quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

RUFUS WAINWRIGHT


Há muito pensava disponibilizar esse enorme talento por aqui e estava só aguardando que lançasse um novo álbum para fazê-lo. Mas, como de hábito em sua carreira, esse pretexto demorou quase 3 anos. Enfim, esse dia chegou e é com enorme prazer que apresento a todos Rufus Wainwright, um canadense-americano nascido em New York, criado em Montreal e filho dos cantores folk Loudon Wainwright III e Kate McGarrigle. Menino ainda, começou a estudar piano e já aos 13 acompanhava as McGarrigle Sisters & Family (mãe, tia e irmãs) em turnês. Por essa época também resolveu assumir sua homossexualidade, fato nunca aceito por seu pai que chegou até mesmo a escrever, e lançar!, uma canção chamada 'My Son Have Tits' ('Meu Filho Tem Tetas'). Como se não bastasse, aos 14 foi espancado e violentado sendo salvo somente devido à simulação de um ataque epilético.
Seu apurado senso estético e o estudo aprofundado de piano clássico -domina ainda violão, baixo e bateria- no período da faculdade emprestou a seu trabalho um rebuscamento ímpar com canções baseadas em suas maiores paixões: a canção popular americana, o jazz, a herança folk e...o cancioneiro francês. Lógico que tudo isso regado a pop de qualidade, harmonias e melodias refinadas e arranjos intrincadíssimos, incluindo soberbas orquestrações de um alto grau de dificuldade.
De personalidade conturbada e cínica, há alguns anos internou-se para tratamento do vício em metanfetamina e, até onde se sabe, está limpo. Fã de Judy Garland, recentemente produziu um musical em que recriou na íntegra o famoso concerto da diva no Carnegie Hall em 61.
Lançou já cinco aclamadíssimos álbuns de estúdio -mais alguns EPs- e sua popularidade é cada vez maior pela Europa, notadamente França e Inglaterra, e EUA. Sinceramente, não saberia precisar qual seu melhor trabalho já que são todos equivalentes na beleza; no entanto, canções como 'Foolish Love', 'Cigarettes & Chocolate Milk', 'One Man Guy', 'Oh What a World' (com a incorporação de 'Bolero' de Ravel permeando a canção a partir de sua metade), 'Dinner At Eight', 'Agnus Dei', 'Crumb By Crumb', 'Vicious World', 'Going To A Town', entre outras, justificam totalmente o download de cada um deles.
Cabe aqui um aviso: se você é daqueles (as) que não suporta nada que tenha mais de três acordes, que música resume-se a sair quicando pela sala dando cabeçadas pela parede tocando sua air guitar e vomitando um inglês macarrônico e acha que delicadeza e sensibilidade musical são coisas de boiola, passe batido por estes links. Agora, se você curte o refinamento de Jeff Buckley, Ben Folds, Stew & The Negro Problem, Jaime Cullum, Ryan Adams, Steely Dan entre tantos da mesma estirpe, atraque-se a eles.



Capas/Caratulas/Covers

domingo, 16 de dezembro de 2007

TERRY REID

Agora, COMPLETAÇO com a inclusão de 'Silver White Light: Live At The Isle Of Wight', um presentaço dos Gomes Brothers & Sons lá do Tocosongs.
Brigadúúúúú!!!!



