés bem assentes na terra nossa –mas a desvendar a tragédia que vive o mundo.  

acidente poético fatal -eis um livro actualíssimo, pertinente, verdadeiro.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O atraiçoado



'Cristo', óleo de El Greco


Disse a senhora Ferreira Leite coisas que não se devem dizer: são maldades.

Penso que é inteligente e religiosa –o que a responsabiliza.

Essas coisas não se dizem.

Devemos amar o próximo e fazer boas acções.

Isso terá aprendido a senhora Ferreira Leite na catequese.

Ou não aprendeu?

Adiante..., se não aprendeu, está sempre a tempo de se redimir.

Aquilo que a senhora Ferreira Leite disse levou-me a concluir o seguinte:

esta sociedade em agonia –a do capitalismo financeiro- pensa:

“que os velhos são velhos e comem as reformas, mais vale que morram e não incomodem;

que os pobres são pobres e não há razão nenhuma para que não vivam na pobreza;

que os doentes estão doentes e não garantem a produção: safem-se ou morram da doença;

que os desempregados não trabalham e por isso é que estão desempregados;

que os jovens chateiam –que se federem!, que emigrem, não fazem falta nenhuma e só criam problemas;

que a Cultura e a inteligência são coisas perigosas;

que já o dizia Cristo!”

Não, não dizia! Dizia que o mundo Dele deveria ser de Homens puros e estava cheio de ladrões!

Lá se foi a esperança do ministro... mas a culpa não é da vaquinha, animal nosso amigo







"Mais de 200 mil litros de leite apreendidos pela ASAE"



Exílio



Pequeno bilhete de exílio

Se a tua noite fosse a minha noite
e meu fosse o teu dia
se teu caminho fosse o meu caminho
e tua casa a minha
se teu pão e teu sal fossem os meus
e teu fosse o meu vinho
não choraria as lágrimas que choro
e a saudade não me queimaria.
Quando a tua vida começa
meu amigo
eu morro a minha morte, cada dia.

Carlos Maria de Araújo, in Ofício de Trevas, antologiado in Líricas Portuguesas, Terceira Série, 1º vol., por Jorge de Sena

Leituras







O futuro do nosso país



O pastel de nata: eis a fortuna portuguesa!

Lê esta página admirável de Manuel António Pina:

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O futuro dos jovens


Forges in El País de 13/01/12


"-Estás a crescer... O que queres ser quando fores grande?

"-Chinês chefe. 

A frase do dia: hoje atingiu-se o limite e abriu-se a ruptura

José Régio


“ [João disse:] Creio que toda a vida lutei por uma coisa (...) e supus que antes de mais era preciso libertar o homem das misérias materiais que rebaixam tantos... das injustiças sociais flagrantes... da tal exploração do homem pelo homem com fins egoístas... E é! já não podemos fingir que ignoramos isso!... e nem sequer os homens de amanhã, até já de hoje, suportarão o que durante séculos suportaram tantos...”

José Régio, in Rascunhos para o 6º volume de A Velha Casa, publicado, póstumo, com a 2ª edição de Vidas São Vidas, Brasília Editora, 1973  

Leituras



http://www.lemonde.fr/ameriques/article/2012/01/11/a-haiti-la-reconstruction-avance-a-pas-de-tortue_1628252_3222.html#ens_id=1290927


http://www.liberation.fr/monde/01012382535-haiti-l-ignoble-indifference


http://www.guardian.co.uk/music/2012/jan/10/enchanted-island-met-opera-baroque


http://www.lastampa.it/_web/cmstp/tmplRubriche/editoriali/gEditoriali.asp?ID_blog=25&ID_articolo=9638


http://internacional.elpais.com/internacional/2012/01/12/actualidad/1326331407_691690.html

Artigo do dia: o Inferno é aqui





'Inferno', 1485-1490, obra de Hieronymus Bosch (1450-1516)


O monstro na primeira página

Por Manuel António Pina

A desavergonhada afirmação pública de Manuela Ferreira Leite ("abominável" lhe chamou justamente a jornalista que orientava o debate da SIC em que a afirmação foi proferida) de que doentes com mais de 70 anos que necessitem de hemodiálise a devem pagar é, sabendo-se que a alternativa à hemodiálise é a morte em poucos dias, um eloquente sinal dos tempos que vivemos e da qualidade moral de certas elites hoje influentes no país.

A conveniente "correcção" que, apercebendo-se da brutalidade do que dissera, a ex-dirigente do PSD fez a instâncias de outro interveniente no debate (afinal só quisera dizer que "uns têm [a hemodiálise] gratuitamente, outros não", consoante a capacidade financeira), é patética: se foi isso que quis dizer, porquê os 70 anos?; porque não se aplicará o critério financeiro a doentes com menos de 70 anos?

A ideia de que pessoas com mais de 70 anos só tem direito à vida, que é o que representa um tratamento extremo como a hemodiálise, pagando - independentemente de terem, durante anos e anos, entregue ao Estado parte substancial dos seus rendimentos para garantir o seu direito a assistência na doença - talvez seja aceitável vindo da mesma mente tortuosamente contabilística que em tempos também defendeu a suspensão da democracia. Que mentes dessas tenham púlpito num canal de televisão só se compreende pela política do "monstro na primeira página" que domina hoje o jornalismo português.

