Mostrar mensagens com a etiqueta PJ Harvey. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta PJ Harvey. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, janeiro 04, 2024

PJ Harvey
* 10 discos de 2023 [7]

* PJ HARVEY
I Inside the Old Year Dying


Aos 54 anos (nasceu na cidade inglesa de Bridport, a 9 de outubro de 1969), Polly Jean Harvey prossegue a sua saga solitária, revelando ou inventando paisagens em que a singularidade poética das palavras, a precisão sem ostentação da música e o dramatismo magoado da voz são elementos que parecem existir como duplos uns dos outros. Assim acontece neste maravilhoso décimo álbum de estúdio que, para estes tempos difíceis, ela classificou como um objecto ligado a uma ideia de consolação — em novembro de 2023, ela esteve na NPR, para um Tiny Desk Concert, interpretando quatro canções do álbum (fechando com a mais antiga White Chalk).


* * * * *
Lana Del Rey
Nina Simone
Carminho

Piotr Beczala
The Dream Syndicate
Feist

segunda-feira, janeiro 13, 2020

PJ Harvey — música & cinema

Estreia dia 16 — atenção a um verdadeiro filme sobre a gestação da música que nada tem a ver com o marketing pueril dos "making of" fabricados para muitos álbuns: PJ Harvey: A Dog Called Money é um registo das viagens que PJ Harvey fez com o fotógrafo Seamus Murphy (realizador do filme), percorrendo cenários de Washington, e também do Afeganistão e Kosovo, das respectivas informações e memórias nascendo esse álbum admirável que é The Hope Six Demolition Project (2016). Dos materiais filmados nasceram também vários telediscos para o álbum — recordemos The Community Of Hope, além do mais essencial para compreender o enquadramento temático e o contexto político do próprio trabalho musical.


>>> Site de PJ Harvey.
>>> Site de Seamus Murphy.

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

Nova canção de PJ Harvey

A senhora da poesia agreste está de volta. PJ Harvey deu a conhecer uma nova canção: The Wheel parte das memórias das suas estadias no Kosovo, entre 2011 e 2015, por sua vez integrando um novo álbum, The Hope Six Demolition Project (o nono na sua discografia de estúdio), com lançamento agendado para 15 de Abril — o teledisco, assinado por Seamus Murphy, consegue um fascinante equilíbrio instável entre as imagens recolhidas nas viagens e a performance da cantora.


>>> Site oficial de PJ Harvey.

terça-feira, dezembro 02, 2014

PJ Harvey publica livro em 2015

Com o título The Hollow of The Hand, o primeiro livro de PJ Harvey surgirá em outubro de 2015 através da Bloomsbury Circus. O livro, com mais de 200 páginas, juntará poemas de PJ Harvey a imagens de Seamus Murphy, fotógrafo e realizador que com a cantora trabalhou no projeto de pequenos filmes criados para cada uma das canções do álbum Let England Shake. O livro fará uma crónica das muitas viagens pelo mundo fora que PJ Harvey e Seamus Murphy viveram entre 2011 e 2014.

terça-feira, dezembro 27, 2011

Os melhores discos de 2011


N.G.:

Pop/rock: Um ano de muitos discos (como tantos outros), mas com uma ideia dominante que ajudará, um dia, a memória a evocar 2011 segundo uma série de títulos, nomes e... um som. Com genética primordial no dubstep, uma relação com a canção, ferramentas electrónicas e um trabalho atento a filigranas de discretos acontecimentos, 2011 teve em nomes como James Blake, Nicholas Jaar, Jamie Woon ou Jai Paul alguns dos seus mais importantes embaixadores. O primeiro, que fora já uma das mais sérias promessas de 2010 confirmou em pleno as expectativas num álbum absolutamente notável que podemos entender como paradigma desta forma de fazer música. Apesar de ter já editado um primeiro disco em 2008, o nova iorquino Son Lux fez de We Are Rising o mais interessante dos momentos menos mediatizados do ano, num álbum criado em apenas 28 dias que serve, de certa forma, para dar continuidade a uma visão que busca caminhos novos além dos horizontes da pop, tal e qual o fez Sufjan Stevens em The Age of Adz. PJ Harvey, sob minimalismo de recursos, mas profundamente expressiva no retrato que traça da Inglaterra de hoje fez de Let England Shake o melhor dos discos de uma das mais impressionantes discografias do nosso tempo. Pela lista surgem ainda as canções de travo retro de John Maus, o regresso eloquente e gourmet de Kate Bush, o paisagismo ambiental de Julianna Barwick, as belíssimas canções de Bon Iver, a pop elegante de Destroyer, o encontro iluminado de Mimi Goese com Ben Neill ou as visões cénica e texturalmente ricas de Nicholas Jaar. O ano destacou ainda discos de uns Sound of Arrows, Cat’s Eyes, Alex Turner, David Lynch, Björk ou John Vanderslice. Mas um top 10 é um top 10...

