in Público de hoje
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Agora mais do que nunca, o povo unido tem de defender a sua revolução, a II República e a Constituição que a rege! O assalto à liberdade, à igualdade e à fraternidade, à solidariedade social, atingiu o rubro. É agora ou nunca! Defende a democracia impondo que se respeitem as leis da nossa República!
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
O mais depressa possível! É urgente a inteligência e a honestidade!
Este!, antes de todos os outros... se o PSD souber o que é dignidade!
"O PSD propõe-se expulsar 400 militantes por terem votado contra os ideais do partido"
dos jornais
terça-feira, 29 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Os fantasmas na parede
"Messer Marsilio e a sua esposa", 1523, óleo de Lorenzo Lotto ***
“Os
velhos retratos de Família, o vosso antigo riso desbotado paira, nas telas e na
penumbra das paredes… Lá se descobre ainda esse longínquo instante da vossa pessoa,
entregue ingenuamente às diabólicas mãos
do Artista!
E
eu fico a contemplar-vos… fico a ver o meu fantasma do Passado, a vaga Sombra
irónica, isto é, meu ser ainda esperança…”
Teixeira de Pascoaes in
Verbo Escuro, Obras Completas, 7º volume, Edição do Autor, Livrarias
Aillaud e Bertrand, Paris-Lisboa, s.d.
domingo, 27 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
De regresso de Portalegre, aqui vos deixo este versos admiráveis de um poeta único
Teorias são brinquedos
Que, por mim, não tomo
a sério.
Tomo a sério os meus
enredos.
Crer... só sei crer no
Mistério.
De doutrinas não me
importo!
Sinto-me bem no mar
alto.
Só me recolho ao meu
porto.
Convidam-me, e sempre
eu falto.
De escolas, sou mau
aluno.
Se comunico, é em
verso.
Sou muito diverso.
E uno.
(Inédito,
em um dos cadernos de José Régio)
Alberto de Serpa in Retrato Imperfeito de JOSÉ RÉGIO com uma sua
poesia inédita, Tiragem Única de 300 Exemplares, Imprensa Portuguesa, Porto,
1970
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Até à volta, que vou à VIDA!
Vista de Portalegre (fotografia de Maria J. Falcão)
Então…, até daqui a uns tempos…
O judeu errante, o holandês voador, o português inquieto e ansioso
por seguir
o horizonte que lhe foge e o chama –vai de viagem.
Outra vez, o Alentejo?
Acontece que sim.
Porque o amor dele -do judeu, do holandês, do negro, do árabe voador, do apaixonado de uma única raça: a humana- porque ela faz anos e ele quer-lhe oferecer o regresso ao lugar que tanto ela ama e onde ele a conheceu: à doce e bela cidade de
Portalegre.
Seria o malandreco da flecha, o Cupido, de passagem pelo Liceu
de Portalegre, que decidiu?
Ou foi a beleza de uma menina de 14 anos que descia as
escadas sem me ver e eu a vê-la, a querê-la, e a dela e a minha vida a definirem-se?
Pois…, foi para sempre –contra um batalhão de inimigos que
tentaram minar a nossa vida.
O muito amor é o muito sofrimento –mas quem nos vir encontrar-nos-á
na mesma paixão.
Iguais.
Iguais.
E assim, ao longo dos séculos, até ao Vale de Josafat, onde
quem amou é perdoado.
Da intemporalidade da Arte
Tomaz de Figueiredo, Joaquim Lagoeiro e eu, na Brasileira do Chiado (1969?, talvez a última fotografia de Tomaz de Figueiredo)
“(…) também o romance
de um escritor que, nanja por determinação própria, só porque assim o é, de
cerne, não pertence nem poderá pertencer a qualquer escola (visto que não
aceita escolas), dum escritor frecheiro livre, insolidário com boticas, dum
escritor que não acarneira em linhas gerais, que, se vencer, a ninguém o ficará
devendo (muito pelo contrário), que se cair, a ninguém arrastará (ou pinheiro,
que, solitário, afronta o vento, ou que então o vento desenraíza e vira,
solitário), dum escritor que nem é antigo nem moderno, que se encontrou no
princípio enunciado pelo maior de todos os cérebros portugueses (o Padre
António Vieira), de que o antigo já foi moderno, de que o moderno há-de ser antigo: portanto
que não há nem antigo nem moderno,
que há só o verdadeiro fora do tempo.***”
Tomaz de Figueiredo in CARTA QUE AO JÚRI DO PRÉMIO EÇA DE
QUEIRÓZ ESCREVE TOMAZ DE FIGUEIREDO, Lisboa, 1950, [em 1948, o seu romance A Toca do Lobo fora distinguido com O Prémio
Eça de Queirós], citado parcial e essencialmente no excelente livro de Albertina
Fernandes, Tomaz de Figueiredo Ensaio
Crítico-Biográfico, Calendário de Letras, 2013
*** o sublinhado (chamada de atenção) é da minha responsabilidade
*** o sublinhado (chamada de atenção) é da minha responsabilidade
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Uma comunicação social infame
Kate e Gerry MacCann, pais de Madeleine MacCann's
Todos nós seguimos,
através da comunicação social, o desaparecimento de Madeleine MacCann’s,
criança raptada ou assassinada, algures, no Algarve.
E assistimos à
vergonhosa denúncia dos seus pais como autores do crime.