Gallera, estou completamente C-H-A-P-A-D-O!!!!
Calma, não tomei um 'purple haze' ou algo parecido. Tudo teve início quando um parceiro, Jorge Sant'Anna, me perguntou se tinha algo de Terry Reid e respondi -meio que burocraticamente, confesso- que não conhecia a figura mas que iria pesquisar a respeito. De repente veio-me um estalo: 'Peraí, esse não é aquele....?'. Sim, Terry Reid é o maluco que, não satisfeito em ter jogado o melhor emprego do mundo no lixo (afinal, foi o primeiro vocalista cogitado por Jimmy Page para assumir o microfone dos New Yardbirds, protótipo de uma obscura bandinha de garagem conhecida por Led Zeppelin, mas polidamente declinou do convite), ainda tornou-se responsável por metade do line-up desta que foi, é e sempre será a maior banda de todos os tempos. Calma, eu explico esta matemática: ao recusar o convite feito por Page, Reid indicou um obscuro vocalista de nome Robert Plant que, por sua vez, carregou o maior baterista da história, John Bonham. No entanto, isso é tudo que sempre soube do cara pois nunca o havia escutado, até porque nunca vi sequer um disco seu lançado por aqui.
Bom, criado o interesse, comecei a correr atrás de material do cara e, conforme ia baixando e ouvindo, cada vez me admirava mais não só com sua estupenda voz mas com seu extraordinário e pioneiro trabalho autoral.
Vou tentar passar para vocês não só o pouco que descobri a respeito deste tão extraordinário quanto desconhecido intérprete, compositor, guitarrista e arranjador. Quero, antes de mais nada, fazê-los compreender o que tanto me impressionou nesse talento há mais de 40 anos nas minhas fuças e que, só agora, vim a descobrir. Espero que consiga.
Terry Reid foi um típico prodígio. Aos 15, este inglês de Huntington foi descoberto por Peter Jay, baterista e líder de uma banda de baile de certo sucesso local -The Jaywalkers- e juntos lançaram alguns singles entre 66 e 67 antes da dispersão. Imediatamente, Reid chamou a atenção do tubarão Mickie Most, que não perdeu tempo e lançou o single 'Better By Far', feita sob medida para as rádios. Com este primeiro objetivo alcançado, chegou a hora de lançar um álbum e é nesse instante que surgem as primeiras desavenças entre Reid e o linha dura, e reconhecido escravagista musical, Most. Enquanto Reid desejava impor seu excelente material autoral com arranjos recheados de psicodelia, folk e blues, Most mantinha-se firme em seu propósito de torná-lo um baladeiro típico da época. E o primeiro round foi vencido por Reid que, astutamente, cedeu à imposição do cover de 'Bang Bang' (sucesso na voz de Nancy Sinatra, e completamente 'desconstruída' neste novo arranjo), e que acabou por dar título ao álbum, mas incluiu uma estupenda recriação com mais de 10 minutos de 'Season Of The Witch' de Donovan, uma de suas maiores infuências. No mais, todo o restante do material era completamente autoral, incluindo obras-primas como 'Wrinting On The Wall', 'Without Expression', 'Tinker Taylor' e 'Loving Time' (boa demaaaaaiiiis!!!). O resultado foi um fracasso de vendas, apesar do reconhecimento de seu talento por, entre outros, Van Morrison, Graham Nash, Eric Clapton, Jimi Hendrix (consta que chegou a rolar umas jams) e, lógico, Jimmy Page. Só um detalhe: Terry Reid tinha apenas 18 anos!!!
E é nesse momento que a capacidade empresarial de Mickie Most mostra serviço ao conseguir encaixá-lo em uma USA tour com o Cream. Com isso, Reid consegue arrebanhar uma quantidade suficiente de fiéis seguidores para justificar o lançamento de um próximo álbum e um retorno consagrador à sua Inglaterra. E é neste período que surge o convite de Jimmy Page e blá, blá, blá.
Com prestígio em alta e popularidade em ascenção, é lançado 'Terry Reid'(69) e o placar é ampliado a seu favor pois muitos consideram este seu melhor trabalho com obras-primas do quilate de 'Rich Kid Blues', 'Stay With Me Baby' e 'Silver White Light' e, como não poderia deixar de ser, covers arrasadores de 'Superlungs My Supergirl' (novamente Donovan) e 'Highway 61 Revisited' (para mim, só superada pela versão alive de Johnny Winter). E, mais uma vez, surge um convite. Desta vez, para substituir Rod Evans no Deep Purple. Mais um excelente emprego recusado e um ilustre desconhecido Ian Gillan abocanha a vaga e...bem...o resto é história. Como prêmio, mais uma turnê americana, desta feita com The Rolling Stones. Mas as desavenças com Most se agravam e Reid decide mudar-se provisoriamente para ares californianos enquanto uma batalha legal era travada. Retorna brevemente para participar do lendário festival da Ilha de Wight em 70 mas somente em 73 consegue um novo contrato, agora com a Atlantic Records, e com Eddie Offord nos controles grava 'River', já recheado de influências americanas mas tão belo e provocador quanto seus predecessores. Mas esse hiato, às vezes tão cruel no showbusiness, mostra suas garras pois, devido ao enorme sucesso de seu confesso seguidor e admirador Robert Plant à frente do Led Zeppelin, seu timbre poderoso já não possui a chama da novidade -a despeito do excelente material contido em seus trabalhos.
Como se não bastasse, passa por um novo período de afastamento dos estúdios e somente em 76 consegue um contrato com a ABC Records para a gravação de 'Seed Of Memory', mais comportado mas, ainda assim, um belíssimo trabalho com produção de seu fiel amigo Graham Nash. Mais uma nova tentativa com o mais hard, e também recheado de excelentes momentos, 'Rogue Waves' em 79 e a saída de cena em 81 para tornar-se músico de estúdio full time. Trabalhou com, entre outros, Jackson Browne, Don Henley e Bonnie Raitt.
Uma nova oportunidade surge em 91 através da insistência de um antigo admirador, Trevor Horn. Dessa parceria emerge 'The Driver' que, segundo algumas críticas que li, é um excelente disco de retorno chegando a emplacar o cover de 'Gimme Some Lovin' na OST de 'Dias de Trovão'. Lança ainda um single com um cover de 'The Whole Of The Moon' (The Waterboys). Mas, verdade seja dita, a essa altura o bonde da história já tinha passado. Ou não?
Surpreendentemente, Rob Zombie resolve incluir nada menos que 3 canções de 'Seed Of Memory' na trilha de seu filme 'The Devil's Rejects'(2006) e uma espécie de redescoberta ocorre, Reid volta a excursionar, tendo como parceiros os lendários Mick Taylor e Brian Auger, e ainda testemunha o lançamento em cd de sua apresentação no Festival da Ilha de Wight, 'Silver White Light: Live At Isle Of Wight 1970'. Como se não bastasse, participa da Waddy Wachtel All Star Band, inicia uma nova turnê britânica e tudo aponta para um novo álbum de material inédito. Assim seja!
Infelizmente, Terry Reid é mais um daqueles enormes talentos que sofreram com o mau gerenciamento da carreira. Felizmente, hoje temos ferramentas poderosíssimas para reparar, ao menos em parte, erros e injustiças deste nível. Neste momento estou fazendo uso da mais poderosa de todas para levar a vocês a obra deste extraordinário artista muito à frente de seu tempo pois, como Ledmaníaco, posso afirmar com segurança que seus dois primeiros álbuns contém elementos precursores da sonoridade que acabou por consagrar a banda.
Salve, Jorge!!!


quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

LED ZEPPELIN



É exatamente isso que vocês estão imaginando: o áudio gravado da audiência do maior espetáculo da Terra proporcionado pela maior banda de todos os tempos em sua tão aguardada reunião!!!
Ontem, chegando em casa depois de mais um longo e estafante dia de labuta, tive a agradável notícia por parte da Primeira-Dama do G&B de que havia conseguido o áudio dessa apresentação. Fui verificar meio incrédulo e...não é que o som estava bem razoável? Melhor do que muitos bootlegs que andei baixando por aí nesses quase 10 anos de internet. A bem da verdade, só há um pequeno defeito -enorme, mas que minimizei ao máximo- na 'boi de piranha' (costumo chamar assim a primeira música de qualquer show) 'Good Times, Bad Times'. No entanto, não satisfeito, dei uma boa melhorada na resposta de frequências e um grau no volume, resultando em mais pressão no som. Serve como um saboroso aperitivo enquanto aguardamos a chegada do CD/DVD. Bom, espero que gostem porque eu gostei PRA CARALHO!!!! Deu uma peniiiiinha do The Police...


