sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TAQUEOSPARÉO!!!!


ELA NÃO ESTAVA NO MUNDO
...MAS O MUNDO ESTEVE AOS SEUS PÉS!!!!



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CHARLES BRADLEY-NO TIME FOR DREAMING (2011)

Há pouco mais de mês fiquei sabendo que um tributo a 'Nevermind', o álbum de Kurt Cobain e seu Nirvana que mudou em definitivo o panorama musical da década de 90 e muito do que viria depois, com a reprodução na íntegra de suas 12 faixas seminais por bandas as mais diversas, seria desovada em 24.09.2011, data comemorativa de 20 anos de seu lançamento. Apenas por curiosidade, resolvi buscar por informações a respeito dos participantes do projeto e, entre nomes mais familiares como Meat Puppets e Vaselines, uma dezena de ilustres desconhecidos -ao menos para mim- não me incitou nenhuma vontade de conhecer o resultado desta (justíssima, vale dizer) homenagem. No entanto, em uma resenha alguém desancava uma interpretação em particular por considerá-la ofensiva aos ideais 'roqueiros' de Kurt, Krist & Grohl. O nome de tão execrável herege? Charles Bradley. E lá fui eu correr atrás de uma amostra de sua versão para 'Stay Away' e, surpreendentemente, o que bombardeou meus ouvidos foi um lamento soul/funky acachapante que deixaria não só Kurt extremamente orgulhoso como também sacolejando seu esqueleto, se este não houvesse virado cinzas. Literamente.
Mas quem diabos é Charles Bradley? Difícil dizer. O negão nascido em 1948 no Brooklyn assistiu James Brown no Apollo mas também viveu a miséria absoluta das ruas e passou por vício e tráfico entre tantas outras rotinas clássicas dos esquecidos pela sociedade, seja em que país for.  Encontrou um certo conforto exercendo a atividade de chef e rodou por toda a Califórnia. Mas o que realmente o mantinha em pé era a lembrança daquela noite no Apollo e por isso apresentava-se nos clubs da região com um espetáculo cover do grão-mestre do soul/funky.
E foi assim que a Daptone Rec. descobriu um diamante em estado bruto e, como já o fizera com excelentes resultados com Sharon Jones & The Dap-Kings, o elevou a um status mais que merecido. E assim, aos 62 anos, Charles Bradley, com o auxílio luxuosíssimo de Thomas Brenneck e sua The Menaham St. Band -outro grupamento de músicos ligado à Deptone-, grava seu primeiro disco, onde esconjura, alimentado por Brenneck, todas as suas mazelas e faz de 'No Time For Dreaming' um dos mais emocionantes e autênticos registros da música pop em muito tempo.
Mais um sério candidato ao Prêmio Rabo de Raposa 2011.


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VIDEOS

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

JUAN MARTÍN-PICASSO PORTRAITS (1981)-G&B Remasters/ Re-re-postagem

 Sendo ainda bem difícil de encontrar boiando por aí, mesmo já lançado em CD, resolvi re-re-postar um dos melhores exemplares da fusão do flamenco, gênero pelo qual sou apaixonado desde moleque, com jazz (em sua faceta mais smooth) e o prog. Um flamenco fusion? Talvez.
O outro motivo para levantar um novo link para este belíssimo trabalho é que os poucos links dispostos na imensidão deste mar blogosférico continham exatamente esta restauração/remasterização.
E nem um muito obrigado...

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Originalmente publicado em 15.05.2008
re-publicado em 19.09.2008.

Sabedor da impossibilidade de conseguir esse belo trabalho boiando por aí, aproveitei o pedido do visitante Igor e levantei um novo link.
Portanto, divirtam-se!