Transcrito, com a devida vénia, de Jornal de Notícias de 12/01/12

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O amigo que ficou pelo caminho: Domingos Manuel de Brito Mariano


Um alentejano com um coração do tamanho do mundo

Não me lembro de quando conheci o Mariano, oriundo de Évora: desde sempre o vi em nossa casa, amigo fiel, outro irmão.

Morreu há dias, será cremado sexta-feira, ao fim da manhã, no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.

Com ele, vai-se o que ainda havia de um mundo de ideais, coragem, solidariedade e sonho. 


Resto só eu, o mais novo, da família a que Mariano se juntara; participei, também, ocasionalmente, do grupo que se reunia nos saudosos cafés lisboetas Nívea e Cubana, à Avenida da República, da "tertúlia heróica"  que se foi desfazendo.

Recordo-o a levar-me às cavalitas para o Estádio Nacional, a ver a selecção; recordo-o, na Guarda, onde me visitou; na casa da Azambuja de meu irmão António, que o trouxera do Liceu Camões, onde estudaram; nas lutas do antes do 25 de Abril; na emoção do 25 de Abril.

Acompanhou o António, quando ministro da agricultura.


Mariano era um socialista verdadeiro que se definia “um das bases”.

De facto, nunca entrou na Assembleia, nem teve nenhum cargo oficial, a partir do momento em que o António se demitiu de ministro do 1º governo constitucional.


Voltou às "bases" -e era por lá que se sentia bem.

Pessoa pura, de imensa generosidade, simples, muito inteligente e sensível, provocava empatias à chegada e fez amigos, pelas cinco partes do mundo.


No Brasil, na Guiné, em Moçambique, nas Américas...

A morte de um Amigo é terrível –porque os amigos somos nós que os escolhemos.

Mariano dizia, muitas vezes:

“É pá!, vemo-nos tão pouco e o tempo passa... e um dia...”

Agora, chegado o dia, nada volta atrás. Fica-me a ferida, cá dentro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

As boas notícias de cada dia...

Leituras



http://sociedad.elpais.com/sociedad/2012/01/10/actualidad/1326174143_330152.html


http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/empresa-municipal-dos-acores-admite-pagar-subsidios-de-natal-e-ferias-1528323


http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2230537&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

A frase do dia: as palavras inúteis ou o mau gosto de fazer estilo sem dizer nada


'Crucificação', 1910-1915, obra de Mathias Grünewald (1470-1528) 


“Que importa que o pregador escolha por matéria tratar da paixão de Cristo, se a trata com estilo tão brilhante e frase tão ostentosa e erudições tão das letras humanas, que sai um Cristo todo doirado e uma cruz de filigrana? Mostráreis vós um crucifixo com sangue e chagas, nódoas e vergões e veríeis que diferente emoção havia no auditório!”

Manuel Bernardes

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Até amanhã...


"A leitura", 1888, óleo de Berthe Morisot

Em paz porque arderam em vida

Óleo de Claude Monet


Há pessoas que eu imagino descansem na eternidade.

Durmam na eternidade.

Tranquilos.

Durante a vida, honraram aquilo que diz o puríssimo Manuel Bernardes, porque também eles foram puros e verdadeiros, tal qual Ferré e Zari:

“As obras a que falta a pureza de intenção recta parecem-se com moeda falsa, ou que tem liga. Pelo cunho correm, e muitos se enganam; pelo metal não têm valor intrínseco. Daqui vem que não servem para comerciar com Deus, e comprar-lhe o Céu; porque este Senhor não pode ser enganado.”

Um homem vertical II

Óleo de Aldo Zari, s. d.

Um homem vertical

E se os cientistas, seguindo os conselhos do governo, emigrarem ou já tiverem emigrado?

in Público de hoje

Lembrando um grande poeta mais ou menos "arquivado"...

Reinaldo Ferreira (1922-1959)


Quanto mistério na semente


Que ergue ao sol o pulmão de uma folha;


Quanto mistério em mim que a vejo;


E quanto, quanto mais mistério em mim,


Que vejo nisto um mistério!

Reinaldo Ferreira, in Poemas, livro póstumo, 2ª edição, com Prefácio de José Régio, Portugália Editora, 1966


vale a pena leres:

http://alfarrabio.di.uminho.pt/reinaldo/reinaldo1.html

Frase (s) do dia: e em Portugal?


Ouvindo as conversas de café ou os programas de rádio matutinos, verificamos que não é da política que os franceses estão fartos mas, sim, dos políticos. Um afastamento que se liga ao comportamento daqueles que elegeram e de quem esperavam dedicação, coragem e probidade.
[Os franceses querem] que os eleitos, não concebam os seus mandatos como mera fonte de rendimentos (...).

A coragem política implica que o eleito não se considere ao serviço de um clã. 

A probidade legitima os sacrifícios pedidos ao povo. Os franceses não esperam que os seus representantes sejam perfeitos ou infalíveis. O que querem, muito simplesmente, é que os eleitos os não considerem imbecis.”

Rama Yade, vice-presidente do Partido radical, in Le Monde, 07/01/12

Leituras