Part 1 Part 2 Part 3

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

CHINGON-MEXICAN SPAGHETTI WESTERN(2005)

Alertado por um parceiro do G&B, subi um novo link para esse delicioso cd. Com isso, decidi nunca mais utilizar o hospedeiro Mediafire pois o link foi deletado em menos de 15 dias!

Bem, sou um fã do cinema pipoca-retrô-podreira-sanguinolento de Robert Rodriguez. Um cineasta de apenas 23 anos que faz um primeiro e divertidíssimo filme como 'El Mariachi'(92) com menos de US$7,000 e o transforma em um sucesso espetacular de bilheteria é, no mínimo, um herói - e rico, pois rendeu milhões mundo afora. E não é só por isso: o cara ainda fez 'From Dusk Till Dawn', os três 'Spy Kids', 'Sin City' e 'Grindhouse: Planet Terror' (já assisti em primeiríssima mão e é muuuiiiito bom!!!), ainda inédito por aqui. Querem mais? Além de estar 'pegando' a deliciosa ruivinha Rose McGowan, o chicano ainda manda bem na guitarra. É vero, minha gente. Tanto é que a trilha sonora de grande parte de sua já extensa (15!!!) filmografia tem algum dedo seu.
E parece que o cara gostou tanto desta história de debulhar uma guitarra que arregimentou antigos amigos e colaboradores com quem fazia constantes jams em Austin, Texas - membros da excelente Del Castillo, Tito Larriva (Tito & Tarantula), Cecilio Ruiz (The Heebeejeebees), entre outros- e criou o projeto Chingon para acompanhá-lo. A estréia da banda foi na trilha de 'Once Upon A Time in Mexico' com a instrumental 'Cuka Rocka' e 'Siente Mi Amor' -ambas também neste cd- e acabaram conquistando a admiração de seu grande amigo Quentin Tarantino que incluiu sua versão turbinada de uma tradicional canção mariachi - 'Malagueña Salerosa', também por aqui- em 'Kill Bill 2'. Daí para a gravação de um álbum era só questão de tempo (algo que não sei como Rodriguez arruma com tanta facilidade) e, finalmente, lançam este 'Mexican Spaguetti Western', uma perfeita mistura de música mariachi, flamenco, texmex, garage e hard rock. Ainda não ouvi versão mais pesada para 'Cielito Lindo'. E esse exemplar que estou disponibilizando está turbinado com a excelente instrumental 'Cherry's Dance Of Death', de 'Planet Terror'.
Esse post é dedicado a Miguelito, El Gran Chihuahua San Bernardo Yorkshire Terrier, um fã incondicional de música mariachi. Só espero que ele não seja muito purista.
Divirtam-se!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

CRÁSSICOS XIV:DAVE MASON-CERTIFIED LIVE(1976)

Bom, gallera, passado este período de repostagens nada mais justo que retornar em grande estilo com mais um episódio da séria série Crássicos G&B. E desta vez disponibilizando um dos melhores álbuns ao vivo que conheço. E são vários os motivos que me levam a afirmar isso mas o principal é ser um dos poucos alive que não se utiliza de recursos de overdubs, seja para suprir a falta de algum instrumento ou para reparar erros de execução. Resumindo: o que foi registrado é um retrato fiel do executado.
Para dizer a verdade, sou meio radical com relação a overdubs em registros ao vivo pois este recurso, no meu entendimento, descaracteriza por completo a intenção de um álbum desta natureza: flagrar com exatidão o potencial de uma banda/músico em cima de um palco, seu habitat natural. E é reconhecidamente um trabalho difícil pois shit happens.
E, apesar destas dificuldades, o que impressiona neste 'Certified Live' é que tudo está redondo. Do trabalho da excelente banda formada por Mike Finnigan (teclados), Jim Kruegar (guitarra), Gerald Johnson (baixo) e Rick Jaeger (bateria) à produção do próprio Dave Mason, tudo é perfeito neste disco. É uma verdadeira aula de como se gravar um álbum ao vivo. A mim, em particular, sempre me impressionou neste registro, além da excelência da gravação, a sonoridade e o trabalho de bateria de Jaeger, um pilar de segurança nos tambores, pratos e baquetas e com uma técnica de contratempo magnífica.
E de Dave Mason? O que falar dessa lenda do rock inglês que já não se tenha dito antes?
Que o cara foi o fundador e um dos principais compositores de uma das bandas capitais da história do rock, o Traffic? Que foi um dos melhores amigos daquele negão que reinventou a guitarra, um tal de Jimi Hendrix? Que não só apresentou 'All Along The Watchtower' a esse mesmo genial negão como também criou e executou a 'levada' de violão que deu uma nova personalidade ao cover deste clássico de Dylan tão lindamente registrado em 'Electric Ladyland'? Que tocou em alguns dos álbuns clássicos de Beatles, Rolling Stones, Delaney & Bonnie & Friends e Eric Clapton? Que foi o primeiro nome pensado por este último para seu parceiro de seis cordas na banda Derek & The Dominos? Tem mais...mas vamos parar por aqui.
O melhor a fazer é atracar-se a esse link e sorver seu conteúdo até a última gota pois todos seus grandes clássicos -de 'Feelin' Alright' (uma das canções mais coverizadas do rock) e 'Only You Know And I Know' a 'Sad And Deep As You' e 'Pearly Queen'- além de covers matadores para a já citada canção de Dylan e 'Gimme Some Lovin'', estão por aqui com toda a energia que só um palco pode gerar.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

FERNANDO VIDAL - "FUNK VAN"(2006) 2nd Repost

Originalmente postado em 16/08/2006.
Gallera, esse repost não estava nos meus planos mas como um novo visitante -Junior- implorou de joelhos no milho, estou abrindo uma exceção como forma de dar-lhe boas-vindas. O outro motivo é que o disco
É BOM PRA CARAAAAIIII, VÉÉÉIII!!!!