Juro, ajoelhado sobre o milho, que procurei de todas as maneiras por uma cópia ou link ripado de cd desse belo álbum...mas não consegui. A saída foi aproveitar uma digitalização, feita há sei-lá-muito-tempo pelo parceiro JR, diretamente do meu vinil já moribundo vítima de imensuráveis audições, preferencialmente enfumaçado e com fones, estirado ao chão do meu quarto de som -ééééé, tive essa mordomia, porquê?- de quando ainda morava com 'mamã'. Ah, se aquele quarto fosse X9...
Bom, deixemos as reminiscências e vamos direto aos finalmente. O que interessa é que resolvi pegar essa digitalização e passar mais uma régua no Soundforge 9 -mas sempre mantedo a sonoridade 'quente' do acetato, extirpando todos os clicks e com o uso cuidadoso de filtros e noise gates- ficou, modéstia a parte, 'profissa', nota 8,5. Os descontos na pontuação ficam por conta de não ter conseguido retirar por completo o ruído de tape em 2 faixas por serem quase que exclusivamente ao violão.
Mas valeu a pena pois esse disco me é muito especial visto que, além de ser um adorador de primeira hora do gênero, aqui descobri um excelente exemplar do movimento nuevo flamenco, encampado, entre tantos outros, pelo mestre supremo Paco De Lucia, o Piazzola do flamenco.
Juan Martín iniciou, como é tradição na Andalucia, seus primeiros passos no violão aos 6 anos e nunca mais parou. Aluno de mestres supremos do instrumento, entre eles o próprio De Lucia, destacou-se rápido e, ainda muito novo, passou a ser convocado por 'ilustres desconhecidos' como Miles Davis, Herbie Hancock e Rory Gallagher a imprimir sua marca em alguns trabalhos.
Já tendo arrebanhado inúmeros admiradores, e coincidindo com o ano de nascimento de Pablo Picasso, resolve valer-se desta vantagem e convida um timaço de craques a dar corpo a um projeto conceitual em torno dos quadros desse mestre maior da pintura. E assim engajam-se no trabalho músicos do quilate de Simon Phillips e Ian Mosely (bateria), John Gustafson e John Perry (baixo) e Tony Hymas e Rod Edwards (teclados).
E surge 'Picasso Portraits', primeiro e mais popular dos muitos trabalhos deste excelente músico. Temas envolventes explorando vários estilos e 'levadas' do flamenco como as bullerias, sevillanas, rondenas e soleas. Todas envoltas respeitosamente, na medida certa, em contemporaneidade. Em popularidade, talvez somente outra obra sua possa rivalizar com este álbum: o didático 'Juan Martín's Guitar Method-El Arte Flamenco De La Guitarra', onde desvenda, de forma simples, todos os segredos básicos e de média dificulade -e até alguns mais cascudos- da guitarra flamenca. Quase uma Bíblia para os estudantes dessa arte.Sendo assim, aproveitem essa bela obra, digna de um Picasso, pois é dificílimo encontrar qualquer coisa de Juan Martín dando mole por aí. Por isso, sabendo de qualquer outro trabalho do moço ou mesmo a versão em CD deste 'Picasso Portraits', podem enviar para a CG&BP (Central G&B de Produção).


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

JUMP-JUMP (1971)

Normalmente, capas estampando botas com salto plataforma jamais me criariam curiosidade sobre seu conteúdo. Não que não goste de glam/glitter setentista ou dos funkões invocados do mesmo período, mas a explicitação de elemento tão icônico do vestuário daqueles anos purpurinados sempre me cheira a apelação, exploração de gêneros tão populares quanto fáceis de soarem galhofentos. No entanto, após algumas resenhas extremamente favoráveis, resolvi arriscar o download e que bela surpresa para meus tímpanos. Sim, pois, na verdade, o que temos aqui é um hard prog exemplarmente bem construído, executado com precisão de ourives e produzido com um rigor raramente encontrado em discos da época, muito devido ao trabalho do experiente Fred Catero e à escolha por um dos melhores estúdios da época. Aliás, já em uma rápida passada de olhos por sua ficha técnica percebe-se o esmêro na escolha dos profissionais envolvidos, quase um who's who da época.
Formada durante uma noite de esbórnia em LA por Dennis Tracy (vocais/guitarras), Scott Thurston (vocais/teclados),  Mark Spiwak (baixo/vocais) e Don Gorman (bateria/vocais), cairam nas graças de Bill Siddons, empresário da The Doors em pleno gozo de merecidas férias, que logo fechou contrato com uma subsidiária da Chess, valendo-se apenas do potencial de seus integrantes. A partir de então, correram apenas 3 semanas no lendário estúdio de Wally Heider, período gasto em toda a estruturação, composição, arranjos, ensaios, gravação e finalização. E tudo isto para algumas parcas apresentações depois, a mais importante para mais de 5000 cabeças em San Bernardino, CA, tudo escorrer pelo ralo, como de hábito devido às tais diferenças musicais irreconciliáveis. Ao menos nos deixaram este belo trabalho recheado de grandes riffs, inspirado trabalho de Hammond e fortes e precisos desempenhos vocais, antes que o multiinstrumentista Thurston viesse a tornar-se um requisitado session man e, a partir da década de 90, integrante full time da The Heartbreakers de Tom Petty e seus companheiros seguissem caminhos diversos, alguns mesmo abandonado a carreira.
Candidato seríssimo a mais uma categoria de premiação criada pelo meu, o seu, o nosso G&B: Prêmio Apertado Mas Só Acendido Agora 2011, dedicado à melhor velhíssima novidade descoberta no período.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FOO FIGHTERS-WASTING LIGHT / DeLuxe Edition (2011)

