segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A lágrima



Eis-me a reler aquele que é, sem dúvida, o tabelião da alma portuguesa: Camilo Castelo Branco.

Regresso à obra-prima -uma das suas obras-primas- Amor de Perdição.

E lá volta ela, a lágrima.

Nada a fazer: quando, neste ou naquele romance, nesta ou naquela novela, não importa em que memória, retomo o diálogo, o convívio, a intimidade, com o gigante de Seide, inevitavelmente topo a página, a passagem, o clima, que abalam e levam ao soluço mal estancado.

À dor, ao nó na garganta.


Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide, tal qual, era, realmente


Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide, depois do incêndio, anos após a sua morte (parece-nos natural que isso tenha acontecido, não é verdade?)

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