Bom, já que anteriormente postei um guitarrista 'gringo', vou partir agora pra um 'brazuca'. E escolhi justamente um dos guitarristas mais requisitados do país, já tendo colocado sua Strato e seu Cry-Baby a serviço de, por exemplo, Marina Lima, Ed Motta, Fernanda Abreu, etc: FERNANDO VIDAL. Seu 1º cd solo é extremamente bem executado, com músicos excelentes e com certeza gravado na base da camaradagem. É, em todos os sentidos, um disco de guitarrista mas com uma saudável diferença: apesar de ter estudado em Berklee, Vidal não tem os vícios estilísticos característicos dos músicos oriundos desta escola. Não espere ouvir neste cd o estilo de Satriani, Vai, Petrucci, Malmsteen e afins. Não me lembro de ter ouvido um hammer-on sequer em todo o cd! Aqui o que vale é o suingue, a musicalidade, o sentimento. E ainda tem uma homenagem muito bem humorada ao meu glorioso Botafogo, com seu hino tocado ao estilo "Star Spangled Banner" por Hendrix. Coloquem o som no 'talo' pois o cd é PHODA!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

TOMMY-With The London Symphony Orchestra (1972) Repost

Originalmente postado em 18/10/2006



Não há como imaginar que alguém, afirmando gostar de rock, desconheça a ópera-rock 'TOMMY'. 'TOMMY' é, efetivamente, um clássico do gênero. Em qualquer enciclopédia rock este adjetivo será usado para descrever este trabalho magistral escrito e idealizado por Pete Townshend, um dos gênios da música contemporânea e líder do The Who, que sempre alimentou a ambição de desenvolver um enredo utilizando o rock. Uma ópera-rock. É bem verdade que os Kinks já haviam feito algo muito próximo disto alguns anos antes mas Townshend, ao criar 'TOMMY', formatou em definitivo este gênero. Não vou aqui desenrolar a sinopse de 'TOMMY' e todas as suas metáforas, símbolo de um determinado momento na história do rock mas que, em nenhum instante, soa datada, seja como música ou como espelho dos anseios e temores da juventude -sempre ela a provocar as grandes mudanças da humanidade.
Bom, expus tudo isto não para postar aqui o álbum original com o The Who, nem tampouco a trilha sonora do filme (que assisti 3 vezes seguidas no dia de sua estréia), porque são muito fáceis de obter. O que estou disponibilizando é uma versão meio chatinha de encontrar -há mais de 10 anos vendi o meu vinil duplo importado, acondicionado em uma caixa luxuosíssima e recheado de um belo encarte, devido a uma oferta irrecusável- e executada pela The London Symphony Orchestra e ilustres convidados, entre eles o próprio Pete Townshend, John Entwistle, Roger Daltrey, Rod Stewart, Richard Harris, Steve Winwood, Ringo Starr, Maggie Bell, etc.
Este projeto veio à tona através de Lou Reizner, produtor americano muito respeitado à época, que resolveu materializar um sonho desde que tomou contato pela primeira vez com esta obra: transpô-la para um arranjo sinfônico e registrá-la em disco. Para isso contou com David Meashan, renomado maestro, que topou de pronto a empreitada pois sempre se disse grande admirador de 'TOMMY'.
Baixem e deliciem-se com mais esta versão de uma obra-prima que atravessa gerações. E, de lambuja, acrescentei todo o belíssimo encarte ripado em altíssima definição.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

AL DI MEOLA (Repost)

Originalmente postado em 26/10/2006
Esse moço aí está entre meus favoritaços na guitarra fusion. Tem estilo, técnica, pegada, bom gosto e ainda compõe muuuuuiiiito. Hoje, alterou seu estilo e está meio chatinho. Selecionei só a sua primeira e excelente fase.
Divirtam-se!


Desde que me entendo por gente sou um grande admirador da música latina e da sua 'miscigenação' com outros estilos musicais. Quando ouvi "Evil Ways" do Santana, ainda em '69, pirei!!! Até hoje, Carlos Santana é uma das minhas maiores referências como guitarrista.
Desde então, a curiosidade me fez revirar as lojas de discos atrás de novidades nesta fusão e, em '77, conversando com o Pedro da Modern Sound, foi-me recomendado conhecer um guitarrista muito novo, apesar de já bem rodado no jazz, que estava lançando seu 2º LP, 'Elegant Gypsy'. Seu nome: AL DI MEOLA, apesar do nome latino, é natural de New Jersey e, prodígio recém saído da Berklee, foi um dos membros fundadores do Return To Forever, banda que divide com Weather Report, Mahavishnu Orchestra, nosso Azymuth e Dixie Dregs -estes dois últimos por minha conta- o título de melhor banda fusion de todos os tempos.
Levei a bolacha para casa e, já no primeiro tema, "Flight Over Rio", caí de quatro. Quando chegou em "Mediterranean Sundance" (hoje, talvez, seu tema mais conhecido) já não havia mais salvação para mim. Estava viciado. Voltei à MS pouco tempo depois e adquiri seu 1º LP, 'Land Of The Midnight Sun', e não parei mais. O cara lançava discos, eu arrematava: 'Casino' (sua obra-prima), 'Splendido Hotel', 'Electric Rendez-vous', 'Scenario', 'Tour De Force-Live' e os discos em trio com John McLaughlin e Paco De Lucia. Parei por aí porque, infelizmente, aquele som furioso e lírico a um mesmo tempo, deste que é conhecido como 'rei da palhetada alternada', mudou completamente de rumo e passou a percorrer os terrenos perigosos da new age, gênero com o qual não simpatizo -quer me deixar de mau-humor é só colocar Enya no cd player- trocando, inclusive, a linda sonoridade de sua Gibson Les Paul por uma Roland Midi.
Confiram, então, o latin jazz fusion de Al Di Meola em sua melhor forma e sempre muito bem acompanhado: CHICK COREA, JAN HAMMER, JACO PASTORIOUS, STEVE GADD (MOOOONSTRO!!!!), ANTHONY JACKSON, LENNY PICKETT, PHILLIPE SAISSE, AYRTO MOREIRA, MINGO, LENNY WHITE, ALEX ACUÑA, PACO DE LUCIA, etc, etc, etc...
Para quem ainda não se convenceu com esse release, comece baixando 'Elegant Gypsy' e 'Casino' e, com certeza, partilharemos o mesmo vício. E deste não há reabilitação.