Acompanho, com uma certa distância, é verdade, a carreira bem sucedida do incansável Dave Grohl, comumente conhecido como o cara mais gente fina do rock e que não perde uma bocada que seja para soltar o gogó, colocar uns acordes inaudíveis de guitarra, socar uns tambores ou tão somente servir de roadie, com todos os prós e contras que um título deste carrega, e sua Foo Fighters desde o berço e, apesar do trabalho para lá de honesto apresentado até o momento (excetuando a Them Crooked Vultures, uma tremenda pisada na bola do big boss), jamais esperaria por algo como este 'Wasting Light'. Aqui, talvez embalado pelo retorno de um grande amigo -e com Jack Endino um dos formatadores da sonoridade grunge-, o produtor Butch Vig, e a re-efetização do também amigo de longa data, o guitarrista Pat Smear -também conhecido como o 4º Nirvana-, Grohl e sua gangue registraram seu trabalho mais pesado. Mas o que será que apresentou-se de tão diferente além deste aditivo na octanagem? Sinceramente, não sei dizer pois já aos primeiros acordes de 'Bridges Burning', faixa de abertura, percebe-se estar diante de um genuino exemplar da FF; em seguida, o riff zeppeliniano de 'Rope', primeiro single, por pouco não arranca minhas vísceras antes de tornar-se minha predileta; passamos pela quase screamo 'White Limo', uma acelerada patada nas orelhas que quase derreteu meus falantes, e o que nos sobra é o desejo de quero mais ao final de 'Walk', última faixa e mais recente single embalado por um hilário clipe baseado em 'Um Dia de Fúria'. Talvez esteja aí a diferença: pela primeira vez em muito tempo, encontrei dificuldades em pular uma faixa sequer de um CD da banda. E sem deixar de ser um puro Foo Fighters, agora com seu mix de garage, hard e power pop plenamente explorado.
Certamente, uma bolachinha que constará de muitas listas de melhores do ano.


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VIDEOS
'Wasting Light' Live At The 606


Rope

White Limo (w/ Lemmy)

Walk

sábado, 10 de setembro de 2011

APPALOOSA-APPALOOSA (1969) / Re-postagem


Em uma clara cagada e andada  na cabeça de Mrs. DMCA, que solicitou a retirada do link poucos meses após ser disponibilizado por aqui, segue a re-postagem deste belo disco de baroque folk e pano de fundo para uma bonita história de amor.  
Aos interessados, sugiro rapidez no gatilho pois não mais será re-postado!!!

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Originalmente postado em 24.07.2008

ATO I
Era uma vez um moleque de 10 anos, completamente obcecado por música, que morava em um bom apartamento no 2º andar de um prédio em Laranjeiras/RJ. Exatamente abaixo, moravam dois irmãos de visual riponga -afinal, o ano é 1969- e naturais de Manaus, que estavam na cidade, bancados pela família, para estudar. É claro que, deslumbrados com as maravilhas proporcionadas por este belo pedacinho do paraíso -lembrem-se: estamos em 1969!-, estudar era o que menos faziam.
Devido à sua indumentária pouco usual, cabelos compridos, barbas por fazer e alto volume das músicas que escutavam, eram vistos pelos vizinhos como personas non gratas. Mas não para aquele moleque que, frequentemente, se 'escondia' de seus pais -que o proibiam de manter amizade com 'aqueles drogados', como levianamente os definiam- no apartamento daqueles dois cabeludos extremamente simpáticos e antenados em tudo que se fazia em termos de rock. Com eles, ouviu pela primeira vez a trilha completa de 'Woodstock' e as novidades de Jimi Hendrix, Deep Purple, David Bowie, etc. Estavam sempre à frente dos lançamentos pois, mensalmente, algum portador da família lhes trazia as últimas novidades da música em discos importados.
No final do verão daquele ano, a portadora das tão aguardadas novidades musicais seria sua mãe. O guri, devidamente avisado pelos dois de que havia novidades, assim que chegou do colégio foi direto para o 'esconjurado' apartamento e, alguns segundos após tocar a campainha, abriu-se a porta e o que viu foi um anjo de longos e cacheados cabelos dourados, uma tez lindamente alva e um sorriso de derreter. Era a irmã mais nova daqueles dois 'proscritos', de apenas 9 aninhos e batizada Artemis, o mais belo nome bicho-grilo que já ouvira. Desnecessário dizer que foi paixão à primeira vista. E pela primeira vez!
Muito tímido, pediu desculpas pela intromissão e que voltaria em melhor hora. No entanto, foi docemente intimado a entrar e, após devidamente apresentado pelos 'drogados' à sua família, em pouco tempo já estavam todos ouvindo aquelas pilhas de discos e um deles, em especial, chamou a atenção daquela linda menina. Um disco de conteúdo folk, com toques renascentistas e psicodélicos, realmente, delicioso de ouvir.
À medida que os dias passavam, tornavam-se mais próximos e até conseguiram tirar a má impressão que os preconceituosos pais daquele garotinho nutriam por aquela família pois achavam que formavam um belo casal. E os dois passavam horas brincando ao som daquele disco. Quando, finalmente, chegou o triste dia da despedida, aquela doce menina lhe ofereceu de presente o disco que era o símbolo daqueles momentos que passaram juntos. O nome? Simplesmente, Appaloosa.