1 . James Blake, James Blake
2 . Son Lux, We Are Rising
3. PJ Harvey. Let England Shake
4. John Maus, We Must Become The Pityless Consors of Ourselves
5. Kate Bush, 50 Words For Snow
6. Julianna Barwick, The Magic Place
7. Bon Iver, Bon Iver
8. Destroyer, Kaputt
9. Mimi Goese + Ben Neill, Songs for Persephone
10. Nicholas Jaar, Space Is Only Noise


Música portuguesa: Há muito que a música eléctrica portuguesa não escutava um disco assim. Intenso e diferente. E tudo sob um mínimo de recursos. Ana Deus e Alexandre Soares juntaram-se como Osso Vaidoso, a voz tendo por principal companhia uma guitarra eléctrica, as canções mostrando como com pouco se faz muito, às palavras sendo concedido um protagonismo que a tudo dá sentido. O ano teve uma vez mais em B Fachada um dos seus momentos de referencia, desta vez num disco que colocou o piano como principal elemento ao serviço da composição. Destaque-se ainda a confirmação das boas ideias pop de uns Capitães da Areia e a forma como Sérgio Godinho optou por celebrar os 40 anos de carreira com um disco de originais.

1 . Osso Vaidoso, Animal
2 . B Fachada, B Fachada
3 . Capitães da Areia, O Verão Eterno
4 . Sérgio Godinho, Mútuo Consentimento
5. You Can’t Win Charlie Brown, Chromatic
6. The Gift, Explode
7. Tiago Sousa, Walden Pond’s Monk
8. Aquaparque, Pintura Moderna
9. Amália Rodrigues, Amália Canta David
10. Joana Sá, Through This Looking Glass


Clássica: Depois de um 2010 que teve em Mahler um dos compositores mais presentes nos escaparates dos novos lançamentos, 2011 viu numa gravação da Sinfonia Nº 2 do grande sinfonista austríaco o seu melhor momento. A gravação, pela London Philharmonic Orchestra, é dirigida pelo jovem maestro russo Jurowski e revela tanto uma capacidade em explorar toda a melancolia que a música transporta como o sublinhar dos instantes exultantes que vincam a noção de ressurreição que afinal a caracteriza. Destaque maior ainda para um olhar sobre o 11 de Setembro por Steve Reich, numa obra que explora princípios que o compositor lançara há anos em Different Trains. Da multidão de discos lançados a assinalar o ano Liszt vale a pena reter a gravação dos seus dois concertos para piano, com Barenboim (solista) e Bloulez (maestro), acompanhados pela Staatskapelle Berlin. De um ano de muitos lançamentos na área da música clássica referências ainda à continuação de ciclos dedicados a Shostakovich e Sibelius, respectivamente por Petrenko e Inkinen, um Berlioz na voz de Von Otter e à presença da música do século XXI em gravações de obras de Adams, Denehy, Muhly e Bryars.