DIA DO MÚSICO

Cliquem na imagem e vocês terão uma pequena surpresa.


Uma singela e sacana homenagem a este profissional tão mal pago que me fez até desistir de continuar no ramo. Mas o meu amor pela música é eterno.

domingo, 18 de novembro de 2007

COLUNA ANTI-SOCIAL V


O Rio de Janeiro -tendo como epicentro a Vila de Noel, QG do Gravetos & Berlotas- tremeu com mais um encontro de três dos mais renomados bloggers musicais da grande rede. O evento aconteceu nesta quinta-feira, 15/11, e foi uma oportunidade única de constatar que a cada dia vivenciamos diversos milagres, não aqueles de caráter religioso mas, sim, os que congraçam a vida, a beleza de estarmos, simplesmente, vivos e gostarmos disso. Se não, como explicar que três personalidades tão díspares encontrem assunto por aproximadamente 14 horas de muita música, manguaça e fumaça? Falou-se muito, viu-se e ouviu-se muita coisa e a impressão é que ainda deixamos muito a ser dito, visto e ouvido.
Com o início dos trabalhos marcado para a partir de 12h de um dia de temperatura amena e com chuva esparsa, começou com a pontualidade britânica de Marcello a.k.a. Maddy Lee que já mandou bem com a oferta de alguns potes de deliciosos cubinhos de Chica-Bon -devidamente preservados para o inevitável momento da larica- e com alguns sons em mp3 nunca dantes navegados por esse humilde escriba. Impossível lembrar do nome de qualquer das bandas mas uma totalmente instrumental que passeava entre a surf music e o post rock me chamou demais a atenção. Deixo para o dj convidado as honras desta informação aqui pelos comentários.
Por volta de 14h, chega o momento da entrada triunfal de Ser da Noite montado em sua Harley-Davidson Night Train 'zero bala' e trazendo na bagagem uma caixa de suco de cevada já em ponto de bala -pois acondicionadas durante o percurso em uma providencial mochila que, de tão surrada, condensou uma densa camada de sebo que a fez adquirir propriedades térmicas- para reforçar o estoque. Estão pensando o quê? Aqui é todo mundo macaco velho!!! A esta altura a Primeira-Dama do G&B e nosso Headbanger-Mirim já eram amigos de infância de Maddy Lee. E dá-lhe dvd, fumaça, cd, cerveja, papo, dvd, mais fumaça, mais cd, batida de coco, mais cerveja e muuuuiiiita esbórnia!!!
Conforme prometido, resolvi disponibilizar para a gallera -para desespero dos que já convivem diariamente comigo- alguns poucos trabalhos que tenho registrados de meus quase 15 anos como músico e outros tantos já em fase solo gravados no G&B Home Studio e, para minha surpresa, não só foram aprovados como vários tiveram que ser bisados e outros até trisados. O ego foi bem massageado com a gentileza dos elogios, que me pareceram sinceros.
Em determinado momento, para delírio dos presentes, aportou à mesa um generoso sanduichão daqueles típicos de festa confeccionado com muito amor pela Primeira-Dama -costumo chamá-lo de 'sanduichão americano'- seguido dos já citados deliciosos cubinhos de Chica-Bon. Com a larica aplacada foi dado o sinal verde para que tudo recomeçasse. E assim fomos....até quase 2h da madruga!!!!
Uma vez mais, lamentamos a ausência de Miguelito, El Gran Bosta que, desta vez por motivo plenamente justificável, cada dia aprimora o que sabe fazer de melhor: DEIXAR FURO!
Já estou com saudade deste dia tão prazeroso pois simples e dividido com algumas das pessoas que eu e minha família mais gostamos de conhecer durante todo este ano. De minha parte posso dizer que em um período tão curto conheci alguns de meus melhores amigos de infância.
Só temos a agradecê-los por este belo dia, parceiros!

À demande!

sábado, 17 de novembro de 2007

THE GREATEST SHOW ON EARTH(1970) Repost

Originalmente postado em 22/10/2006


O THE GREATEST SHOW ON EARTH foi formado em '68 pelos irmãos Garth (guitarras, vocais) e Norman Watt-Roy (baixo, vocais), Colin Horton-Jennings (vocais, guitarra, flautas, percussão), Mike Deacon (teclados), Dick Hanson, Ian Aitcheson & Tex Philpotts (metais) e Ron Prudence (bateria, percussão) abocanhando uma fatia, devido à mistura de elementos de r&b, soul, jazz, folk, latin e prog-rock, de fãs de bandas como Traffic, Blood, Sweat & Tears, Chicago, Ides Of March, Blues Image, Steely Dan, etc.
Infelizmente, apesar de cultuados, lançaram apenas 2 álbuns -'Horizons' e 'The Going's Easy'- em um mesmo ano, 1970, e debandaram para outros projetos - Garth Watt-Roy, por exemplo, formou o The Marmelades ("Reflections Of My Life" e "Rainbow", lembram?).
Na verdade o destino foi cruel com a banda pois, apenas 2 anos após o seu desmembramento, a canção 'Magic Woman Touch' -de 'The Going's Easy'- foi regravada por The Hollies, com arranjos instrumentais e vocais idênticos ao original, e tornou-se um grande sucesso.
Não há como determinar se há um álbum superior ao outro pois, além de terem sido gravados com um intervalo de meses -o que lhes dá a característica de soarem como uma peça única e indissociável- ambos são belos exemplares de competência e amor à música.