Os anos passaram, os
tablóides e as Tvs cansaram-se, as pessoas esqueceram…
Mas a marca, gravada a
ferro em brasa, arde no coração de Kate e Gerry, os pais de Madeleine.
Ora repara bem na
expressão do rosto de ambos –agora, quando a Scotland Yard, obstinada ao modo
do buldogue inglês, descobriu e publicitou uma nova via: mais outros potenciais
bandidos.
São a expressão de duas
almas destroçadas mas ainda capazes de desafiarem aqueles que os insultaram.
E é de facto assim o jogo da comunicação social, para garantir
vendas e audiências prodigiosas: o escândalo, o insulto, a mentira, tudo quanto é espectacular e rende…
Pobre, miserável o
homem –lobo do homem e inimigo de si próprio: o homem que não é humano mas sim
um canibal a morder o freio que a sociedade lhe impôs… e ele rói e rói, até que
o rasga.
Em busca dos criminosos perdidos:
domingo, 13 de outubro de 2013
Um grande homem de Angola, um poeta da humanidade
Gosto dos teus olhos
vendedeira de ananases
dos teus olhos nostálgicos
onde leio
as mágoas duma multidão.
vendedeira de ananases
dos teus olhos nostálgicos
onde leio
as mágoas duma multidão.
Gosto dos teus olhos
onde passeiam pensamentos distantes
ilusões perdidas
dias ainda não vividos
mas pressentidos.
Gosto dos teus olhos
dirigidos para séculos idos
embebendo no perfume
do ananás
a esperança no alvorece
Olha-me quitandeira de ananases
eu quero descobrir a vida.
Agostinho Neto in Renúncia Impossível, INALD, Luanda, 1982, póstumo
Um grande poeta moçambicano
Obra de Malagantana, 1998
Pena
Zangado
acreditas no insulto
e chamas-me negro.
Mas não me chames negro.
Assim não te odeio.
Porque se me chamas negro
encolho os meus elásticos ombros
e com pena de ti sorrio.
poesia de José Craveirinha
Quem era:
http://en.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Craveirinha
poesia de José Craveirinha
Quem era:
http://en.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Craveirinha
sábado, 12 de outubro de 2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Esta grande escritora ainda está viva… e já se apressam em silenciá-la?! Pobre feira das vaidades literatas, tão gananciosa e tão mesquinha!
Agustina Bessa-Luís
VOCAÇÃO
“Eu
tenho só uma [vocação], que é escrever. Usar a palavra, dar-lhe vida, confiar
nela para que nela vejam palavras poderosas, como a de sermos destinados a
coisas maravilhosas.
Falar
no maravilhoso, hoje em dia, é um risco muito grande. Que digo eu? Um risco,
não; uma espécie de loucura. Sejamos loucos quando os sensatos falham, e vamos
pensando como encarar o maravilhoso.”
Agustina Bessa-Luís, in
DICIONÀRIO IMPERFEITO, selecção e
organização de Manuel Vieira da Cruz e Luís Abel Ferreira, Guimarães Editores,
2008
terça-feira, 8 de outubro de 2013
O Nobel de Literatura de 2013
Herberto Helder
País de poetas, de
Sancho I e a sua Ribeirinha, até António Nobre, João de Deus, Cesário Verde, deixando
pelo meio, sempre presente, o zarolho, o
grande desconhecido -quem foi, quem amou?-, Camões; andando na paixão com Mário
de Sá-Carneiro e na estrada infinita da alma portuguesa com Afonso Duarte, Fausto José, José
Régio, Florbela Espanca, Manuel da Fonseca, é tempo que o Nobel nos redima!
E faça esquecer a
grande vergonha, que nos rebaixou a todos: ter premiado Estocolmo um romancista medíocre, um superficial, um
arrota-pescadas, o tal Saramago.
Hoje, agora, aqui,
escondido, autêntico, com génio, aí está, aí temos um poeta genial e nosso: Herberto
Helder.
Que ele seja capaz de
recusar o prémio? Ah, sim, é possível. Mas a pátria, finalmente, prova que
existe: em toda a força do sonho que a caracteriza e a imortaliza.
domingo, 6 de outubro de 2013
sábado, 5 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Quem é Lauren Bacall
Afinal, uma judia de origem romena e polaca e, a quanto consta, uma personalidade de ferro
Abre o link:
Nostalgia, memória, beleza: To have and have not, romance de Ernest Hemingway, publicado em 1937 e adaptado ao cinema, por Howard Hawks, em 1944, actores principais Lauren Bacall e Humphey Bogart. Quando essas coisas aconteceram, ainda eu nem tinha nascido ou gatinhava lá pela nossa casa lisboeta, na Rua de Sousa Martins, nº20, 1º andar direito. Era à minha irmã e aos meus irmãos que ouvia os nomes. Os elogios. Nem sei, sequer, se a censura salazarista autorizou o filme… Creio que o vi, pela primeira vez, em Paris, 1958, levado pela mão do saudoso e admirável poeta peruano, Pablo Guevara, quem me revelou, na Cinemateca da capital francesa, realizadores e obras cuja existência desconhecia… Lá esbugalhei os olhos, maravilhado com O Couraçado Potemkin, de Sergei Eisenstein. Revi, ontem, pela terceira ou quarta vez?, Ter ou Não Ter, e deliciei-me e emocionei-me. Qualquer sopro d’ O Pássaro de Vidro, o meu romance tão amado, passou por ali, na força das duas personagens, nos olhos de Lauren Bacall… E passou a correr o tempo: os anos irrecuperáveis.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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