1. Jurowski / London Phil Orchestra – Mahler, Symphony N. 2
2. Steve Reich / Kronos Quartet – Reich, WTC 9 / 11
3. Baremboim + Boulez / Staatskapelle Berlin – Lizst, The Piano Concertos
4. Petrenko / Liverpool Phil Orchestra – Shostakovich, Symphonies 6 & 12
5. Von Otter + Tamestit, Minkowski / Les Musiciens du Louvre - Berlioz, Les Nuits d’Eté
6. Adams / International Contemporary Ensemble – Adams, Son of Chamber Symphony
7. van Raat + Nederlands Radio Ch. Philharmonic / Tausk – Bryars, The Piano Concerto
8. Upshaw + Lionáird, Pierson / Crash Ensemble - Denehy, Gra Agus Brás
9. Gould + Collon / Aurora Orchestra - Muhly, Seeing is Believing
10. Inkinen / New Zeland Symphony Orch – Sibelius .- Symphonies 6 & 7 + Finlandia


J.L.: 

Insólita paisagem, esta a que a digitalização conduziu a música: tudo coexiste, tudo colide, cada gesto é contaminação de outro, deixou de haver “linha da frente”. É num contexto assim que, creio, pode fazer sentido não esquecer o mais ousado dos mais jovens, de seu nome Miles Davis. Além do mais, temos o fado. Parafraseando os actores do programa de humor da RTP1, Estado de Graça, este é o tempo de uma histeria em que os fadistas brotam das pedras da calçada... Será que vamos perder tudo nas soluções mais fáceis do marketing e na banalização gerada pelo rótulo da “world music”? Fiquemo-nos pelas coisas certas: Cuca Roseta está aí e com ela, através do seu prodigioso álbum de estreia, mantemo-nos ligados à terra.

CUCA ROSETA, Cuca Roseta
LIVE IN EUROPE 1967/THE BOOTLEG SERIES VOL. 1, Miles Davis
BLOOD PRESSURES, The Kills
WE ARE RISING, Son Lux
RIO, Keith Jarrett
THE KING OF LIMBS, Radiohead
WHOKILL, tUnE-YarDs
SUPER HEAVY, Super Heavy
4, Beyoncé
ANNA CALVI, Anna Calvi

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Os melhores de 2011 segundo a 'Uncut'


Já em época de balanços, começamos hoje a visitar algumas das listas já publicadas com os melhores do ano. Começamos na música, com a tabela apresentada pela revista Uncut.O primeiro lugar é ocupado pelo mais recente álbum de PJ Harvey.

01 PJ Harvey – Let England Shake
02 Gillian Welch – The Harrow & The Harvest
03 Metronomy – The English Riviera
04 White Denim – D
05 Josh T. Pearson – Last Of The Country Gentlemen
06 The Horrors – Skying
07 Radiohead – The King Of Limbs
08 Wild Beasts – Smother
09 Bon Iver – Bon Iver
10 The War On Drugs – Slave Ambient
11 Laura Marling – A Creature I Don’t Know
12 Fleet Foxes – Helplessness Blues
13 Tom Waits – Bad As Me
14 Kurt Vile – Smoke Ring For My Halo
15 Wilco – The Whole Love
16 Jonathan Wilson – Gentle Spirit
17 Feist – Metals
18 Tinariwen – Tassili
19 Drive-By Truckers – Go-Go Boots
20 Ry Cooder – Pull Up Some Dust And Sit Down
21 James Blake – James Blake
22 Gang Gang Dance – Eye Contact
23 Thurston Moore – Demolished Thoughts
24 Real Estate – Days
25 Bill Callahan – Apocolypse
26 The Decemberists – The King Is Dead
27 Björk – Biophilia
28 King Creosote & Jon Hopkins – Diamond Mine
29 Paul Simon – So Beautiful Or So What
30 Tim Hecker – Ravendeath, 1972 31 Destroyer – Kaputt
32 Gil Scott Heron & Jamie XX – We’re New Here
33 Low – C’Mon
34 Fatoumata Diawara – Fatou
35 My Morning Jacket – Circuital
36 Jonny – Jonny
37 Little Dragon – Ritual Union
38 His Golden Messenger – From Country Hai East Cotton
39 Dawes – Nothing Is Wrong
40 Kate Bush – 50 Words For Snow
41 Raphael Saadiq – Stone Rollin’
42 Jenny Hval – Viscera
43 St. Vincent – Strange Mercy
44 tUnE-yArDs – w h o k i l l
45 Mikal Cronin – Mikal Cronin
46 Iceage – New Brigade
47 The Caretaker – An Empty Bliss Beyond This World
48 Cornershop Featuring Bubbley Kaur – Cornershop And The Double-O Groove Of
49 Arbouretum – The Gathering
50 Unknown Mortal Orchestra – Unknown Mortal Orchestra