domingo, 11 de novembro de 2007

COLUNA ANTI-SOCIAL IV

Uma vez mais o Rio de Janeiro foi palco dos já tradicionais tours sócioecológicos organizados pelo meu, o seu, o nosso Gravetos & Berlotas. E uma vez mais os participantes deste importante estudo foram, além deste escriba, Ser da Noite e Maddy Lee a.k.a. Marcello (ou será ao contrário?). E uma vez mais o mala supremo da grande rede -Sr. Miguelito, El Gran Féladamãe- não pode comparecer. Segundo fontes secretíssimas ligadas à NASA, CIA e Agnus Dei, ele está profundamente envolvido na criação de uma nova técnica sexual que irá revolucionar os dogmas estabelecidos para essa atividade tão importante para a raça humana. Segundo ainda esses informantes, seria uma mistura de pilates com o tantra yoga (Ó ou Ô, você decide!) e já teria sido batizado com o apropriadíssimo nome de Sexo Pilântrico. Bom, como tantas mentes geniais, Miguelito é um tanto excêntrico e tudo leva a crer que esteja experimentando o método em si mesmo e talvez isso explique a sua voz agoniada ao telefone nas duas tentativas que fiz de persuadi-lo a nos encontrar. Mas vamos ao que interessa: o evento.
Desta vez o local escolhido foi um trecho da Floresta da Tijuca conhecido como Baixo Tijuca. Depois de uma breve visita à Scheherazade, conhecida loja de cds da área, e passarmos por diversas agruras devido à dificuldade de acesso, conseguimos chegar ao nosso destino a salvo. Logo ao chegarmos -por volta de 17:48 h- fomos muito bem recebidos pelo centro de pesquisas avançadas denominado Buxixo com generosas quantidades de chopp Brahma geladíssimo. Em uma primeira avaliação, o local alvo do estudo apresentava apenas alguns turistas e poucos exemplares da fauna nativa -em sua maioria, machos. Como o nosso interesse não era por esse espécime repulsivo, aproveitamos para atualizar nossos diários de bordo e assistir à derrota da Seleção Brasileira 'sub-alguma coisa' para o Uruguai. No entanto, por volta de 19:32 h, nossos alvos de pesquisa começaram, mesmo que timidamente, a dar os ares de sua graça e...que grata surpresa: pudemos constatar que um de seus espécimes mais tradicionais, e antes considerados em vias de extinção, não só continuam a habitar aquele trecho como se reproduzem em proporção geométrica. São os patricium tijucanus -vulgarmente conhecidas como 'patricinha tijucana'- e a explicação para essa recuperação, segundo pudemos concluir, deve-se à alta concentração de shopping centers no local.
Passamos horas observando tão maravilhosos quanto exóticos espécimes e cujas principais características exponho a seguir: 1. pertencem ao grupo dos marsupiais e em suas bolsas carregam desde enormes quantidades de cosméticos a celulares de última geração. Eventualmente, até as usam para acomodar seus filhotes; 2. são, em sua grande maioria, belíssimas e com corpos esculpidos em enormes centros de suor denominados academias de ginástica; 3. só andam em grupos de, pelo menos, quatro exemplares; 4. o uso de shorts apertadíssimos e de dimensões quase imperceptíveis a olho nu é predominante; 5. a quantidade de adornos -brincos, colares e penduricalhos diversos- chega a ofuscar a visão, obrigando o uso de lentes especiais por parte dos observadores; 6. o cérebro nos pareceu ser de tamanho normal mas a capacidade de armazenanto de dados realmente relevantes ainda é incipiente; 7. sua bebida alcoólica predileta é um líquido insosso e espumante derivado do chopp escuro denominado Brahma Black e, por último, 8. o agrupamento deste espécime em um mesmo local costuma gerar um barulho ensurdecedor, muitos decibéis acima do tolerável pelo ouvido humano.
Infelizmente, não pudemos fazer um registro fotográfico desta rica fauna local pois a simples aparição de uma máquina fotográfica digital desencadeou um tal ambiente de caos -adoram ser fotografadas- que o equipamento acabou por espatifar-se no chão. Sorry, periferia.

À demande!

BLOODLINE(1994) Repost

Originalmente postado em 08/09/2006


Essa é uma preciosidade para quem, como eu, admira o trabalho de Joe Bonamassa. Para quem ainda não o conhece, vale a pena saber um pouco da história do cara, pois é muito interessante: Joe começou a tocar muito cedo pois seu pai era revendedor de guitarras e, segundo o próprio, "guitarras eram como cadeiras e mesas, tinham várias por toda a casa"- que sorte do moleque!!!!. Aos 12 anos, B.B. King foi apresentar-se em sua cidade e, como a prodigiosidade de Joe já era muito conhecida, foi convocado pelos organizadores a abrir o show do mestre. De seu camarim, B.B. King ouviu o som que vinha do palco e decidiu conferir quem estava tocando, tendo a grata surpresa de ver um moleque menor que seu próprio instrumento 'estraçalhando' no blues. Naquela noite ainda fizeram uma jam ao final do set do 'rei'. Após um batismo de fogo como este, sua carreira não parou mais. Em 1993, aos 14 ANOS!!!!, Smokin' Joe foi procurado por Barry Oakley Jr (baixo, filho do lendário baixista do The Allman Bros.) para formar uma banda com Waylon Krieger (vocal, filho de Robbie Krieger-The Doors) e Erin Davis (bateria, filho de Miles Davis) à qual, muito a propósito, deram o nome de BLOODLINE (algo como 'linhagem sanguínea'). E é justamente este único cd, lançado em 94, que disponibilizo aqui. É impressionante o que este bando de adolescentes talentosos conseguiu fazer. O disco é hard rock, com todos os dedos dos pés fincados no blues, extremamente bem executado e com composições e arranjos de gente grande. Pena ter durado tão pouco, deixando um tremendo gosto de que muito sangue ainda podia correr por aquelas nobres veias. Mas, aí, começa uma outra história.
Ah 1...e ainda por cima um dos produtores, embora não creditado, se chama WARREN HAYNES (The Allman Bros, Gov't Mule), simplesmente um dos melhores slide guitars da atualidade.
Ah 2...ele também dá umas canjas no disco.
Ouçam
MUUUUIIIIIIITO ALTO !!!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

