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sábado, março 14, 2009

Purismos à parte,

não me parece bem que:
- um representante do principal partido português use insistentemente, num debate público, "tá" em vez de "está" e que se dirija aos seus interlocutores com a expressão "Olhe lá" (não conheço o verbo "tar" e sempre me disseram ser falta de educação abordar alguém com a expressão referida);
- que uma jornalista da televisão pública não saiba a diferença entre "sobre" e "sob", usando erradamente, numa peça do Jornal da Noite, a expressão "sobre a alçada".

sexta-feira, maio 16, 2008

o desacordo ortográfico

(Soizick Meister)


Se pudesse, manifestaria igualmente o meu desacordo.

Como entidade viva e, por isso, em permanente mutação, a língua é a expressão das vivências, da mentalidade e da história de um povo. As variantes do Português que hoje se falam e se escrevem, mas que sobretudo se falam, em diferentes pontos do globo distanciaram-se do Português língua-mãe e ganharam autonomia por força de condicionalismos vários, apresentando particularidades, legitimadas pelo uso, que lhes conferem individualidade.

A meu ver, faz sentido que, de tempos a tempos, dentro de cada variante, se procedam a reajustes "oficiais" que credibilizem e uniformizem o uso de vocábulos e expressões que vão surgindo na sequência de transformações em diferentes áreas, desde a ciência às formas de relacionamento.

Assumo que tenho alguma dificuldade em aceitar que, por exemplo, o vocábulo "óptimo" se veja distanciado do seu étimo latino "optimus", em virtude de uma síncope forçada, ou de que apenas pelo contexto passe a distinguir-se "facto" de "fato".

É óbvio que esta abordagem é superficial. Talvez uma análise mais profunda me leve a mudar de opinião, mas parece-me, contudo, difícil - há anos que o Mirandês foi oficialmente considerado uma língua e ainda não conseguiram convencer-me disso...

domingo, abril 06, 2008

Devaneios linguísticos


(Soizick Meister, Book Garden)

Por que é que há pessoas que passam o tempo a "desfolhar" livros e revistas, quando deviam apenas "folheá-los"?

Por que é que outras insistem em "ir de encontro" às ideias dos outros, quando, na verdade, têm a intenção de "ir ao encontro"?


As coisas que podem ocorrer-nos enquanto apenas arrumamos livros...

P.S. - Por que é que a minha vizinha do lado teima em sacudir os tapetes, "pulverizando" de lixo a varanda de baixo e a minha roupa acabadinha de estender?!