ATO II
Além de designar uma das mais admiradas raças de cavalos, Appaloosa foi uma banda de baroque folk formada por John Parker Compton (vocais/violão/composições), Robbin Batteau (violino), Eugene Rosov (cello) e David Reiser (baixo) que, após muita maturação de seu trabalho em bares e estações de metrô, bate à porta de Al Kooper -à época, o todo poderoso da Columbia Rec.- mas nem mesmo chegam a mostrar seu trabalho, sendo sumariamente rechaçados sem maiores explicações. Alguns minutos após, ao sair de seu escritório, Kooper assusta-se ao ver as secretárias embevecidas com um espontâneo recital da banda. Imediatamente, a lenda os chamou ao escritório e os contratou. E não apenas isso: decidiu que não só os produziria como colocaria grande parte do Blood, Sweat & Tears à disposição da banda, além de participar com seus tradicionais dotes nos teclados. Este único disco recebeu inúmeras criticas positivas mas, infelizmente, as vendas foram extremamente modestas, ocasionando o fim da banda.

ATO FINAL
Há alguns anos, um amigo de viagem para NYC me pediu para fazer uma lista de CDs em ordem de prioridade para que ele trouxesse de presente da cidade que nunca dorme e, sem pestanejar, escrevi os nomes de 'First Base', da Babe Ruth, e este 'Appaloosa' como prioridades máximas. Do primeiro, já sabia haver sido lançado em formato digital mas não fazia a menor ideia se o mesmo já ocorrera com o segundo. Para minha felicidade e, agora, também estendendo este privilégio a vocês....

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SUPERHEAVY-MIRACLE WORKER (Video)

Depois me chamam de cri-cri e intolerante, para citar apenas alguns dos adjetivos mais ternos. Mas... gAllera... sinceramente, tem como esse (ok, vamos lá!) 'supergrupo' dar certo?! Bem, vou reformular a pergunta, até porque se dar certo significa vender milhões de CDs ao redor do mundo, é claro que isso ocorrerá, particularmente devido ao envolvimento dos ícones Mick Jagger e Joss Stone, além do Midas dos estúdios Dave Stewart: será possível sair algo que preste desta versão gringa para Os Tribalistas (serão os SuperTribalistas?), que ainda conta com mais um dos espoliadores do sacrossanto nome de Bob Marley e um popstar (sic! 1) indiano no seu line-up? Garanto que nem precisaria (mas o farei, é claro) ouvir o restante do álbum de estreia (e que espero ser o único!) para afirmar com todas as letras que não, nunquinha, nadica de nada, never, jamais!!! E digo mais: o ano mal passou da metade mas a minha vontade seria a de outorgar por antecipação a 'Superheavy', banda e álbum, o Prêmio Palhoça 2011. Estou exagerando? Pois assistam o clip de 'Miracle Worker', a tal faixa de trabalho (sic! 2), e me digam se estou errado. Mas até pode acontecer pois já dava como certo que os louros este ano nessa disputada categoria iriam para o disco de estreia de outra empulhação que atende pela alcunha de The Flying Eyes.
Nunca esperei afirmar isto por aqui mas acho que sentirei saudades de micos do porte de Queen+Paul Rodgers, Them Crooked Vultures, Audioslave e outros mais.