APERTADO & PILADO by G&B II: RARE EARTH (Repost)

Originalmente postado em 03/09/2006.
Esse repost vai dedicado ao parceiraço Ser da Noite.



Esta é mais uma das bandas favoritas da casa. O RARE EARTH -originalmente The Sunliners, uma banda de baile do início dos anos 60- foi uma das raras bandas formadas exclusivamente por brancos a ser contratada pela Motown. E, sem dúvida, foi a maior delas. Do fim dos anos '60 a meados dos '70 fizeram um sucesso estrondoso chegando, inclusive, a ser co-proprietários de um selo -Rare Earth Records- com a Motown, para agregar bandas que fugiam ao formato soul tradicional que era a marca registrada desta gravadora. Como Sunliners chegaram a figurar no Guinness como a banda de baile com o maior repertório que se tem notícia: mais de 5000 músicas(!!!). Mas isto foi antes de atingirem o estrelato.
Tudo começou quando Gil Bridges (sax/vocal) e Pete Rivera (o melhor vocalista-baterista da história da música) formaram, em Detroit, o The Sunliners. Após ralar por 7 anos em shows em pequenos clubes locais e serem considerados a melhor banda cover de motor city, fizeram alterações no line-up -a formação clássica inclui ainda Ray Monette (guitarra/vocais), John Persh (baixo/trombone/vocais), Mark Olson (teclados) e Eddie Guzman (percussão)- e mudaram o nome para RARE EARTH. Após um single e um álbum sem sucesso para a Verve, são indicados por Dennis Coffey a Berry Gordy, big boss da Motown e, em 1969, lançam seu primeiro single. No entanto, somente com o seguinte, um cover de 'Get Ready', originalmente gravada por The Temptations, estouram mundialmente. A partir de então, foram sucessos atrás de sucessos: '(I Know) I'm Losing You', 'What'd I Say', 'Born To Wander', 'I Just Want To Celebrate', 'Hey Big Brother', 'Ma', 'Good Time Sally', 'Warm Ride', etc. Grande parte produzido pelo, para mim, melhor produtor de black music de todos os tempos: Norman Whitfield. O RARE EARTH, graças a esta associação com Whitfield, tornou-se o maior expoente do psychedelic soul, estilo que conjugava a soul music e o funky com o rock psicodélico em faixas longas, climáticas e recheadas de groove pesado. O álbum 'Ma' é uma verdadeira obra-prima do gênero e, havendo interesse, o disponibilizo na íntegra.
Para quem já os conhece, aproveite e baixe esta coletânea tripla com mais de 60 faixas ordenadas cronologicamente, made by G&B, pois encontrar qualquer coisa de RARE EARTH na rede que fuja do óbvio é dificílimo. E, para quem ainda não os conhece, faça um favor a si mesmo: não perca essa oportunidade pois, ainda hoje, o som deles é extremamente atual.
De bônus, incluí o 'In Concert', mais conhecido como o 'disco da mochila' que, assim como o 'Ma', poderia fácil, fácil figurar entre os "CRÁSSICOS" do G&B.
Divirtam-se e Get Ready !!!


terça-feira, 6 de novembro de 2007

APERTADO & PILADO by G&B I: BLACKFOOT (Repost)

Originalmente postado em 26/08/2006
Mais um da sessão 'Atendendo a Pedidos Desesperados' transmitido ao G&B por um valoroso voluntário do CVV.



Esta banda conheci há uns 6 anos por intermédio de um amigo especialista em southern rock -salve, Galvão!!!. A partir de então cacei tudo o que pude sobre a banda na grande rede e montei esta coletânea com 3 CDs ordenados cronológicamente. É maravilhosa a homenagem que Rickey, já em seu primeiro álbum, Blackfoot(75), presta tributo ao pai ao gravar uma composição sua, "Railroad Man". A versão da banda abre o álbum enquanto que a original, cantada por seu próprio pai em uma ancestral gravação caseira, encarrega-se de fechá-lo. Aqui, optei por mixar as duas versões em uma mesma faixa e o resultado ficou bem bacana.
Vamos, então, a um pouco da história da Blackfoot:
Tudo começou em Jacksonville, 1969, quando duas bandas, Fresh Garbage e Tangerine, fundiram-se para formar a Hammer, de curtíssima duração. Rickey Medlocke, cujo pai era músico/compositor de country/blues, foi convidado a tocar bateria (!!!) no, ainda iniciante, Lynyrd Skynyrd -participou das lendárias e seminais sessões de Muscle Shoals e ficou na banda por 2 anos. Em 72, saiu para formar a Blackfoot, já como frontman, assumindo os vocais e a principal guitarra, com os amigos de infância Jackson Spires, Charles Hargret e Lenny Stadler. Após um ano tocando por toda Carolina do Norte, com Greg T. Walker em substituição a Stadler, decidem mudar-se para New Jersey em busca de melhores oportunidades. Gravaram seu primeiro disco em 1975 e, até 1978, conseguiram um sucesso apenas regional. Somente em 1979, com o álbum ‘Strikes’, tornaram-se de fato uma banda de sucesso. Mesmo assim, em 1984, divergências internas levaram à dissolução da banda; contudo, Rickey, confiante de seu potencial, comprou o nome Blackfoot e, a partir de então, a banda manteve-se com diversos line-ups mas sempre sob as rédeas de Rickey. Somente em 1994 voltaram a gravar, agora com Stet Howland, ex-WASP, na bateria, Mark Worpel na guitarra e Tim Stunsom no baixo. Já em 1996, Rick altera novamente o line-up convocando John Howsley para a segunda guitarra e Bryce Barnes para o baixo. Com essa formação gravaram mais dois álbuns e excursionaram incessantemente. Atualmente, a Blackfoot está de molho e Rickey Medlocke -o mundo dá muitas voltas, né mesmo?- é um dos guitarristas da Lynyrd Skynyrd.

