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terça-feira, julho 29, 2014

Meio ano pop/rock arrumado em duas listas

Aos seis meses vividos de 2014 fazem-se contas aos discos. E esta semana, nos Discos Voadores, apresentei listas de dez álbuns e dez canções (departamento pop/rock e periferias) que juntam o que de melhor escutei por aí. Aqui ficam, agora devidamente arrumadas.

10 ÁLBUNS

1 Beck – Morning Phase
2 St Vincent – St Vincent
3 Owen Pallett – In Conflict
4 Neneh Cherry – Blank Project
5 Damon Albarn – Everyday Robots
6 Brian Eno + Karl Hyde – Someday World
7 The Notwist – Close To The Glass
8 Dean Wareham – Dean Wareham
9 Tori Amos – Unrepentant Geraldines
10 Teleman – Breakfast

10 CANÇÕES

1 St Vincent – Prince Johnny
2 Owen Pallett – Fong For Five & Six
3 Teleman – Steam Train Girl
4 Beck Wave
5 Alexis Turner – Closer To The Elderly
6 Fujyia & Myiagi – Flaws
7 CEO – Wonderland
8 Trust – Are We Arc?
9 Dean Wareham – The Dancer Disappears
10 Angel Olsen – Hi-Five


E UMA CANÇÃO PARA O VERÃO...
Silva (ft. Fernanda Takai) – Okinawa

segunda-feira, março 10, 2014

Novas edições:
The Notwist, Close to the Glass


The Notwist

“Close To The Signals”
City Slang
5 / 5

Já lá vão mais de vinte anos os tempos em que os The Notwist eram uma banda algo indistinta entre tantas outras que procuravam nas guitarras a voz central de ideias nas franjas mais próximas do metal da cultura indie... O tempo deu-lhe outras ferramentas e abriu-lhes outros horizontes, entre os álbums 12 e Shrink, respetivamente de 1995 e 98, abriram o espaço da sua música à presença das electrónicas, apresentando no aclamado Neon Golden (2002) claros sinais de mudanças de rumo e de outra disposição em enfrentar novas demandas. Podiam ter ali encontrado paradigma para uma existência “confortável” que deles teria feito um caso de popularidade maior em terreno indie. Mas optaram por não usar travões e mantiveram o espírito aberto a novos estímulos e desafios, apresentando mesmo no menos mediatizado (vá-se lá saber porquê) The Devil You + Me (de 2008) um álbum ainda mais estimulante que o registo de 2002 que os colocara no mapa das atenções. Passaram seis anos desde então, pelo caminho tendo havido (como Notwist) a edição de uma banda sonora, os músicos tendo pelo caminho experimentado outros projetos. Em 2012 começaram a apresentar novas canções ao vivo e, agora, juntam-nas em Close To The Glass, disco que aprofunda mais ainda a viagem de descoberta, encantamento e surpresa pelo mundo das electrónicas que têm conhecido desde o virar do milénio, sem que tal signifique um silenciamento de marcas e presenças anteriores, sejam as guitarras ou uma frágil postura vocal que sempre foi característica maior da obra do grupo. Entre breves vinhetas e canções de escrita elaborada, este é, tal como o anterior The Devil You + Me um álbum que vive do gosto pelo detalhe, as filigranas de acontecimentos sonoros tecendo arranjos cénicos sobre os quais se apresentam as novas canções. Sente-se o labor na moldagem das formas e na construção dos espaços, as canções nascendo de uma relação não apenas com as palavras e as melodias mas também com as sonoridades em jogo. E entre as opções mais experimentais de Signals, a assimilação dos ensinamentos dos minimalistas em Into Another Tune ou o apelo mais claramente indie pop de Kong ou Casino, emerge um conjunto de pequenas peças que pedem atenção e confirmam no grupo alemão uma das mais interessantes forças no limiar da cultura pop do nosso tempo.

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

The Notwist, opus 8

Saudemos o oitavo álbum de estúdio da banda alemã The Notwist. Parecendo que não, o anterior The Devil, You + Me surgiu em 2008... Close to the Glass mantém a lógica electrónica das paisagens sonoras, porventura intensificando o envolvente intimismo que perpassa na voz de Markus Acher. Em qualquer caso, The Notwist distingue-se por um som muito próprio, sensual, por vezes calculadamente agreste, fiel às suas coordenadas, sem experimentalismos gratuitos nem modernismos de usar e deitar fora — para ouvir, na íntegra, na NPR; o teledisco, delicioso, é do tema Kong.