segunda-feira, 26 de novembro de 2018

RAVENEYE / Atualização


Originalmente publicado em 14.09.2015.



E, finalmente, consigo trazer para este empório brenfoetílicomusical, o EP de estreia do mais recente projeto de Oli Brown. E tudo o que se esperava quando ouvi a faixa-título pela primeira vez, se confirmou. Com sobras! Apoiado de forma sólida e criativamente estimulante por Aaron Spiers no baixo e Kev Hickman nos tambores, seu talento transborda personalidade em um blues rock sempre harmonizando crueza e sofisticação de forma brilhante e jamais soando datado, diria mesmo que contemporâneo até a medula. E irresistível!



PS: muito grato aos incansáveis parceiros Mitch e Fábio pelo envio de links -apesar de eu ter conseguido via torrent uns poucos dias antes-, pescados no blog Melofilia. Este espírito de cooperação é sempre um grande estímulo à manutenção deste trabalho no meu, no seu, no nosso G&B.

NEW!!!




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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

WINDOW-THE EMPYREAL BALLET (1978)


Recentemente, descobri que meus HDs estão recheados de arquivos em mp3 intactos, sem nenhuma audição sequer. Ao menos que eu me lembre. Em tempos líquidos, a quantidade de informações recolhidas e não absorvidas ou absorvidas e cuspidas fora é incomensurável. Por conta disso, vez ou outra descubro algum material, de fato, interessante. E a estadunidense, de San Francisco, Window me chamou bastante a atenção. Seja pelo fato de que boas bandas de prog rock Made in USA não são muito comuns. E com uma proposta tão diversa como a apresentada neste seu único álbum, 'The Empyreal Ballet', de finais dos 70, período seminal do que costumou-se denominar de neo prog, um subgênero que nunca me desceu bem, é ainda mais impressionante.
Liderada por Douglas Lichterman (vocais e guitarras), contava ainda com Joseph Jacobs (guitarra, piano, flauta e vocais), Stephen O'Hara (baixo e vocais) e David Pinsky (bateria, percussão, vibrafone e vocais), todos músicos de qualidade indiscutível, para concretizar suas intrincadas ideias. Com um mix de Gentle Giant, Zappa, jazz-fusion, funky, disco e art rock, a Window é um tanto difícil de categorizar. Valendo-se de arranjos instrumentais recheados de polirritmia e harmonias vocais inspiradas, 'The Empyreal Ballet' é extremamente sofisticado, luxuoso e, surpreendentemente, bastante palatável. E tudo emoldurado pelo auxílio luxuoso de uma extensa lista de músicos, de naipes de sopros e cordas a coro. 
Definitivamente, uma bela surpresa. Ao menos para mim... 




segunda-feira, 5 de novembro de 2018

JORJA SMITH


Há alguns meses sem apresentar uma diva nesta birosca brenfoetílicomusical, já começava a questionar minha sagacidade em descobrir novos talentos femininos na área musical. Será que a magia se acabara? Como um apaixonado por vozes femininas, custava acreditar nisso...mas onde estas vozes estariam se escondendo?
E foi exatamente como em um passe de mágica que a beleza estonteante e o timbre único dessa inglesinha de Walsall surgiram na tela de minha TV nos impactantes pouco mais de 3 minutos do plano americano em P&B de 'Where Did I Go?'.  
Com apenas 21 anos, Jorja Smith já começa a despertar a atenção da mídia especializada. Mas essa talentosa cantora, compositora e pianista -além de canto lírico, no currículo- não surgiu do nada. Com uma incrível mistura de soul, r&b e jazz, compõe desde os 11 e expõe vídeos com seus trabalhos desde os 15 anos. No entanto, seu primeiro single, 'Blue Lights', só foi lançado em 2016, aos 19 anos. Já com 'Where Did I Go?', seu segundo single, chama a atenção de Drake, que a elege como canção predileta em uma das plataformas de streaming e resolve apadrinhá-la, inserindo-a como convidada em sua turnê de 2017. Segue-se, ainda em 2016, o EP 'Project 11', com destaque para a complexa, quase uma pequena suite, 'Imperfect Circle'.
E, assim, a música classuda e cheia de sensualidade de Jorja Smith inicia sua jornada para um futuro que já se vislumbrava brilhante. E 'Lost & Found', lançado há poucos meses, reforça esta ideia com 12 petardos, em sua maioria, beirando a perfeição. Além das já citadas 'Blue Lights' e 'Where Did I Go?', merecem destaques a delicadeza de 'Goodbyes', as confessionais 'On Your Own' e 'The One' e a sinuosa faixa-título.
Esperemos que o, geralmente, cruel mercado da música pop tenha um especial cuidado com essa pequena gema e procure preservar ao máximo a integridade de seu trabalho.