"Rick é um dos melhores guitarristas/cantores/compositores/bateristas com quem já tive a honra de tocar. Eu o amo como a um irmão, além de ser um dos melhores amigos que sequer sonhei um dia ter. Então, eu acho que saio ganhando, pois vocês só poderão ouví-lo."
Gary Rossington (Lynyrd Skynyrd)


sábado, 27 de outubro de 2007

GOLDEN EARRING

Pensem rápido: quantas bandas vocês conhecem estão juntas há 46 anos, com seu line-up clássico, em plena atividade e lançando uma média de (quase) 1 álbum por ano? E mais: em todos esses anos permaneceram antenados com tudo que acontecia na música mas sem perder a criatividade e identidade. De um início pop/psych ao hard que os catapultou à fama, a trajetória é irrepreensível. Querem mais? Ouso afirmar que, pertencessem ao eixo EUA-Inglaterra, estariam em pé de igualdade, em termos de popularidade e prestígio, com muitas bandas do primeiro escalão do rock. E ainda tem na liderança um guitarrista que é um tremendo compositor e criador de riffs absolutamente fantásticos.
Chega! Não vou ficar aqui desfilando o curriculum vitae da banda pois seria tão ou mais insano que o despropósito de disponibilizar toda sua discog -só ficaram de fora o álbum 'Together'(72) e 'Live In Ahoy'(2006) que, espero, alguma alma caridosa nos ofereça de presente . Tenho ainda o box-set 'The Devil Made Us Do It'(2001), recheado de raridades, mas vou deixar para uma próxima ocasião.
Bem, infelizmente preciso me despedir pois a Primeira-Dama do G&B decidiu cumprir a ameaça de me internar caso eu me atrevesse a montar um novo mega-hiper-super post. A camisa de força já está sendo preparada. Espero que os parceiros se compadeçam da minha situação e dignem-se a enviar generosas quantidades de Toddynho, Paçoquita Santa Helena, Chica-Bon (c/ calda de chocolate e polvilhado de Ovomaltine), cigarros Hollywood Red, Feijoada às sextas e pizza (muuuiiita!!!!) para a Ala 13 do Hospital Psiquiátrico Pinel. O resto, se é que vocês me entendem, dá para conseguir com facilidade por lá.
Querem saber mais um pouco sobre os caras? Então, aí vai a resenha do post que fiz para o álbum 'Moontan' em agosto deste ano. Se ainda tiverem saco...
"A Golden Earring, além da curiosidade de ser holandesa, acredito ser a banda mais antiga do rock pois o início de suas atividades remonta a 1961. Fundada pelos amigos George Kooymans (guitarra/vocais) e Rinus Gerritsen (baixo/teclados/vocais), seu primeiro single, 'That Day'(64), foi um enorme sucesso naquele país sendo batido somente por 'Michelle', daquela bandinha...como é mesmo o nome? Bem, isso não importa. A escalada de sucessos locais continuou nos anos seguintes até o lançamento do álbum 'Eight Miles High'(69), terceiro com Barry Hay nos vocais, cujo grande sucesso da faixa título, um cover com 19 minutos dos The Byrds, os levou a invadir os EUA e disputar espaço com bandas européias iniciantes como Led Zeppelin e Black Sabbath. Em 70, com a entrada de Cesar Zuiderwick na bateria, a banda completa seu núcleo clássico, intocável até os dias de hoje.
Os tours pelos EUA tornaram-se constantes e amealharam uma expressiva base de fãs até que, em 73, lançaram este 'Moontan' que tornou-se um marco em sua carreira devido ao enorme sucesso mundial da faixa 'Radar Love', até hoje emblemática para a banda. O prestígio da Golden Earring tornou-se invejavelmente estável emplacando até mesmo um novo grande sucesso com 'Twilight Zone', do álbum 'Cut' de 82.
São até hoje cultuados tanto na Europa -na Holanda, onde são deuses, já conquistaram mais de 30 Discos de Ouro e outros tantos de Platina- quanto nos EUA, onde já fizeram 25 tours, e lançaram álbuns -32 no total- com uma regularidade incrível para uma banda de hard fora do eixo EUA-Inglaterra."
(Texto postado originalmente em 02/08/07)

Este post é dedicado ao parceiro Roderick Verden (aka Roddy ou Van Der Kerkoff), sócio majoritário do fã-clube do Golden Earring.

Studio Albums

Just Earrings

Winter-Harvest

Miracle Mirror

On The Double Pt 1 On The Double Pt 2

Eight Miles High

Golden Earring

Seven Tears

Together
Link provided by Slave To The Music

Moontan

Switch

To The Hilt

Contraband

Grab It For A Second

No Promises...No Debts

Prisoner Of The Night

Cut

N.E.W.S.

The Hole

Keeper Of The Flame

Bloody Buccaneers

Face It

Love Sweat
(Link corrigido/fixed)

Paradise In Distress

Millbrook USA


LIVE ALBUMS


THE NAKED ALBUMS