para todos quantos arriscam a levar caneladas e encontrões e a ouvir palavrões nos corredores das escolas, que suportam o cinismo do Governo, as críticas dos "self-made men" e dos "treinadores de bancada" e que, apesar disso, se dispõem a acolher sorrisos, a ensinar e a transmitir o gosto por aprender!
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sexta-feira, outubro 05, 2018
sexta-feira, setembro 15, 2017
quinta-feira, setembro 15, 2016
Recomeço
... com chuva.
Robert Doisneau, "Les écolières", Alsácia, 1945
(Imagem surripiada do mural de uma amiga)
terça-feira, novembro 24, 2015
Memórias de outros tempos
A minha mãe costuma contar que, na sua infância, as crianças pobres, que na aldeia eram quase todas, andavam descalças, quando estava bom tempo, ou de socas, nos dias frios, e que costumavam, à vez, levar brasas num balde de lata (ou num pequeno caldeiro), para aquecer a escola.
Foi inspirada nesses relatos que a minha irmã fez o desenho que surripiei do caderno dela.
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segunda-feira, setembro 15, 2014
sexta-feira, maio 10, 2013
As cadeiras
(Robert Doisneau)
À aula de
quarta-feira assistiram 13 alunos e
27 cadeiras. Em resumo: a sala cheia.
Quando a
lição terminou os 13 alunos partiram e
acto contínuo contei 20 casais de cadeiras.
Às aulas que tenho dado nunca faltam
as cadeiras
ficam a ouvir-me caladas
(as costas muito direitas).
É bom de ver que as cadeiras entendem
tudo à primeira
parecem bem mais maduras (mais
pés
assentes na terra).
José Luís Barreto Guimarães
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sexta-feira, março 05, 2010
A leste do paraíso
Hoje tem um nome – bullying. Noutros tempos não tinha, mas manifestava-se como hoje. Na verdade, considero que é um fenómeno inerente ao homem-animal, que responde ao seu desejo, consciente ou inconsciente, de ter domínio sobre os outros, de se sentir maior, pela humilhação. Não sou psicóloga para poder “chamar os bois pelos nomes”, mas observo que cobardia e baixa auto-estima subjazem a gestos de agressão gratuita dirigidos aos pares que se julga ou que são mais frágeis.
Berros, insultos, palavrões e empurrões, quando não extorsão sob ameaça, não são exclusivos das escolas ditas “problemáticas”, nem dos alunos de meios desfavorecidos. Basta transpor o portão de uma qualquer escola de província onde aparentemente “não se passa nada” para percebermos que é assim que grande parte dos jovens comunica. O insulto e o confronto físico são as manifestações mais óbvias de bullying, mas há outras que, não sendo, visíveis, podem ser tanto ou mais danosas , como, por exemplo, a troça de que são alvo os que não entram na norma dos grupos dominantes – os gordinhos, os que não se vestem à moda, os que vivem na aldeia, ...
Talvez as escolas estejam muito preocupadas com questões que não passam por discutir e minimizar a indisciplina, talvez os pais estejam pouco atentos, talvez o Ministério tenha preferido, até há poucos dias, não ver o que é óbvio e não tenha sabido estabelecer prioridades... talvez... talvez... talvez... O que é lamentável é que, neste assunto, como em muitos outros, quem de direito só se lembre de pôr tranca na porta depois da casa roubada.
segunda-feira, novembro 17, 2008
desfazer equívocos
Confesso: custa-me ouvir notíciários e ficar impávida e serena às barbaridades que se "debitam". A que se seguem resultaram de 10 minutos de noticiário.
As escolas não suspendem a avaliação. Pedem a suspensão, com argumentos válidos. É lamentável que a própria comunicação social não se informe e veicule informações falsas e coniventes - e convenientes!- com a opinião do governo.
Por norma, as escolas não interpretam nem aplicam mal as leis; desde que este executivo entrou em funções que as escolas são "bombardeadas" com leis e com correcções de leis, porque as mesmas são, à partida, omissas. É lamentável que o presidente da Confederação de Associações Pais e Encarregados de Educação seja um "vendido" e que mude tão facilmente de opinião e que se revele, ele próprio, tão pouco esclarecido.
As provas que se prevêm para os alunos que faltam só são penalizadoras para os professores, que vêem acrescido o seu trabalho; elas constituem uma oportunidade que é dada ao aluno de recuperar os conteúdos perdidos.
Mais: a lei já previa que um aluno que tivesse faltado a um teste o pudesse resolver noutra data, desde que entregasse uma justificação válida.
terça-feira, março 25, 2008
uma questão de educação
Muito se tem falado e escrito sobre a agressão da aluna de uma escola do Porto a uma professora. Não compreendo a razão de tamanho "alarido" à volta do incidente. Para quem é que situações destas são novidade? Parece que muitas pessoas deste país têm assumido uma atitude autista face ao que se passa nas escolas, que estão longe de ser lugares paradisíacos. Este incidente só é diferente de outros - quotidianos em alguns estabelecimentos de ensino - por ter vindo a público. Com maior ou menor incidência, de forma mais ou menos evidente, em todas as escolas, professores, alunos e auxiliares são alvo da falta de educação e da brutalidade, verbal ou física, de meninos mal educados que nunca aprenderam o respeito pelo outros.
Actualmente, os professores não só não são senhores de fazer cumprir os regulamentos das escolas, em que se inclui a proibição do uso de telemóvel, como se arriscam a longos confrontos verbais sempre que pedem a um aluno para sair da sala por ter tido um comportamento desajustado do contexto da aula. Raro é o aluno que acede, com humildade, apanhar um papel que propositada ou intencionalmente deitou ao chão ou que acate, sem protesto, uma advertência por ter proferido uma palavra menos própria ou por ter dado um encontrão a alguém. Por norma, não só não acata, como troça e repete o acto numa atitude provocatória.
Comum é o vandalismo gratuito sobre os espaços e os objectos - mesas, cadeiras, estores, cacifos -, que todos nós pagamos.
Estou convencida - há muito tempo - que as situações menos agradáveis que vão acontecendo nas escolas - abandono escolar incluído - se veriam solucionadas ou atenuadas se houvesse a coragem de responsabilizar os pais pelos actos "irreflectidos" dos "rebentos". Talvez alguns deixassem de dizer "Eu já não sei o que lhe hei-de fazer, minha senhora! Nós damos-lhe tudo." Parte do problema talvez passe por aqui: por darem tudo, menos atenção e educação.
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